quarta-feira, 22 de abril de 2015

A guerra termonuclear como possibilidade real

A guerra termonuclear como possibilidade real
18.04.2015



Já há muito queria entrevistar Paul Craig Roberts. Durante muitos anos acompanhei seus escritos e entrevistas e sempre que o lia esperava ter um dia o privilégio de entrevistá-lo acerca da natureza do estado profundo dos EUA e do Império. Recentemente, enviei-lhe um email e pedi-lhe uma entrevista e, muito gentilmente, ele concordou. Fico-lhe muito grato por esta oportunidade.

- A Rússia deve esperar um ataque dos EUA

por Paul Craig Roberts

The Saker

The Saker: Tem-se tornado bastante óbvio para muita gente, se não para a maioria, que os EUA não são uma democracia ou uma república, mas antes uma plutocracia dirigida por uma pequena elite à qual alguns chamam "os 1%". Outros falam do "estado profundo". Assim, minha primeira pergunta é a seguinte: Podia por favor gastar algum tempo para avaliar a influência e pode de cada uma das seguintes entidades, uma por uma? Em particular, pode especificar para cada uma se tem uma posição "top" na tomada de decisão, ou uma posição "média" na implementação da decisão na estrutura real do poder (lista sem qualquer ordem específica):

Federal Reserve
Grande banca
Bilderberg
Council for Foreign Relations
CIA
Goldman Sachs e bancos de topo
100 famílias do topo" (Rothschild, Rockefeller, Dutch Royal Family, British Royal Family, etc.)
Israel Lobby
Maçons e suas lojas
Big Business: Big Oil, Complexo militar-industrial, etc.
Outras pessoas ou organizações não listadas acima?
Quem, qual grupo, que entidade consideraria que está realmente no cimo do poder na atual política dos EUA?

Paul Craig Roberts: Os EUA são dirigidos por grupos de interesses privados e pela ideologia neoconservadora que sustenta ter sido escolhido pela História como o país "excepcional e indispensável" com o direito e a responsabilidade de impor sua vontade ao mundo.
Na minha opinião os grupos de interesses privados mais poderosos são:

O Complexo militar/segurança
Os quatro ou cinco bancos de mega dimensão "demasiado grandes para falirem" e a Wall Street
O agronegócio
As indústrias extrativas (petróleo, mineração, madeira).
Os interesses destes grupos coincidem com aqueles dos neoconservadores. A ideologia neoconservadora apoia o imperialismo ou a hegemonia financeira e político-militar americana.

Não há imprensa ou TV independente americana. Nos últimos anos do regime Clinton, 90% dos media impressos e da TV estavam concentrados em seis mega companhias. Durante o regime Bush, a National Public Radio perdeu sua independência. Assim, os media funcionam como um Ministério da Propaganda.

Ambos os partidos políticos, republicanos e democratas, estão dependentes dos mesmos grupos de interesses privados para fundos de campanha, assim ambos os partidos dançam para os mesmos mestres. A deslocalização de empregos destruiu os sindicatos manufatureiros e industriais e privou os democratas das contribuições políticas de sindicatos trabalhistas. Naqueles dias, os democratas representavam o povo trabalhador e os republicanos representavam os negócios.

O Federal Reserve está ali para os bancos, principalmente os grandes. O Federal Reserve foi criado como prestamista de último recurso para impedir bancos de falirem devido a corridas bancárias ou retirada de depósitos. O Fed de Nova York, o qual conduz as intervenções financeiras, tem uma diretoria que consiste nos executivos dos grandes bancos. Os últimos três presidentes do Federal Reserve foram judeus e o atual vice-presidente é o antigo governador do banco central israelense. Judeus são proeminentes no sector financeiro, no Goldman Sachs por exemplo. Nos últimos anos, os secretários do Tesouro dos EUA e dirigentes das agências regulatórias financeiras foram principalmente os executivos da banca responsáveis pela fraude e pela alavancagem excessiva de dívida que lançaram a última crise financeira.

