HOLLANDE X SARKOZY
Diferença cai após debate na França
04.05.2012
Paris. A vantagem do candidato socialista François Hollande sobre o presidente Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de domingo na França diminuiu para 5 pontos percentuais, a menor margem até agora, segundo uma pesquisa de intenção de votos realizada antes e depois do debate televisionado entre os dois na última quarta-feira.
O levantamento do instituto OpinionWay-Fiducial aponta 52 por cento dos votos para Hollande - 1,5 ponto percentual a menos do que a sondagem anterior da empresa, feita em 24 de abril - enquanto Sarkozy, político conservador, aparece com 47,5 por cento, ou seja, 1,5 ponto percentual a mais. A pesquisa ouviu 2.009 pessoas na quarta-feira e ontem, sendo quase metade delas antes do debate de 3 horas na TV, na quarta-feira, e as demais após seu término.
A média de outras pesquisas recentes dá a Hollande uma vantagem entre 6 e 10 pontos sobre Sarkozy. Hollande venceu Sarkozy no primeiro turno, em 22 de abril, por uma diferença de 1,5 ponto porcentual.
Uma pesquisa diária de opinião do Ifop-Fiducial não mostra alteração na intenção de voto: o resultado aponta 53 por cento para Hollande e 47 por cento para Sarkozy.
Uma outra sondagem, feita pelo instituto LH2 com base em uma amostra de pessoas que viram o debate entre os dois constatou que a disputa na TV não teve nenhum efeito sobre a intenção de voto dos eleitores.
Cerca de 45 por cento dos consultados consideraram Hollande mais convincente e 41 por cento, Nicolas Sarkozy.
Já de acordo com o instituto CSA, Hollande tem 53%, contra 47% de Sarkozy, diminuindo a vantagem de oito para seis pontos comparado com o último levantamento, de 26 de abril.
O Harris Interactive apresenta os mesmos números, apesar da redução ter sido maior, de dez para seis pontos. A média de outras pesquisas recentes dá a Hollande uma vantagem entre 6 e 10 pontos sobre Sarkozy.
Apoio
Mais cedo, o líder centrista François Bayrou anunciou que votará no candidato socialista François Hollande no segundo turno da eleição presidencial, no domingo.
A declaração de Bayrou representa um novo revés para o presidente Nicolas Sarkozy, que tentará se reeleger, mas está atrás de Hollande em todas as pesquisas de intenção de voto.
Bayrou, o quinto colocado no primeiro turno da eleição presidencial, com 9,1%, acusou Sarkozy de ter dado um giro em direção à extrema direita na questão da imigração e de abandonar os valores europeus.
"Não vou fazer nenhuma recomendação de voto. Cada um de meus amigos, de meus partidários, vai votar de acordo com a própria consciência", disse Bayrou, dois dias depois de a líder da extrema direita, Marine Le Pen, ter dito que não iria apoiar nenhum dos dois candidatos e votaria em branco.
"Eu não quero votar em branco", disse Bayrou. "Isso significaria indecisão. Só me resta então o voto para Hollande e essa é a opção que eu estou fazendo".
Financiamento
O presidente da França e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, afirmou ontem que são falsas as afirmações do ex-premiê líbio Baghadadi al Mahmudi sobre o financiamento que o conservador teria recebido do ex-ditador Muammar Kadafi em 2007.
"Ontem, o Conselho Nacional de Transição, o governo líbio, disse que era falso. O tradutor de Kadafi disse que era falso, o destinatário da transferência bancária também disse que era falso. Essas acusações são uma infâmia, são grotescas", declarou o presidente.
Mais cedo, o primeiro-ministro líbio afirmou que o regime de Kadafi ajudou a financiar a campanha de Sarkozy.
Pesquisa
52% obteve Hollande contra 47,5% de Sarkozy em pesquisa de opinião do instituto OpinionWay-Fiducial feita antes e depois do debate entre os candidatos
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