segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Só a crise econômica tira Dilma do poder

Só a crise econômica tira Dilma do poder


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Não existe data marcada para a queda de Dilma Rousseff - como deseja a maioria esmagadora do eleitorado brasileiro, inclusive aquela grande multidão que votou nela, mas agora anda descontente, por causa da crise econômica, da crise política e da crise moral - todas filhas de uma crise maior: a estrutural, do modelo capimunista tupiniquim, cartorial, cartelizado, corrupto e, acima de tudo, canalha!

Só o agravamento da crise econômica, que afeta mais direta e duramente a vida dos cidadãos, é que pode causar uma efetiva saída da Presidente. Dificilmente, Dilma vai renunciar - embora muito se especule nos bastidores da politicagem. A chance de afastamento por impeachment é a maior. Mas, se a tragédia econômica vier combinada com uma convulsão social, com explosões de violência e radicalismos extremistas de quem não deseja sair do poder, aí pode ocorrer a necessária intervenção constitucional.

Impeachment não resolve o problema do Brasil. Dilma sai e entra (qualquer um) que vai operar em um sistema com a mesma lógica estrutural campimunista. Com impedimento, nada vai mudar no Brasil, de forma profunda. A única chance de mudança efetiva seria com uma intervenção constitucional, através do exercício do poder instituinte do próprio povo. O probleminha é que este mesmo povo, embora queira ver tudo diferente e melhor, ainda não tem clareza de que precisa atuar, diretamente, neste processo.

A Elite Moral brasileira (que deveria liderar tal processo) também age e pensa muito devagar, com certo receio de promover mudanças estruturais. Talvez ainda esteja demasiadamente posicionada na chamada "zona de conforto". No geral, a situação do País é ruim. No entanto, para uma minoria, que teria poder de mobilização e decisão para liderar o processo de intervenção constitucional, as coisas ainda estão funcionando dentro de uma margem de (pretensa) segurança.

Por isso, no Brasil, pode ocorrer o mesmo que na vizinha Argentina. Há muito se pensava que a rainha Cristina K cairia ou seria derrubada. Isto não aconteceu. Ela chega ao final do mandado com chances, por incrível que pareça, de ver alguém do partido dela eleito para a Presidência. No Brasil, Dilma segue agonizando, mas sem previsão concreta de saída. Nem no meio do segundo mandato ainda chegou, mas ninguém mais a suporta. O trágico em nosso impasse é que, apesar da situação ruim, tudo continua do mesmo jeito, ou com previsão de ficar ainda pior.

Se piorar demais, com o pau comendo, Dilma será saída. Do contrário, por incrível que possa parecer, ela sobrevive, pedalando, até 2018... O fato concreto é: a "oposição" ladra, mas não morde de verdade... A manifestação do dia 16 de agosto será mais um grande grito de indignação. No entanto, como de costume, o desgoverno fingirá que nada ouviu.

Até quando tal cinismo falará tão alto? Os efeitos danosos da crise econômica vão responder, no médio ou curto prazo...

Releia o artigo de domingo: Muitos são investigados; pouquíssimos, denunciados


Brigando pelo segundo lugar

O novo (ou o mesmo) chefe do Ministério Público Federal vai pedir ou não abertura de processo contra parlamentares envolvidos no escândalo da Lava Jato.

Eis a importância da eleição, na quarta-feira, para a escolha da lista tríplice que será enviada à presidenta Dilma Rousseff para definir o nome do Procurador Geral da República.

Os subprocuradores Carlos Frederico, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia desejam chegar, no mínimo, em segundo lugar.

Porque quem deve chegar em primeiro, o atual Procurador Rodrigo Janot, cujo mandato termina em 17 de setembro, corre o risco de ter o nome barrado no Senado.

Tá nem aí?

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Robalinho Cavalcanti, não vê o risco de uma eventual rejeição de Janot ou de outro candidato como uma ofensa à autonomia do Ministério Publico:

"Se por acaso isso acontecer, é natural a reação do Senado em fazer seu crivo. Mas nossa expectativa é que isso não aconteça. A carreira tem confiança de que o Senado exercerá sua capacidade de análise no mais alto nível".

Ronda no Maraca


Pena que o Flamengo não se comportou com o mesmo poder ofensivo da poderosa lutadora norte-americana Ronda Rousey que esteve ontem no Maracanã e até vestiu o manto sagrado rubro-negro no empate com o Santos.

Ronda foi ao jogo com a mãe e as irmãs, ciceroneadas pelo também lutador de UFC e flamenguista José Aldo, que levou a filha Joana.

Infelizmente, foi o Santos quem quase nocauteou o Flamengo - que continua tendo dificuldades de vencer em casa...

Dinheiro Público


Engordando a popularidade


Turma de Manaus mobolizada



© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 3 de Agosto de 2015.

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