Empresa lança satélites para popularizar internet rápida e barataPrevisto inicialmente para segunda-feira, o lançamento foi adiado 24 horas devido aos ventos fortes que sopravam no Centro espacial da Guiana
Publicação: 25/06/2013 22:11 Atualização:
PARIS - Os quatro primeiros satélites da rede O3b, que tem o objetivo de oferecer uma conexão de internet de alta velocidade e com bom preço para três bilhões de pessoas em 180 países do mundo, foram lançados esta terça-feira da Guiana Francesa a bordo de um foguete Soyuz.
"A paciência sempre tem prêmio, os quatro primeiros satélites da constelação acabam de ser lançados por nosso lançador Soyuz", declarou o presidente da Arianespace, Stephane Israel, ao final de uma missão de 2h23 m.
Previsto inicialmente para segunda-feira, o lançamento foi adiado 24 horas devido aos ventos fortes que sopravam no Centro espacial da Guiana.
Os quatro satélites foram lançados a bordo do lançador russo Soyuz às 16H27 de segunda-feira, hora de Brasília. O primeiro par de satélites se separou do foguete russo duas horas depois da decolagem e os outros dois, 22 minutos depois.
O3b é a abreviação de "Other 3 billion", os "outros três bilhões" de habitantes do planeta que, por falta de infraestrutura, ainda não têm acesso rápido e fácil à internet, como nos países ricos.
"A paciência sempre tem prêmio, os quatro primeiros satélites da constelação acabam de ser lançados por nosso lançador Soyuz", declarou o presidente da Arianespace, Stephane Israel, ao final de uma missão de 2h23 m.
Previsto inicialmente para segunda-feira, o lançamento foi adiado 24 horas devido aos ventos fortes que sopravam no Centro espacial da Guiana.
Os quatro satélites foram lançados a bordo do lançador russo Soyuz às 16H27 de segunda-feira, hora de Brasília. O primeiro par de satélites se separou do foguete russo duas horas depois da decolagem e os outros dois, 22 minutos depois.
O3b é a abreviação de "Other 3 billion", os "outros três bilhões" de habitantes do planeta que, por falta de infraestrutura, ainda não têm acesso rápido e fácil à internet, como nos países ricos.
A ideia surgiu em 2007 da mente do americano Greg Wyler, fundador da O3b Networks, quando este pioneiro das redes de telefonia de terceira geração (3G) estava em Ruanda e não podia se conectar por causa das infraestruturas deficientes do país.
Apesar disso, "os moradores desses países estão desejando ter acesso à internet, a demanda existe, trata-se de um problema de custo", explicava em 2008, durante visita a Paris, onde lançou oficialmente seu projeto.
Para solucionar o problema, Greg Wyler teve a ideia de evitar as caras infraestruturas por terra, como fibra óptica ou cabo, e colocar em órbita ao redor do Equador uma constelação de pequenos satélites que servem de repetidores entre os usuários da internet em todo o mundo e que só precisam de antenas parabólicas.
A órbita ao redor do Equador permite cobrir uma área de 45 graus ao norte e 45 graus ao sul, ou seja, uma região que inclui toda a África, quase toda a América Latina, o sudeste asiático, a Austrália e a Oceania, onde há muitos países sem infraestrutura suficiente para garantir uma boa conexão à rede.
Embora os satélites geoestacionários já proporcionem este tipo de serviço, seu custo de exploração e o preço final para o usuário ainda são muito altos.
Além disso, os satélites "clássicos" ficam a 36.000 km de altitude, são muito grandes, precisam de muita potência para emitir e os dados demoram às vezes mais de meio segundo para ir e voltar à Terra.
Satélites leves e rentáveis
É o contrário dos satélites O3b, projetados pela Thales Alenia Space, e que estarão situados a 8.062 km. Além disso, são menores (650 quilos contra as 4 a 6 toneladas dos geoestacionários) e se comunicam com a Terra quatro vezes mais rápido.
