segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Quo Vadis, Brasil?

Quo Vadis, Brasil?

«E agora vou para Aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Aonde vais?» (João 16:5)

Por Marco Antônio dos Santos

Com precisão, percuciência e sagacidade no cumprimento das leis e mediante acurada análise e relacionamento de dados e informações e uso intensivo de método, o Juíz Sérgio Moro e a equipe de Procuradores, Promotores, Delegados, Peritos e Agentes do DPF vêm dando cabo da organização criminosa que por mais de uma década dilapidou recursos públicos em benefício próprio e do  grupo político - empresarial que lhe deu sustentação. Os fatos são inegáveis.

Parte significativa da sociedade pergunta, com certa dose de desesperança: "será que vai dar alguma coisa?"

Dentro da legalidade, com lógica marcante, os praticantes dos mal feitos estão sendo detidos e mantidos aprisionados. O cerco está se fechando em torno daqueles que tinham (ou tem) o domínio dos fatos que levaram a tal estado de coisas, que não atingem apenas os cofres públicos, mas principalmente, o tecido social brasileiro, ferindo de morte o Estado e o tecido social.

Agora discute - se, não ainda à exaustão, o pedido de "impeachement" da Presidente.

As motivações do Presidente da Câmara no encaminhamento do pedido e os fatos alegados talvez não sejam suficientes para a concretização do impedimento, mas importantes para que a sociedade avalie os danos promovidos  pelo governo sob o comando de Dilma Rouseff e seu antecessor. Dilma alega que não é ladra. É, a atuação incompetente e leniente só roubou a esperança de uma população carente de desenvolvimento econômico, político e  social.

Cabe a pergunta para onde vais, Brasil? Prevendo possibilidades de desenlaces para a crise político - econômica, a pior em meio século, que assola o país e para a qual os atuais detentores do poder não se mostram preparados ou pretendendo dar solução.

Movimentos sociais controlados e a serviço do Partido ocupam sedes de órgãos de governo, estradas e praças públicas  em pontos estratégicos em claras demonstrações de força - não sem explicitar suas palavras de ordem tipo "na lei ou na marra".

Não parece estranho que pressionem o governo justamente em um momento em que o discurso é de contensão de gastos? Mas não é.
O desemprego aumenta e crescem os gritos por ganhos salariais.
O PIB cai e a propaganda cresce.

A insegurança pública beira o caos e pedem que soltem mais presos.
Desarmam o cidadão enquanto criminosos se armam com fuzis.
Não há moradias dignas suficientes, suprimento de água em quantidade e qualidade, a infraestrutura desmorona, os desastres ambientais se sucedem, mas estádios sem futebol e  instalações para jogos mundiais foram erguidas.

Pandemias batem à porta condenando as próximas gerações de que o País precisará sustentar a população. Mas sobram palavras vazias proferidas em brados arrogantes.

O discurso é um, a realidade é completamente outra. Dá - lhe propaganda! Ganham os marqueteiros.

Ainda assim, não deixam de surgir cúmplices, cegos pelo vírus de ideologia nefasta, e outros que ganham com a desgraça alheia, a defender a manutenção de um governo que acabou e que nunca deveria ter começado.

Quo vadis, Brasil? Acorda povo!


Marco Antonio dos Santos é Empresário e professor. Coronel do Exercito na reserva.

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