O Rio Grande do Sul no espaço
02.07.2013
Desde o início dos anos 90 o Estado do Rio Grande do Sul, no Extremo Sul do Brasil, vem produzindo sua própria política externa com a intenção de atender seus interesses de forma diferenciada.
Naquela época, tentou-se interessar a montadora russa Lada a instalar uma fábrica aqui no estado. As notícias de então, davam conta de que as conversações avançaram bastante e houve interesse da montadora em vir para cá, mas o cenário não era favorável: a Lada era uma montadora estatal, advinda da recém extinta URSS,
estava num momento de redefinição de rumos, sem experiência internacional para encetar um projeto daquela envergadura, altamente desafiador para aquele momento de sua história. A ideia não seguiu curso e declinou.
Continuou a iniciativa gaúcha de abrir espaços e novas oportunidades de investimentos diferenciados para ampliar o espaço econômico do Rio Grande do Sul, e nisto, tentou-se a negociação para a vinda de uma indústria de brinquedos, algo até então inédito, mesmo a nova iniciativa, não se traduziu em projeto e as coisas foram sendo arquivadas.
A mais nova tratativa, talvez a mais importante em termos estratégicos, teve ponto de partida em abril deste ano, com a Missão gaúcha à Palestina para trazer tecnologia de cultivo de oliveiras e a Israel, para o projeto de um polo aeroespacial em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. A ideia seria uma iniciativa conjunta dos órgãos da administração pública estadual, das universidades e das indústrias e das tecnologias locais disponíveis e aperfeiçoáveis, para produzir e lançar satélites de baixo custo, mas altamente tecnologizados, para serem empregados em pesquisas espaciais e ampliar a capacidade local de produção de conhecimento.
A delegação foi liderada pelo governador Tarso Genro e foram assinados diversos protocolos de intenções que poderão, num futuro próximo, traduzir-se em resultados importantes para a economia e a área do conhecimento locais. Se concretizada, o Rio Grande do Sul terá a segunda base de lançamentos de satélites do Brasil, ampliando a capacidade e as oportunidades de trabalho em toda a região, bem como, a descentralização das atividades nessa área, hoje toda focada no estado de São Paulo, com a base de lançamentos em Alcântara, no estado do Maranhão.
Os ganhos serão imensuráveis.
Pravda.RU
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por Márcio Denison Cougo de Cougo
Bagé - Brasil
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