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Chegou a hora da revelação dos inimigos da dieta:
1) Barras de cereais, bolachas e biscoitos fit
São alimentos que passam a falsa percepção de saudáveis, estimulando o consumo por vezes excessivo. Muitas vezes são produzidos com gorduras trans, ingrediente nocivo e pró inflamatório, que agrava o estado de inflamação já causado pela obesidade no organismo. Além disso, boa parte destes produtos industrializados disponíveis no mercado é rico em frutose industrializada (HFGS). Ela é um tipo de açúcar mascarado – que favorece o acúmulo de gordura no fígado e estimula a produção de insulina – o que é um risco extra para quem já está próximo de problemas como diabetes. Prefira as frutas in natura ou as secas. Cenouras, pepinos e tomates cereja, fáceis de carregar em pequenos recipientes, também são boas opções.
2) Refrigerantes e sucos diet ou light e zero caloria
É amigos. O sabor doce do produto diet ou light engana seu cérebro. O paladar ao sentir o gosto adocicado envia a mensagem de que algo calórico está sendo consumido. Quando isso não ocorre, o apetite é estimulado, ainda que algumas horas depois. Alguns estudos mostram que o obeso que usa muito produtos diets acaba comendo mais ao fim do dia. Além disso, essa forma artificial de adoçar os líquidos pode resultar em disbiose intestinal, que é uma alteração na população de bactérias que habitam nosso intestino. Isto faz com que mais bactérias “más” do que “boas” morem em nosso órgão e pode se manifestar com prisão de ventre, intestino solto, dor abdominal, alergias de repetição , enxaqueca e má digestão. É no intestino que ocorre a maior parte da produção de serotonina, conhecida como substância da felicidade e do bem-estar. Com menos serotonina, ficamos mais ansiosos e buscaremos “conforto” em alimentos doces. Por isso, evite estes produtos. Para a sede, ainda não inventaram nada melhor do que a água.
3) A contagem de calorias
Contar calorias é um hábito disseminado como fundamental no emagrecimento, mas que não leva em consideração outras inúmeras variáveis que podem impactar diretamente na queima de gordura. Por exemplo: 100 kcal de uma barra de cereal estimula em demasia a produção de insulina – que favorece estoque de gordura no corpo – sem resultar em sensação de saciedade. Ao mesmo tempo, 100 kcal de abacate agem de forma completamente oposta, liberando menos insulina e favorecendo a saciedade. Mais importante do que o valor calórico do alimento, é como o nutriente que o compõe se comporta no nosso corpo. Fica muito claro quando comparamos 100 kcal de um brigadeiro com 100 kcal de uma laranja. Os dois são iguais? Posso optar entre ele então se quero emagrecer? Com o mesmo valor calórico, sabemos que a laranja tem fibras e nutrientes e isso não favorecerá a compulsão e o armazenamento de gordura, como ocorre com brigadeiro. Outra variável desconsiderada na contagem de calorias é o efeito térmico do alimento. Isto é: quanto de energia o organismo gasta para metabolizar aquele nutriente. Quando bebemos 100 kcal de 1 copo de refrigerante, não precisamos mastigar e nem digerir o alimento. O carboidrato existente neste produto (carboidrato é um outro nome para açúcar) não precisará ser quebrado em outras fontes de energia, não exigindo nenhum trabalho do corpo. Situação muito diferente ocorre para a digestão de 100 Kcal de banana ou 100 kcal carne.
4) A insistência em excluir a gordura da dieta
Gordura trans continua sendo vilã da saúde, mas tiranizar qualquer nutriente não é bom para emagrecer. As gorduras saturadas de alimentos naturais, por exemplo, estão se mostrando benéficas à saúde, segundo os novos estudos, ao contrário do que se propagou nas últimas décadas. A demonização da gordura da nossa alimentação fez com que naturalmente comêssemos menos gorduras e proteínas. Isso causou um desequilíbrio nutricional. Passamos a comer bem mais carboidratos (outro nome para açúcar, parece repetitivo, mas vale reforçar). Além disso a indústria alimentícia – se valendo desta percepção de que gordura amplia doença cardiovascular (que depois se mostrou infundada) retirou-a de alimentos como iogurtes e leites (os famosos 0% de gordura). No entanto, para manter o sabor, foi necessária a introdução de mais carboidratos – muitas vezes chamados de outros nomes como “frutose industrializada”. O consumo de gorduras saturadas é fundamental para a dieta saudável, porque exige menos produção de insulina e amplia a saciedade. O ideal é dosar carboidrato, proteína e gordura, em doses equilibradas, em todas as refeições.
