sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Morte anunciada

Morte anunciada


Por Milton Pires

Sambem, oh imbecis ! Aproxima-se a
hora esperada ! Sacudam-se as vossas bundas,
vomite-se a hóstia vencida, copule-se nas ruas
desertas, nos becos e pelas calçadas…

Até que a mentira engravide e nasçam nos vírus das
UPA'S, crianças já pedaladas, barragens de Pasadena,
vacinas de Mariana, efeitos da PETROBRAS, das
contas das bicicletas, das vilas sempre lotadas
das mortes cheias de ônibus, queimados no
seu desemprego…

Celebre-se essa epidemia dos cérebros sempre
menores e mude-se o tamanho das mentes na mais
provisória de todas as medidas – aquela em que é
o próprio Brasil que ri da sua eterna desgraça e
pensa que isso é cultura de paz e democracia,
solidário no seu egoísmo que chora com hora
marcada tragédias sempre distantes, que marcha
por outras causas...que sonha nas outras línguas
verdade eterna adiada...

Cante-se o Brasil de Espelhos em que nada
é realidade...tudo é eterno reflexo, das ONGS
e das minorias, imagem dos outros gêneros,
“reflexo da sociedade”.

Gritem Foucault para índios, Marx é dono
de empresas! “Sartrem” os analfabetos !
Nietzsche foi rebatizado ! …

Até que o país se diplome, até que uma tese de
escrita, colada em fonte viciada, limpe o banheiro
das Letras, da banca da nota comprada, e assim a
Nação se “traduza”, e publique em idioma perfeito,
poema da morte anunciada…

Dezembro, 2015.


Milton Simon Pires é Médico.

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