A Antite de Afrodite
Por Carlos Maurício Mantiqueira
“Uma Anta! Meu reino por uma Anta!” gritou a deusa em desespero.
Viu que lhe crescia o nariz; seu destino estava por um triz.
Procurou disfarçar-se de anta e para tal precisava de um exemplar da espécie.
Desceu do Olimpo a procura de Teseu, para aprender a domar um touro pelos chifres.
Vai ao planalto central em busca do formidável animal (a Anta).
Não passou pelo labirinto verde (foncé) por falta do fio de Ariadne. Olvidou-se do pai de merdandante que a dissuadiria num instante, enrolado que está e sem defesa, com a própria pata presa. Por causa de empresa de outro filho, vai ajoelhar no milho.
Clamou então por Zebedeu, porque ninguém mais a iluda, e pasma ficou ao saber que não estava mais na papuda.
Telefonou então para Cristina (mais afeita às aves de rapina) e informou-se:” De quais esperanças te nutres ao deparar-se com um bando de abutres ?”
A outra de seu poder já no ocaso, disse-lhe: “De las leyes no hagas caso!”
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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