quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A maldição da Hidra de Lerna reencarnou no Brasil

A maldição da Hidra de Lerna reencarnou no Brasil


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira

Rezei para todos os santos no sentido de que me conduzissem a uma boa explicação para o descalabro político, moral, econômico e social onde meteram o Brasil, especialmente após instalados os governos do PT-Partido dos Trabalhadores, a partir de 2003.

Mas também deve ficar claro que mediante essa afirmação não se estaria absolvendo os governos  antecedentes, de todos os tempos passados, que também não serviriam de orgulho para qualquer  povo do mundo. Mas as rezas não deram resultado. “Eles”não deram a atenção que se esperava. Tenho até fundadas suspeitas que o governo andou por “lá” espalhando generosidades e distribuindo algum tipo de bolsa.

Apesar dessa frustração, não desanimei. Insisti nessa busca. Recorri até às religiões pagãs. E para surpresa  minha, foi  precisamente na MITOLOGIA GREGA que encontrei a  resposta mais satisfatória. Esse retorno reside na fábula da HIDRA DE LERNA, com raízes na mitologia da Antiga Grécia. A Hidra de Lerna seria um dragão, um monstro fantástico, filho de Tifão e Equidna, que morava num pântano junto ao lago de Lerna. Daí o seu nome. Tinha corpo de dragão e sete (7) cabeças de serpente (uns dizem que eram nove), regeneráveis, cujo hálito seria tão venenoso que  mataria qualquer pessoa que ficasse no seu raio de ação. Mas uma das cabeças de serpente, a do meio, seria IMORTAL.

Hércules ficou incumbido de matar o monstro. Começou sua heróica missão cortando as cabeças de serpente do dragão. Mas a cada uma que ele cortava nasciam outras duas no lugar. Então pediu ao sobrinho Jolau que o ajudasse, queimando-as, logo após o corte. Assim cicatrizariam as feridas e não mais renasceriam novas cabeças.

Mas o mais importante seria matar a cabeça do meio, a imortal. O herói cortou-a ,enterrando-a bem fundo, tapando o buraco  com uma enorme pedra.  Só assim a hidra morreu. “Aquela” vida, de fato, terminou. Mas essa mesma vida (a da hidra) não teria “reencarnado”,  sob forma diversa, mesmo em algum momento do futuro e em outro lugar, bem distante  do “habitat” original, ou seja, do Lago de Lerna?  Esta é a hipótese sobre a qual iremos trabalhar.

Não é difícil perceber que a Hidra de Lerna, no caso presente, servirá como uma espécie de símbolo para o raciocínio que tentaremos desenvolver. Esse dragão da mitologia grega simboliza um interior ruim, paixões deturpadas, ambições e vícios, ou seja, tudo o que existe de mal dentro do mundo interior, tanto individual, de cada um, quanto coletivo, no caso, da sociedade brasileira , como organização política, social e econômica.

O primeiro passo para isso será “destrinchar” a hidra, comparando cada uma das partes do seu corpo físico com o segmento  da sociedade brasileira com o qual mais se aproxima. Veremos que a coincidência com a realidade brasileira é impressionante.

O corpo desse monstro divide-se em UM TRONCO  e  SETE CABEÇAS. No estudo que estamos fazendo, o TRONCO da hidra seria o próprio BRASIL, em toda a sua extensão territorial, nele assentados os diversos  povos  e nações que dele hoje fazem parte. Isso porque o Brasil não é um Estado Nacional, porém um Estado Plurinacional e por isso também Multipovoado. Em outras palavras: várias nações e povos coexistem sob a mesma bandeira (brasileira), mesmo em desacordo com suas próprias vontades. E certamente este já um dos subprodutos do veneno da hidra reencarnada , como adiante veremos.

As 6 (seis) cabeças  MORTAIS da hidra reencarnada, na situação brasileira de hoje, seriam  as seguintes: (1)PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Dra.Dilma Rousseff; (2) CONGRESSO NACIONAL (Câmara Federal e Senado); (3) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, e todos os outros Tribunais Superiores, cujos membros são da escolha privativa da Presidência da República; (4) A GRANDE MÍDIA, que é comprada e garante a estabilidade do “Sistema”; (5) A DITADURA ECONÔMICA, mais conhecida como “Poder Econômico”; (6) OS PARTIDOS POLÍTICOS, que assimilaram tudo o que existe de ruim na Hidra reencarnada.

