MP apura suposta conduta corporativista de corregedor do ItamaratyO inquérito civil público, instaurado em 3 de junho de 2013, é baseado em denúncias publicadas no Correio em abril
Publicação: 28/07/2013 06:03 Atualização:
Palácio Itamaraty, em Brasília: nos últimos 10 anos, apenas um servidor foi desligado do MRE, apesar da sucessão de irregularidades descobertas |
O Ministério Público Federal (MPF) investiga a conduta do corregedor do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Heraldo Póvoas de Arruda, por suposta improbidade administrativa em relação aos procedimentos instalados na repartição sob sua responsabilidade. O inquérito civil público, instaurado em 3 de junho de 2013, é baseado em denúncias publicadas no Correio em abril. Há casos de desvio de dinheiro público, contas que não fecham, homofobia, assédio sexual, sumiço de obras de arte e até de utilização do prédio de uma embaixada para casamento de amigos.
Os resultados são quase sempre nulos. A corregedoria é apática diante dos malfeitos. O corporativismo é tão evidente que, nos últimos 10 anos pelo menos, de acordo com o Portal da Transparência, apenas um servidor acabou desligado do MRE. Há casos graves em que nem sequer o procedimento correicional é aberto.
Em ofício encaminhado ao embaixador Póvoas, o procurador da República Igor Nery Figueiredo pede que o Itamaraty informe “a quantidade de procedimentos sob sua condução, com extrato resumido de seu objetivo e fase procedimental, o organograma e a estrutura do órgão e cópia em mídia do inteiro teor dos procedimentos que apuraram os fatos mencionados nas reportagens”.
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