Políticos cometem crime de responsabilidade junto com Dilma - alvo do impeachment de mentirinha
Impeachment é um processo que todo mundo sabe como começa, porém ninguém tem certeza de como acaba. A pressão popular, que promete ser intensa nas redes sociais, podendo descambar para a rua, é o fator decisivo para afetar o desenrolar do complicado jogo político, que vai envolver muita negociação, chantagem e toma-lá-dá-cá para definir o destino da Dilma Rousseff. Pela força momentânea da base aliada, dificilmente o impedimento de Dilma deve passar na Câmara, com pouquíssima chance de chegar ao desfecho final no Senado. O arquivamento é provável...
Impeachment de Dilma é, claramente, um golpe político. Simplesmente impedi-la não resolve o impasse institucional e nem soluciona a crise estrutural do Estado Capimunista brasileiro. Assim, se eventualmente se conseguir maioria para fazer andar o processo, culminando com uma (ao menos hoje) improvável condenação pelos senadores, o máximo que se vai obter é a troca de Dilma por Michel Temer. É burrice comemorar uma eventual mera tirada do PT do poder. O PMDB, governista permanente, continua lá, prosseguindo com a Nova República - velhaca e quase nada republicana. Eis uma triste verdade objetiva que dói...
Um indicador de que Dilma dificilmente será derrubada pela atual composição do Congresso Nacional foi a indecente autorização legislativa, dada ontem, para que o governo da União descumpra a lei fiscal de forma descarada, obtendo o nojento perdão a um rombo fiscal de R$ 119,9 bilhões. Por tal decisão, os deputados e senadores se enquadraram em conivência direta com um crime de responsabilidade cometido pela Presidente. Os políticos profissionais deveriam cair junto com a chefona do Executivo, se no Brasil tivéssemos um sistema de "Recall" (puxada de orelha e detonação automática dos parlamentares que contrariarem a lei e o interesse público). Como não temos, todos continuam mamando nas tetas estatais...
A votação sobre a revisão da meta fiscal, que Dilma Rousseff efetivamente nunca cumpriu, sempre estuprando a lei fiscal, foi o indicador definitivo sobre o nível de responsabilidade (ou não) da classe política brasileira. Os políticos votaram a favor dos interesses deles mesmos. A pretensa oposição fez o jogo de cena, fingindo ser contra a revisão da meta fiscal. No final das contas, os parlamentares referendaram a ilegalidade flagrante. Nada vai acontecer com eles por tal crime? Eis a questão...
O Dia 2 de dezembro marcou mais um estupro da desqualificada classe política contra os interesses maiores dos brasileiros e da Nação. Em ação combinada, para diluir a gravidade da decisão legislativa, o espertissimo Eduardo Cunha, presidente da Câmara, desviou a atenção para a eventual abertura do processo de impeachment da Presidenta incompetente e impopular. O plano golpista consiste em levar Dilma ao desgaste máximo, até que cometa mais uma costumeira besteira e facilite o caminho para Michel Temer tomar o lugar dela.
O plano está manjado e politicamente pornográfico. Dilma, que já tomou no TCU, só toma no Cunha de mentirinha. Cada um trata de si e joga um jogo próprio para tentar a salvação - centrada na impunidade sistêmica. Enquanto isso, quem agoniza é o Brasil e seus cidadãos, diante da crise econômica mais brutal nunca antes vista na história, causada pela falência estrutural do Capimunismo de Bruzundanga.
Dilma e Cunha, junto com Renan Calheiros e companhia, farão o que for preciso para não caírem. Michel Temer vai conspirar por dentro e por fora. E a petelândia vai partir para o pau contra os aliados. Só um desastre que promova a autodestruição deles, na guerra de todos contra todos, é que pode criar o vácuo institucional que possa ser ocupado por quem tenha capacidade legítima de recolocar ordem nas coisas. Se isto vai acontecer ou não, só o tempo dirá...
O Brasil só muda de verdade se forem criadas condições objetivas para uma Intervenção Constitucional pelo poder instituinte do cidadão. Qualquer coisa diferente disto é armação, para que tudo fique como sempre esteve por aqui, sob desgovernança do crime organizado.
Tensão Suprema
O mais recente bate boca no Supremo Tribunal Federal, ontem, foi o indicador de que o clima anda pesadíssimo na cúpula dos poderes em crise institucional flagrante.
O presidente Ricardo Lewandowski e o ministro Gilmar Mendes trocaram agressões verbais por causa de uma polêmica sobre falta de vagas no sistema prisional.
Gilmar Mendes botou Lula no meio e deixou Lewandowski pt da vida, insinuando problemas sobre um irmão de Gilmar.
Lewandowski: Acho que o STF não pode, ou não deveria determinar a um órgão que tem autonomia administrativa e competências fixadas obrigações dessa natureza, pontual, no varejo. É como se o procurador-geral da República determinasse ao CNMP, que é autônomo.
Gilmar: Comparar o procurador-geral com o Supremo Tribunal Federal em discussão jurisdicional é uma impropriedade que não pode. A questão do trabalho do preso, tenha o nome que tiver... Se não, vamos ficar naquela disputa, do Bolsa Família com o Bolsa Escola, com os estelionatos eleitorais que se fazem.
Lewandowski: Não, o CNJ não faz nenhum estelionato.
Gilmar: Eu chamei de programa “Começar de Novo” o programa que faça as vezes dele. Vossa excelência não está tratando com a devida seriedade.
Lewandowski: Não, não, absolutamente. Peço que vossa excelência retire isso.
Gilmar: Porque eu não sou de São Bernardo (do Campo) e não faço fraude eleitoral.
Lewandowski: Eu não sou de Mato Grosso. Me desculpe, mas vossa excelência está fazendo ilações incompatíveis com a seriedade do Supremo Tribunal Federal.
Gilmar: Vossa excelência está insinuando...
Lewandowski: Eu não faço insinuações! Eu digo diretamente o que eu tenho a dizer, não insinuo nada. E vossa excelência está introduzindo um componente político na sua fala!
Gilmar: Pouco importa!
Infelicidade de quem?
Imitando a petelândia?
Indignidades
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