A logo prazo, a velocidade da internet que oferecerão será "comparável em volume e em tempo de resposta à fibra óptica", assegura a Arianespace, que porá os quatro primeiros satélites em órbita.
Cada satélite tem doze antenas móveis que permitem apontar para pontos precisos em função da demanda de conexão e cobrem áreas com centenas de quilômetros quadrados, assim como os satélites de observação da Terra.
O sinal que emitem é da gama de frequências Ka, que tem uma grande amplitude de banda e pode ser facilmente captado com antenas parabólicas muito pequenas.
Leia mais notícias em Mundo
Convencidos da rentabilidade da ideia de Greg Wyler, grandes grupos internacionais investiram no projeto, como Google, Liberty Global - líder dos operadores internacionais de cabo -, o operador de satélites SES, o banco HSBC ou o banco de desenvolvimento da África do Sul.
Os quatro primeiros satélites da rede O3b serão lançados esta segunda-feira por um foguete Soyuz do centro espacial da Guiana Francesa às 15H53 de Brasília. Os dois primeiros se separarão do foguete russo horas depois do lançamento e os dois últimos, 22 minutos depois.
Outros quatro satélites serão lançados mais adiante para completar a rede e a médio prazo serão enviados outros 16, informou a O3b Networks.
Apesar disso, "os moradores desses países estão desejando ter acesso à internet, a demanda existe, trata-se de um problema de custo", explicava em 2008, durante visita a Paris, onde lançou oficialmente seu projeto.
Para solucionar o problema, Greg Wyler teve a ideia de evitar as caras infraestruturas por terra, como fibra óptica ou cabo, e colocar em órbita ao redor do Equador uma constelação de pequenos satélites que servem de repetidores entre os usuários da internet em todo o mundo e que só precisam de antenas parabólicas.
A órbita ao redor do Equador permite cobrir uma área de 45 graus ao norte e 45 graus ao sul, ou seja, uma região que inclui toda a África, quase toda a América Latina, o sudeste asiático, a Austrália e a Oceania, onde há muitos países sem infraestrutura suficiente para garantir uma boa conexão à rede.
Embora os satélites geoestacionários já proporcionem este tipo de serviço, seu custo de exploração e o preço final para o usuário ainda são muito altos.
Além disso, os satélites "clássicos" ficam a 36.000 km de altitude, são muito grandes, precisam de muita potência para emitir e os dados demoram às vezes mais de meio segundo para ir e voltar à Terra.
Satélites leves e rentáveis
É o contrário dos satélites O3b, projetados pela Thales Alenia Space, e que estarão situados a 8.062 km. Além disso, são menores (650 quilos contra as 4 a 6 toneladas dos geoestacionários) e se comunicam com a Terra quatro vezes mais rápido.
A logo prazo, a velocidade da internet que oferecerão será "comparável em volume e em tempo de resposta à fibra óptica", assegura a Arianespace, que porá os quatro primeiros satélites em órbita.
Cada satélite tem doze antenas móveis que permitem apontar para pontos precisos em função da demanda de conexão e cobrem áreas com centenas de quilômetros quadrados, assim como os satélites de observação da Terra.
O sinal que emitem é da gama de frequências Ka, que tem uma grande amplitude de banda e pode ser facilmente captado com antenas parabólicas muito pequenas.
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Convencidos da rentabilidade da ideia de Greg Wyler, grandes grupos internacionais investiram no projeto, como Google, Liberty Global - líder dos operadores internacionais de cabo -, o operador de satélites SES, o banco HSBC ou o banco de desenvolvimento da África do Sul.
Os quatro primeiros satélites da rede O3b serão lançados esta segunda-feira por um foguete Soyuz do centro espacial da Guiana Francesa às 15H53 de Brasília. Os dois primeiros se separarão do foguete russo horas depois do lançamento e os dois últimos, 22 minutos depois.
Outros quatro satélites serão lançados mais adiante para completar a rede e a médio prazo serão enviados outros 16, informou a O3b Networks.
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