Ainda as inverdades da "Omissão Nacional da Verdade"
Os membros da CNV, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti, Maria Rita Kehl, Pedro Dallari, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Cardoso, entregam o Relatório à Presidenta Dilma Rousseff, em cerimônia realizada em 10 de dezembro de 2014 no Palácio do Planalto. Foto: Fabrício Faria|CNV
Por Carlos I. S. Azambuja
A Omissão Nacional da Verdade, composta por 7 membros da escolha da presidentA da República, e terminando seus trabalhos com 6 membros devido à renúncia de um deles, relacionou os nomes de 434 pessoas mortas ou desaparecidas, no período de 1964 a 1985 (embora na Lei que a criou seus trabalhos devessem abarcar o período e 1946 a 1988), que teriam sido mortas ou desaparecidas por culpa de uma relação de 377 militares e civis, “responsáveis pelos crimes da ditadura”, como escreveu a Omissão.
Ocorre que ao divulgar a relação das 434 pessoas mortas ou desaparecidas pelos militares e civis, a Omissão mais uma vez MENTIU!
Consultando a referida lista constata-se que pelo menos 12 pessoas relacionadas NÃO FORAM MORTAS OU DESAPARECERAM POR CULPA DE MILITARES OU CIVIS BRASILEIROS, o que significa que a Omissão Nacional da Verdade MENTIU à PresidentA e ao povo brasileiro. E ficou tudo por isso mesmo. Simples, assim... Essas pessoas são as seguintes:
JUAREZ GUIMARÃES DE BRITO, do comando da Vanguarda Popular Revolucionária, que cometeu o suicídio em 18 de abril de 1970, no Rio de Janeiro, ao ver-se cercado pela chamada repressão.
EIRALDO PALHA FREIRE, faleceu no Hospital de Aeronáutica do Galeão em 4 de julho de 1970, após ser baleado, em 1 de julho, quando tomava parte na tentativa de seqüestro do Caravelle PP-PDX, da Cruzeiro do Sul, no Aeroporto do Galeão.
JAMES ALLEN LUZ, militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, morto em acidente de automóvel por ele dirigido, no RS, em 16/11/1977.
ROSALINO CRUZ SOUZA (“Mundico”), militante do PC do B na Guerrilha do Araguaia, cujo nome foi grafado incorretamente no relatório da Omissão Nacional da Verdade, como ROSALINDO SOUZA. Sua morte não foi da responsabilidade de nenhum dos 377 militares ou civis “responsáveis por crimes da ditadura”, como assinala mentirosamente o relatório da Omissão da Verdade. Ele foi “justiçado” por sua companheira de armas DINALVA CONCEIÇÃO TEIXEIRA (“Dina), como amplamente divulgado em livros e artigos.
JANE VANINI, militante do Movimento de Libertação Popular, morta no Chile em 6/12/74, como militante do MIR-Movimiento de Izquierda Revolucionária.
TULIO ROBERTO CARDOSO QUINTILIANO, militante no Brasil do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, dado como desaparecido no Chile em outubro de 1973.
ZULEIKA ANGEL JONES, morta em acidente automóvel por ela dirigido, no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1976.
VÂNIO JOSÉ DE MATOS, morto no Chile em 16/10/1973, após ser preso e levado para o Estádio Nacional.
TITO DE ALENCAR LIMA, integrante de uma relação de banidos do Brasil, trocado pela vida de um embaixador seqüestrado, cometeu o suicídio na França em 10/8/1974.
NILTON ROSA DA SILVA, morto no Chile em 15/6/1973, como militante do MIR-Movimiento de Izquierda Revolucionária.
NELSON E SOUZA KHOL – desaparecido no Chile em 15/9/1973.
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA – desaparecido no Chile em 14/9/1973.
FRANCISCO TENÓRIO CERQUEIRA JUNIOR, músico brasileiro desaparecido em Buenos Aires.
MARIA AUXILIADORA LARA BARCELOS, cometeu suicídio na Europa.
GUSTAVO BUARQUE SCHILER, cometeu suicídio no Rio, atirando-se do alto de um edifício em Copacabana.
MARIA AUXILIADORA LARA BARCELOS, cometeu suicídio na Europa.
GUSTAVO BUARQUE SCHILER, cometeu suicídio no Rio, atirando-se do alto de um edifício em Copacabana.
Como se observa, e como já assinalei em alguns e-mails, o relatório da Omissão Nacional da Verdade é MENTIROSO! Está eivado de inverdades e presunções, apontando como criminosos patriotas militares e civis que evitaram que o Brasil fosse transformado em um Cubão.
Como exemplo, o tal relatório apontou como torturador o Marechal do Ar Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea Brasileira, além dos presidentes da República no período 1964/1985, diversos chefes militares, e vários outros, pelo simples fato de terem sido designados para servir em Órgãos de Inteligência.
Infelizmente constato que nunca os atuais chamados comandantes militares se pronunciaram para defender seus antecessores e seus subordinados da Marinha, Exército e Aeronáutica, o que será cobrado pelas futuras gerações!
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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