Dilma pode não "tomar no TCU": ministros tendem a abrandar rejeição das contas de 2014 do desgoverno
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Se as manifestações populares previstas para 16 de agosto não fizerem a pressão desejada e necessária, dificilmente a Câmara dos Deputados terá condições políticas e técnicas para iniciar o tão falado e temido processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. É fortíssima a tendência de que o Tribunal de Contas da União aprove um parecer brando, afirmando que as contas de 2014 do governo federal apenas não estão em conformidade com a legislação. Dilma já aposta que continuará dando suas pedaladas, nos sentidos denotativo e conotativo...
Como o TCU não é um tribunal no sentido judiciário, mas apenas um órgão auxiliar de fiscalização ligado ao Poder Legislativo, uma decisão política de seus nove ministros é a mais provável. O jornal O Globo informa que, pelas contas internas do TCU, Dilma teria, até agora, quatro votos: de Vital do Rêgo, José Múcio Monteiro, Walton Alencar e Benjamin Zymler. Mas outros quatro ministros estariam inclinados a rejeitar as contas: o relator Augusto Nardes, Bruno Dantas, Raimundo Carreiro. Ana Arraes, que poderia ser aliada de Dilma, também já defendeu a completa rejeição das pedaladas fiscais em reunião interna. Assim, no empate de 4 x 4 que se desenha, caberia ao presidente do TCU, Aroldo Cedraz, o tal "voto de minerva".
A decisão do TCU deve ficar para o dia 26 de agosto - 10 dias depois da manifestação popular agendada. Os nove ministros têm de analisar 113 páginas de argumentação e mais 900 documentos anexos, entregues pelo Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams. Por causa do volume de material a ser apreciado, o TCU prefere não fazer a votação em 12 de agosto - data inicialmente cogitada.
O adiamento, justificável ou não, já é um sinal de que mais uma pizza está no forno. O TCU pegará menos pesado no julgamento, para prolongar a agonia da impopular Dilma, em um Brasil que derrete com a explosão do desemprego, da inadimplência, da inflação e da recessão. Enquanto isso, Dilma tenta negociar com a instável base aliada para se manter no poder. Coisas do Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita...
O muito pior vem aí
Precisa desenhar?
Dilma Rousseff libera R$ R$ 717 milhões em emendas parlamentares, a fim de acalmar a base que pode lhe votar um impeachment, assim que Eduardo Cunha pedir...
A mesma Dilma, que vende a propaganda enganosa da Pátria Educadora, vai cortar R$ 2 bilhões no orçamento da Educação, e mais R$ 1,5 bilhão da Saúde, ainda este ano...
Ou seja, sem contar os R$ 200 bilhões drenados por esquemas corruptos, conforme estimativa da Força Tarefa do Ministério Público Federal, nós pagamos bilionário prejuízo de um desgoverno incompetente e corrupto, graças a um Brasil Capimunista estruturado no modelo do cartel, do cartório e da corrupção sistêmica.
Intermediário do Altíssimo
Aproveitando a celebração de um ano de inauguração do seu monumental Templo do Rei Salomão, em São Paulo, o Bispo Edir Macedo reuniu seu staf de confiança para um almoço, quando fez uma pregação, falando de seu papel como líder religioso:
"As pessoas sabem que podem fazer a ligação direta delas com Deus. O problema é que, simplesmente, elas não querem fazer. Por isso, eu exerço meu papel. Atuo como intermediário".
Pela saúde econômica e prosperidade dos negócios do comandante da Igreja Universal do Reino de Deus, e também proprietário da Rede Record, do Banco Rener e do plano de saúde Life, Edir Macedo é um competente intermediário com o Altíssimo...
Coisa preta
Eduardo Cunha, poderoso presidente da Câmara, está pt da vida com a campanha midiática que o Grupo Globo vem movendo contra ele - que pode se tornar Presidente do Brasil, caso derrube Dilma Rousseff e Michel Temer por impeachment ou cassação de diploma eleitoral.
Querido por uns e odiado por outros, o polêmico líder evangélico Eduardo Cunha odiou a entrevista dada ao Jornal Nacional de ontem pela advogada Beatriz Catta Preta, na qual, nas entrelinhas, insinuou que estaria deixando a profissão e o Brasil em função de ameaças e pressões que sofreu de Cunha, depois das denúncias de deleção premiada do consultor Júlio Camargo:
"Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas".