No século XXI, o Federal Reserve e o Tesouro serviram apenas os interesses dos grandes bancos. Isto tem sido a expensas da economia e da população. Exemplo: pessoas reformadas não tiveram o rendimento de juros durante oito anos a fim de que as instituições financeiras pudessem tomar emprestado a custo zero e ganhar dinheiro.

Não importa quão ricas sejam algumas famílias, elas não podem competir com poderosos grupos de interesses tais como o complexo militar/segurança ou a Wall Street e os bancos. A riqueza estabelecida há muito pode cuidar dos seus interesses e alguns, tais como os Rockfellers, têm fundações ativistas que na maior parte trabalham provavelmente em estreita colaboração com o National Endowment for Democracy para financiar e encorajar várias organizações não governamentais (ONGs) pró americanas em países que os EUA querem influenciar ou subverter, tal como se verificou na Ucrânia. As ONGs são essencialmente Quintas Colunas dos EUA e operam sob nomes como "direitos humanos", "democracia", etc. Um professor chinês contou-me que a Fundação Rockfeller criou uma universidade americana na China e que ela é utilizada para organizar diversos chineses anti-regime. No passado, e talvez ainda hoje, havia na Rússia centenas de ONGs com financiamento estado-unidense e alemão, possivelmente até 1000.

Não sei se os bilderbergs fazem o mesmo. Possivelmente são apenas pessoas muito ricas e têm seus protegidos em governos que tentam proteger seus interesses. Nunca vi quaisquer sinais de bilderbergrs ou maçons ou Rothchilds a afetarem decisões do Congresso ou do ramo executivo.

Por outro lado, o Council for Foreign Relations é influente. O conselho é composto de antigos responsáveis da política governamental e académicos envolvidos em política externa e relações internacionais. A publicação do conselho,Foreign Affairs, é o principal fórum de política externa. Alguns jornalistas também são membros. Quando fui proposto como membro na década de 1980, fui vetado.

A Skull & Bones é uma fraternidade secreta da Universidade de Yale. Algumas universidades têm tais fraternidades. A Universidade de Virgínia, por exemplo, tem uma e a da Georgia também. Estas fraternidades não têm tramas governamentais secretas ou poderes de domínio. Sua influência seria limitada à influência pessoal dos membros, os quais tendem a ser filhos de famílias da elite. Na minha opinião, estas fraternidades existem para dar status de elite aos membros. Elas não têm funções operacionais.

The Saker: E quanto a indivíduos? Quem são, na sua opinião, as pessoas mais poderosas nos EUA de hoje? Quem toma a decisão estratégica final, em alto nível?

Paul Craig Roberts: Não há realmente pessoas poderosas por si próprias. Pessoas poderosas são aquelas que têm por trás grupos de interesses poderosos. Desde que o secretário da Defesa William Perry privatizou grande parte das funções militares em 1991, o complexo militar/segurança tem sido extremamente poderoso e o seu poder é ainda mais ampliado pela sua capacidade para financiar campanhas políticas e pelo facto de que é uma fonte de emprego em muitos estados. Essencialmente as despesas do Pentágono são controladas pelos fornecedores da defesa.

The Saker: Sempre acreditei que em termos internacionais, organizações tais como a NATO (OTAN), a UE e todas as outras são apenas uma frente e que a aliança real que controla o planeta são os países ECHELON: EUA, Reino Unido, Canada, Austrália e Nova Zelândia, também conhecidos como "AUSCANNZUKUS" (também são mencionados como a "anglo-esfera" ou os "Cinco olhos"), sendo os EUA e Reino Unido parceiros sénior e os outros três parceiros júnior. Será correto este modelo?

Paul Craig Roberts: A NATO foi uma criação estado-unidense, alegadamente para proteger a Europa de uma invasão soviética. Seu propósito expirou em 1991. Hoje a NATO proporciona cobertura à agressão dos EUA, bem como forças mercenárias para o Império Americano. A Grã-Bretanha, Canada, Austrália são simplesmente estados vassalos dos EUA assim como a Alemanha, França, Itália, Japão e o resto. Não há parceiros, apenas vassalos. É o império de Washington, nada mais.

