Do Papa de Hitler ao 11 de setembro
Papa Pio XII
Artigo no Alerta Total
Com o enquadramento de Pio XII como o “Papa de Hitler”, o Kremlin começou a fazer do anti-semitismo um movimento internacional. A pior parte ocorreu em 1975, quando Yuri Andropov usou os EUA para classificar oficialmente o sionismo como um mal.
A máquina de dezinformatsiya trabalhou dia e noite para convencer os líderes dos países do Terceiro Mundo a adotar a Declaração da ONU que assinalou: “o sionismo é uma forma de racismo e de discriminação racial”. Apresentada oficialmente como uma iniciativa árabe, a Resolução, na verdade, havia sido esboçada em Moscou e apoiada pelo líder da Organização para a Libertação da Palestina, e também fantoche do KGB, Yasser Arafat, junto com outros governos árabes, a Cuba de Fidel Castro e a maior parte do bloco soviético.
A comunidade dos serviços de Inteligência do KGB disseminou centenas de charges antiamericanas e anti-semitas pela sede da ONU, em New York. Andropov costumava pregar que, no Terceiro Mundo, charges eram muito mais convincentes que provas materiais. Em 1975, a distribuição clandestina de charges em torno do prédio da ONU se tornou uma prática soviética rotineira.
A assim chamada iniciativa árabe foi adotada como Resolução 3379 da ONU por 72 países. Foi, na verdade, uma pequena maioria, considerando que 35 nações votaram contra e 32 se abstiveram. Pouco depois disso a comunidade de Inteligência do bloco soviético lançou uma campanha dedezinformatsyia maliciosa, retratando os EUA e Israel como sionistas.
Em dezembro de 1991, apenas poucos meses após a desintegração do bloco soviético que liderara aquela votação, a Resolução anti-semita foi repelida com a larga margem de 111 votos contra 25. Contudo, a ONU continuou a tratar Israel como um inimigo. Em 2002, a Assembléia Geral da ONU passou 40% das resoluções condenando Israel, o único membro da ONU proibido de ter um assento no Conselho de Segurança. Em 29 de novembro de 2012, a Assembléia Geral da ONU votou contundentemente – 138 votos contra 9, com 41 abstenções – para elevar a condição da Organização para a Libertação da Palestina para a de “Estado observador não-membro”.
Nenhum Estado ou organização terrorista árabe jamais foi condenado pela ONU, embora o bloco soviético tenha conseguido voltar parte dela contra Israel e contra seu principal apoiador, os EUA. Praticamente todos os empregados e representantes na ONU advindos de países comunistas – compreendendo um terço da população mundial – e seus aliados árabes estavam trabalhando em segredo, de um modo ou de outro, para os serviços de espionagem do bloco comunista. Sua principal tarefa era retratar os EUA e Israel como países sionistas cujo propósito era transformar o restante do mundo em um feudo judaico.
Em agosto de 1998, um dos pupilos de Andropov, o general do KGB Yevgeny Primakov, que ascendeu como chefe da espionagem da Rússia após a queda da União Soviética, tornou-se Primeiro Ministro. Sob Primakov – que se tornou um anti-semita raivoso durante os anos em que passou como conselheiro soviético do Iraque de Saddam Hussein -, o anti-semitismo ameaçou se tornar uma política nacional da Rússia.
Em outubro de 1998, o general aposentado Albert Makashov, então um ex-membro da Duma, pediu“o extermínio de todos os judeus da Rússia”. Ele insinuou que os judeus eram pagos pelo sionismo americano para arruinar o país russo. Diversas vezes a televisão russa reprisou Makashov gritando na Duma “Eu irei pegar todos os judeus e mandá-los para o outro mundo”. No dia 4 de novembro de 1998, a Duma derrubou uma moção parlamentar censurando a declaração de Makashov, numa votação de 121 contra 107, sendo que 38 dos 132 membros do Partido Comunista na Duma votaram contra a censura, e os demais se abstiveram.
Na manifestação do dia 7 de novembro de 1998. marcando o aniversário de 81 anos da Revolução de Outubro, massas de ex-agentes do KGB demonstraram apoio ao general, cantando “Não toquem em Makashov!” e utilizando slogans anti-semitas.
Em 3 de agosto de 2001, 98 senadores norte-americanos enviaram uma carta ao presidente Putin expressando preocupação com relação ao aumento do anti-semitismo na Rússia.
Dali a poucos dias brotou uma nova operação, estilo KGB, que objetivava a disseminação do ódio ao sionismo e aos judeus pelo mundo afora. No dia 31 de agosto de 2001, teve início em Durban, África do Sul, a “Conferência Mundial sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Afins”, da ONU. Um dos principais objetivos era aprovar outra Resolução declarando ser o sionismo uma forma brutal de racismo, e que os EUA e Israel eram os seus principais sustentáculos. Yasser Arafat, Fidel Castro e o mesmo grupelho de governos árabes e do Terceiro Mundo que tinha aprovado a anti-semita Resolução 3379, em 1975, instaram os participantes a condenar Israel e EUA como “potências sionistas que queriam conquistar o mundo islâmico”.