Negativa insistente
Já o advogado de Eduardo Cunha, o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza, voltou a negar veementemente o envolvimento do presidente da Câmara nas fraudes da Lava Jato.
O defensor garantiu que Júlio Camargo não tem nenhum documento que ligue Cunha às irregularidades.
Na Lava Jato, Júlio Camargo, relatou um encontro com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em 2011, no qual o parlamentar lhe pediu US$ 5 milhões em propinas.
O Pastor e o Procurador
O Procurador Deltan Dallagnol, da Força Tarefa da Operação Lava Jato, foi o entrevistado do Pastor Paschoal Piragine Jr, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, no programa Super Opinião, veiculado em 8 de maio, mas que tem os argumentos atualíssimos, em favor do projeto do MPF de dez medidas anticorrupção.
Desabando com tudo?
O mais novo "colaborador premiado" da Lava Jato, o lobista Mário Góes, promete fornecer detalhes sobre contratos da Petrobras com as seguintes empresas: Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Setal/SOG, OAS, MPE, UTC, Odebrecht, Carioca, Bueno Engenharia, Queiroz Galvão, Iesa, Schain e WTorre.
Mário Góes se comprometeu a pagar uma multa de R$ 38 milhões e a contar o que sabe sobre transações financeiras irregulares que envolvem o ex-gerente de Serviços da estatal, Pedro Barusco, e 13 empreiteiras.
Defendido pela advogada Lívia Novak, Góes tem depoimento marcado na 13ª Vara Federal de Curitiba na próxima segunda-feira.
Súcias
Até o BC do B toma no TCU?
Auditoria aprovada ontem pelo Tribunal de Contas da União revelou que a nova sede do Banco Central no Rio de Janeiro, onde funcionará o Departamento de Meio Circulante, responsável pela circulação do dinheiro no País, teve um superfaturamento de R$ 23,3 milhões na origem das obras.
O TCU identificou que o problema maior ocorreu, mais especificamente, no orçamento que serviu de base para a licitação.
Os ministros do tribunal deram 15 dias para quatro servidores do BC, responsáveis pela licitação, explicarem o suposto superfaturamento e detalharem os preços adotados na obra.
Probleminha
O edital da licitação foi publicado em maio de 2010, com orçamento previsto de R$ 99,8 milhões.
A Engefort Engenharia Ltda ganhou o contrato, com custo estimado de R$ 72,7 milhões.
No curso da auditoria do TCU iniciada em 2012, foi proposta a repactuação do contrato, por ter havido constatação de "excesso de quantitativo nos serviços de esquadria de alumínio e pele de vidro", além da quantidade de estacas.
Buraco superfaturado?
O governo de São Paulo rescindiu o contrato e pode aplicar uma multa de até R$ 23 milhões ao consórcio Isolux Córsan-Corviam, responsável por parte das obras da Linha 4 (Amarela) do Metrô.
O contrato inicial era de R$ 172 milhões e previa a construção do Pátio Vila Sônia e das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, mas, com aditivos, o valor subiu para R$ 212 milhões.
Com o cancelamento do contrato, o governo do estado deverá abrir nova licitação e as obras, que seriam entregues em 2016, devem atrasar pelo menos um ano.
No final das contas, quem se ferra é a população.
Zico para Presidente da Fifa
Pré-candidato à presidência da Fifa, na eleição marcada para 26 de fevereiro do próximo ano, o eterno craque flamenguista Zico recebeu do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, a promessa de que terá seu apoio para oficializar a candidatura.
Os interessados em suceder o atual mandatário da Fifa, o suíço Joseph Blatter, têm até 26 de outubro para conseguir a indicação de, pelo menos, cinco federações nacionais, requisito necessário para participar no pleito em Zurique, na Suíça, onde fica a sede da Fifa.
Se entrar na disputa, o Galinho de Quintino vai enfrentar adversários de muito peso político e, sobretudo, ecomômico. Michel Platini, ex-craque francês e presidente da UEFA, o sul-coreano Chung Mong-joon, que já foi vice-presidente da Fifa e comanda a montadora de automóveis Hyundai, uma das patrocinadoras da entidade, e o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, que foi derrotado por Joseph Blatter na última eleição da Fifa, em maio deste ano.
Além de técnico de futebol, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, foi Secretário Nacional de Esportes entre 1990 e 1991, no governo Fernando Collor de Mello, e trabalhou por apenas três meses no Flamengo, em 2010, em seu único cargo executivo em um clube.
Tossindo
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 31 de Julho de 2015.
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