terça-feira, 30 de junho de 2015

PROTESTO DOS MOTORISTAS

PROTESTO DOS MOTORISTAS


Revoltados  com  o  preço  dos  combustíveis,  os motoristas  decidiram protestar: criaram um adesivo que é colado na boca do tanque. 
As fotos dispensam explicações e comentários. 


A presidente, ao tomar conhecimento de que foi colocada numa situação tão constrangedora, ficou irritadíssima  e deu "pedaladas" e "mandiocadas" no que encontrou pela frente...

Em breve o adesivo estará nas bancas e lojas da cidade.

Sucesso de vendas!

Não difamem nossas Forças Armadas, liderança em Intervenção são os Militares no Generalato.

Não difamem nossas Forças Armadas, liderança em Intervenção são os Militares no Generalato.

Editado por Silmara Schupel.

 “Poder Nacional é a capacidade que tem o conjunto dos homens e meios que constituem a Nação, atuando em conformidade com a vontade nacional, para alcançar os Objetivos Nacionais”

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) publicou uma nota em apoio ao juiz Sérgio Moro
A Ajufe não vai admitir alegações genéricas e infundadas de que as prisões decretadas nessa 14ª fase da Operação Lava Jato violariam direitos e garantias dos cidadãos.
A Ajufe também não vai admitir ataques pessoais de qualquer tipo, principalmente declarações que possam colocar em dúvida a lisura, eficiência e independência dos magistrados federais brasileiros.


Diversos debatedores em “hangouts” falam sobre Intervenção. Que os militares só agirão com o povo nas ruas, que os militares estão coniventes, que precisamos pressionar os militares. Mas, por fim, pedem dinheiro. Contas para deposito são divulgadas com a intenção de angariar fundos para viagens dos “lideres” intervencionistas, os pseudo capitães, coronéis e generais.
Se gastos tiverem de ser "cotizados", que haja prestação de contas, não calote.

A Intervenção não é nem pode ser comprada, não depende de dinheiro nem de financiamento de viagens e hospedagens de lideres, o que não há. 
Liderança em Intervenção são os Militares no Generalato, possuidores de curso de estratégia política e, diga-se, de excelência, ministrado pelas Escolas de Comando de Estado Maior das Forças.




Lógico que cientistas políticos se esmeram neste aprendizado, conseguindo debater com certa confiança em suas palavras. Porém, com algumas restrições.

Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente do grupo de estudos União Nacionalista Democrática.

Militar sem visão ampla até tem, mas aos que estão na atividade fim da caserna, o Generalato tem visão abrangente, tanto nacional como do mundo.

Mas só os militares estão diariamente visualizando, interpretando e avaliando o cenário político.
Só a eles cabem decisão acertada sobre nosso destino como Nação independente, como está acontecendo. Basta ouvir o silêncio.
Não esperem tanques nas ruas, pelo menos por enquanto.

Não difamem as Forças Armadas, não as desmereçam, não as acuse de leniência e conivência. Isso que a esquerda quer, fazem há décadas.


Façam a Intervenção acontecer, mostrem total apoio às nossas Forças Armadas, aos Juízes de Fato e de Direito que com mérito alçaram seus cargos. 

Nada de acusações de conivência, nada de pessimismo com palavras como “vai acabar em pizza”, “não vai dar em nada”. É isso que a esquerda quer. Contar com o descrédito como aliado, é só o que lhes resta.

LULA PÕE PT CONTRA LAVA JATO

LULA PÕE PT CONTRA LAVA JATO

Editado por Silmara Schupel.

Não demorou muito a reação do PT à prisão do dono da Odebrecht, bom amigo de Lula. Depois de Rui Falcão ter recebido instruções precisas do ex-presidente, a Executiva petista reuniu-se na quinta-feira em São Paulo e aprovou uma resolução. 
Nela, o Partido dos Trabalhadores faz a defesa das empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás, sob o falacioso argumento de que as prisões “sem fundamento” da Operação Lava Jato são “arbitrárias” e o “prejulgamento” das construtoras terá consequências negativas para a economia nacional, com a paralisia de obras de infraestrutura e consequente aumento do desemprego.

Para obedecer ao chefe, a direção do PT finge ignorar que as “consequências para a economia nacional” já são uma amarga realidade, principalmente no que diz respeito à taxa crescente de desemprego. E isso não por culpa da Lava Jato, e sim da incompetência e irresponsabilidade do governo petista. A grande maioria, 65% dos brasileiros, concorda com isso, como revelam as pesquisas.

À suspeita de que tem sido beneficiado pela generosidade de prósperos empreiteiros cuja amizade conquistou quando estava na Presidência – exemplo notório de Marcelo Odebrecht –, Lula e seus defensores respondem que hoje ele é apenas um cidadão comum, ex-presidente da República que tem importantes e bem-sucedidas experiências políticas e sociais a transmitir aos interessados e por isso aceita ser pago por quem se dispõe a patrocinar suas palestras mundo afora. 
É apenas trabalho que não tem nada a ver com o governo. Exatamente como acontece, por exemplo, com ex-presidentes americanos. São argumentos falaciosos, como demonstra essa última resolução do PT em defesa das empreiteiras. 
Lula não é um cidadão comum – logo quem! –, mas um político muito ativo que tem forte influência no governo e no partido que o sustenta. Tornou-se lobista. Afinal, seus bons amigos empreiteiros não são generosos mecenas interessados em disseminar ideias progressistas pelo mundo, mas negociantes que sabem muito bem onde vale a pena colocar seu dinheiro. 
É óbvio, portanto, que, ao alinhar o PT na defesa das empreiteiras envolvidas até o pescoço no propinoduto da Petrobrás, Lula está preocupado apenas em manter a fidelidade das relações mútuas com os bons amigos que tem no mundo dos negócios.