Deve se observar ainda que o eventual corte, mesmo com cauterização a fogo, de uma, duas, três, quatro, cinco, ou mesmo TODAS as seis cabeças MORTAIS das serpentes, não mataria a hidra. Ela permaneceria tão viva quanto antes, sob o comando da sua cabeça remanescente e mais poderosa, violenta e maldosa, a do MEIO,a IMORTAL.  As cabeças de serpente mortas seriam substituídas com facilidade por segmentos da sociedade fortemente dominada e idiotizada.

Estamos agora chegando ao coração do problema enfrentado. Trata-se da discussão sobre a necessidade de matar definitivamente a cabeça de serpente do MEIO da hidra reencarnada no Brasil, a cabeça IMORTAL. Sem essa morte, através do corte da cabeça imortal, enterrando-a bem fundo e tapando a cova com uma pedra pesada, o Brasil nunca se livrará da maldição irradiada pelo monstro. Mas onde essa cabeça de serpente imortal estaria “escondida”?

Os maus brasileiros que deixaram que a Hidra de Lerna tomasse conta do país, foram muito espertos. Temendo que a cabeça de serpente imortal pudesse ser descoberta, cortada e enterrada fundo por algum  novo “Hércules”, os safados esconderam a sua cabeça IMORTAL, a do MEIO, logo no primeiro artigo da Constituição Brasileira, que trata da “indissolubilidade” do Brasil.

Ora, INDISSOLUBILIDADE e IMORTALIDADE são parentes bem próximos. O sentido emprestado a esse artigo que abre a CF é o de “imortabilidade” do Brasil, como país soberano. Sem que esse artigo seja “degolado” e enterrado fundo com uma enorme pedra tapando o buraco, nunca vai adiantar os paliativos de quem quer enganar o povo, cortando alguma ou mais, mesmo todas as cabeças de serpente MORTAIS da hidra.  Exemplos bem próximos dessas tentativas estão nas alternativas que estão cogitando para “dispensa” da Presidente Dilma, seja através de impeachment, renúncia, ou vacância.  Mas a única cabeça de serpente que deve ser cortada para que a decência tome o lugar da indecência na política brasileira é a cabeça IMORTAL. Aquela que está “escondidinha” no artigo 1º da Constituição.

Enquanto os povos e nações que habitam o Brasil não se conscientizarem da necessidade de buscarem  suas próprias prosperidades com a libertação das correntes que ainda os ligam à bandeira verde, amarela, azul e branca, certamente permanecerão com seus eternos problemas causados pela exposição ao hálito venenoso da hidra, que reencarnou sob a forma de país,aqui, para azar dos brasileiros.

Mas não podemos ser ingênuos a ponto de esperar que a cabeça de serpente imortal da hidra seja retirada da Constituição. O POVO DA REGIÃO SUL do Brasil, por exemplo, não se engana e está consciente dessa situação. Consciente que o Brasil jamais se livrará da maldição da Hidra de Lerna. Os “impeachments”presidenciais, mesmo sucessivos, nunca darão qualquer resultado positivo.

E é através de profícuo trabalho desenvolvido especialmente pelo MOVIMENTO O SUL É O MEU PAÍS (www.meusul.net.com), que o POVO SULISTA está buscando a sua própria independência, invocando o direito emanado do seu  PODER INSTITUINTE ORIGINÁRIO - que não se subordina a qualquer constituição, mesmo à do país “mãe”- como Nação e Povo, ao abrigo do Direito Internacional, apesar dos entraves derivados da  “infiltração” da cabeça de serpente imortal da hidra, reencarnada no Brasil, no citado artigo 1º da Constituição que ainda prende esse Povo, desejoso de liberdade e autodeterminação, consciente da capacidade que tem para construir um país melhor para seus filhos.


Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado.

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