Crianças comem no McDonald's
Os Estados Unidos têm dois símbolos que remetem ao chamado american way of life: McDonald's`s e a Coca-Cola, esta conhecida também com “acqua nera del imperialismo”. Volta e meia, os dois símbolos têm sido questionados criminalmente em várias partes do mundo por violarem direitos trabalhistas. É o caso aqui no Brasil, do McDonald's's, que esta sendo investigado pela Polícia Federal.
Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação
A acusação é a de que uma funcionária não recebeu salário durante oito meses, ou seja, uma brasileira foi submetida à condição análoga de trabalho escravo. O fato, praticamente desconhecido da população brasileira, é de responsabilidade da Arcos Dourado, a maior franqueadora do McDonald's.
A Polícia Fedral, que investiga a denúncia desde outubro do ano passado, ainda não concluiu o trabalho ou se concluiu não divulgou o resultado. A alegação para o silêncio é a de que o inquérito corre em segredo de Justiça. Dois meses depois da abertura do inquérito, um delegado da Polícia Federal de nome Oscar Kouti pediu mais tempo para investigar o caso e alegou então que “há indícios suficientes da prática do crime de redução à condição análoga a de escravo” por parte da empresa de fast food.
É importante que os brasileiros sejam informados sobre este caso e de outros que correm na Justiça do Trabalho contra o McDonald's, porque a empresa em sua propaganda (enganosa) se apresenta como defensora de muita coisa e tem como alvo principal as crianças.
Uma vez por ano, o McDonald's faz até campanha de ajuda a pessoas doentes de câncer, quando se sabe que os seus produtos são responsáveis por uma série de doenças, coronarianas e até mesmo o próprio câncer.
A Justiça do Trabalho, depois de marchas e contramarchas deu ganho de causa a funcionários que entraram com ações trabalhistas, porque a empresa de fast food proibia que eles trouxessem de casa refeições, obrigando-os a ingerir apenas os seus produtos.
Monsanto
O site WikiLeaks prestou mais um serviço de utilidade pública ao mundo ao divulgar 260 mil telegramas expedidos pelo Departamento de Estado desde 2010. Com isso, o grupo de proteção ao consumidor Food & Water Watch divulgou informe segundo o qual o governo estadunidense colabora com algumas empresas do setor de biotecnología, entre as quais a Monsanto, que nos últimos anos inundaram o mercado mundial com seus produtos geneticamente modificados.
Quer dizer, o Departamento de Estado se colocou à serviço da Monsanto e outras empresas do gênero pressionando governos estrangeiros a darem apoio total às empresas de biotecnologia.
Da estratégia montada constam quatro etapas: promover os interesses comerciais dessas indústrias, relaxamento no exterior dos regulamentos em matéria de biotecnología, proteção às referidas indústrias e ainda pressão sobre os governos dos países em desenvolvimento (ou subdesenvolvidos, para quem preferir o termo) a adotarem os cultivos em questão.
*É correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE
Fonte: Direto da Redação
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