Colômbia prepara entrada na Otan; presidentes na AL são contra
05.06.2013
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou nesta segunda-feira (3) que está preparando um acordo com a Colômbia que "permitiria a troca de informações secretas entre a Aliança e a Colômbia". No entanto, esclareceu que o país não cumpre com os critérios geográficos para entrar na organização. Presidentes latino-americanos condenam a intenção do país.
"O acordo seria precursor para qualquer cooperação futura possível com a Colômbia que os aliados desenvolvam por meio da Otan", sublinhou uma fonte da Organização às agências internacionais. A mesma fonte declarou à TeleSUR que "não há um plano imediato para estabelecer uma associação formal".
O funcionário esclareceu que apesar de a Otan estar interessada em impulsionar a cooperação com a Colômbia, a nação não cumpre com os critérios geográficos para entrar no futuro na Aliança porque ela é exclusiva aos países da Europa e América do Norte.
As declarações foram dadas após o presidente Juan Manuel Santos ter anunciado neste sábado (31) que seu país assinará ainda este mês um acordo de cooperação com a Otan para negociar a entrada na organização internacional.
Repercussão:
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que com esta atitude, a Colômbia "quer colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou que com esta atitude, a Colômbia "quer colocar dinamite na medula das conquistas na união da América Latina, do Caribe, da América do Sul".
"Justamente quando a região procura uma maior unidade através da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), é preocupante que estejam sendo tomadas iniciativas para buscar dividir e debilitar o processo", afirmou, por sua vez, o presidente da Nicarágua Daniel Ortega.
O mandatário boliviano, Evo Morales, também se pronunciou e pediu pronta ação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para evitar que tal cooperação prospere: "Não podemos permitir que a Otan interceda na América Latina. Ter a Otan é uma ameaça para o nosso continente", advertiu.
Do Vermelho com informações da TeleSUR
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=553a1099bf1a5568f3e6153e44dbd6c7&cod=11647
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