domingo, 6 de maio de 2012

Contatos políticos de Cachoeira envolve senador, deputados e até suplentes


Contatos políticos de Cachoeira envolve senador, deputados e até suplentes

Publicação: 06/05/2012 08:00 Atualização:
A rede do bicheiro Carlinhos Cachoeira já inclui 13 parlamentares que deverão dar explicações na CPI instalada no Congresso, em algum momento da apuração. Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, motivaram a abertura de procedimentos de investigação contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), no Conselho de Ética do Senado; contra os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO), na Corregedoria da Câmara; e contra o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), no Conselho de Ética da mesma Casa. 

Esses parlamentares começaram a ser investigados pelo Congresso antes mesmo do início dos trabalhos da CPI. O Correio apurou que o suposto envolvimento de outros deputados federais e de dois suplentes de senador — com chances reais de assumir o mandato — no esquema de Cachoeira é bem maior do que o apontado até agora pelos próprios suspeitos.

É o caso do deputado federal Leonardo Vilela (PSDB-GO), que admitiu ter pedido a Cachoeira emprego à filha farmacêutica e ter solicitado ao bicheiro um jantar com Demóstenes. As conversas telefônicas degravadas para a Monte Carlo mostram que o parlamentar, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Goiânia, participou de diferentes jantares com o senador e, nessas ocasiões, foi alvo dos interesses comerciais de Cachoeira. 

O bicheiro, que atuava para a Delta Construções, estava insatisfeito com a compra de uma área em Águas Lindas (GO), no Entorno, pela Construtora Queiroz Galvão. A empreiteira seria a responsável pelo lixão do município. “O Leonardo Vilela, do Meio Ambiente de Goiás, tem condição de travar”, disse Cachoeira a Cláudio Abreu, então diretor da Delta no Centro-Oeste, num diálogo gravado em 26 de abril do ano passado.

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