sexta-feira, 3 de julho de 2015

A Visitanta

A Visitanta


Por Carlos Maurício Mantiqueira

A anta que aqui está sem companhia, foi visitar sua gringa tia.

“Tia Aunt, dê-me uns conselhos pra fingir que não estou prestes a fugir !”

Passeou de carro sem motorista (do Gogó nova conquista) aproveitando o bem bom enquanto dura, de um novo tipo de censura.

Dizendo em voz baixa e rouca: “Farinha pouca; meu pirão primeiro; que se lixe o povo brasileiro !”

“Agora que acabou o embargo, tomarei em Cuba descanso mais largo !”

Voltar a dura realidade (de nervos uma pilha), a babilônica Brasília, é tudo o que mais detesta, pois sabe que é fim de festa.

Não respeita delator, nem lei de aviso em elevador. Não verifica se o mesmo está parado no andar ou se anta pode nele entrar.

Há primas perigosas por perto: a mensalAnta e a petrolAnta.

Outras mais distantes mas que podem atacar num instante: a fifalAnta e benedesAnta.

Se esquece do ditado do urubu: Em festa de inhambu não vai jacu.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

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