terça-feira, 7 de abril de 2015

CARTA ABERTA À EXMA. SRA. PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF





CARTA ABERTA À EXMA. SRA.
PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

Sra. Presidente:




A Maçonaria brasileira, como deve ser de seu
conhecimento, no passado promoveu ou, pelo menos,
inspirou mudanças profundas nos rumos da Nação.
Hoje, achamos por bem sair do recato de nossas
oficinas e nos expor, junto ao povo brasileiro, que temos todo o orgulho de compor,
ao lado de mães e pais de família, trabalhadores rurais e urbanos, empreendedores,
empresários honestos, jovens e crianças às quais ensinamos princípios de conduta
cidadã, para dirigir-lhe esta carta, pública e transparente.
É necessário que se diga que nós, Maçons, não somos uma “elite branca”.
Somos a pluralidade do povo brasileiro, reunindo irmãos pardos, brancos, negros,
caucasianos, indígenas etc. Mais ainda, temos por princípio o respeito às crenças
religiosas e tendências políticas de cada um de nós: entre os Maçons, encontramos
católicos, espíritas, evangélicos, budistas; oposicionistas e situacionistas, com ou
sem vinculação a partidos políticos.
Porém, há séculos, deixamos de ser construtores de catedrais para sermos
construtores sociais. Por isso, é impossível presenciarmos as escabrosas revelações
trazidas a público por um respeitável brasileiro, dr. Sérgio Moro, e uma equipe de
patriotas que compõem o Ministério Público (em todos os níveis) e a Polícia Federal,
sem que nos manifestemos.
Juramos defender nossa Pátria contra agressões movidas contra ela, e a
corrupção desenfreada revelada nos escândalos recentes (há mais por vir, além do
famoso Petrolão) não só agride nosso amado Brasil como é mácula que envergonha
nossa história, infelizmente. Por isso mesmo, tal nódoa não deve nunca ser esquecida,
para que as futuras gerações não repitam a negligência, má fé, omissão,
incompetência e descaso com a aplicação dos recursos que os brasileiros recolhem
aos cofres do Tesouro Nacional, como hoje se constata em todos os escalões de
seu (des)Governo.
Mas os golpes dados à Ética não param na rapinagem posta em prática por
quadrilheiros de seu partido e de partidos aliados. Vão mais além: roubaram-se
toda a fé e esperança de um povo, por meio de mentiras irresponsáveis, num
presente e futuro promissor deste País.
Devemos recuperar a memória: há poucos meses, em suas promessas de
campanha (diga-se de passagem, reprovável pela destruição de reputações e
discursos mentirosos, aviltando os demais candidatos à Presidência de nossa
República), registramos o compromisso de queda de 18% nas tarifas de energia.
Hoje, amargamos uma alta de quase 30%, em média, em tais custos; a prometida
queda nas taxas de juros foi desmentida pela sua elevação, que diminui o poder de
compra de brasileiros, o grau de investimento de nossos sofridos empreendedores
e devolve ao limbo da pobreza os milhões de pessoas que seu (des)Governo diz ter
tirado da miséria.
PÁG. 2 CARTA ABERTA À PRESIDENTE
Nossos pais nos ensinaram que “mentir é muito feio”, Presidente. Achamos
que seus pais não lhe devem ter dito tal frase. Se o tivessem feito, possivelmente a
vergonha não lhe permitiria ocupar o mais alto cargo do funcionalismo público da
Nação. Repetimos: sua Excelência é uma privilegiada funcionária pública. Traduzindo:
sua função é servir ao povo, e não vilipendiá-lo, mesmo que indiretamente, por
omissão, conivência ou incapacidade de conduzir uma máquina estatal que sua
Excelência transformou em paquidérmica.
Enfim, nada do que foi dito aqui é novidade. Acreditamos em sua capacidade
de autocrítica – termo muito utilizado por seus pares de esquerda.
O que queremos deixar claro é que, tanto sua Excelência quanto muitos
parlamentares, não tiveram competência de ouvir o clamor das ruas, que bradamos
em 15 de março próximo passado.
Não é à toa que o mote das próximas manifestações é expresso pelo slogan
ELES NÃO ENTENDERAM NADA.
Vamos tentar, ao máximo, ser claros:
1. O povo brasileiro não pediu pela Reforma Política (aliás, extremamente
tendenciosa), cujos termos foram tornados públicos; é necessária, isto sim,
