Principal arma do cruzador Almirante Nakhimov são 24 mísseis alados supersônicos Foto: ITAR-TASS
Dmítri Litóvkin, especial para Gazeta Russa
O Ministério da Defesa vai gastar 5 bilhões de rublos na reforma e modernização de um dos mais possantes cruzadores pesados de mísseis nucleares russos, o "Almirante Nakhimov", cruzador do projeto 1144, tipo “Orlan”. Após 25 anos em que ele permaneceu inativo, foi decidido transformar esse cruzador no mais poderoso navio de combate da frota russa.
A principal arma do cruzador Almirante Nakhimov são 24 mísseis alados supersônicos, “Granit” com ogivas nucleares. Dotado de sistema de inteligência artificial, são capazes de afundar qualquer alvo marinho seja ele único ou constituído por um grupo. Sendo que o cruzador será invulnerável ao ataque de aeronaves e de mísseis inimigos, pois a bordo está disposto um arsenal de 2 sistemas de mísseis antiaéreos ("Fort" e "Kinjal"), um sistema de defesa antissubmarino "Bodopad", 6 unidades de sistemas de defesa antiaérea de mísseis e artilharia de curto alcance "Kortik".
De acordo com Vadim Koziúlin, professor da Academia de Ciências Militares, a decisão de integrar novamente o cruzador à Marinha foi ditada pelo desejo do Kremlin de tornar-se um contrapeso político para a Casa Branca, bem como pela necessidade de proteger as suas águas árticas.
O cruzador modernizado, "Almirante Nakhimov", deve ser integrado à Marinha em 2018. Nessa ocasião, dois porta-helicópteros de assalto franceses também vão passar a integrar a frota e será cumprido o contrato de fornecimento de caças de convés para rearmar o cruzador porta-aviões "Almirante Kuznetsov".
“Qualquer porta-helicóptero ou porta-aviões tem necessidade de uma escolta militar. Na verdade, foi com esse intuito que projetaram, na ocasião, os cruzadores do projeto 1144”, - diz o antigo vice-comandante-chefe da Marinha, Ígor Kassatonov.
Como resultado, Moscou terá duas esquadras oceânicas, capazes de uma estadia prolongada, distante de suas próprias margens. É claro que o seu poder de ataque não poderá ser comparado, por exemplo, com a frota americana. Mas, de acordo com a opinião do professor da Academia de Ciências Militares, Vadim Koziúlin, será suficiente para que Washington comece a considerá-lo.
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