Mercenários de Obama atacam Síria
Oficiais do Comando Europeu dos EUA [orig. United States European Command (EUCOM)] e do Comando Central dos EUA [orig. U.S. Central Command (CENTCOM)] e oficiais militares turcos de alta patente acertaram vários detalhes sobre o treinamento a ser oferecido na Turquia, a mercenários a serviço da oposição síria.
Membros do Exército Sírio Livre, inclusive turcomenos sírios, serão treinado no centro de treinamento do quartel de Hirfanlı em Kırşehir, informaram as fontes ao diário Hürriyet Daily News. Oficiais militares dos EUA também participarão do treinamento.
Recentemente, a Reuters elogiou o sucesso do Exército Sírio Livre no sul, onde, como noticiamos há dois meses, mercenários do Exército Sírio Livre treinados pela CIA vieram da Jordânia e, protegidos pela artilharia israelense, capturaram a colina de Golan para, dali, avançar em direção a Damasco. Visando a enganar, não a informar, a Reuters escreve que:
As forças de Assad controlam Damasco, a costa mediterrânea e grande parte da área entre esses dois pontos. O Estado Islâmico, braço recém brotado da al Qaeda, controla o leste, e a al-Nusra controla boa parte do noroeste e está expandindo-se, ganhando território dos moderados.
As províncias do sul próximas da fronteira da Jordânia são exceção; ali, rebeldes que se se autodenominam “Frente Sul” ainda controlam território e estão conseguindo resistir a Assad, ao mesmo tempo em que têm evitado confrontos diretos com al-Nusra.
A CIA/ESL no sul não apenas evitaram “confrontos diretos com a al-Nusra”: eles cooperaram intensamente com a Frente al-Nusra. Os terroristas de al-Nusra são os atacantes da linha de frente em todas as batalhas no sul. (O Exército Aírio iniciou ampla contraofensiva contra esses ataques no sul, e logo conseguirão detê-los completamente, antes que cheguem a ameaçar Damasco.)
Violações extensivas de direitos humanos documentadas desde o início de 2012 e forte cooperação com grupos terroristas são a marca dos mercenários anti-Síria que CIA e Pentágono estão treinando. Esse treinamento é, portanto, ilegal, nos termos da lei norte-americana. Obama sabe disso, motivo pelo qual insiste, até agora sem sucesso, em que seja modificada a lei que rege o financiamento, pelo governo dos EUA, de grupos terroristas.
A atitude de Obama, reincidente nesse tipo de infração à lei, não seria boa base para um processo de impeachment contra o presidente?
A lei internacional proíbe ataques contra o estado soberano sírio. Obama só faz reincidir no mesmo crime, cada vez que manda mercenários para lutar contra o estado sírio. O próprio Obama, ontem mesmo, disse o seguinte:
Acreditamos que nações e povos têm o direito de viver em segurança e em paz; que uma ordem segura efetiva (...) deve ser baseada – não em esferas de influência cou coerção ou intimidação nas quais grandes nações violentam as menores – mas em alianças para segurança mútua, lei internacional e normas internacionais que têm de ser respeitadas, e na resolução pacífica das disputas.
Só as platitudes de sempre, típicas de Obama, é claro. Mas a questão é: Por que nenhum jornalista da imprensa-empresa dominante, para começar, não questionou o presidente? Afinal o governo dos EUA faz exata e precisamente o contrário do que o presidente proclama... *****
15/11/2014, Moon of Alabama – http://goo.gl/Pk8s9c
Nenhum comentário:
Postar um comentário