quinta-feira, 15 de março de 2012

EUA e Grã-Bretanha mudam estratégia de retirada da Otan

blog do Lobbo - Karzai não fica vivo um ano após as tropas da Otan saírem do Afeganistão. Terão que se retirar porque perderam a guerra das cabeças. Quase 100% dos afegãs são contra os EUA. Não mandam no país, estão encurralados nas bases militares, tentam negociar com o Talebãm que agora tem armas mais poderosas no front. Acabou o passeio de helicópteros. Ou saem ou morrem. Estão com pressa de sair mas não podem sair correndo porque fica feio. Não querem passar pela mesma humilhação do Vietnã. Daqui para frente a guerra será com novas armas e tropas em terra somente na segunda fase da guerra. 

Comentário de Eros José Alonso



EUA e Grã-Bretanha mudam estratégia de retirada da Otan

A operação de combate dará lugar, em 2013, à retirada gradual das tropas e à entrega da segurança a Cabul

14 de março de 2012 | 21h 31
Denise Chrispim Marin / CORRESPONDENTE / WASHINGTON
WASHINGTON - Os EUA e a Grã-Bretanha concordaram nesta quarta-feira, 14, em mudar a estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. A operação de combate dará lugar, em 2013, à fase de transição, com a retirada gradual das tropas e a transferência da responsabilidade pela segurança do país para o governo afegão. Mas a conclusão da saída das tropas americanas e de seus aliados do Afeganistão foi mantida para o final de 2014.
Cameron e Obama antes de jantar oficial na noite desta quarta-feira - Alex Wong/Efe
Alex Wong/Efe
Cameron e Obama antes de jantar oficial na noite desta quarta-feira
As decisões foram afinadas durante conversações entre o presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, na Casa Branca. O consenso entre os dois mais fortes aliados do Ocidente e na guerra do Afeganistão será levado à reunião de cúpula da Otan, em maio. O calendário e o ritmo de retirada das tropas serão confirmados ao final da reunião.
"Na cúpula da Otan, na minha cidade de Chicago, nós determinaremos a próxima fase de transição. Isso inclui mudar para uma posição de apoio no ano que vem, avançado para o Afeganistão assumir a completa responsabilidade por sua segurança em 2014", afirmou Obama, ao lado de Cameron, nos jardins da Casa Branca. "Vamos completar essa missão e vamos fazer isso de maneira responsável", disse o presidente.
Obama reconheceu que os "trágicos acontecimentos" recentes deixaram claro o grau de dificuldade da missão no Afeganistão. Cuidadoso, não chegou a mencionar, explicitamente, o massacre de domingo de 16 civis (entre eles 9 crianças) cometido por um sargento americano em um vilarejo próximo a Kandahar, no sul do país.
Respaldado por uma pesquisa de opinião da Reuters/Ipsos divulgada na quarta, Obama afirmou que o povo americano está "exausto" dos dez anos dessa guerra. Dos consultados, 61% defenderam o retorno imediato dos soldados americanos do Afeganistão.
Cameron também se manteve calado sobre o episódio. Mas insistiu ter melhorado a condição de segurança no Afeganistão desde o envio, pelos EUA, de cerca de 30 mil soldados em 2009. "A situação melhorou consideravelmente", afirmou, ao assinalar que o Afeganistão deixará de vez de ser o "paraíso dos terroristas" até final de 2014.

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