O combate à corrupção, sintomaticamente, nunca foi tema relevante no discurso do dono do PT, ao contrário do que acontece com Dilma Rousseff, que não perde oportunidade para proclamar sua “luta sem tréguas” contra os malfeitos na vida pública. 
E o PT, por sua vez, é useiro e vezeiro em gabar-se de que nunca antes tanta “gente importante” foi parar na cadeia. 
É propaganda enganosa. Observe-se que recentes manifestações de Lula, obviamente entre quatro paredes, contradizem o discurso de Dilma e do PT. O ex-presidente tem feito pesadas críticas ao ministro da Justiça a respeito das investigações da Lava Jato, reclamando de que José Eduardo Cardozo “perdeu o controle” sobre a Polícia Federal (PF), a ele subordinada. Seria o caso de inferir dessas declarações que, se Lula ainda fosse presidente, aos policiais federais e aos procuradores da República já teria sido ordenado que cuidassem da própria vida ou investigassem a oposição?

O juiz Sergio Moro, cujo rigor na coordenação da Lava Jato incomoda quem tem culpa no cartório, tornou-se alvo da mesma campanha de satanização que Lula e o PT conduziram contra o ministro Joaquim Barbosa no episódio do mensalão. A resolução petista de quinta-feira não cita nomes, mas pega pesado: “Se as prisões preventivas sem fundamento se prolongarem (...), não é a corrupção que está sendo extirpada. 
É um estado de exceção sendo gestado”. E, para não perder a oportunidade, os petistas protestaram também, mais uma vez, contra a prisão “inaceitável” de seu ex-tesoureiro João Vaccari Neto, personagem que aparentemente tem muito a dizer, a julgar pelo enorme empenho do partido em reverenciá-lo.

O tom das críticas do PT à Operação Lava Jato mostra a crescente preocupação de Lula com investigações que se aproximam dos agentes políticos. É por isso que o ex-presidente decidiu tomar “providências”, acusando o governo Dilma de negligência e açulando o PT contra o juiz Sergio Moro e tudo o que possa representar uma ameaça ao seu direito de ir e vir

ESTADÃO - 28 de junho de 2015

Quanto mais a investigação se aproxima de seu nome, Lula mostra em sua fala o desespero que lhe toma conta. Seus argumentos, que nunca existiram, são os mesmos, tentar na voz de outros, declarar ilegalidade, perseguição e "estado de excessão". Esquece ele que até os mais humildes estão se instruindo, se não pela leitura e pelo conhecimento, pela observação do cenário ao seu redor.

Afinal uma noticia de superação, Brasil é líder em consumo e distribuição. De cocaína!

Afinal uma noticia de superação, Brasil é líder em consumo e distribuição. De cocaína!

Editado por Silmara Schupel. 

O Brasil se transforma em um dos maiores mercados para a cocaína, com uma prevalência que supera a dos Estados Unidos e atinge mais de quatro vezes a média mundial. Os dados estão sendo publicados nesta sexta-feira, 26, pelo Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (UNODC, na sigla em inglês), que também revela que o Brasil passou a ser o maior centro de distribuição de cocaína no mundo da última década, citado em 56 países como o local de trânsito da droga.
Segundo a ONU, produção de coca no mundo parece ter atingido seu ponto mais baixo desde 1990. O informe também aponta para uma contração nos mercados dos Estados Unidos e da Europa.
Mas é o consumo na cocaína na América do Sul que mais preocupa e o Brasil segue uma tendência inversa. A taxa de prevalência da droga na região passou de 0,7% da população em 2010 - com 1,8 milhões de usuários - para 1,2% em 2012, um total de 3,3 milhões de pessoas. As taxas sul-americanos são hoje três vezes a média mundial e parte do aumento teria ocorrido por causa do aumento do mercado no Chile e na Costa Rica.
"Mas o aumento do uso de cocaína na região é liderada pelo aumento do uso no Brasil, que é o maior mercado de cocaína na América do Sul", alertou a ONU. "Apesar de não haver uma pesquisa recente no Brasil, extrapolando dados a partir de pesquisas com estudantes universitários, a UNODC estima que a prevalência do uso da cocaína seja de 1,75% da população adulta do País", indicou.
O dado se contrasta com a estimativa da ONU de que a cocaína seja consumida por 0,4% da população adulta mundial. Se ela continua elevada na América do Norte e na Europa, o informe revela também que existe uma "tendência geral de queda" nesses mercados.
Nos Estados Unidos, a estimativa é de que a prevalência da cocaína chegue a 1,6% da população a partir dos 12 anos de idade. No total, o mundo contaria com um total de 17 milhões a 20 milhões de usuários da droga.
Neste ano, o informe aponta para uma queda do cultivo da coca, chegando a seus menores níveis desde 1990. Na Colômbia, a capacidade de produção seria a menor desde 1996. Mesmo com um cultivo mundial equivalente a 170 mil campos de futebol, a destruição de áreas levou a uma redução da plantação em 10% entre 2012 e 2013.
Para a ONU, a queda do cultivo pode ter tido um impacto também na queda do consumo, com menor acesso ao produto nos Estados Unidos e no Canadá. Ações coordenadas entre vários países e uma guerra entre grupos criminosos também ajudaram na redução do consumo.
Trânsito
O Brasil ainda foi mencionado 1,7 mil vezes como país de trânsito entre 2005 e 2014. Em termos de citações, é superado pela Argentina, mencionada em cerca de 2,1 mil casos em dez anos. Mas o número de países que indicaram o Brasil é o maior do mundo, revelando que o território nacional seria a maior base de exportação da droga.
Quarenta e cinco países de destino da cocaína mencionaram a Argentina como ponto de trânsito, contra 31 para a Colomba. Incluindo todas as demais drogas, apenas o Paquistão supera o Brasil, com 178 países do mundo o citando local de trânsito da heroína.
"Por conta de sua posição geográfica, o Brasil tem um papel estratégico no tráfico de cocaína, e os confiscos dobraram no País em 2013 para mais de 40 toneladas", indicou a ONU.
"A cocaína entra no Brasil por avião, por terra (carros, caminhões e ônibus), por rio (barcos que cruzam o Amazonas), antes de ser enviada para o exterior, principalmente para a Europa, tanto de forma direta como via África", declarou a ONU - 30% da droga confiscada no Brasil tem o mercado externo como objetivo.
Somando todas as drogas ilícitas, a ONU estima que existam 246 milhões de usuários no mundo, pouco mais de 5% da população entre 15 e 64 anos de idade - 27 milhões de pessoas seriam dependentes, dos quais metade por drogas injetáveis.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pentágono nuclear contra a Rússia

Pentágono nuclear contra a Rússia

28.06.2015
 
Pentágono nuclear contra a Rússia. 22445.jpeg
Todos lembramos como, no início de junho, o presidente Putin anunciou que a Rússia instalaria mais de 40 novos mísseis balísticos intercontinentais "capazes de superar até os mais avançados sistemas de defesa antimísseis". 
Oh! O Pentágono e seus asseclas europeus piraram completamente e desde então fazem hora extra, trabalhando sem parar.