Naquele momento mesmo, os governos locais e federal da Rússia estavam sendo administrados por ex-oficiais da mesma polícia política soviética que tinha vandalizado cemitérios judaicos na Alemanha e na França, enquadrando Pio XII como o “Papa de Hitler”, retratado os EUA e Israel como inimigos mortais do mundo islâmico e sidoghostwriters da anti-semita Resolução 3379 da ONU. Os procedimentos em Durban revelam um inquestionável padrão de dezinformatsiyasoviética. No dia seguinte ao discurso de Arafat, charges anti-semitas cobriam o chão do prédio onde era realizada a Conferência.
No dia 3 de setembro de 2001, os EUA retiraram sua delegação de Durban, acusando a Conferência da ONU de ter “se convertido num fórum contra Israel e EUA”. O governo de Israel também retirou sua delegação. No dia 4 de setembro de 2001,o senador Tom Lantos, membro da delegação dos EUA, disse aos repórteres: “Esta Conferência está se condenado a si própria por se submeter aos extremistas”.
Os ataques do 11 de setembro vieram 8 anos depois. Nesse mesmo dia o KGB estava comemorando 124 anos do nascimento do seu fundador Feliks Dzerzhinsky. A arma escolhida para esse terrível ato de terrorismo, que mudou a face do mundo, foi um avião seqüestrado, um conceito inventado pelo KGB.
O anti-semitismo revivido por meio de de DESINFORMAÇÃO soviética foi transformado em ódio sangrento pelo ”sionismo americano”. Esse é outro legado da dezinformatsiya de Kruschev e Andropov. Depois do 11 de setembro, milhares de pessoas do mundo islâmico dançaram nas ruas, por vários dias, comemorando a vitória sobre omal norte-americano. Matar americanos, judeus e seus aliados se tornou um meio de estimular extremistas islâmicos aos lhes dar “vitórias” para celebrar. Em março de 2002, um grande fluxo de palestinos fez fila em um campo de refugiados controlado pelo Fatah para dar parabéns ao pai e ao irmão de Mohamed Daraghmed, 18 anos, que tinha acabado de matar 5 crianças e 4 mulheres em um ataque suicida, a bomba, em Israel.
O Imã de uma das principais mesquitas de New York (Mesquita de Ninety Sexth Street) disse, em uma entrevista publicada no Egito, que os judeus eram os responsáveis pelos ataques ao Word Trade Center e ao Pentágono. “Foram o MOSSAD e Israel que perpetraram esses crimes horríveis”, concordou Mohamed Ali Eliah, o Imã da Casa Islâmica da Sabedoria, localizada em Michigan: “De que outra maneira você explica que 4 mil judeus não tenham aparecido para trabahar bo 112de setembro?”
Mohammad Junaid, de 26 anos, disse à rede de televisão britânica ITN: “A minha mãe estava na torre norte do World Trade Center, mas ainda não sinto absolutamente nenhum remorso pelo que aconteceu em 11 de setembro”. E acrescentou: “Posso ter um passaporte americano, mas não sou americano. Sou muçulmano”. Pouco depois disso, sua mãe, que havia sido salva do incêndio pelos bombeiros, comprou uma passagem, só de ida, para o Paquistão, para se juntar ao Talibã, declarando: “Matarei cada americano que eu olhar no Afeganistão. E matarei cada soldado americano que eu olhar no Paquistão”.
Finalmente, o terrorismo anti-semita e antiamericano de Andropov parece ter se transformado em uma “ciência” nefasta a ameaçar todo o mundo civilizado. Uma Enciclopédia do Jihad, que circulava em forma de CD-ROM, com 7 mil páginas, foi encontrada, em 1999, na casa do terrorista árabe Khalil Deek, o qual foi preso por ter, supostamente, colocado uma bomba no principal aeroporto da Jordânia na véspera da virada do milênio.
O décimo primeiro volume do livro (que é um CD-ROM à parte) detalha como envenenar água e mantimentos com rícino, um produto químico extremamente tóxico utilizado por Moscou em ações terroristas, a mais famosa delas, sendo o assassinato, com o disparo de uma micro-pastilha de rícino pela ponta de um guarda-chuva, do dissidente búlgaro Georgi Markov. Realizada em Londres pelo KGB de Andropov e seu fantoche búlgaro, em 1978.
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O texto acima é o resumo de um dos capítulos do livro “Desinformação”, escrito pelo Tenente-General Ion Mihai Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia. Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros, narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de diversos livros -. O livro foi editado no Brasil em novembro de 2015 pela editora CEDET.
Adendo - A verdade sobre o Papa Pio XII
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