5) A insistência em incluir o suco de laranja ou de uva na dieta
Outros dois alimentos que parecem extremamente saudáveis, mas que não é bem assim. Uma laranja tem 5 g de frutose e além disso possui fibras. Ao mastigarmos a fruta in natura, ativamos o metabolismo e favorecemos a saciedade por meio da liberação de uma substância chamada leptina. Já 200 ml de suco de laranja precisam de 4 a 5 laranjas para serem produzidos, o que corresponde de 20 a 25 g de frutose. Neste processo, perde-se as fibras e anula-se a mastigação, sem a produção da substância da saciedade. Já o suco de uva tem 30 g de frutose em 200 ml, o que corresponde a quase 1 kg de uva. Você comeria esta quantidade de uva em alguns segundos? Da mesma forma, seu pâncreas e fígado não estão preparados para receber tanto carboidrato (frutose) de uma vez.
6) Esquecer do combate ao cansaço
Não é possível vencer a epidemia da obesidade sem combater o cansaço. Quando estamos em um contexto favorável à exaustão, as duas glândulas adrenais ou suprarrenais – que estão instaladas logo acima dos rins – são afetadas diretamente. Os sintomas se dão em um processo em cadeia. Ao mesmo tempo em que o sedentarismo pode ser um gatilho do cansaço crônico, o cansaço crônico, por sua vez, também mina a disposição para a atividade física. Além disso, quando estamos cansados, nosso paladar tende a buscar alimentos calóricos em uma tentativa de recuperar a energia. Mas isto não ajudará em nada. Ficamos com ainda mais vontade de doces, guloseimas, refrigerantes açucarados e carboidratos refinados, fomentando o processo de ganho de peso. A orientação é investir em comida que combate o cansaço (comida in natura) e restringir o açúcar e os enlatados.
7) A fuga da musculação
Atividades de força se mostraram mais eficientes para emagrecer pois exigem um maior gasto energético nas horas seguintes do exercício – situação conhecida como EPOC do inglês Excess Post-Exercise Oxygen Consumption ou excesso de consumo de oxigênio pós-exercício. Duvidava do “emagreça dormindo”? Então, é quase isso. Quanto maior o EPOC maior o emagrecimento no fim do dia e isso independe das horas que você passa se exercitando.
8) Usar smartphones à noite
Por ser tão brilhante, a luz azul é amplamente usada em quase todos dispositivos de LED, incluindo smartphones, tablets, notebooks e TVs. O problema é que esta iluminação à noite interfere na qualidade e quantidade do sono. O componente desta iluminação suprime produção de melatonina, substância que, além de nos ajudar a dormir, também tem uma influência muito grande sobre a saúde em geral. As pesquisas já mostram que os efeitos vão além da insônia. A luz nos diz quando acordar e quando dormir. Quando a luz azul brilhante do aparelho eletrônico envia um sinal para que o cérebro pare de produzir melatonina, é desencadeada uma confusão no relógio biológico (imagina dar aquela olhada demorada no celular no meio da madrugada). Este processo afeta a termo regulação do organismo, podendo aumentar a pressão arterial, a resistência à insulina e a manutenção da obesidade. Isso não significa que o uso da luz azul é maléfico o tempo todo. Às vezes, é realmente benéfica para a sua saúde, até para preparar o cérebro para a hora do sono. Por isso, reserve a utilização destes aparelhos para o período da manhã e tarde. E não esqueça da exposição à luz solar, que ajuda na metabolização da vitamina D, um importante anti-inflamatório natural que auxilia também na redução do peso.
Cuide-se
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