uma REFORMA DE GOVERNO. Sua gestão está marcada pela marca recorde
de TRINTA E NOVE MINISTÉRIOS, muitos deles criados para abrigar
apaniguados do seu partido ou de partidos aliados. Se o tamanho
descomunal de seu (des)Governo se revelasse eficiente, seria mais fácil de
engolir. Ao contrário, o Estado, hoje, é comparável a um buraco negro, que
engole os recursos públicos no pagamento de regalias e benesses, folha
de pagamento de um exército de comissionados, além dos profissionais
de carreira, sem que haja a devolução, aos sofridos brasileiros que
sustentam seus luxos, na forma de serviços públicos e infraestrutura de
qualidade;
2. O clamor popular, que sua Excelência não escutou, pedia pela
TRANSPARÊNCIA DA APLICAÇÃO DE RECURSOS NACIONAIS, por meio do
BNDES, em países mantidos por governos, em sua quase totalidade,
ditatoriais. Será mera coincidência? Todos eles participam do “clube”
denominado Foro de São Paulo, que reúne todos os partidos de extrema
esquerda da América Latina e Caribe, além de organizações criminosas e
terroristas, como as FARC. Presidente, somos carentes de tais obras de
infraestrutura aqui, na nossa terra, e temos certeza de que isso é de seu
conhecimento. Sem falar da necessidade de investimento em Educação e
Saúde. Desconhecemos, porém, suas reais intenções. Mas não se dê ao
trabalho de revelá-las. Não saberemos nunca se sua Excelência estará
falando a verdade;
3. O povo brasileiro não admitirá, em hipótese alguma, que o MINISTRO DIAS
TOFFOLI PRESIDA A 2ª TURMA DO STF, que irá julgar os crimes perpetrados
no escândalo denominado Petrolão. Ele tem notórios impedimentos éticos
para tal: foi advogado de seu partido, assessorou o ex-ministro José Dirceu
(réu condenado pelos crimes praticados no escândalo conhecido pelo
CARTA ABERTA À PRESIDENTE PÁG. 3
codinome Mensalão) e, nas últimas eleições, portou-se de forma, no mínimo,
suspeita, durante a apuração dos votos (apuramos as histórias referentes
à empresa Smartmatic – lembre-se: estamos na Era da Informação, e ela
circula com velocidade estonteante. Basta saber e querer acessá-la. As
máscaras, neste século, caem rapidamente).
4. Não há necessidade, presidente, de que seu governo crie pacotes anticorrupção.
Nosso Brasil tem leis e Constituição que preveem e punem
crimes de responsabilidade, crimes de peculato, crimes de corrupção ativa
e passiva, crimes contra a República, crimes de traição à Pátria etc. O que é
necessário é que seu partido DESAPARELHE O PODER JUDICIÁRIO e limitese
ao Executivo e Legislativo. Lembre-se, presidente: seu partido não é o
Brasil e o Brasil não se tornará, nunca, um único partido político. O povo
brasileiro tem inteligênica e discernimento suficiente para reconhecer que
seu partido não tem um projeto de governo, mas um projeto de poder,
que, via corrupção sistêmica, busca ocupar todos os espaços da
administração pública.
Enfim, presidente (não usamos, até o fim desta carta, o vocábulo presidenta
para não agredir nosso vernáculo), para sermos objetivos, confiamos no seu
discernimento: escute as vozes da Nação. Execute, sem mentiras de ora em diante,
o que o povo brasileiro exige que seja feito. Caso não esteja ao seu alcance, em
virtude de possíveis compromissos indeclaráveis firmados com aliados escusos,
ponha em prática uma saída honrosa: demita-se, renuncie, alegue problemas de
saúde que merecem cuidados. Invente qualquer desculpa. Mentiras partidas de sua
Excelência não serão novidade. Será menos doloroso para o País e para a presidente
que um processo de impeachment, recurso constitucional que detém a Nação
brasileira para afastá-la definitivamente da vida pública.
Entre para a história pelo fato de ter reconhecido erros e incompetência para
gerir o destino de milhões de compatriotas. Não permita que seu (des)Governo
chegue ao nível zero de aprovação popular.
Gostaríamos de finalizar esta carta aberta com a expressão
“Respeitosamente”, mas isso é impossível. O povo brasileiro merece RESPEITO. Isso
não nos foi dado. Em contrapartida, sua excelência perdeu todo o respeito que
poderíamos lhe dedicar.





Movimento Mudanças Já – Maçons • BR
Brasil, 12 de abril de 2015.

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