quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mísseis estratégicos russos reorientarão trajetória durante voo

Mísseis estratégicos russos reorientarão trajetória durante voo

Moscou, (Prensa Latina) Um novo sistema automático digital introduzido pelas Tropas de Mísseis Estratégicos (TME) facilitará em 2020 que os novos projéteis russos desse tipo reorientem sua trajetória no voo e debochem da defesa antimíssil estadunidense.
Diversos meios destacam hoje aqui o respaldo do Ministério de Defesa ao projeto denominado Vozzvanie (Apelo), que consiste em um dispositivo de controle automático capaz de redirecionar os foguetes balísticos intercontinentais após disparados.
É real, o processo de dotar todas as unidades das TME com este sistema será concluído em 2020, assegurou um alto oficial a quem a RIA Novosti não se identificou.
A fonte acrescentou que esse projeto avança como parte do programa estatal de rearmamento até 2020 impulsionado por orientação do Kremlin.
Modernos sistema de mísseis móveis Topol-M e Yars receberão essa inovação, enquanto os mais antigos R-36M2 Voevoda com 30 anos de existência mas com precisão e efetividade provadas manterão os controles tradicionais, concluiu o especialista.
Recentemente, o coronel geral Vladimir Zarudnitski, chefe de Operações do Estado Maior Geral das Forças Armadas russas, assegurou que em 2014 um primeiro regimento disporá do novo foguete balístico intercontinental denominado Rubezh.
Um protótipo desse projétil realizou com sucesso no início de junho seu quarto teste ao ser disparado de um lançador móvel no cosmódromo de Kapustin Yar, na província de Astracán, no centro do país.
Sem dar mais detalhes das características do novo míssil intercontinental, o oficial de alta hierarquia sustentou que após as provas esse armamento entrará em disposição combativa como parte do arsenal das TME.
Com relação ao projétil Rubezh, o vice-primeiro ministro a cargo da modernização da técnica militar, Dmitri Rogozin, expressou que nem a defesa antimísseis estadunidense atual nem as futuras poderão impedir que esse foguete atinja seu objetivo.
Após a prova mais recente, Rogozín assinalou que Moscou continuará incrementando seu potencial para assegurar liberdade de ação absoluta no caso de uma agressão contra a Rússia.
Moscou desenvolve um novo míssil balístico intercontinental pesado de cerca de 100 toneladas, superior ao mais potente do mundo, o Voevoda russo, e outro alimentado por combustível sólido que deverá substituir aos de quinta geração Yars e Topol-M, acrescentaram as fontes.
Na Reunião Internacional de Segurança de Munique, em 2007, o presidente Vladimir Putin ressaltou que Rússia teria que iniciar a modernização de suas defesas, caso os Estados Unidos e a OTAN continuassem a expansão em direção às suas fronteiras.
As autoridades russas têm exigido sem sucesso garantias jurídicas de cumprimento obrigatório de que o escudo antimísseis de Washington na Europa não tenha como objetivo romper a paridade na dissuasão estratégica.


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