Lula se define como "jararaca que está viva como sempre esteve", posa de vítima e conclama PT para guerra
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
"Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo e a jararaca está viva como sempre esteve". Este foi o principal recado dado pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Diretório Nacional do PT, Ainda "indignado", "ofendido, "ultrajado" e "magoado" com a condução coercitiva para prestar depoimento à Força Tarefa da Lava Jato, Lula se fez de vítima: "Eu me senti prisioneiro hoje de manhã". No final da tarde, Lula voltou para casa, em São Bernardo do Campo, recebido como "herói" pelos seguidores da seita petista.
A reação de rua da petelândia, que estava adormecida, pode acender um radicalismo em um Brasil com economia destroçada pela incompetência de gestão e pela roubalheira sistêmica promovida pela classe política. Lula é uma jararaca que sabe muito bem tirar proveito de situações desfavoráveis. Sem dúvida, o Dia 4 de março de 2016 vai ser histórico! Lula aposta que sua condução coercitiva servirá de redenção e ampliará sua blindagem. A Força Tarefa da Lava Jato e o juiz Sérgio Moro (focados na colheita de elementos probatórios) acham o contrário. Os 10 containeres das mudanças de Lula, bancados pela OAS, escondem importantes revelações.
Depois de três horas e meio de depoimento forçado na sala do pavilhão de autoridades do Aeroporto de Congonhas, $talinácio ficou tão pt da vida e extremamente nervoso que até soltou palavrão em seu pronunciamento à Petelândia. Dirigindo-se a Rui Falcão, Lula deu o show demagógico de sempre: "Se a Polícia Federal encontrar um real de desvio na minha conta, em não mereço ser deste partido".
Contrários à visão de Lula, procuradores da Força Tarefa da Lava Jato afirmam ter indícios de que o ex-presidente valeu-se do cargo para se locupletar. Faltam apenas provas de que era comandada direta e objetivamente por ele a organização criminosa montada para fazer dos cofres públicos fonte de financiamento do PT. Tendo ou não o domínio dos fatos, na avaliação do MPF, Lula foi o principal beneficiário do esquema de corrupção posto em prática ao tempo em que ele era mandatário do País.
Lula não respondeu aos questionamentos de jornalistas. Ele nem aliviou o fato de Sérgio Moro ter determinado que ele não fosse algemado pela Polícia Federal. Debochou do juiz Sérgio Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba: "O juiz poderia ter me convidado a prestar depoimento e eu iria, como já fui outras três vezes". Em seguida, no melhor estilo $talinácio, Lula ordenou que a militância petista (chamada de "sua tropa de choque") saia às ruas para defendê-lo. Lula avisou que partirá em caravana pelo País, a partir da semana que vem, para "defender o partido".
A militância radicalóide entendeu o recado do chefão. Em plenária com movimentos sociais, o presidente do diretório estadual do PT do Rio, Washington Quaquá, ligadíssimo ao presidiário José Dirceu, vociferou: "Nós tiramos muito o pé da luta, da ação direta, e colocamos os dois pés na institucionalidade. Chegou a hora de uma luta de médio prazo, tirando nosso pé da institucionalidade, colocando nosso pé na luta de massas, na luta de rua". Outro ligado a José Dirceu, o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), foi na mesma linha: " Em março de 1964 eles deram um golpe, em março de 2016 ensaiam outro golpe. Naquele golpe eu participei de dezenas de reuniões, lamentações, avaliações. De todas elas, há uma frase que não podemos esquecer: “Tínhamos que ter resistido e lutado". Hoje temos que nos preparar para o enfrentamento, para a luta".
Tem manifestações mais graves: "A Lava Jato deu um passo do qual vai se arrepender". Estas palavras de um deputado petista, logo após ao "pronunciamento à imprensa" de Lula, é um um indicador de que a Petelândia vai investir no estilo deboche e ameaça. No Diretório petista, um outro militante gritou para todos ouvirem: "Se querem transformar o Brasil na Venezuela, vão conseguir. Se preparem. Estamos com ódio, uma indignação muito grande, faca nos dentes, sangue nos olhos. Não temos mais nada a perder, agora mexeram com o Lula".
O presidente do PT, Rui Falcão, deu o tom de guerra: Trata-se de um espetáculo político que deixa claro qual é o verdadeiro viés dessa operação. A luta continua, companheiros. Pelo whatsapp, a petelândia solteu uma ordem geral hoje cedo: “Atenção companheiros: 1. Convocar reunião dos Diretórios Regionais de todos os Estados com parlamentares e Prefeitos; 2. Convocar coletivas em todos os estados para as 15h, 3. É muito importante as ações serem planejadas e que repercutam nacionalmente; 3. Pauta: Denunciar o golpe; denunciar a articulação da mídia, MP e Oposição, tudo feito para turbinar o dia 13; 4. Convocar mobilização permanente até o dia 31 de março; 5. Chamar os partidos da FBP para reunião amanhã cedo!”.
Quem reagiu de forma patética na defesa de Lula foi a pessoa mais desesperada que ele: Dilma Rousseff soltou uma nota pública digna de piada: "Manifesto integral inconformismo com o fato de um ex-presidente da República que, por várias vezes, compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos perante às autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento".
"O cumprimento da Constituição é a única via segura para o bom exercício das funções públicas e o respeito aos direitos individuais". "O respeito aos direitos individuais passa, nas investigações, pela adoção de medidas proporcionais que jamais impliquem em providências mais gravosas do que as necessárias para o esclarecimento de fatos".
Por fim, Dilma repetiu a retórica contra o "estilo gestapo" (que a petelândia sempre defendeu e praticou contra os adversários e inimigos): "Vazamentos ilegais, prejulgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa, não contribuem para a busca da verdade, mas apenas servem para animar a intolerância e retóricas antidemocráticas".
O Valor Econômico informou que Dilma e Lula se falaram no começo da tarde. "No telefonema que trocaram no início da tarde, a presidente Dilma Rousseff ouviu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ela precisa "ter autonomia para governar". Lula fez a cobrança a Dilma por telefone, e logo depois, tornou pública essa recomendação na declaração que fez à imprensa, na sede do diretório nacional do PT. Na mesma conversa, Dilma pediu um encontro a Lula, que ficou de ser agendado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. "Eu combino com o Galego", disse Lula a Dilma, chamando o apelido pelo qual se refere a Jaques Wagner".
Perguntas que ficam no ar têm respostas objetivas. Lula pode acabar indiciado e preso? Pode, mas a reação forte dele e da petelândia podem reduzir tal risco. O vazamento da delação premiada de Delcídio Amaral e da Operação Aletheia tendem a ser fatais para a continuidade do projeto de poder do PT. Dilma pode ser tirada da Presidência da República? Pode, mas isto tende a demorar muito. Pedido de impeachment ou cassação da chapa presidencial no Tribunal Superior Eleitoral não se resolvem antes de 2017.
O problema objetivo é: o Brasil não aguenta tanta demora. E a organização criminosa, mais que nunca, continua gritando "vitória na guerra"...
Ninguém aguenta mais Dilma - alvo de panelaço quando seu pronunciamento em defesa de Lula e dela mesma foi transmitido em cadeia de rádio e televisão.
A revolução brasileira em andamento terá próximos capítulos muito tensos.
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