Suíça pede esclarecimentos aos EUA sobre declarações de SnowdenO jovem revelou o programa secreto americano de vigilância na internet, denunciou que quando estava baseado em Genebra participou de uma operação para chantagear um banqueiro suíço
Publicação: 11/06/2013 13:22 Atualização:
Genebra - A Suíça indicou nesta terça-feira (11/6) ter pedido esclarecimentos a Washington sobre uma tentativa de chantagem a um banqueiro para que conseguisse informação sobre depósitos feitos na Suíça com o objetivo de sonegar impostos nos Estados Unidos, como denunciou o ex-agente da CIA Edward Snowden.
Snowden, que revelou o programa secreto americano de vigilância na internet, denunciou que quando estava baseado em Genebra participou de uma operação para chantagear um banqueiro suíço, que não foi identificado, e forçá-lo a conseguir dados sobre estes depósitos bancários. "O papel dos membros de missões permanentes em Genebra é representar seu país diante das organizações internacionais com sede na Suíça", informou o ministério das Relações Exteriores suíço.
"Conforme a Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas, a Suíça espera que os membros de missões diplomáticas em Berna e de missões permanentes em Genebra respeitem as leis e normas do país", acrescentou o ministério, que pediu esclarecimentos a Washington sobre as declarações de Snowden.
Snodwden trabalhava para uma empresa privada terceirizada da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) |
Snowden, que revelou o programa secreto americano de vigilância na internet, denunciou que quando estava baseado em Genebra participou de uma operação para chantagear um banqueiro suíço, que não foi identificado, e forçá-lo a conseguir dados sobre estes depósitos bancários. "O papel dos membros de missões permanentes em Genebra é representar seu país diante das organizações internacionais com sede na Suíça", informou o ministério das Relações Exteriores suíço.
"Conforme a Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas, a Suíça espera que os membros de missões diplomáticas em Berna e de missões permanentes em Genebra respeitem as leis e normas do país", acrescentou o ministério, que pediu esclarecimentos a Washington sobre as declarações de Snowden.
Snodwden, um especialista em tecnologia de 29 anos que trabalhava para uma empresa privada terceirizada da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), é o autor de um dos maiores vazamentos de documentos classificados da história dos Estados Unidos, junto ao soldado Bradley Manning, atualmente julgado em uma corte marcial por ter entregado dezenas de milhares de documentos ao WikiLeaks.
O ex-agente da CIA afirmou ao jornal The Guardian que em Genebra, onde sua função diplomática servia para encobrir seu trabalho para a agência de inteligência, pensou pela primeira vez em divulgar o que sabia. "Muito do que vi em Genebra me desiludiu de verdade sobre o modo de funcionamento do meu governo e o impacto que tem no mundo", indicou. "Percebi que estava fazendo muito mais dano do que bem", acrescentou.
O ex-agente relatou que formou parte de uma operação na Suíça com o objetivo de se tornar amigo de um banqueiro, provocar um acidente por embriaguez e depois ajudar o indivíduo a evitar uma ação legal. Em troca disso, deveria convencer o banqueiro a reunir dados para as autoridades fiscais dos Estados Unidos sobre dinheiro colocado no exterior por americanos.
Os meios de comunicação suíços se perguntam quem pode ser o banqueiro, num momento em que ocorre um debate sobre a disputa com os Estados Unidos pela suposta cumplicidade dos bancos suíços na sonegação de impostos de cidadãos americanos. A ministra suíça das Finanças, Eveline Widmer-Schlumpf, anunciou no fim de maio que havia entrado em acordo com os Estados Unidos para colocar fim a esta disputa.
"Tratava-se de uma oferta unilateral, que não podia ser negociada", indicou a ministra, acrescentando que os bancos deveriam dizer se aceitavam ou não o programa americano.
O ex-agente da CIA afirmou ao jornal The Guardian que em Genebra, onde sua função diplomática servia para encobrir seu trabalho para a agência de inteligência, pensou pela primeira vez em divulgar o que sabia. "Muito do que vi em Genebra me desiludiu de verdade sobre o modo de funcionamento do meu governo e o impacto que tem no mundo", indicou. "Percebi que estava fazendo muito mais dano do que bem", acrescentou.
O ex-agente relatou que formou parte de uma operação na Suíça com o objetivo de se tornar amigo de um banqueiro, provocar um acidente por embriaguez e depois ajudar o indivíduo a evitar uma ação legal. Em troca disso, deveria convencer o banqueiro a reunir dados para as autoridades fiscais dos Estados Unidos sobre dinheiro colocado no exterior por americanos.
Os meios de comunicação suíços se perguntam quem pode ser o banqueiro, num momento em que ocorre um debate sobre a disputa com os Estados Unidos pela suposta cumplicidade dos bancos suíços na sonegação de impostos de cidadãos americanos. A ministra suíça das Finanças, Eveline Widmer-Schlumpf, anunciou no fim de maio que havia entrado em acordo com os Estados Unidos para colocar fim a esta disputa.
"Tratava-se de uma oferta unilateral, que não podia ser negociada", indicou a ministra, acrescentando que os bancos deveriam dizer se aceitavam ou não o programa americano.
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