Atualizado: 3/5/2012 11:23
Inflação na zona do euro voltará a cair em 2013,
diz presidente do BCE
LONDRES - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse, em entrevista coletiva após a reunião de política monetária da instituição, que as 'expectativas da inflação para a economia da zona do euro continuam firmemente ancoradas em linha com o objetivo do banco de manter as taxas de inflação abaixo, mais próximo de 2%, no médio prazo. Após a reunião, a autoridade monetária anunciou que manteve a taxa de juros inalterada em 1%.
Draghi ressaltou que 'nós manteremos nossa plena capacidade para assegurar a estabilidade de preços no médio prazo, agindo de maneira firme e apropriada'. Segundo o presidente do BCE, a inflação deverá ficar acima de 2% em 2012, conduzida principalmente aos aumentos dos preços de energia, bem como dos impostos indiretos. 'Baseados nos preços futuros das commodities atuais, as taxas de inflação anuais deverá recuar abaixo de 2% novamente no início de 2013', acrescentou.
Nesse contexto, continuou Draghi, nós daremos especial atenção a quaisquer sinais de repasse da alta dos preços de energia para os salários, lucros e fixação de preços em geral. Ele disse, no entanto, que, olhando para frente, em um ambiente de crescimento modesto na área do euro e expectativas de inflação no longo prazo bem ancoradas, as pressões de preços subjacentes devem permanecer limitadas.
A inflação harmonizada para zona do euro (HCPI, em inglês) ficou em 2,6% em abril de 2012, de acordo com a estimativa preliminar da Eurostat, após aumentar 2,7% nos quatro meses anteriores.
Os riscos para a perspectiva das taxas de HCPI nos próximo anos deverão ainda ser amplamente equilibradas, disse Draghi. 'Os riscos de alta são provenientes dos preços mais altos que o esperado das commodities e dos aumentos de impostos indiretos, enquanto os riscos descendentes estão relacionados com os desenvolvimentos mais fracos que o esperado da atividade econômica.'
Medidas
Ao mesmo tempo em que afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) não adotará novas medidas de estímulo no curto prazo, o presidente da instituição, Mario Draghi, fez questão de ressaltar que qualquer debate sobre o fim das ações extraordinárias que estão em vigor é prematuro.
Outro fator ressaltado por Draghi é que os efeitos das duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês) ainda não foram totalmente sentidos. Segundo ele, esses feitos têm se tornado visíveis 'todos os dias', mas ainda precisam de tempo para que seu impacto total seja percebido.
Draghi também disse que o BCE notou em março um aumento nos depósitos nos bancos de 'alguns países que estão em maiores dificuldades', o que ele classificou como um sinal positivo. O presidente do banco central apontou ainda que o ritmo de crescimento da base monetária permanece brando, mas se acelerou um pouco após as duas LTROs.
No primeiro trimestre, a oferta monetária M3 cresceu a uma taxa anualizada de 7,6%. 'A análise monetária indica que o ritmo subjacente da expansão monetária permanece brando, com um crescimento um pouco maior nos últimos meses', diz Draghi em discurso preparado.
O BCE afirma ainda que a taxa de crescimento anual dos empréstimos para empresas não financeiras e consumidores (ajustados por vendas de empréstimos e securitização) ficou em 0,5% e 1,7% em março, respectivamente. As informações são da Dow Jones.
Draghi ressaltou que 'nós manteremos nossa plena capacidade para assegurar a estabilidade de preços no médio prazo, agindo de maneira firme e apropriada'. Segundo o presidente do BCE, a inflação deverá ficar acima de 2% em 2012, conduzida principalmente aos aumentos dos preços de energia, bem como dos impostos indiretos. 'Baseados nos preços futuros das commodities atuais, as taxas de inflação anuais deverá recuar abaixo de 2% novamente no início de 2013', acrescentou.
Nesse contexto, continuou Draghi, nós daremos especial atenção a quaisquer sinais de repasse da alta dos preços de energia para os salários, lucros e fixação de preços em geral. Ele disse, no entanto, que, olhando para frente, em um ambiente de crescimento modesto na área do euro e expectativas de inflação no longo prazo bem ancoradas, as pressões de preços subjacentes devem permanecer limitadas.
A inflação harmonizada para zona do euro (HCPI, em inglês) ficou em 2,6% em abril de 2012, de acordo com a estimativa preliminar da Eurostat, após aumentar 2,7% nos quatro meses anteriores.
Os riscos para a perspectiva das taxas de HCPI nos próximo anos deverão ainda ser amplamente equilibradas, disse Draghi. 'Os riscos de alta são provenientes dos preços mais altos que o esperado das commodities e dos aumentos de impostos indiretos, enquanto os riscos descendentes estão relacionados com os desenvolvimentos mais fracos que o esperado da atividade econômica.'
Medidas
Ao mesmo tempo em que afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) não adotará novas medidas de estímulo no curto prazo, o presidente da instituição, Mario Draghi, fez questão de ressaltar que qualquer debate sobre o fim das ações extraordinárias que estão em vigor é prematuro.
Outro fator ressaltado por Draghi é que os efeitos das duas operações de refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês) ainda não foram totalmente sentidos. Segundo ele, esses feitos têm se tornado visíveis 'todos os dias', mas ainda precisam de tempo para que seu impacto total seja percebido.
Draghi também disse que o BCE notou em março um aumento nos depósitos nos bancos de 'alguns países que estão em maiores dificuldades', o que ele classificou como um sinal positivo. O presidente do banco central apontou ainda que o ritmo de crescimento da base monetária permanece brando, mas se acelerou um pouco após as duas LTROs.
No primeiro trimestre, a oferta monetária M3 cresceu a uma taxa anualizada de 7,6%. 'A análise monetária indica que o ritmo subjacente da expansão monetária permanece brando, com um crescimento um pouco maior nos últimos meses', diz Draghi em discurso preparado.
O BCE afirma ainda que a taxa de crescimento anual dos empréstimos para empresas não financeiras e consumidores (ajustados por vendas de empréstimos e securitização) ficou em 0,5% e 1,7% em março, respectivamente. As informações são da Dow Jones.
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