terça-feira, 17 de abril de 2012

Exército russo começa a responder a escudo antimísseis na Europa


Exército russo começa a responder a escudo antimísseis na Europa

07.12.2011
 
Exército russo começa a responder a escudo antimísseis na Europa. 16070.jpegO exército russo começou a responder à implantação na Europa dо sistema norte-americano de defesa antimíssil (Europro), declarou o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, General de Exército, Nikolai Makarov, em uma reunião com adidos militares de países estrangeiros.
De acordo com Makarov os planos dos EUA e da Otan para construir escudo antimíssil na Europa levará a uma nova divisão dela, transmite a rádio Mayak.
Os Estados Unidos estão a instalar um sistema de defesa antimíssil na Roménia, Turquia, Polónia e Espanha. A Polónia concordou com a implantação no próximo ano na cidade de Redzikovo de 96 mísseis Patriot. Daqui a três anos alí e no sul da Romênia serão colocados os interceptores SM-3. A Turquia está pronta para hospedar o radar avançado AN / TPY-2. Finalmente, há poucos dias o governo de Obama tinha recebido permissão do governo espanhol sobre instalação nas águas territoriais dos navios de guerra americanos com polivalentes complexos de mísseis antiaéreos Aegis a bordo.
É uma defesa que, segundo Pentágono, serve como proteção contra ameaças que podem vir dos países do "eixo do mal" tais, como o Irão. Mas Moscou acredita ser dirigida contra a Rússia. Para o Kremlin são bem estranhas as ameaças anunciadas pela Casa Branca, provenientes de Pyongyang ou Teerã, cujo desenvolvimento antiaéreo não corresponde às tarefas que pretende resolver a fase europeia do escudo com componentes estratégicos estadunidenses.

Makarov notificou que o Estado-Maior havia começado a implementar as medidas anunciadas pelo presidente russo, Dmitry Medvedev.
Se trata da colocação dos mísseis balísticos Iskander, unidades antiaéreos polivalentes S-400 Triunfo e um radar antimíssil Voronej-DM no enclave de Kaliningrado, às portas da União Europeia.

Em 23 de novembro o presidente russo declarou que a Rússia não concordaria em participar do programa da Otan na sua forma atual, porque em 5-8 anos poderia reduzir o potencial estratégico de impedimento da Rússia. "Está tentando tranquilizar-nos que o sistema não é dirigida contra a Rússia, embora em alguns países os legisladores digam o contrário", disse Medvedev.

Quando a Rússia levanta a questão para "colocarem no papel" as suas declarações, na forma de obrigação legal, clara e inequívoca sobre o item de esta Europro não estar dirigida contra a Rússia, segue uma rígida recusa, sublinhou Medvedev.

"Temos uma posição razoável, estamos prontos para discutir o estatuto e conteúdo de tais obrigações. Mas os nossos colegas, nossos parceiros devem entender que estes compromissos não podem ser comuns, gratuitos".
"Devem ser formuladas de maneira a Rússia, não na base de promessas, mas segundo os critérios técnicos-militares poder avaliar como as ações dos Estados Unidos e da Otan na defesa antimíssil estão correlacionados com as suas declarações, "- disse o presidente.

O chefe do Estado russo acrescentou que a Rússia devia ter certeza de não ser afetada em seus interesses e não ser quebrada uma paridade estratégica nuclear.
Mas é claro que os EUA não podem garantir isto, uma vez que o seu principal objetivo é a quebra desta paridade. O fato é  que os EUA perderam a Guerra Fria, porque o arsenal nuclear soviético foi transferido para a Rússia, permanecendo o único país, capaz de destrui-los em uma guerra nuclear. Se para a Rússia, a principal condição para a segurança nacional é a incapacidade de a invadir neste momento, para os americanos — no futuro próximo. Portanto, estes dois não iriam concordar nunca, acreditam especialistas.

O Ministério da Defesa russa já colocou em operação o radar de aviso do início do ataque de mísseis em Kaliningrado e colocará em breve baterias dos misseis Iskander nas regiões de Kaliningrado e Krasnodar e na Bielorrússia. O Iskander-M ou Pedra, como é conhecido na Otan, pode portar armas táticas nucleares, tem uma grande precisão para destruir objetos, inclusive muito pequenos, e é capaz de derrubar qualquer meio de defesa antiaérea existente na atualidade.
O radar Varonej-DM de estações de radiolocalização pode criar interferências ao trabalho dos componentes do sistema de defesa antimíssil norte-americano em seu segmento europeu. Na quarta-feira (07) um porta-voz do Ministério da Defesa informou da instalação em Kaliningrado dos sistemas S-400 Triunfo. O sistema enfrenta os desafios de defesa aérea e os mísseis anti-balísticos, assegura a destruição de alvos aéreos até 4.800 metros por segundo a distâncias de até 400 km e uma altitude de 30 quilômetros. Até o momento, existe somente um regimento de S-400 na região de Moscou (Estados Unidos contam com dois).

Um dos pontos mais chamativos da declaração de Medvedev se centra na possibilidade de destruir os elementos de luta radioeletrônica vinculados ao sistema de defesa antimíssil da Otan, ainda que isso possa realizar mediante um guerra cibernética.
Além disso, ele relatou que "dentro de um sistema de ar e de defesa espacial da Rússia em uma questão de prioridade seria uma maior protecção dos objectos de forças nucleares estratégicas". "Os mísseis estratégicos e balísticos, que entram em serviço das Forças de Mísseis Estratégicos e a nossa marinha serão equipados com novas agivas para superar complexos de defesa antimíssil promissor e altamente eficaz ," — disse Medvedev.
Lyuba Lulko
Pravda.Ru

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