The Saker: Diz-se frequentemente que Israel controla os EUA. Chomsky e outros dizem que são os EUA que controlam Israel. Como caracterizaria o relacionamento entre Israel e os EUA - é o cão que abana a cauda ou é a cauda que abana o cão? Diria que o lobby de Israel está no controle total dos EUA ou ainda há outras forças capazes de dizer "não" ao lobby israelense e impor a sua própria agenda?

Paul Craig Roberts : Nunca vi qualquer evidência de que os EUA controlam Israel. Toda a evidência é de que Israel controla os EUA, mas só na sua política do Médio Oriente. Nos últimos anos Israel, ou o lobby israelense, foi capaz de controlar ou impedir nomeações académicas nos EUA e a estabilidade no emprego (tenure) para professores considerados críticos de Israel. Israel tem tido êxito tanto em universidades católicas como nas estaduais em travar estabilidades e nomeações. Israel pode também bloquear algumas nomeações presidenciais e tem uma influência vasta sobre os media impressos e da TV. O lobby israelense também tem abundância de dinheiro para financiar campanhas políticas e nunca falha em remover deputados e senadores dos EUA considerados críticos de Israel. O lobby israelense foi capaz de penetrar no distrito negro do Congresso, de Cynthia McKinney, uma mulher negra, e derrotá-la na sua reeleição. Como disse o almirante Tom Moorer, Chefe de Operações Navais e Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas: "Nenhum presidente americano pode enfrentar Israel". O almirante Moore não pôde sequer conseguir uma investigação oficial ao ataque mortífero de Israel ao em 1967.

Qualquer um que critique políticas israelenses, mesmo num espírito colaborativo, é etiquetado como "antissemita". Na política, nos media e nas universidades americanas, isto é uma sentença de morte. Você pode ser atingido por um míssil infernal.

The Saker: Qual das 12 entidades de poder que listei acima tem, na sua opinião, desempenhado um papel chave no planejamento e execução da operação "falsa bandeira" do 11/Set? Afinal de contas, é difícil imaginar que isto foi planeado e preparado entre a posse de GW Bush e o 11 de Setembro - deve ter sido preparado durante os anos da administração Clinton. Não é verdade que a bomba de Oklahoma City foi um ensaio para o 11/Set?

Paul Craig Roberts: Na minha opinião o 11/Set foi produto dos neoconservadores, muitos dos quais são judeus aliados a Israel, Dick Cheney e Israel. Seu objetivo foi proporcionar "o novo Pearl Harbor" que os neoconservadores disseram ser necessário para lançar suas guerras de conquista no Médio Oriente. Não sei durante quanto tempo antes foi planeado, mas Silverstein obviamente fez parte disto e ele não teve o World Trade Center durante muito tempo antes do 11/Set.

Quanto ao bombardeamento do Murrah Federal Building, na cidade de Oklahoma, o general Partin, da Força Aérea, seu perito em munições, preparou um relatório técnico provando para além de qualquer dúvida que o edifício explodiu a partir de dentro, para fora, e que o caminhão com a bomba foi encobrimento. O Congresso e os media ignoraram este relatório. O bode expiatório, McVeigh, já estava definido e isso foi a única estória permitida.

The Saker: Pensa que as pessoas que dirigem os EUA hoje percebem que estão numa rota de colisão com a Rússia a qual poderia levar à guerra termonuclear? Em caso afirmativo, por que é que eles assumiriam tamanho risco? Será que eles realmente acreditam que no último momento os russos "piscarão" e recuarão, ou acreditam realmente que podem vencer uma guerra nuclear? Não terão medo de que numa conflagração nuclear com a Rússia perderão tudo o que têm, incluindo seu poder e mesmo suas vidas?

