quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pesadelos Florentinos

Pesadelos Florentinos


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

O ditado popular ensina que o travesseiro é o melhor conselheiro.

Se o estado de espírito e alguém agitado faz o sono moroso, é preciso ler (ou reler) obras edificantes para acalmar a mente e possibilitar o encontro com Morfeu.

A luta do bem contra o mal, pode ser comparada pelo embate entre o ético e o morfético.

O são fica contagiado se utilizar alguma arma do lazarento.

A tentação pode ser grande, mas a vitória seria efêmera. Vitória de Pirro.

Maior mal à causa da Justiça é condenar um inocente. É tão mais grave ou pior que deixar impune muitos culpados. Judiciário à jato nem sempre lava a alma da impunidade.

Ouvidor há de ser Juiz; não árbitro. No passado os magistrados usavam gola de arminho em sua toga. O simbolismo era o preferir morrer a se sujar. O arminho simbolizava a pureza.

A infâmia por se conspurcar não apenas por dinheiro, por volúpia ou por honrarias. A vaidade é o maior dos pecados, a que poucos resistem.

No passado, César Bórgia deu poderes discricionários a Ramiro de Orco. Em pouco tempo este impôs a autoridade na Romanha. Logo depois, seu antigo senhor e benfeitor mandou cortá-lo em duas partes; exibi-lo em praça pública, para demonstrar que não compactuava com crueldades cometidas em seu nome.

Recentemente, sua Santidade o Papa Francisco visitou uma prisão infame.
Disse aos condenados que estava diante deles, um homem salvo do pecado. Pode até ter exagerado no marketing. Mas agiu dentro do exemplo bom, correto e justo que deve ser dado por quem, como diria o caboclo, "veste saia" (toga ou batina)...

Quem lê e entende Maquiavel, antes de dormir ou quando estiver bem acordado para a vida, corre menos risco de ter pesadelos florentinos.  


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

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