Primeiro, foi o secretário-geral da OTAN o figurão norueguês Jens Stoltenberg, que condenou a ação como "provocação nuclear [orig. saber rattling, lit. 'agitar os sabres' (NTs)]. 

Depois, foi o tenente-general Stephen Wilson, comandante do US Global Air Strike Command [Comando norte-americano para ataque aéreo global] - e o responsável pelos mísseis balísticos intercontinentais e bombardeiros nucleares dos EUA - em recente encontro com jornalistas em Londres: "[Eles] anexaram um país, mudaram fronteiras internacionais, escalaram a retórica a um nível que não se ouvia desde os tempos da guerra fria..."

Estava pronto o cenário para a indefectível comparação com os nazistas: "Algumas das ações recentes da Rússia são coisas que não se viam desde os anos 1930s, quando países inteiros eram anexados e fronteiras mudadas por decreto."

Obedecendo à Voz do Dono, a União Europeia já prorrogou as sanções contra a Rússia. E logo em seguida El Supremo do Pentágono Ashton Carter, em Berlim, declarou que a OTAN deve levantar-se contra - e o que poderia ser? - a "agressão russa" e seus "esforços para restabelecer uma esfera de influência como da era soviética"

Está aberta a sessão de apostas sobre o que está por trás desses discursos. Pode ser porque a Rússia atreveu-se a meter aquele país enorme bem ali, tão perto de tantas bases da OTAN. Pode ser por causa de um bando de imbecis que comicham de vontade de iniciar uma guerra em solo europeu, para, afinal, "libertar" todo aquele petróleo, gás, minérios, coitados, que vivem subjugados e oprimidos na Rússia e nos "-stões" da Ásia Central.

Desgraçadamente, é tudo muito, muito grave.

Comprem os bilhetes para o próximo filme 'de OTAN' 
Vastas desoladas porções da "Think-tankelândia" norte-americana já admitem afinal que se trata do imperativo excepcionalista de impedir "a ascensão de um hegemon na Eurásia". Ora... Não estão só "parcialmente", mas completamente errados, porque para Rússia - e China - o nome do jogo é integração da Eurásia mediante comércio e trocas.

Assim se despacha para a lata do lixo retórico toda a conversa sobre o pivoteamento "para a Ásia". Para o governo Obama, que se autoapresenta como "Não faça merdacoisa estúpida", e para o Pentágono - o nome do jogo é firmar uma Nova Cortina de Ferro do Báltico ao Mar Negro, e separar a Rússia da Europa.

Assim, não foi surpresa que no início de junho, o Office of Net Assessment [Gabinete de Avaliação da Rede] do Pentágono, ele próprio um think-tank, tenha contratado outro think tank, o Centro para Análise da Política Europeia [orig. the Center for European Policy Analysis (CEPA)], para produzir - e o que seria? - alguns jogos de guerra.

CEPA é dirigido por A. Wess Mitchell, ex-conselheiro do ex-candidato Republicano à presidência e mestre da sensaboria mental Mitt Romney. Mitchell - que dá a impressão de ter sido reprovado em História na 3ª série - define a Rússia como uma neo-Cartago: "poder sombrio, sinistro, punitivo, decidido a levar adiante uma política externa vingancista, para derrubar o sistema que ele responsabiliza pelo fim da sua antiga grandeza."

A inteligência russa está muito bem informada sobre essas manobras dos EUA. Portanto, não é absolutamente de estranhar que Putin nunca descuide da obsessão da OTAN com construir um sistema de mísseis de defesa na Europa, bem próximo da fronteira oeste da Rússia: "É a OTAN que está vindo na direção de nossas fronteiras. Nós não estamos andando para lado algum."

A OTAN, enquanto isso, apronta-se para sua próxima superprodução: Operação "Trident Juncture 2015", o maior exercício da OTAN desde o final da Guerra Fria, que acontecerá na Itália, Espanha e Portugal, do dia 28 de setembro até 6 de novembro, com unidades especiais de terra, mar e ar de 33 países (28 da OTAN e cinco aliados).

A propaganda da OTAN fala de mostrar "alta visibilidade e credibilidade", teste para sua "Força de Resposta" de 30 mil soldados. E não é só sobre a Rússia, nem só ensaio de preposicionamento de suficiente armamento pesado para 5 mil soldados na Lituânia, Latvia, Estônia, Polônia, Romênia, Bulgária e Hungria.

É também sobre a África, e a simbiose OTAN/AFRICOM (lembram-se da "liberação da Líbia?). O comandante El Supremo da OTAN, general Breed-Raiva, digo, Breed-Amor [Breedhate, sorry, Breedlove], pavoneava-se para jornalistas, que "os membros da OTAN terão grande papel no Norte da África, no Sahel e na África Subsaariana."

Sinta o amor do meu S-500 
No que tenha a ver com a Rússia, toda essa histeria pró-guerra é patética.

Fatos: no governo de Putin, a Rússia ativamente reconstruiu sua força estratégica de mísseis nucleares. As estrelas do show são o Topol M - míssil balístico intercontinental que voa a 16 mil milhas/hora - e o sistema S-500 de mísseis de defesa, que voa a 15.400 milhas/hora e efetivamente blinda o espaço aéreo russo.

Já ao raiar o milênio, a inteligência russa identificou que os mísseis seriam as armas do futuro; nada de porta-aviões pesadões e frota de superfície que podem ser facilmente esmagados por mísseis top-class (como os novos mísseis SS-NX-26 Yakhont, antinavios, que voa à velocidade de 2,9 Mach).

O Pentágono sabe disso - mas a húbris impõe a conversa de "somos invencíveis". Não, vocês não são invencíveis; submarinos russos silenciosos nas costas dos EUA podem engajar-se em tiro (nuclear) ao peru e derrubar qualquer grande cidade dos EUA em poucos minutos, em total impunidade. Em apenas 15 anos, a Rússia saltou duas gerações à frente dos EUA nos mísseis, e pode estar à beira de capacidade nuclear para primeiro ataque; e os EUA não podem retaliar, porque o Pentágono não tem como passar pelos S-500s.

A opinião pública nos EUA não sabe nada disso. Portanto, ainda resta a encenação de valentia. Como o comandante do Estado-maior das Forças Conjuntas  general Martin Dempsey a 'declarar' que os EUA "estão analisando" a ideia de dispor mísseis terra-ar - com ogivas nucleares - que chegariam a cidades russas em toda a Eurásia.

Não presta nem como provocação infantil - e inacreditavelmente temerária. Os tais mísseis seriam inúteis, imprestáveis. Os EIA têm mísseis instalados em submarinos, que tampouco conseguiriam atravessar as defesas russas: os S-500s farão o serviço. Daí que, se Pentágono e OTAN realmente querem guerra, eles que esperem até o ano que vem, ou 2017, o mais tardar - com ou 'The Hillarator' ou Jeb "Não sou Bush" na Casa Branca -, quando a instalação de todo o sistema S-500 estará completada.

Putin sabe extremamente bem o quanto são perigosas essas provocações. Por issoPutin enfatizou que a retirada unilateral dos EUA do Tratado dos Mísseis Antibalísticos (ABM) - que determinava que nem EUA nem URSS tentariam neutralizar a contenção nuclear do outro lado com escudo antimísseis - está empurrando o mundo para uma nova Guerra Fria: "Isso de fato nos empurra para mais um round da corrida armamentista, porque muda o sistema da segurança global."

Washington separou-se unilateralmente do Tratado dos Mísseis Balísticos durante a era Dábliu, do "eixo do mal", em 2002. O pretexto foi que os EUA careciam de "proteção" contra os estados bandidos, naquele momento identificados como Irã e Coreia do Norte. O fato é que isso liberou o Pentágono para construir um sistema global contra mísseis apontado contra - e quem seria? - os únicos países que realmente 'ameaçam' o hegemon: dois países BRICS, Rússia e China.

Ash, o OTAN-Terminator, em ação 
Sob o comando do neoconservador Ash Carter - comparado ao qual Donald Rumsfeld é uma Cinderella - o Pentágono tem-se apresentado como o OTAN-Terminator.

As "opções" que estão sendo consideradas contra a Rússia são um escudo de mísseis ofensivos sobre toda a Europa, para derrubar mísseis russos (escudo inútil, contra oTopol M); uma "contraforça" (em Pentagonês), que implica ataques preventivos não nucleares contra sítios militares russos; e "capacidades para compensar ataques" [orig. countervailing strike capabilities], expressão que, em Pentagonês, significa ataques preventivos com mísseis nucleares contra alvos - e cidades - dentro da Rússia.

Aqui, pois, estamos falando do impensável: um ataque nuclear preventivo contra a Rússia. Se isso acontecer, só há um cenário: guerra nuclear total. O simples fato de isso ser considerado uma das "opções sobre a mesa" revela tudo que é preciso saber sobre o que passa por "política externa" no coração da Nação Indispensável.

No Iraque, um ataque preventivo - embora não nuclear - foi "autorizado" por causa de inexistentes armas de destruição em massa. Quer dizer: o planeta sabe que o 'Império do Caos' é capaz de inventar qualquer pretexto. No caso da Rússia, o Pentágono pode até fazer pose de OTAN-Terminator o quanto queira, mas não será como passeio no parque; afinal em menos de dois anos, o espaço aéreo russo estará efetivamente vedado pelos S-500s.

Cuidado com o 'Choque e Pavor' que vocês procuram. De qualquer modo, não há chance de o Pentágono tomar a sério o que Putin diz (Ash Carter, falando aos quatro ventos, é doido por mudança de regime. Recentemente, o presidente russo disse claramente, e não poderia ter sido mais explícito: "Isso não é diálogo. É ultimato. Não falem conosco na língua dos ultimatos."

A Destruição Mútua Garantida [ing. Mutually Assured Destruction, MAD] - já é passado. Manteve uma paz meio incômoda, mas paz, durante as sete décadas de Guerra Fria. A Guerra Fria 2.0 é linha duríssima, puro hardcore. E com todos esses Dr. Fantástico-Breed-Raiva soltos, a loucura nuclear vem aí, cinco segundos antes da meia-noite. *****
23/6/2015, Pepe Escobar, RThttp://rt.com/op-edge/269176-pentagon-OTAN-russia-nuclear-missiles/

domingo, 28 de junho de 2015

Lula treme

Lula treme

Editado por Silmara Schupel.

Temendo a prisão, Lula revela desespero ao criticar publicamente o PT. O ex-presidente, que tem dormido pouco, apresenta crises de choro, diz que o governo Dilma não tem mais jeito e avalia que a vitória de Aécio em 2014 poderia até ter sido melhor