Paul Craig Roberts: Estou tão perplexo quanto você. Penso que Washington está perdida no excesso de confiança e na arrogância e está mais ou menos insana. Também há a crença de que os EUA podem vencer uma guerra nuclear com a Rússia. Houve um artigo na Foreign Affairs cerca de 2005 ou 2006 no qual se apresentava esta conclusão. A crença na "vencibilidade" da guerra nuclear tem sido promovida pela fé nas defesas ABM (Anti-Ballistic Missile). O argumento é que os EUA podem atingir a Rússia tão duramente num primeiro ataque antecipativo (preemptive) que a Rússia não retaliaria por medo de um segundo ataque.

The Saker: Como avalia o atual estado de saúde do Império? Durante muito anos temos visto sinais claros de declínio, mas ainda não há colapso visível. Acredita que um tal colapso é inevitável e, se não, como poderia isto ser impedido? Será que veremos o dia em que o US Dólar subitamente se tornará sem valor ou será que algum outro mecanismo precipitará o colapso deste Império?

Paul Craig Roberts: A economia dos EUA está esvaziada. Não tem havido qualquer crescimento do rendimento real mediano das famílias durante décadas. Alan Greenspan, como presidente do Fed, utilizava uma expansão do crédito ao consumidor para substituir o crescimento em falta no rendimento do mesmo, mas a população está agora demasiado endividada para contrair mais crédito. Assim, não há nada para conduzir a economia. Tamanha quantidade de empregos na manufatura e em serviços profissionais transacionáveis, como engenharia de software, foram removidos para o exterior que a classe média sofreu uma contração. Licenciados em universidades não podem obter empregos que permitam uma existência independente. De modo que não podem constituir famílias, comprar casas, eletrodomésticos e mobílias para o lar. O governo produz baixas mensurações de inflação ao não medir a inflação e baixas taxas de desemprego ao não medir o desemprego. Os mercados financeiros são manipulados (rigged) e o ouro deitado abaixo apesar do crescimento da procura através de vendas shorts a descoberto no mercado de futuros. É um castelo de cartas que tem aguentado mais tempo do que eu pensava possível. Aparentemente, o castelo de cartas pode suster-se até que o resto do mundo cesse de manter o US dólar como reservas.

Possivelmente o império impôs demasiada tensão à Europa ao envolvê-la num conflito com a Rússia. Se a Alemanha, por exemplo, abandonasse a NATO, o império entraria em colapso, ou se a Rússia pudesse encontrar engenho (wits) para financiar a Grécia, a Itália e a Espanha em troca de abandonarem o Euro e a UE, o império sofreria o golpe fatal.

Alternativamente, a Rússia pode dizer à Europa que não tem nenhuma alternativa exceto alvejar capitais europeias com armas nucleares uma vez que a Europa se juntou aos EUA na guerra contra a Rússia.

The Saker: A Rússia e a China fizeram algo único na história e foram para além do modelo tradicional de constituir uma aliança: concordaram em tornar-se interdependentes - poder-se-ia dizer que concordaram em ter um relacionamento simbiótico. Acredita que aqueles que são responsáveis pelo Império tenham compreendido a mudança tectónica que acaba de acontecer ou estão simplesmente a cair numa negação profunda porque a realidade os assusta demasiado?

Paul Craig Roberts: Stephen Cohen diz que simplesmente não há discussão de política externa. Não há debate. Penso que o império pensa que pode desestabilizar a Rússia e a China e que isto é uma das razões porque Washington tem revoluções coloridas a atuarem na Arménia, Quirguistão e Uzbequistão. Como Washington está determinada a impedir a ascensão de outras potências e está perdida no excesso de confiança e arrogância, ela provavelmente acredita que terá êxito. Afinal de contas, a História escolheu Washington.

The Saker: Na sua opinião, será que eleições presidenciais ainda importam e, em caso afirmativo, o que é a sua melhor esperança para 2016? Pessoalmente tenho muito medo de Hillary Clinton a quem considero como uma pessoa excepcionalmente perigosa e absolutamente perversa, mas com a atual influência neocon entre os republicanos, podemos realmente esperar que um candidato não neocon obtenha a nomeação do Partido Republicano?

