sábado, 10 de novembro de 2012

Acorda Brasil!!

Assunto: Acorda Brasil!!

 
RESPOSTA À REVISTA VEJA!
 
Abaixo estou enviando uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha  no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja. Peço por favor que repassem a todos que conhece, vale a pena ler.
Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. 
É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação.  Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital?  Em que pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida?  Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola. Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores, e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou, o que é ainda pior, envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom.  Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais.
Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela Pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a "passeios interessantes", planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom.
Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40h semanais.
E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que se esforcem em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas.
Como isso é motivante..e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. 
Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais,quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos se sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais".
Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!
Mesmo quem  não atua como docente, um dia passou por uma escola e tornou-se o que você é hoje! COLABORE E ENVIE PARA SEUS AMIGOS(AS).

sábado, 6 de outubro de 2012

Nervosos, venezuelanos se abastecem antes da eleição


Nervosos, venezuelanos se abastecem antes da eleição

CARACAS, 5 Out (Reuters) - Venezuelanos lotaram os supermercados nesta sexta-feira para comprar mantimentos, precavendo-se contra eventuais distúrbios por causa da eleição presidencial de domingo, que se configura como o maior desafio eleitoral ao presidente Hugo Chávez em seus 14 anos no poder.
O jovem governador estadual Henrique Capriles cresceu na reta final da campanha, e pela primeira vez a oposição parece ter chances de tirar Chávez da presidência, que ele ocupa desde 1999.
Muitos venezuelanos temem que um resultado apertado gere acusações de fraude e protestos, numa sociedade já polarizada e com grande número de armas ilegais.
"Preciso pensar na minha família, pode haver violência, tudo é possível no país", disse a dona de casa Dayana Alvarez, de 38 anos, que comprava óleo de cozinha, leite em pó, velas e farinha em um movimentado supermercado de Caracas.
Em alguns lugares, faltam produtos como macarrão, café, papel higiênico, arroz e leite.
"Estou comprando um pouco a cada dia. É preciso estar preparada. Sabe-se lá o que vai acontecer", disse a administradora de empresa María Eugenia Maduro, 38 anos, num supermercado de um bairro rico, onde há forte apoio a Capriles, e grande nervosismo pelo risco de distúrbios.
Na reta final da campanha, três ativistas de oposição foram mortos num comício, e houve tiros e pedradas em alguns eventos. Não ocorreu, no entanto, a violência sistemática que muitos temiam antes da campanha.
Os dois lados manifestam confiança no sistema de urnas eletrônicas, e vão mobilizar fiscais em 13.700 zonas eleitorais.
"Fomos e continuaremos respeitosos ao processo estabelecido", disse a jornalistas nesta sexta-feira o coordenador de campanha de Capriles, Leopoldo López. "Pedimos paz e tranquilidade."
As autoridades não permitiram a presença formal de monitores internacionais, mas a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Centro Carter têm equipes na Venezuela.
Chávez, de 58 anos, diz repetidamente que a oposição está preparada para usar a violência a fim de reverter sua derrota, e seus críticos mais estridentes dizem que o presidente poderia se recusar a entregar o cargo se perder.
Entre meia dúzia de institutos de pesquisa no país, a maioria dá vitória a Chávez, mas Capriles vem crescendo nas últimas semanas, e dois levantamentos apontam sua vantagem.
Em análises a seus clientes, nesta sexta-feira, o banco Credit Suisse disse que Chávez tem vantagem, enquanto o Barclays apontou que Capriles tem chances.
Chávez, um ex-militar que diz comandar uma revolução socialista, se mantém popular graças ao seu carisma e a programas sociais financiados pelo petróleo.
Capriles faz campanha prometendo se inspirar na esquerda moderada que governa o Brasil, e explorando a insatisfação popular com a criminalidade, o desemprego e a precariedade dos serviços públicos.
(Reportagem de Helen Murphy, Andrew Cawthorne, Marianna Párraga, Brian Ellsworth, Diego Oré e Mario Naranjo)

 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Brasil, paraíso dos agrotóxicos lixeira química do planeta



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O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras.
Paraíso dos agrotóxicos
Por: Henrique Kugler
Cada dólar gasto com a compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em tratamentos de saúde. Apesar das evidências, o Brasil faz pouco caso das dívidas sociais e ambientais dos agroquímicos.
O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de tais commodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos do comércio internacional?
“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas.
“Ao final das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e pela contaminação ambiental é a sociedade”, afirma Soares. Em seu melhor economês, ele garante que as “externalidades negativas” de nosso modelo agrário continuam de fora dos cálculos.
Segundo o economista do IBGE, que recentemente estudou propriedades rurais no Paraná, cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos 1,28 dólar em futuros gastos com a saúde de camponeses intoxicados.
Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares contabilizou apenas os custos referentes a intoxicações agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acrescidos da contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os prejuízos podem atingir cifras assustadoramente maiores. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”, diz.
“Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”
Seja na agricultura familiar, seja nas grandes propriedades rurais, “os impactos dos agrotóxicos na saúde pública abrangem vastos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais”, afirma dossiê publicado em abril pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade que reúne pesquisadores de diversas universidades do país.
Milhares de casos de contaminação são registrados todos os anos pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, gerido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada 50 quadros de intoxicação por agrotóxico no mundo, apenas 1 é notificado.
Não são apenas agricultores e suas famílias que integram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais envolvidos no comércio e manipulação dessas substâncias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos nós, diariamente, a cada refeição, ingerimos princípios ativos de agrotóxicos em nossos alimentos”, garante a médica Raquel Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O agricultor Jeferson Matias da Rosa, de Boa Vista das Missões (RS), reafirma: “Hoje, todo mundo come veneno”.
Nenhuma novidade até aqui. O que nem todos sabem é que o Brasil é destino certo para insumos agroquímicos que, por elevados graus de toxicidade, já foram banidos em diversos países.
Veneno nosso de cada dia
Estão registrados no mercado brasileiro 434 ingredientes ativos, que, combinados, resultam em pelo menos 2.400 formulações de agrotóxicos amplamente utilizadas em nossas lavouras. O cardápio é eclético: inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscidas, formicidas e por aí vai – os responsáveis pela regulação e controle de tais produtos são os ministérios da Saúde (MS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA).
Salada
Até junho deste ano, era permitida no país a comercialização do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico usado principalmente em plantações de alface e tomate e proibido na Europa, China, Índia e Indonésia.
Das 50 substâncias mais usadas em terras brasileiras, 24 já foram banidas nos Estados Unidos, Canadá, Europa e, algumas, mesmo na Ásia. Atualmente, apenas 14 delas estão em processo de reavaliação pela Anvisa – procedimento que se arrasta desde 2008.
Alguns notórios destaques: o endossulfam, amplamente utilizado em culturas de soja, café, algodão e cacau, é sucesso de vendas no Brasil. Se as previsões da Anvisa se concretizarem, seu uso será banido – como já é em 45 países – até 31 de julho de 2013. É um provável desregulador endócrino, responsável também por danos irreparáveis ao sistema reprodutivo.
A cihexatina, empregada até muito recentemente em plantações de café, laranja, maçã, morango e pêssego, também entrou para a lista negra da Anvisa, e foi proibida somente no final de 2011. Carcinogênica e neurotóxica, a substância é ilegal na Austrália, China, Japão, Tailândia, Líbia, Paquistão, Canadá e Estados Unidos.
“É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”
Não menos emblemático é o caso do metamidofós, poderoso genotóxico e neurotóxico, já proibido na Europa, China, Índia e Indonésia. Usado principalmente em plantações de alface e tomate, sua comercialização, por aqui, só foi proibida em junho último.
Os demais 11 produtos na mira da Anvisa estão devidamente elencados no relatório da Abrasco, disponível no sítio da instituição – que lançou, recentemente, em parceria com a Fiocruz e dezenas de instituições pelo Brasil afora, o Abaixo-assinado por banimento de banidos. A ideia é cobrar do governo federal a proibição dos princípios ativos já vetados em outros países. “É inaceitável que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do planeta”, lê-se no documento

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Cameron apoia Brasil no Conselho de Segurança


Cameron apoia Brasil no Conselho de Segurança

Apoio a lugar permanente é importante por Reino Unido estar entre os 5 do grupo

Agência Brasil
Diogo Alcântara
Em visita ao Brasil nesta sexta-feira (28), o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou o apoio britânico a um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Brasil é aspirante ao colegiado, mas defende uma reforma mais ampla da ONU. Um apoio do Reino Unido ganha importância pelo fato de o país ser um dos cinco integrantes do seleto grupo, formado também por Estados Unidos, França, Rússia e China.
"Na medida em que o Brasil assume seu lugar devido no palco global, o argumento de um assento permanente no Conselho de Segurança é reforçado", disse o premiê em declaração à imprensa no Palácio do Planalto. "Apoiamos o status de membro permanente", declarou.
A França também já expressou seu apoio a uma cadeira permanente para o Brasil. No ano passado, em visita a Brasília, o presidente americano, Barack Obama, frustrou as expectativas brasileiras. Obama já anunciou apoio às pretensões indianas, que junto com o Brasil compõe o G4, assim como Japão e Alemanha.
A presidente Dilma Rousseff defendeu o multilateralismo como solução para conflitos no Oriente Médio. Sobre o conflito entre israelenses e palestinos, a presidente disse que postergar sua resolução "só serve para favorecer interesses extremistas que existe em todos os lados". Dilma também se disse "preocupada" com argumentos mais recorrentes de ataques ao Irã.
"Me preocupa de uma forma muito especial a crescente retórica em prol de ação militar ao Irã. Qualquer iniciativa desse tipo constitui violação carta da ONU, com graves consequências ao Oriente Médio", declarou.

ONU critica discurso belicoso em polêmica nuclear com Irã


ONU critica discurso belicoso em polêmica nuclear com Irã

Por Louis Charbonneau
NAÇÕES UNIDAS, 28 Set (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta sexta-feira a todos os lados envolvidos na disputa relativa ao programa nuclear iraniano para que baixem o tom da "aguda retórica de guerra".
O pedido foi uma alusão à troca de acusações feitas nesta semana na Assembleia Geral da entidade pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"É óbvio que a retórica e os tons agressivos não serão úteis, isso está bem claro", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, quando questionado sobre o discurso de Netanyahu na quinta-feira.
"O que também ficou claro é que o Irã precisa provar à comunidade internacional que seu programa nuclear é para fins pacíficos", disse Nesirky.
Usando um caricatural desenho de uma bomba, Netanyahu sugeriu em seu discurso que Israel poderia recorrer a uma ação militar para impedir o Irã de acumular suficiente material físsil para uma bomba atômica. Ele indicou que isso pode ocorrer já no primeiro semestre de 2013.
"Mesmo sem um diagrama, o secretário-geral (Ban Ki-moon) em suas declarações bastante incisivas à Assembleia Geral na terça-feira deixou muito claro que de fato precisa haver uma redução no tom da retórica de todos os lados", disse o porta-voz. "Ele se referia à aguda retórica belicista das últimas semanas."
Ele observou também que a tensão afeta os mercados financeiros globais.
No domingo, Ban se reuniu com Ahmadinejad e lhe alertou sobre os perigos das declarações incendiárias. Mas Ahmadinejad ignorou os conselhos de Ban, e previu na segunda-feira que Israel seria "eliminado". 
No dia seguinte, em seu discurso na ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou o Irã de que fará tudo o que for necessário para impedir o país de obter armas nucleares. Depois, foi a vez de Netanyahu fazer ameaças.
A missão do Irã na ONU reagiu ao discurso do israelense dizendo que Teerã tem como se defender, e que se reserva ao direito de uma retaliação em caso de ataque.
O Irã rejeita as acusações de governos ocidentais e de Israel de que estaria buscando capacidade para produzir uma arma nuclear. Teerã insiste que suas ambições nucleares se limitam à produção pacífica de isótopos médicos e eletricidade.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols)

DILMA DESAFIA OBAMA NA ONU


DILMA DESAFIA
OBAMA NA ONU

A diplomacia da Dilma não se desviou da régua e do compasso do Nunca Dantes.
A régua e o compasso são outros



Na abertura da 67ª Assembléia da ONU, a Presidenta Dilma Rousseff decepcionou os que achavam que ela ia rever a política externa de Celso Amorim e do Nunca Dantes, os que, com destemor e competência,  romperam com a Diplomacia da Dependência, a do tirar os sapatos ao entrar nos Estados Unidos.

Dilma desafiou Obama e seus interlocutores no PiG (*) – clique aqui para ler “Correa enfrenta a “Globo e a Globo enfrenta o Governo”.

Dilma criticou a política monetária americana de inundar o mercado de liquidez, para valorizar moedas como o Real e prejudicar as exportações de países emergentes.

Dilma desafiou os Estados Unidos a chamar de “protecionismo” as medidas de legítima defesa que o Brasil adota, amparado pelas normas da Organização Mundial do Comércio.

Dilma desafiou os Governos da Europa – leia-se Angela Merkel – e a ortodoxia neolibelista (**), que se vale da ortodoxia para sepultar a própria recuperação da economia.

Dilma avisou Obama que não há solução militar na Síria.

E condenou a ajuda (americana) à oposição na Síria.

(Ainda que tenha condenado veementemente a violência cometida pelo Governo da Síria contra velhos e crianças.)

Dilma criticou os que difundem a islamofobia.

Da mesma forma que condenou o atentado terrorista que matou o embaixador americano na Líbia.

Dilma desafiou Obama ao lembrar que, sem a integração completa do Estado Palestino à comunidade internacional e à ONU, não haverá paz com Israel.

Dilma desafiou Obama a modernizar o Conselho de Segurança da ONU, já que a ilegitimidade do CS serve para dar aparencia de normalidade a ações de guerra – como a americana no Iraque – praticadas à revelia do Direito Internacional.

Dilma defendeu (sem se referir diretamente) o ato de expulsar o Paraguai do Mercosul, por causa do Golpe perpetrado com a mão do PiG (*) e a toga do Supremo (do Paraguai). 

(As expressões aí mais fortes são do ansioso blogueiro e, não, dela – PHA.)

Dilma desafiou Obama ao condenar o bloqueio econômico a Cuba.

A diplomacia da Dilma não se desviou da régua e do compasso do Nunca Dantes.

Dilma não traiu: por isso, não será poupada da fúria Golpista.
Em tempo: assista o vídeo do discruso da presidenta


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Assange ironiza Obama em videoconferência em evento na ONU


Assange ironiza Obama em videoconferência em evento na ONU

Presidente americano 'criminalizou' liberdade de expressão, disse.
Fundador do WikiLeaks abriga-se na embaixada equatoriana em Londres.

Da Reuters

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, falando por meio de um conexão de vídeo ruim de sua prisão domiciliar em Londres, disparou contra o presidente norte-americano, Barack Obama, na quarta-feira (26), por apoiar a liberdade de expressão no Oriente Médio ao mesmo tempo que "persegue" sua organização por ter vazado correios diplomáticos.
Assange, que está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde junho para evitar uma extradição, fez os comentários durante um evento lotado realizado à margem da Assembleia-Geral da ONU.
Assange ironizou Obama por defender a liberdade de expressão no mundo Árabe em um discurso à Organização das Nações Unidas, apontando para sua própria experiência como prova de que Obama "fez mais para criminalizar a liberdade de expressão do que qualquer outro presidente dos EUA".
"Deve ter sido uma surpresa para os adolescentes egípcios que lavaram o gás lacrimogêneo norte-americanos de seus olhos (durante a Primavera Árabe) ouvir que os EUA apoiaram as mudanças no Oriente Médio", disse Assange.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, durante videoconferência na ONU nesta quarta-feira (26) (Foto: AFP)O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, durante videoconferência na ONU nesta quarta-feira (26) (Foto: AFP)
"É hora de o presidente Obama conter suas palavras... e para os EUA acabarem com sua perseguição ao WikiLeaks", afirmou.
Os comentários combativos de Assange, somando-se às declarações do chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, e seus outros aliados no evento, sugeriram que não há nenhuma solução à vista para o impasse diplomático envolvendo o australiano de 41 anos.
Autoridades britânicas cercaram a embaixada equatoriana e afirmam que caso Assange ponha o pé para fora, eles irão prendê-lo e extraditá-lo para a Suécia para enfrentar acusações por estupro e assédio sexual.
Os advogados de Assange e o governo equatoriano temem que isso possa levar a uma extradição aos EUA, onde afirmam que ele poderia enfrentar condições desumanas de prisão e até pena de morte.
O fundador do WikiLeaks, que parecia estar em bom estado de saúde ao aparecer sentado a uma mesa diante de uma prateleira de livros ao falar para cerca de 150 pessoas no evento, disse que a Grã-Bretanha e a Suécia recusaram-se até agora a fornecer garantias de que ele não seria extraditado aos Estados Unidos.
Fontes do governo norte-americano e da Suécia alegaram que os EUA não emitiram nenhuma acusação criminal ou fizeram qualquer tentativa de conseguir a extradição de Assange.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Obama promete que impedirá que Irã produza arma nuclear


Blog do Lobbo - Quem diria em Sr. Obama, está pelando de medo do Iran, sabe que eles tem coragem de sobra para enfiar um míssil em seu rabo. Fica se esquivando, temendo a destruição de Israel, KKKKKKK!

Obama promete que impedirá que Irã produza arma nuclear
25 de setembro de 2012  14h12

NOVA YORK, 25 Set 2012 (AFP) -O presidente americano, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira ante os líderes mundiais reunidos na 67a. Assembleia Geral das Nações Unidas que fará tudo que for necessário para impedir que o Irã produza a arma nuclear, e, depois de criticar a islamofobia, também afirmou que o regime sírio de Bashar al-Assad deve acabar. "Não nos equivoquemos: um Irã com armas nucleares não é um desafio que se possa conter. Isso ameaçará com a eliminação de Israel, a segurança das nações do Golfo e a estabilidade da economia global", afirmou Obama ante a Assembleia Geral da ONU, que reúne 120 presidentes e chanceleres em Nova York. "É por isso que os Estados Unidos farão tudo que for necessário para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear", enfatizou o presidente, que permanecerá 24 horas em Nova York para depois prosseguir com sua campanha eleitoral. Pouco antes de Obama falar, a sessão de debates da Assembleia foi inaugurada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que classificou de "alarmante a estridente retórica de guerra das últimas semanas" entre Israel e Irã. "Os dirigentes têm a responsabilidade de baixar a voz e reduzir as tensões", aconselhou, pedindo que o Irã prove a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear. O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que já está em Nova York para falar na ONU na manhã de quarta-feira, mostrou-se desafiador, condenando as sanções contra seu país por causa do programa atômico e assegurando que não teme um possível ataque de Israel contra suas instalações nucleares. --- Síria, islamofobia e Primavera Árabe --- Além do programa nuclear iraniano, que as potências ocidentais insistem que visa à arma atômica - algo que Teerã nega -, Obama referiu-se, em seu discurso, à guerra civil na Síria e à recente onda de violência provocada pelo filme islamofóbico que sacudiu o mundo muçulmano. "O futuro não deve pertencer a um ditador que massacra seu povo", afirmou Obama referindo-se ao dirigente sírio. "Aqui, reunidos, voltamos a declarar que o regime de Bashar Al-Assad deve chegar ao fim para que se detenha o sofrimento do povo sírio". Obama fez um apelo à comunidade internacional para que atue para pôr fim à sangrenta guerra civil, que já dura um ano e meio. "Este é o caminho pelo qual trabalhamos: sanções e consequências para aqueles que perseguem; assistência e apoio para aqueles que trabalham pelo bem comum", acrescentou. Em seu discurso, Ban Ki-moon disse que a guerra civil na Síria é uma calamidade que agora ameaça a paz mundial e exige medidas do Conselho de Segurança das Nações Unidas. "O conflito na Síria é uma calamidade regional com ramificações globais", afirmou Ban, acrescentando que o presidente Bashar al-Assad está cometendo "brutais abusos contra os direitos humanos". Obama também prometeu encontrar os autores do ataque que matou o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, e chamou de "repugnante" o vídeo anti-islâmico que o motivou. "Os ataques contra nossos civis em Benghazi foram ataques contra os Estados Unidos. Não deve existir dúvida de que perseguiremos sem descanso os assassinos e os levaremos à justiça", disse Obama em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. "Hoje, devemos declarar que a violência e a intolerância não têm espaço nas Nações Unidas", afirmou o presidente americano. Quanto à chamada "Primavera Árabe", Obama afirmou que houve "avanços", mas que a agitação recente no mundo muçulmano demonstra a dificuldade de alcançar uma verdadeira democracia. "Os eventos das últimas duas semanas nos falam da necessidade que todos temos de enfrentar as tensões entre Ocidente e um mundo árabe que avança para a democracia", concluiu. --- Dilma inaugura os debates --- Antes de Obama, a presidente Dilma Rousseff defendeu na Assembleia o direito dos países emergentes de protegerem suas economias, em meio às pressões das potências industrializadas. "Não podemos aceitar que medidas comerciais legítimas de defesa dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas de protecionismo", afirmou Dilma em seu discurso de abertura dos debates. Primeira chefe de Estado a falar na Assembleia da ONU, Dilma ressaltou que o uso deste tipo de medidas faz parte das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Brasil e Estados Unidos travam uma dura batalha comercial depois da decisão do governo brasileiro de elevar as tarifas de importação de 100 produtos. A presidente também atacou o protecionismo e todas as formas de manipulação comercial, entre elas a política monetária das nações mais ricas do mundo, que provocou "uma valorização artificial das moedas dos países emergentes". "A política monetária não pode ser a única resposta ao crescente desemprego, aumento da pobreza e falta de futuro que afeta os segmentos mais vulneráveis da população do mundo", destacou. Nesta terça-feira, ainda, a Assembleia contará com os discursos do presidente francês François Hollande, e do chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy. du/mar/cn/dm

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Oito candidatos de cidades da Bahia têm candidatura indeferida


Oito candidatos de cidades da Bahia têm candidatura indeferida

Políticos perderam o registro de candidatura por terem sido condenados

Da Redação 
 
A pedido da Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA), com base na Lei da Ficha Limpa, oito políticos do interior da Bahia tiveram o registro de suas candidaturas indeferidos nos dias 18 e 20 de setembro. 

Quatro deles eram candidatos a prefeito e um a vice: Valtencir Pinto dos Santos, de Almadina/BA, Valdemar da Silva Prado, de Pindaí/BA, Expedito Rigaud de Souza, de Ubatã/BA, Elcior Piaggio de Oliveira e Nivaldo dos Reis Nobre (vice), de Ipecaetá/BA. 

Os outros três que se candidataram a vereador são: Adailton Santos Silva, de Gandu/BA, Sinvaldo Pereira da Silva, de Pindaí/BA, e Marcos Antonio Ribeiro dos Santos, de Camaçari/BA.

Nos casos de Adailton, Valtencir, Expedito, Elcior e Nivaldo, a manifestação do procurador regional Eleitoral, Sidney Madruga, foi pelo indeferimento dos recursos dos candidatos por incidência de requisitos de inelegibilidade previstos na Lei da Ficha Limpa. Em primeira instância, eles já haviam tido o registro indeferido, o que foi confirmado esta semana pelo Tribunal Regional Eleitoral na Bahia (TRE/BA). 

Nos casos de Sinvaldo, Marcos Antonio e Valdemar, que não foram condenados em primeira instância, o TRE acatou os recursos interpostos pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), sustentados pela PRE, e por coligações políticas contra a decisão do juízo zonal de permitir a candidatura deles, já que também possuem requisitos para se tornarem inelegíveis.

Segundo o TRE, os políticos perderam o registro de candidatura por terem sido condenados, em decisão já transitada em julgado, ou seja, da qual já não é mais possível recorrer, por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio (Valtencir, Expedito, Elcior e Nivaldo); abuso de poder econômico (Marcos Antonio); captação ilícita de sufrágio (Sinvaldo e Valdemar) e por crime eleitoral (Adailton).

Das decisões ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ban pede que Irã mostre "natureza pacífica" de programa nuclear


 Blog do Lobbo - Senhor Ban Ki-Moon, porque o Sr. não para de chupar o saco do Obama e deixa o Iran em paz, mesmo porque o, ou é a Obama, é uma bicha nojenta, quer chupar o saco de alguém procure um que pelo menos seja homem de verdade. Alguém precisa de armas nucleares, e das boas, porque só estes seres satânicos tem esse direito, já não basta os milhões de assassinatos cometidos em todo o mundo pelos EUA.

Ban pede que Irã mostre "natureza pacífica" de programa nuclear
23 de setembro de 2012  20h36  atualizado às 21h05

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu neste domingo com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pediu que ele demonstre "a natureza pacífica" do programa nuclear de seu país a fim de conquistar a confiança da comunidade internacional. "O secretário-geral pediu que o Irã tome as medidas necessárias para impulsionar a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear", disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em comunicado divulgado após o encontro de ambos na sede da ONU em Nova York.
O novo pedido de Ban aconteceu dois dias antes do início dos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, quando na quarta-feira Ahmadinejad fará um discurso enquanto cresce a tensão por conta do programa nuclear iraniano e a falta de colaboração do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
As potências ocidentais suspeitam que o Irã pode estar tentando fabricar armas nucleares, algo que Teerã rejeita.
Os países ocidentais do Conselho de Segurança da ONU, órgão que ditou quatro rodadas de sanções diplomáticas, comerciais e nucleares contra o Irã desde 2006, acusam o país de transferir armas para a Síria.
Ban e Ahmadinejad também debateram sobre a crise no país árabe, um conflito que, segundo o principal responsável da ONU, apresenta "sérias implicações regionais" e tem "um impacto humanitário devastador". Ban também expressou sua "grande preocupação sobre a situação dos direitos humanos" no Irã.

Irã diz que poderia lançar ataque preventivo contra Israel


Irã diz que poderia lançar ataque preventivo contra Israel

DUBAI, 23 Set (Reuters) - O Irã poderia lançar um ataque preventivo contra Israel em retaliação a um plano de investida militar, afirmou o brigadeiro-general da Guarda Revolucionária iraniana, Amir Ali Hajizadeh, a uma rede de televisão estatal do país.
"O Irã não irá começar a guerra, mas poderia lançar um ataque preventivo se tivesse certeza de que os inimigos estão dando os toques finais para nos atacar", disse a rede de TV iraniana em língua árabe Al-Alam parafraseando o comandante militar.
Hajizadeh afirmou, segundo reportagem publicada na página de Internet da rede de TV, que qualquer ataque em solo iraniano poderia desencadear a Terceira Guerra Mundial.
"Não podemos imaginar o regime sionista começar uma guerra sem o apoio dos Estados Unidos. Por isso, no caso de uma guerra, nós entraremos em guerra contra ambos", disse. "Neste caso, ocorreriam coisas imprevisíveis e inimagináveis, e poderia se converter na Terceira Guerra Mundial", acrescentou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem sinalizado de que poderia haver um ataque contra plantas nucleares do Irã e tem criticado a posição do presidente dos EUA Barack Obama favorável a sanções e diplomacia para evitar que o Irã construa uma bomba atômica.
Teerã nega que busque desenvolver armas atômicas e diz que seu programa nuclear é pacífico para gerar energia elétrica.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Acusações dos EUA sobre protecionismo brasileiro são absurdas, afirma Mantega


Blog do Lobbo - Parabéns Mantega, até que enfim teve coragem de dizer algo contra os imbecís americanos

Acusações dos EUA sobre protecionismo brasileiro são absurdas, afirma Mantega

O governo americano criticou os aumentos dos impostos de importação no País

Da Redação

Foto: Agência Brasil
Inglaterra  - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou de ''absurdas'' as acusações do governo dos Estados Unidos de que o Brasil estaria adotando medidas protecionistas ao aumentar impostos de importação. Mantega abriu o segundo dia de uma conferência promovida pelo grupo Economist em Londres. Em seu discurso, o ministro usou dados da Global Trade Alert para demonstrar que os Estados Unidos usariam medidas mais protecionistas que o Brasil.
Mantega criticou as injeções de recursos na economia americana pelo Fed, o banco central dos EUA, classificando-as como uma ''forma indireta de protecionismo''. Segundo ele, essas medidas desvalorizam a moeda local, diminuindo o valor do dólar e aumentando as exportações americanas.
Ameaças
O governo dos Estados Unidos encaminhou nesta quarta-feira uma carta ao Itamaraty, afirmando que os aumentos das tarifas sobre importações poderão prejudicar a relação comercial entre os dois países, podendo levar a contrapartidas americanas. Mantega defendeu a conduta do Brasil. “Pelo contrário, temos feito medidas de liberação da atividade comercial brasileira”, afirmou.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mensalão: Barbosa já condenou 8 dos 11 réus-parlamentares


Mensalão: Barbosa já condenou 8 dos 11 réus-parlamentares

 Luiz Orlando Carneiro, Brasília 

Ministro Lewandowski, revisor, inicia o seu voto sobre a “base aliada” 

No 26º dia do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da ação penal do mensalão, nesta quinta-feira, o ministro-relator Joaquim Barbosa concluiu o seu voto referente aos réus do chamado núcleo político que integravam o PTB e o PMDB, condenando também, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-deputado José Borba (PMDB-PR), atual prefeito de Jandaia do Sul.
Na quarta-feira, Barbosa já tinha enquadrado em corrupção passiva os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) — principal delator do esquema — e Romeu Queiroz (PTB-MG). No início da sessão desta quinta-feira, Jefferson, Queiroz e Borba foram considerados igualmente culpados do delito de lavagem de dinheiro, juntamente com o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri.
Núcleo político-partidário
Até agora — dos 11 réus do “núcleo político-partidário” que eram deputados à época dos fatos ou que ainda exercem mandato na Câmara dos Deputados — foram condenados pelo relator os seguintes: João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Corrêa (PP-PE), Bispo Rodrigues (PL-RJ), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG) e José Borba (PMDB-PR). Todos eles por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Valdemar Costa Neto, Pedro Corrêa e Pedro Henry foram também foram enquadrados pelo ministro Joaquim Barbosa no crime de formação de quadrilha.
João Paulo Cunha, Pedro Henry e Costa Neto integram ainda a Câmara dos Deputados. Neste núcleo, o relator terá ainda de proferir a parte de seu voto referente aos seguintes réus, todos dos quadros do PT: Ex-deputados Paulo Rocha (PA), Professor Luizinho (SP) e João Magno (MG); Anderson Adauto, que era ministro dos Transportes á época dos fatos, atualmente prefeito de Uberaba; José Luiz Naves, ex-chefe de gabinete de Adauto; Anita Leocádia, ex-assessora de Paulo Rocha.
O ministro-revisor inicia, ainda nesta quinta-feira, a leitura do seu voto referente a esta etapa do julgamento, que só deve terminar na quarta-feira da próxima semana. Só no final do julgamento é serão discutidas e votadas as situações dos réus acusados pelo Ministério Público Federal de corrupção ativa.
PMDB
Na primeira parte da sessão desta quinta-feira, o relator reforçou em sue voto o que o procurador-geral da República afirmara com relação ao réu José Borba, comprovando que ele recebera, em 2003, a quantia de R$ 200 mil para integrar a base de apoio do Governo na Câmara dos Deputados. Ele citou depoimento de Marcos Valério no sentido de que o ex-parlamentar teria sido beneficiado — juntamente com o seu partido, o PMDB — com R$ 2,1 milhões.
O recebimento dos R$ 200 mil ocorreu na agência do Banco Rural no Brasília Shopping, conforme testemunho citado de um tesoureiro do Banco Rural, segundo o qual Borba foi à agência do banco para receber o dinheiro enviado de Minas. Mas que, ao ser informado por um funcionário do banco de que deveria assinar um recibo, o deputado se recusou a fazê-lo, o que obrigou Simone Vasconcelos (da empresa de Valério) a se dirigir à agência bancária para proceder ao saque e entregar o dinheiro ao então deputado.
O procurador-geral da República, na denúncia, já destacara que Marcos Valério — diretamente ou por intermédio de Simone Vasconcelos — orientava os parlamentares a comparecerem à agência do Banco Rural para o recebimento de dinheiro em espécie, exatamente como ocorreu com José Borba.
Partidos da base
Assim, conforme proclamação feira pelo ministro Joaquim Barbosa, foram os seguintes os réus por ele condenados, constantes dos subitens referentes aos partidos da “base aliada” (PP, PL, PTB e PMDB) que teriam sido corrompidos pelo esquema engendrado pela cúpula do PT (José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares) e pelo grupo empresarial de Marcos Valério e seus sócios:
— PP: Pedro Corrêa, Pedro Henry (parlamentares) e João Claudio Genú (assessor), por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e quadrilha; Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg (corretores), quadrilha e lavagem.
— PL(PR): Valdemar Costa Neto e Jacinto Lamas (assessor), corrupção passiva, lavagem e quadrilha; Bispo Rodrigues,  corrupção passiva e lavagem.
— PTB: Roberto Jefferson, Romeu Queiroz (parlamentares), Emerson Palmieri (tesoureiro), por corrupção passiva e lavagem.
— PMDB: José Borba (parlamentar), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.