Sérgio Pardellas (sergiopardellas@istoe.com.br)
O ex-presidente Lula anda insone. Segundo amigos próximos, o petista não consegue sossegar a cabeça no travesseiro desde a prisão, há duas semanas, de Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do País, e do executivo Alexandrino Alencar, considerados os seus principais interlocutores na empresa. Tem dormido pouco. Nem quando recebeu o diagnóstico de câncer na laringe, em 2011, o petista demonstrou estar tão apreensivo como agora. Pela primeira vez, desde a eclosão da Operação Lava Jato para investigar os desvios bilionários da maior estatal brasileira, a Petrobras, Lula teme amargar o mesmo destino dos empreiteiros. Até um mês atrás, o ex-presidente não esperava que sua história poderia lhe reservar outra passagem pela cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em casa pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão – desta vez em tempos democráticos – é real. Na quinta-feira 25, o tema ganhou certo frisson com a divulgação de um pedido de habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente impetrado na Justiça Federal do Paraná. Descobriu-se logo em seguida, no entanto, que a ação considerada improcedente pelo Tribunal Regional Federal não partiu de Lula nem de ninguém ligado a ele. Mas, de fato, o político já receia pelo pior. O surto público recheado de críticas ao governo Dilma Rousseff e petardos contra o partido idealizado, fundado e tutelado por ele nos últimos 35 anos expôs, na semana passada, como os recentes acontecimentos têm deixado Lula fora do eixo.
abre.jpg
FORA DO EIXO
Vivendo o pior momento de sua história, Lula atira contra a
própria obra. Pela primeira vez, o ex-presidente teme os
desdobramentos da Operação Lava Jato
Em privado, o ex-presidente exibe mais do que nervos à flor da pele. Na presença de amigos íntimos, parlamentares e um ex-deputado com trânsito nos tribunais superiores, Lula desabou em choro, ao comentar o processo de deterioração do PT. Como se pouco ou nada tivesse a ver com a débâcle ética, moral e eleitoral da legenda, ele lamentou: “Abrimos demais o partido. Fomos muito permissivos”, justificou. Talvez naquela atmosfera de emoção, Lula tenha recordado de suas palavras enunciadas em histórica entrevista à ISTOÉ no longínquo fevereiro de 78, quando na condição de principal líder sindical do ABC paulista começava a vislumbrar o que viria a ser o PT, criado em 1980. “Para fazer um partido dos trabalhadores é preciso reunir os trabalhadores, discutir com os trabalhadores, fazer um programa que atenda às necessidades dos trabalhadores. Aí pode nascer um partido de baixo para cima”, disse na ocasião. Hoje, o PT, depois de 12 anos no poder, não reúne mais os trabalhadores, não discute com eles, muito menos implementa políticas que observem as suas necessidades. Pelo contrário, o governo Dilma virou as costas para os trabalhadores, segundo eles mesmos, ao vetar as alterações no fator previdenciário, mudar as regras do seguro para os demitidos com carteira assinada e adotar medidas que levam à inflação e à escalada do desemprego. Agora crítico mordaz da própria obra, Lula sabe em seu íntimo que não pode se eximir da culpa pela iminente derrocada do projeto pavimentado por ele mesmo.
Restaram os desabafos, sinceros ou não, e a preocupação com o futuro. Num dos momentos de lucidez, o ex-presidente fez vaticínios impensáveis para quem, até bem pouco tempo, imaginava regressar triunfante ao Planalto daqui a três anos. Em recentes conversas particulares no Instituto que leva o seu nome, em São Paulo, Lula desenganou o governo Dilma, sucessora que ele mesmo legou ao País. “Dilma já era. Agora temos que pensar em salvar 2018”, afirmou referindo-se às eleições presidenciais. Para o petista, a julgar pelo quadro político atual, “teria sido melhor” para o projeto de poder petista e da esquerda “que (o senador tucano) Aécio Neves tivesse ganho as eleições” presidenciais do ano passado. Assim, no entender dele, o PSDB, e não o PT, ficaria com o ônus das medidas amargas tomadas na esfera econômica destinadas a tirar o País da crise, o que abriria estrada para o seu retorno em 2018. Como o seu regresso não é mais favas contadas, o petista tem confidenciado todo o seu descontentamento com a administração da presidente Dilma. Lula credita a ela e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o avanço da Lava Jato sobre sua gestão. Embora essa hipótese ainda seja improvável, petistas ligados ao ex-presidente não descartam a possibilidade de ruptura, o que deixaria a presidente ainda mais vulnerável para enfrentar um possível processo de impeachment. A atitude, se levada adiante, não constituiria uma novidade. Em outros momentos de intensa pressão, como no auge do mensalão e do escândalo do caseiro Francenildo, Lula não se constrangeu em rifar aliados e até amigos do peito, como os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Ricardo Berzoini.
LULA-3-IE.jpg
ISOLADA
A presidente tentou minimizar as declarações de Lula,
mas no paralelo mandou emissários procurá-lo
Quem testemunhou as confidências de Lula na ampla sala de reuniões de seu Instituto, sediado na capital paulista, não chegou a ficar surpreso com o destempero verbal apresentado pelo petista na semana passada. Não se pode dizer o mesmo da maioria expressiva da classe política, impossibilitada de privar da intimidade do ex-presidente. De tão pesados e surpreendentes, os ataques de Lula a Dilma e ao PT foram recebidos com perplexidade. O primeiro tiro foi disparado na quinta-feira 18. Numa reunião com padres e dirigentes religiosos, Lula admitiu, em alusão ao nível baixo do sistema da Cantareira, que ele e Dilma estão no volume morto. “E o PT está abaixo do volume morto”, avaliou. Na segunda-feira 22, Lula elevou ainda mais o tom. Só que contra o PT. Em debate com o ex-presidente do governo espanhol Felipe Gonzáles, disse que o partido “está velho, só pensa em cargos e em ganhar eleição”. “Queremos salvar a nossa pele, nossos cargos, ou queremos salvar o nosso projeto?”, questionou Lula, durante a conferência “Novos Desafios da Democracia”. Nos dias subseqüentes às declarações, enquanto o meio político tentava interpretar o gesto do petista, o Planalto reagia a seu modo. Num primeiro momento, Dilma minimizou.“Todos têm direito de fazer críticas, principalmente o presidente Lula”. No dia seguinte, no entanto, Dilma orientou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, a procurar Lula para tentar entender as razões de tamanha fúria. Paralelamente, o ex-presidente tratou de se proteger. Articulou junto à bancada do PT no Senado a divulgação de uma nota de desagravo a ele próprio. Criou, assim, mais uma jabuticaba política: fez com que o partido atacado emitisse um documento em apoio ao autor dos ataques. Na nota, o PT manifestou “total e irrestrita solidariedade ao grande presidente Lula, vítima de uma campanha pequena e sórdida de desconstrução de uma imagem que representa o que o Brasil tem de melhor”. No fim da semana, ao perceber o ar rarefeito, Lula mandou emissários espalharem o suposto reconhecimento de que ele 'se excedeu”. Era tarde.
LULA-A-IE.jpg
ELA TIRA O SONO DELE
Integrantes da Lava Jato querem investigar suposto depósito milionário
feito em Portugal pela amiga de Lula, Rosemary Noronha
Para o cientista político da USP, José Álvaro Moisés, ao abrir confronto contra Dilma e o PT, Lula “jogou para a plateia”. “Ele está vendo o navio fazer água, por isso age assim”, avaliou. Para Oswaldo do Amaral, da Unicamp, ao dizer que o partido precisa de uma renovação, Lula tenta uma reaproximação com o eleitorado mais jovem, segmento hoje refratário a ele (leia mais em matéria na página 46). O jornalista José Nêumanne Pinto, autor do livro “O que sei de Lula”, no qual conclui que o ex-presidente nunca foi efetivamente de esquerda, é mais contundente. Para ele, “Lula é sagaz e não tem escrúpulo nenhum para mudar seu discurso”. “O ex-presidente tem circunstâncias e conveniências que ele manipula”, afirmou. “Na verdade, ele não quer se descolar do PT e sim da Dilma. Com esse discurso da utopia, ele planeja atrair parte do PT que finge ser honesto”, disse.
01.jpg
O mais espantoso na catilinária lulista é que o ex-presidente se comporta como se fosse um analista distante de uma trama da qual é personagem principal. Numa analogia com o futebol, recurso metafórico muito utilizado por Lula quando estava na Presidência, seria como se o zagueiro e então capitão da seleção brasileira David Luiz descrevesse os sete gols da Alemanha como se não tivesse assistido entre atordoado e impassível ao baile de Toni Kroos, Schweinsteiger e companhia em campo. No caso do ex-presidente há um agravante: Lula nunca foi apenas um mero integrante do time, mas o mentor, o grande líder e artífice da caminhada petista até aqui. Por isso mesmo, causou ainda mais espécie a repreensão de Lula ao PT por sua sede por cargos. Ora, o aparelhamento da máquina pública pelo PT e aliados começou e recrudesceu durante os dois mandatos do petista. Quando Lula chegou ao poder em 2003, havia 18 mil cargos de confiança na administração federal. Ao transmitir o cargo para Dilma, em 2011, já eram cerca de 23 mil.
Do mesmo modo, Lula não pode lamentar, como fez em privado, que o crescimento do partido levou aos desvios éticos e à corrupção – hoje marca indissociável ao PT. O escândalo do mensalão, que resultou na condenação de dirigentes petistas em julgamento no STF, remonta ao seu governo. E o processo de abertura da legenda, bem como à rendição à política tradicional de alianças, baseada no fisiologismo e no toma lá, da cá, beneficiou o próprio Lula. Sem isso, o ex-presidente dificilmente se elegeria em 2002. Ao chegar ao Planalto, Lula cansou de dar demonstrações de que não sabia separar o público do privado. A mais chocante delas foi a ousadia de ornar os jardins do Alvorada com a estrela rubra do PT. O limite entre o público e o privado foi ultrapassado também quando Lula nomeou a amiga Rosemary Noronha para a chefia de gabinete de um escritório da Presidência em São Paulo. Hoje, Rosemary responde a uma ação na Justiça por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva. Ela integraria um esquema de vendas de pareceres técnicos de órgãos públicos federais. Agora, a personagem muito próxima a Lula pode retornar ao noticiário numa outra vertente das investigações da Lava Jato. Trata-se da retomada das apurações do episódio envolvendo um suposto depósito milionário feito em Portugal por Rosemary. Para a PF, o caso converge com a investigação sobre a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. É que Otávio Azevedo, preso na 14ª fase da Lava-Jato, foi representante da Portugal Telecom no Brasil. A empresa de telefonia era em grande medida controlada pelo Grupo Espírito Santo, parceiro da Odebrecht em vários empreendimentos em território português. “Tudo converge para os mesmos personagens.
02.jpg
Se já houver outra investigação em curso, também podemos colaborar”, afirmou à ISTOÉ um delegado ligado a Lava Jato. Até hoje não se sabe o que houve com o ofício protocolado pelo então deputado Anthony Garotinho (PR/RJ) sobre o périplo de Rosemary em solo português. Em 2012, Garotinho denunciou o caso com base em relatos de um ex-delegado federal. Rosemary, segundo essa fonte, teria desembarcado em Lisboa com passaporte diplomático e autorização para transportar uma mala. Ao chegar à alfândega, questionada sobre o conteúdo da bagagem, teria revelado que transportava 25 milhões de euros para depositar na agência central do Banco Espírito Santo no Porto. Segundo a mesma versão, as autoridades alfandegárias sugeriram que ela contratasse uma empresa de transporte de valores. Para executar o serviço, a empresa Prosegur exigiu a contratação de um seguro, pelo que Rosemary teve de preencher uma declaração com a quantia e a titularidade dos recursos. Ela, então, teria identificado o próprio Lula como proprietário do dinheiro.
Não restam dúvidas de que a explosão do petista deriva principalmente dos rumos tomados pelas investigações da Lava Jato nas últimas semanas. Mas seus recentes arroubos guardam relação também com os resultados das últimas pesquisas de opinião. De janeiro para cá, os levantamentos mostram a vertiginosa queda de popularidade de Dilma e dele próprio, que já perderia para o senador Aécio Neves se as eleições presidenciais fossem hoje. De acordo com o último Datafolha, Aécio aparece com 10 pontos na frente de Lula. Segundo a mesma pesquisa, o governo Dilma foi reprovado por 65% dos eleitores. Este índice de reprovação só não é maior do que o do ex-presidente Fernando Collor no período pré-impeachment, em setembro de 1992. Na época, Collor era rejeitado por 68% dos brasileiros. No levantamento, o governo Dilma é classificado como bom ou ótimo por apenas 10% dos brasileiros. É a maior taxa de impopularidade da petista desde 2011. A taxa de aprovação da presidente no Sudeste é de apenas 7%. No Nordeste, histórico reduto eleitoral do PT, é de somente 14%.
03.jpg
Num cenário nada alvissareiro para Dilma como o atual, em que ela está às voltas com um processo no TCU que pode até levar ao seu afastamento, o pior dos mundos para ela seria um rompimento com o padrinho político. Nesse cenário, Lula levaria com ele para o outro lado da trincheira parte do PT que hoje critica severamente a política econômica do governo. Se uma ruptura oficial é improvável, o mesmo não se pode dizer de um racha na prática, mas não declarado. O embrião do que pode vir a ser um contraponto ao governo surgiu na quarta-feira 24, em reunião na casa do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Nela estavam presentes parlamentares do PSB e petistas de proa, como o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o senador Lindbergh Farias (RJ). No encontro, articularam o que chamam de “Frente de Esquerda”. Se o movimento florescer, o grande responsável pela ascensão e projeção política de Dilma – o ex-presidente Lula – poderá ser também o principal artífice do seu irremediável isolamento.
04.jpg
Com reportagem de Claudio Dantas Sequeira 
Colaborou Ludmilla Amaral
Fotos: Michel Filho / Agência O Globo, DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE; Jorge Araujo/Folhapress; Andre Penner/AP Photo, Ed Ferreira/Folhapress; Pedro França/Agência Senado; JOEL RODRIGUES/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO 