Paul Craig Roberts: O único meio pelo qual uma eleição presidencial poderia importar seria se o presidente eleito tivesse por trás um movimento forte. Sem um movimento, o presidente não tem poder independente e ninguém para nomear quem fará a sua parte. Os presidentes estão cativos. Reagan tinha algo de um movimento, apenas o suficiente, com o que fomos capazes de curar a estagflação apesar da oposição da Wall Street e fomos capazes de acabar com a guerra-fria apesar da oposição da CIA e do complexo militar/segurança. Reagan era idoso e vinha de um outro tempo. Ele assumiu que o gabinete do presidente era poderoso e atuou dessa forma.

The Saker: O que diz acerca das forças armadas? Pode imaginar um Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas a dizer "não, Sr. Presidente, isso é louco, não faremos isto" ou espera que os generais obedeçam a qualquer ordem, incluindo uma para começar uma guerra nuclear contra a Rússia? Tem alguma esperança de que os militares dos EUA pudessem interferir e travar os "loucos" atualmente no poder na Casa Branca e no Congresso?

Paul Craig Roberts: Os militares dos EUA são criaturas das indústrias de armamentos. O objetivo completo de se fazer general é qualificar-se para ser um consultor na indústria da "defesa", ou tornar-se um executivo ou ir para a direção de um empreiteiro da "defesa". Os militares servem como fonte para carreiras de aposentação quando então os generais ganham o dinheiro grosso. Os militares dos EUA estão totalmente corruptos. Leia o livro de Andrew Cockburn, de Washington o resultado fosse impedir esse ataque.

Tanto quanto posso dizer a partir das minhas muitas entrevistas com os media russos, não há consciência russa da . Os russos pensam que há alguma espécie de mal entendido acerca das intenções russas. Os media russos não entendem que a Rússia é inaceitável porque a Rússia não é um vassalo dos EUA. Os russos acreditam em toda asneirada ocidental acerca de "liberdade e democracia" e acreditam que têm pouco disso mas estão a fazer progressos. Por outras palavras, os russos não têm ideia de que são visados para a destruição.

The Saker: Quais são, na sua opinião, as raízes do ódio de tantos membros das elites estado-unidenses para com a Rússia? Será isso apenas um resto da Guerra-fria ou haverá uma outra razão para a russofobia quase universal entre as elites dos EUA? Mesmo durante a Guerra-fria, não estava claro se os EUA eram anticomunistas ou anti-russos. Haverá algo na cultura, nação ou civilização russa que dispare essa hostilidade e, em caso afirmativo, o que é?

Paul Craig Roberts: A hostilidade para com a Rússia remonta à Doutrina Wolfowitz:

"Nosso primeiro objetivo é impedir a re-emergência de um novo rival, tanto no território da antiga União Soviética como alhures, que coloque uma ameaça da ordem daquela colocada anteriormente pela União Soviética. Isto é uma consideração dominante subjacente à nova estratégia de defesa regional e requer que nos empenhemos para impedir qualquer potência hostil de dominar uma região cujos recursos, sob controle consolidado, seriam suficientes para gerar poder global".

Enquanto os EUA estavam centrados nas suas guerras no Médio Oriente, Putin restaurou a Rússia e travou a invasão da Síria planeada por Washington e o bombardeamento do Irã. O "primeiro objetivo" da doutrina neocon foi rompido. A Rússia tinha de ser posta em linha. Essa é a origem do ataque de Washington à Rússia. Os media dependentes e cativos dos EUA e da Europa simplesmente repetem "a ameaça russa" para o público, o qual está despreocupado e além disso desinformado.

A ofensa da cultura russa também está aqui - éticas cristãs, respeito à lei e à humanidade, diplomacia ao invés de coerção, costumes sociais tradicionais - mas isto é o pano de fundo. A Rússia é odiada porque ela (e a China) é uma restrição ao poder uno e unilateral de Washington. Esta restrição é o que levará à guerra.

Se os russos e os chineses não esperarem um ataque nuclear antecipativo por parte de Washington serão destruídos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário