Mísseis estratégicos russos reorientarão trajetória durante voo
Moscou, (Prensa Latina) Um novo sistema
automático digital introduzido pelas Tropas de Mísseis Estratégicos (TME)
facilitará em 2020 que os novos projéteis russos desse tipo reorientem sua
trajetória no voo e debochem da defesa antimíssil estadunidense.
Diversos meios destacam hoje aqui o
respaldo do Ministério de Defesa ao projeto denominado Vozzvanie (Apelo), que
consiste em um dispositivo de controle automático capaz de redirecionar os
foguetes balísticos intercontinentais após disparados.
É real, o processo de dotar todas
as unidades das TME com este sistema será concluído em 2020, assegurou um alto
oficial a quem a RIA Novosti não se identificou.
A fonte acrescentou que esse
projeto avança como parte do programa estatal de rearmamento até 2020 impulsionado
por orientação do Kremlin.
Modernos sistema de mísseis móveis
Topol-M e Yars receberão essa inovação, enquanto os mais antigos R-36M2 Voevoda
com 30 anos de existência mas com precisão e efetividade provadas manterão os
controles tradicionais, concluiu o especialista.
Recentemente, o coronel geral
Vladimir Zarudnitski, chefe de Operações do Estado Maior Geral das Forças
Armadas russas, assegurou que em 2014 um primeiro regimento disporá do novo
foguete balístico intercontinental denominado Rubezh.
Um protótipo desse projétil
realizou com sucesso no início de junho seu quarto teste ao ser disparado de um
lançador móvel no cosmódromo de Kapustin Yar, na província de Astracán, no
centro do país.
Sem dar mais detalhes das
características do novo míssil intercontinental, o oficial de alta hierarquia
sustentou que após as provas esse armamento entrará em disposição combativa
como parte do arsenal das TME.
Com relação ao projétil Rubezh, o
vice-primeiro ministro a cargo da modernização da técnica militar, Dmitri
Rogozin, expressou que nem a defesa antimísseis estadunidense atual nem as
futuras poderão impedir que esse foguete atinja seu objetivo.
Após a prova mais recente, Rogozín
assinalou que Moscou continuará incrementando seu potencial para assegurar
liberdade de ação absoluta no caso de uma agressão contra a Rússia.
Moscou desenvolve um novo míssil
balístico intercontinental pesado de cerca de 100 toneladas, superior ao mais
potente do mundo, o Voevoda russo, e outro alimentado por combustível sólido
que deverá substituir aos de quinta geração Yars e Topol-M, acrescentaram as
fontes.
Na Reunião Internacional de
Segurança de Munique, em 2007, o presidente Vladimir Putin ressaltou que Rússia
teria que iniciar a modernização de suas defesas, caso os Estados Unidos e a
OTAN continuassem a expansão em direção às suas fronteiras.
As autoridades russas têm exigido
sem sucesso garantias jurídicas de cumprimento obrigatório de que o escudo
antimísseis de Washington na Europa não tenha como objetivo romper a paridade na
dissuasão estratégica.
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