Mais de dois milhões de tibetanos são vítimas de realocação forçadaMilhares de criadores de gado nômades em regiões tibetanas foram deslocados. Segundo uma recontagem de 2010, 6,2 milhões de tibetanos vivem na China, dos quais 2,7 milhões na região autônoma
Publicação: 28/06/2013 14:05 Atualização:
Pequim - Mais de dois milhões de tibetanos na China foram trasladados ou realocados à força nos últimos anos em consequência de políticas que não respeitam suas tradições e estilo de vida, segundo um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW). "O número de afetados representa mais de 2/3 da população total da região", afirma o relatório publicado nessa quinta-feira (27/6). "A escala e a rapidez com que estão reorganizando a população rural do Tibete mediante políticas de realocação ou de traslado em massa não têm precedentes desde a época de Mao", indignou-se Sophie Richardson, diretora de HRW para China, em um comunicado.
"Os tibetanos não têm voz na elaboração destas políticas que modificam radicalmente seu modo de vida - em um contexto já extremamente repressivo - não podem se opor", destacou. Apoiando-se em estatísticas oficiais chinesas, o informe afirma que dois milhões de pessoas foram realocados em novas moradias ou reconstruíram suas próprias casas entre 2006 e 2012". Além disso, milhares de criadores de gado nômades em regiões tibetanas foram deslocados. Segundo uma recontagem de 2010, 6,2 milhões de tibetanos vivem na China, dos quais 2,7 milhões na região autônoma.
"Um aspecto crucial da política que afeta as comunidades pastoris e que prejudica muitos tibetanos porque danifica a cultura tibetana é que se sedentarizou a muitos dos que foram realocados ou deslocados", diz o relatório. A organização falou com 114 tibetanos residentes fora da China entre março de 2005 e junho de 2012 antes de elaborar este documento, que também critica que não se consulte suficientemente a população local, a ausência de compensação apropriada e a péssima qualidade das moradias. O governo chinês contestou as conclusões da ONG.
"A organização critica com frequência a China de forma deliberada e faz declarações que carecem de fundamento", reagiu o porta-voz do ministério das Relações Exteriores. "É inegável que o Tibete se desenvolveu muito e fez grandes progressos em todos os âmbitos, incluindo políticos, econômicos e sociais nas últimas décadas", acrescentou.
"Um aspecto crucial da política que afeta as comunidades pastoris e que prejudica muitos tibetanos porque danifica a cultura tibetana é que se sedentarizou a muitos dos que foram realocados ou deslocados", diz o relatório. A organização falou com 114 tibetanos residentes fora da China entre março de 2005 e junho de 2012 antes de elaborar este documento, que também critica que não se consulte suficientemente a população local, a ausência de compensação apropriada e a péssima qualidade das moradias. O governo chinês contestou as conclusões da ONG.
"A organização critica com frequência a China de forma deliberada e faz declarações que carecem de fundamento", reagiu o porta-voz do ministério das Relações Exteriores. "É inegável que o Tibete se desenvolveu muito e fez grandes progressos em todos os âmbitos, incluindo políticos, econômicos e sociais nas últimas décadas", acrescentou.
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