“Hoje mudou a história do Brasil”, comemora Sérgio Moro

“Hoje mudou a história do Brasil”, comemora Sérgio Moro

Editado por Silmara Schupel.

Em conversa informal na noite desta sexta-feira (26), dia em que vazou parte do conteúdo da delação premiada feita pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, declarou: “hoje mudou a história do Brasil. 26 de junho, guardem essa data”. Foi no aeroporto Afonso Pena, antes de embarcar para Maringá, cidade de origem, depois de uma das semanas mais decisivas desde o início da Operação Lava Jato, em maio de 2014.
Em depoimento, Ricardo Pessoa disse ter feito doações oficiais a campanhas de candidatos de PT, PTB, PMDB, PSDB e PP com o dinheiro desviado da Petrobras.  Ele afirmou ter repassado R$ 3,6 milhões de caixa dois para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014. A notícia causou pânico no Palácio do Planalto e foi tema de uma reunião com ministros, convocada às pressas por Dilma Roussef, na noite desta sexta-feira. O governo atribui as acusações ao “vazamento seletivo sem provas definitivas” com intenção de prejudicar a atual gestão.
Os nomes de 18 políticos supostamente citados pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiados com dinheiro da corrupção foram revelados pela revista Veja neste fim de semana:
– Campanha de Dilma Rousseff em 2014: R$ 7,5 milhões.
– Campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006: R$ 2,5 milhões.
– Ministro Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha de Dilma: valor não informado.
– Ministro Aloizio Mercadante (PT): R$ 250 mil.
– Senador Fernando Collor (PTB-AL): R$ 20 milhões.
– Senador Edison Lobão (PMDB-MA): R$ 1 milhão.
– Senador Gim Argello (PTB-DF): R$ 5 milhões.
– Senador Ciro Nogueira (PP-PI): R$ 2 milhões.
– Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP): R$ 200 mil.
– Senador Benedito de Lira (PP-AL): R$ 400 mil.
– Deputado José de Fillipi (PT-SP): R$ 750 mil.
– Deputado Arthur Lira (PP-AL): R$ 1 milhão.
– Deputado Júlio Delgado (PSB-PE): R$ 150 mil.
– Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE): R$ 300 mil.
– Prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP): R$ 2,6 milhões.
– Ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto: R$ 15 milhões.
– Ex-ministro José Dirceu: R$ 3,2 milhões.
– Ex-presidente da Transpetro Sergio Machado: R$ 1 milhão.

ESCRITO POR: JORDANA MARTINEZ


http://www.paranaportal.com.br/

Intervenção Militar c/apoio dos EUA

Intervenção Militar c/apoio dos EUA

Editado por Silmara Schupel.

Os agentes das Forças Armadas que estão na ativa não podem se pronunciar sobre uma intervenção, mas os CCI já enxergam “movimentações por parte do Exército”.
Empresário e sargento reservista do Exército, o gaúcho Marconi da Silva Olguins garante que a “intervenção já está em curso”. Ele usa como exemplo a Campanha pela Moralidade Nacional, lançada no último dia 19 de março no Clube Militar do Rio Janeiro. “Esses eventos mostram que os reservistas estão organizados de forma indireta, para não serem vigiados. A inteligência do Exército está acompanhando o que está acontecendo na política. Eles estão preparados e fazendo exercícios militares.”
O general reformado do Exército Marco Felício acredita que seria melhor o impeachment de Dilma, mas se a “aspiração do povo for por uma intervenção, as Forças Armadas estarão prontas”. “As Forças Armadas estão acompanhando o que está acontecendo. Não descarto uma intervenção”, disse.

Estados Unidos da América já estão apar de uma situação de possível intervenção militar no Brasil.

No prestigioso The National Press Club.Falaram sobre o tema o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe, Olavo de Carvalho, o irmão do ex-presidente Bush, Jeb Bush, e o sempre sério e respeitado senador Marco Rubio. Confira:
Ou seja: os EUA passam a endossar, justamente nestes tempos bicudos, a tese de que o Brasil pode ter sofrido um golpe eletrônico chavista.

Palavras do general Gilberto Pimentel sobre a postura de Lula ao incitar o exército de Stedilli contra quem quer a deposição de Dilma:

"Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas", informou a nota no site da instituição.
Para o presidente do Clube Militar, o general Gilberto Pimentel, o ex-presidente Lula tenta se antecipar à prováveis denúncias de corrupção que possam ainda surgir no processo da Lava Jato, que apura irregularidades praticadas na Petrobras.
"O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste país sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas", disse Pimentel.

