Governo se nega a fazer translado de corpo de atleta
Editado por Silmara Schupel.
O policial civil Carlos Eugênio Reino da Silva morreu na tarde desta quinta-feira (2) depois de se envolver em um acidente na prova de ciclismo de estrada no estado norte-americano da Virginia. Dentinho, como era conhecido em Brasília, fazia parte da delegação de 200 atletas que está participando dos Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros, nos Estados Unidos.
De acordo com informações de outros integrantes da delegação brasileira, o policial, de 47 anos, que chefiava uma das seções da Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil do DF, sofreu uma queda grave com mais quatro ciclistas, que integravam um dos pelotões da corrida, disputada no Prince William Fores Park, em Fairfax.
De acordo com informações de outros integrantes da delegação brasileira, o policial, de 47 anos, que chefiava uma das seções da Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil do DF, sofreu uma queda grave com mais quatro ciclistas, que integravam um dos pelotões da corrida, disputada no Prince William Fores Park, em Fairfax.
Governo brasileiro disse que o corpo do atleta Dentinho é de responsabilidade da família. Mas o corpo traficante Marcos Archer teve tratamento especial.
04/07/2015
*Luciano Lima
Eu queria pedir desculpas e licença aos leitores da Coluna Papo Firme para destilar toda minha tristeza com o nosso Brasil. Se já não bastasse o lamento pela morte do ciclista brasiliense Carlos Silva, conhecido como Dentinho, causada durante uma prova de ciclismo de estrada no Mundial de Policiais e Bombeiros, que acontece nos Estados Unidos, ficamos sabendo que o governo brasileiro se negou a fazer o traslado do corpo do atleta.
O Itamaraty informou que o consulado do Brasil em Washington deslocou um funcionário para acompanhar o caso e dar o apoio necessário à família nos contatos com as autoridades locais, mas ressalvou que informações sobre o traslado do corpo "são de natureza privada", de responsabilidade da família do atleta. Revoltante!
A atitude do Itamaraty, consequentemente do Governo Brasileiro, é de total desrespeito ao Brasil, a Brasília, ao atleta morto e sua família. Dentinho estava servindo o nosso país. Dentinho estava representando o esporte brasileiro. Como explicar a todos os brasileiros e, em especial, a sua filha de 12 anos, que o governo brasileiro teve toda atenção do mundo com o corpo do traficante Marcos Archer, até com lamentos presidenciais, e não teve com um cidadão de bem que representava dignamente o nosso país? Os poderes executivo, legislativo e judiciário do Distrito Federal precisam se posicionar urgentemente sobre o caso. É um total desrespeito!
O caixão com o corpo de Carlos Eugênio deixou o hospital coberto pelas bandeiras do Brasil e da Polícia Civil do Distrito Federal. Os atletas que estavam no local, com bandeirinhas do Brasil e vestindo uniformes de suas respectivas corporações, alinharam-se para ver o caixão passar.
DENTINHO REPRESENTAVA O BRASIL OFICIALMENTE EM UMA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL. FEZ PARTE DE UMA DELEGAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETAS. O BRASIL É RESPONSÁVEL POR ELE. TRAZER O CORPO DO DENTINHO ERA O MÍNIMO QUE O GOVERNO PODERIA FAZER. É UMA FORMA DE DIZER MUITO OBRIGADO POR TER REPRESENTANDO E LUTADO PELO NOSSO PAÍS.
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