Quem quer estuprar Bolsonaro e violentar a Democracia?
2a Edição do Alerta Total
Por Jorge Serrão
O sistema de Poder no Brasil é implacável com quem possa representar uma "ameaça" de mudanças no criminoso status quo vigente. Corre risco de degola quem se credencia como "inimigo" da oligarquia que tem a hegemonia sobre o poder estatal. A máquina de moer "obstáculos", pela via da "judicialização da política", promove suas "jagunçagens" usando e abusando da via legal. O objetivo final é "assassinar a reputação" de quem for considerado "alvo a ser neutralizado ou destruído". Quem dá mole e se descuida cai mais facilmente no triturador.
Cidadãos comuns, indefesos, morrem de véspera se assim desejar o sistema do crime institucionalizado (em parceria com os poderes do Estado). Empresários também são vítimas fáceis dos jagunços estatais. Políticos que rompem acordos com os criminosos entram pelo cano implacavelmente. Também entram na dança facilmente os poucos políticos que não fazem parte da maioria corrupta. O regramento excessivo, combinado com o rigor seletivo, escolhe quem deve ser detonado.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tenta se credenciar como candidato à Presidência da República na próxima eleição (em 2018 ou antes?), se torna o mais recente alvo do sistema. Militar, conservador radical e sem papas na língua, Bolsonaro corre risco de perder seu mandato, além de ficar inelegível para 2018. Curiosamente - como a maioria dos parlamentares - não é alvo de denúncias de corrupção. Bolsonaro será punido pela infeliz ironia de opinião, em uma entrevista jornalística ao Zero Hora, em 10 dezembro de 2010, quando debochou que a deputada petista Maria do Rosário não mereceria ser estuprada por ser "muito ruim" e "muito feia".
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal - Corte que até agora não condenou sequer um político corrupto da Lava Jato - nem deu bola para os argumentos da advogada de Bolsonaro de que as declarações dele estariam protegidas pelo artigo 53 da Constituição, que estabelece a imunidade parlamentar, não podendo ser responsabilizado civil ou penalmente por suas opiniões. O STF aceitou denúncia contra Bolsonaro por incitação ao crime de estupro (pena de três a seis meses de prisão) e por crime de injúria (penalizável com um a seus meses de detenção).
Indiscutivelmente, Bolsonaro deu mole para Maria do Rosário. No dia 9 de dezembro de 2010, ele respondeu a uma agressão feita pela deputada petista, no salão verde da Câmara dos Deputados, quando foi chamado por ela de "estuprador", . No plenário, Bolsonaro vociferou: "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Fique aí, Maria do Rosário. Há poucos dias você me chamou de estuprador no salão verde e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir". No dia seguinte, 10 de dezembro de 2010, Bolsonaro repetiu a ironia em entrevista, por telefone, ao Zero Hora: "Ela não merece (ser estuprada) porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia. Não faz meu gênero. Jamais a estupraria".
Muitos anos mais tarde, mais precisamente hoje à tarde, prevaleceu a tese do ministro Luiz Fux, relator do processo, de que a imunidade parlamentar não se aplica a declarações dadas à imprensa e sem relação com o exercício do mandato. Outros três ministros da Primeira Turma — Edson Fachin, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso — acompanharam o voto de Fux. Apenas o sempre irônico e polêmico Marco Aurélio Mello votou contra, concordando com o argumento da imunidade parlamentar:
"O que tivemos aqui foi um arroubo de retórica, foi uma metáfora, quando Bolsonaro, e não estou colocando em um divã para realmente como profissional da área saber a intenção, disse que não a estupraria por ela ser feia. Eu já disse que não concordo, tenho-a como uma moça bonita. Ele quis dizer que não manteria relações com ela, mesmo que, apartada a questão ideológica, ela o quisesse".
Jair Bolsonaro ficou pt da vida com a decisão: "O fato é o seguinte: a retorção minha, aquele ato reflexo foi uma maneira de chamá-la de feia. Poderia ter falado outra coisa. Mas naquele momento, quando acabei de receber uma agressão, eu, como chefe de família responsável, ser chamado de estuprador, isso acho que ninguém aqui gostaria ou ficaria feliz ou não tomaria uma providência qualquer, não teria um ato reflexo como eu tive".
Bolsonaro também deixou claro que não pretende pedir desculpar a Maria do Rosário: "Quem começou esse episódio foi ela. Ela que peça primeiro. Da minha parte não tem problema, eu dou um abraço nela, sem problema nenhum. Ela entrou de carrinho por trás de mim. Ele me chamou de estuprador do nada. Por que eu nunca entrei com ação contra ela? Porque eu acredito na imunidade material por palavras, opiniões e votos (dos parlamentares). Se eu não acreditar na Constituição, vou acreditar no quê? Na minha lei? Eu não sou dono da lei. Tem que respeitar, a regra do jogo está aí? Quantas coisas a gente não gosta mas estão na lei e somos obrigados a cumprir?".
Inegavelmente, Bolsonaro perdeu a guerra verbal contra a radicalóide Maria do Rosário. Agora, sua eventual condenação em um processo que pode ir longe, tende a alimentar a polêmica em torno de sua candidatura presidencial. A equipe de Bolsonaro é uma das que mais bem trabalha sua imagem nas redes sociais - conquistando, diariamente, milhares de adeptos, sobretudo entre o público jovem e feminino. Bolsonaro, agora transformado em vítima de perseguição, tem muito a ganhar. O feitiço pode virar contra a lindíssima fada que o denunciou à angelical Procuradoria-Geral da República - que agora inferniza alguns políticos descaradamente corruptos.
Novamente, o Supremo Tribunal Federal alimenta a perigosa "judicialização da política". Junto com a PGR, interfere em um deselegante bate-boca entre deputados de ideologias radicalmente opostas. Tal interferência é, no mínimo, delicadíssima para a Segurança do Direito (que, aliás, inexiste no Brasil), ainda mais nestes tempos nebulosos e temerários de guerra do fim dos imundos, de todos os poderes contra todos.
Se o STF punir Bolsonaro depressinha, demorando a punir os corruptos que causam mais prejuízos à sociedade que aqueles que eventualmente falam o que não deveriam, correremos o risco de assistir a uma desmoralização desnecessária e imperdoável da cúpula do Judiciário - que já sofre do vício originário de ser nomeada por políticos que agora figuram no noticiário policial por força dos mensalões e lava-jatos da vida.
Resumindo: os ministros do STF, principalmente eles, guardiões da Constituição, não podem estuprar os princípios democráticos, em nome de conflitos artificialmente gerados pela "ideologização de gêneros" promovida pela petelândia, da qual Maria do Rosário é uma das belíssimas expoentes.
O povo continua pt da vida com o placar: Moro cento e tantas condenações de corruptos x 0 (Zeeeeeeeeeeeeeeeeero) para o STF... Pode isso, Arnaldo Cezar Coelho?
Bem na foto, dona Flora
O colunista Reinaldo Bessa, do jornal paranaense Gazeta do Povo, tem uma notícia péssima para a já queimadíssima imagem de Luiz Inácio Lula da Silva.
A foto do juiz Sérgio Moro com a dona Flora, proprietária do tradicional Restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, Curitiba, será trocada por uma fotografia em que o ex-Presidente Lula aparecia ao lado do famoso e já falecido maitre Ernani Ribas do Vale.
A nova imagem foi feita no jantar de 180 magistrados com Moro, sexta-feira passada.
Assim, companheiro $talinácio tem mais um excelente motivo para ficar ainda mais pt da vida com o Super Moro...
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