Milhões de brasileiros sentiram a necessidade de sair às ruas num impulso misto de patriotismo e sentimento de indignação com a situação político-econômica a que se veem submetidos. Foram mostrar o repúdio a toda a gama de coisas erradas que o governo tem perpetrado, até mesmo com desfaçatez, ignorando a população e prosseguindo na busca de seu projeto de poder.
E toda essa demonstração de insatisfação serviu para mudar alguma coisa?
Sim, pois, no mínimo, sinaliza aos seguidores do Foro de São Paulo, hoje dirigindo o Brasil, que não podem pensar, impunemente, em nos transformar em uma ditadura similar a da Venezuela, nem mesmo num sofrido Equador ou Bolívia que já trilham o caminho abominável do que chamam de bolivarianismo. Que não se olvide, também, que o Brasil, diferentemente desses nossos vizinhos, tem Forças Armadas avessas à execução de políticas partidárias e ideologias em seu âmago, dedicando-se, exclusivamente aos interesses nacionais.
Simples assim? Obviamente que não. Havemos de ter, a partir de agora, uma onipresente vigilância quanto ao que o governo pretende nos impor e quanto às medidas a serem implementadas por ele, prometendo buscar soluções para os problemas que nos afligem, diga-se de passagem, gerados por ele próprio em sua sanha despótica.
Toda a moral brasileira tem que ser revista e em todos os níveis.
Logicamente, a cúpula governante, a elite da Nação, tem que dar o exemplo e se corrigir. Não basta mais dizer, em discursos recorrentes, que vai combater a corrupção, se, na verdade, está praticando esse câncer social na busca de seus interesses.

Intervenção Militar sim:
O fundamental para que haja qualquer Constituição vigente, a democracia e o poder do povo, que é o que de fato é afetado e para quem é destinada a Carta Magna.
Portanto, antes de qualquer análise sincera, honesta consigo e coerente, precisa atentar-se ao artigo de número 1, que por sinal não é o primeiro à toa.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. TODO O PODER EMANA DO POVO, que o exerce por meio de representantes eleitos OU DIRETAMENTE, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO.

A intervenção constitucional militar, admitindo-se que o Exército é um braço do povo e está a seu serviço e existe como sua primeira linha de defesa externa e último recurso interno, é uma escolha e direito do povo clamar por sua mobilização para defendê-lo. Basicamente, portanto, o que distingue um golpe de uma intervenção é se a ação é tomada para defender interesses próprios, políticos ou partidários ou se visa a responder aos apelos do povo.
Casos recentes de intervenção incluem o Egito e a Tailândia. Embora a grande mídia tenha definido esses eventos como golpe, de fato eles foram intervenção. No Egito, por exemplo, depois de violar a Constituição e tentar remodelar o país a própria imagem, a Irmandade Muçulmana enfrentou grande resistência da população, que foi às ruas em peso, resultando na intervenção. Na Tailândia, a corrupção e o abuso de poder no governo também levaram a maioria da população a apelar e apoiar a intervenção.
Enfim, que escolha o povo brasileiro fará sem dúvida deve ser o resultado do foro íntimo de cada um e da soberania coletiva; e não dos arbítrios politiqueiros de uns poucos naquele outro foro, o Foro de São Paulo...

Link: horanews

Avante Brasileiros!

Parabens meu Povo.

As Escolas de Comando formam com excelência em Estratégias Políticas, o conhecimento ali adquirido é para ser aplicado. Quem conhece vê claramente sua aplicação.

Obituário e testamento petista

Obituário e testamento petista

Editado por Silmara Schupel.
Pelo que se pode notar nas declarações públicas de petistas notórios, a estratégia para os próximos anos já está traçada. Começou o abandono do partido e a construção de uma versão alternativa dos fatos. Tudo para que o sonho socialista siga vivo em outro partido, redimido por uma narrativa dos fatos que, embora fantasiosa, seja suficiente para animar o militante. O testamento entrega a outros partidos a busca do socialismo; o obituário deixa uma mentira no lugar da história.

O obituário petista proporá que houve duas causas para a morte. Uma, a insatisfação por não ter entregue tudo o que prometeu. Outra, a oposição das elites dominantes ameaçadas em seu poder. Ambas são falsas, mas serão eternamente repetidas pela baixa intelectualidade esquerdista.

A rejeição do PT não ocorre por suas “promessas irrealizadas” – ela é resultado direto daquilo que ele realizou. Os governos petistas, no plano econômico, apostaram no fomento ao consumo sem produção, na concessão de crédito sem poupança, na distribuição sem criação de riqueza, na satanização do empregador e na aliança do BNDES com os empresários amigos. A conta haveria de bater, e a crise que já vivemos é a fatura desta conta. Como Thatcher disse, o socialismo acaba quando termina o dinheiro dos outros. Como todo economista sério alertava que iria acontecer, o modelo petista ruiu.


No plano político, o PT apostou na corrupção como principal forma de dar “liga” na base de apoio. Ao passo em que concentrava poder no executivo federal, acreditava que enquanto a base estivesse com os bolsos cheios, não incomodaria. A ruína das instituições brasileiras aconteceu aberta e deliberadamente, com sustentação na pretensão de reconstruir um Brasil mais parecido com os amigos bolivarianos. O mensalão e o petrolão não são acidentes na história petista – são a principal política petista de formação de uma base de apoio no Congresso. Vários partidos estenderam a mão para receber as propinas milionárias, mas a mão pagadora sempre levava uma estrela.


A terceira estrofe do falso obituário é a tese da direita dominante e seu ódio ao PT. Bastaria, para desmenti-la, olhar para as manifestações de rua e a imensa pluralidade de pessoas que saíram de casa reclamando do PT. Bastaria, talvez, abrir as contas do BNDES – até hoje fechadas – para entender como a verdadeira elite dominante esteve abraçada a Lula e Dilma para ter a chave do cofre à sua disposição. E seguramente bastaria caminhar pelas ruas e ouvir as pessoas, para entender que o antipetismo tem matiz moral, e não econômica; pede decência, e não privilégios.


Com a história recontada, como a esquerda gosta de fazer a cada desastre do socialismo, o PT deixará a outro partido a missão de levar o Brasil à desgraça. Esse é o seu testamento. Sua missão foi cumprida – é hora já dos parasitas abandonarem o corpo para buscar outro hospedeiro.