domingo, 31 de maio de 2015

Snowden: líder do grupo terrorista EIIS (Estado Islâmico) foi formado pelo Mossad israelense

Snowden: líder do grupo terrorista EIIS (Estado Islâmico) foi formado pelo Mossad israelense


O antigo funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês) revelou que os serviços de inteligência britânica, norte-americana e o Mossad colaboraram na criação do grupo 
terrorista Estado Islâmico (antigo EIIS, ou ISIS, na sigla em inglês), segundo indica a agência iraniana Farsnews.
Edward Snowden afirmou que os serviços de inteligência de três países, a saber EUA, Reino Unidos e Israel, cooperaram juntos a fim de criar uma organização terrorista que seja capaz de atrair todos os extremistas do mundo para um só lugar que lhe interesse, dentro de uma estratégica batizada como “o Ninho dos Zangões”.
Os documentos da NSA mencionam “a recente colocação em prática de um velho plano britânico conhecido como o ‘Ninho dos Zangões’ para proteger a entidade sionista e criar uma religião fanática que inclua lemas islâmicos e que repudie qualquer outra religião ou seita”.
Segundo os documentos de Snowden, “a única solução para proteger o Estado judeu é criar um inimigo próximo de suas fronteiras, porém dirigi-lo contra os estados islâmicos que se opõem a Israel”.
As informações revelam que Abu Bakr el Bagdadi, o líder do EIIS e autoproclamado “califa”, recebeu formação militar intensiva por parte do Mossad, além de vários cursos dirigidos a dominar o discurso da oratória e um curso de teologia.
Fonte: http://www.almanar.com.lb/main.phpTradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB

No Brasil, 40% dos presos são provisórios, sem julgamento, com vidas destruídas

No Brasil, 40% dos presos são provisórios, sem julgamento, com vidas destruídas


BRASILIA/BRASIL -  No Brasil, pais cujo sistema juridico é um destruidor de familias, principalmente, por causa do "prende primeiro, para perguntar depois" mais de 40% dos presidiários brasileiros são presos provisórios que têm as suas vidas destruídas mesmo quando inocentes, antes de qualquer julgamento e processo legal.
Por ANTONIO CARLOS LACERDA

rancisco estava no sofá de sua casa assistindo televisão e aproveitando seu primeiro dia de férias, quando a polícia quebrou o portão e invadiu a casa gritando, com armas em punho. Apesar de não saber do que se tratava, Francisco não reagiu nem para dizer que era trabalhador de carteira assinada. Por experiência anterior (ele já havia passado seis meses em um Centro de Detenção Provisória e depois inocentado) sabia que seria pior tentar argumentar naquele momento com a polícia.


A filha de 15 anos de Francisco estava no banho, a esposa e a filha mais nova, de 5 anos, não estavam na casa, no litoral sul de São Paulo. Francisco foi levado algemado para a delegacia, onde ficou sabendo que a vítima de um sequestro, um homem que pagara 400 mil reais de resgate, havia supostamente reconhecido sua tatuagem em um álbum de pessoas com passagem pelo sistema carcerário, apresentado pela polícia.
A vítima teria dito que o sequestrador tinha uma tatuagem no braço, e escolhido Francisco no álbum com fotos de ex-detentos que batiam com a descrição de tipo físico e da tatuagem mostrado pela polícia.

Mesmo com provas e testemunhas de que estava trabalhando nos dias em que a vítima afirmou ter ficado 24 horas sob olhares do algoz, em outra cidade, Francisco ficou preso por dois meses no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo, Sudeste do Brasil,  em uma pequena cela, com mais de 50 pessoas, aguardando que o delegado de policia chamasse a vítima para um novo reconhecimento.
"O delegado dizia que não estava encontrando o homem" afirmou a mulher de Francisco, que acabou descobrindo o endereço e passando ao delegado. "Só aí que ele ficou sem graça e chamou pra reconhecer" disse a mulher de Francisco, que continuava preso. 
Durante os dois meses em que esteve preso, Francisco não viu as filhas, porque não queria que as meninas passassem pela humilhação da revista vexatória, um procedimento contumaz nos presídios brasileiros. O que mais marcou Francisco foram as revistas com cães dentro das celas, quando eram obrigados a se despir e se encolher "com os cães fungando no cangote".
Quando saiu da prisão, Francisco perdeu o emprego. "Me disseram que foi porque a empresa foi vendida e tiveram que demitir algumas pessoas" explicou Francisco, ao dizer que a filha pequena chora quando vê passar um carro de polícia na rua - tem medo que levem o pai mais uma vez para a prisão.
Casos como o de Francisco fazem parte do cotidiano do sistema jurídico brasileiro, com números escandalosos do encarceramento provisório, denunciados por vários órgãos de defesa de direitos humanos e, mais recentemente, pelo Relatório Mundial 2015, da Human Rights Watch, publicado em janeiro, que analisa anualmente avanços e retrocessos na proteção dos direitos humanos em mais de 90 países.
Aliás, sobre o Brasil, o relatório destaca um sistema penitenciário com denúncias de requintes de tortura, tratamento cruel, desumano ou degradante, além da total falta de infraestrutura dos presídios.
Em 2014, a ONU apresentou um relatório sobre Prisão Arbitrária no Brasil, apontando a superlotação endêmica, o acesso à justiça severamente deficiente e o encarceramento como regra e não exceção mesmo em casos de delitos leves e sem violência.
O "Mapa das Prisões" da organização de direitos humanos Conectas, mostra um crescimento de 317,9% na taxa de encarceramento no país entre 1992 e 2013, passando de 74 para 300,96, enquanto a Rússia, por exemplo, registrou redução de cerca de 4% no mesmo período.
Segundo dados disponibilizados pelo Ministério da Justiça, em 2013 o Brasil contava com mais de 581 mil pessoas privadas de liberdade, 41% delas em prisão provisória. É a quarta maior população carcerária do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. O déficit de vagas supera 230 mil.
No Estado do Amazonas, extremo Norte do Brasil, por exemplo, mais de 70% dos encarcerados são presos provisórios. Em São Paulo, maior metrópole do Pais, 36%.
Entretanto, segundo Bruno Shimizu, defensor público do Núcleo de Situação Carcerária de São Paulo, o número de provisórios é ainda maior já que esta conta diz respeito apenas aos presos sem julgamento, não incluindo os que não tiveram ainda o processo concluído: "Os dados apontados não mostram um número real porque quando a pessoa tem uma sentença de primeiro grau ela continua sendo inocente até o fim do processo".
Pesquisa feita em parceria entre o Departamento Penitenciário Nacional e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada revelou que 37,2% dos casos em que há aplicação de prisão provisória, os réus não são condenados à prisão ao final do processo ou recebem penas menores que seu período de encarceramento inicial.
O Brasil é conhecido internacionalmente como um país que extrapola qualquer limite no número de prisões preventivas. É uma prisão que pela Constituição é excepcionalíssima e na prática ela é a regra. No fim das contas, serve como uma forma antecipada de pena e como forma de contenção social mesmo.
O Brasil tem hoje 11,8 mil juízes, 9,9 mil promotores e apenas 5 mil defensores. Só no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, cada defensor é responsável por 2,5 mil processos criminais.
ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do PRAVDA.RU

Falso Califato: perfeito ativo estratégico dos EUA

Falso Califato: perfeito ativo estratégico dos EUA
 
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O ocidente "civilizado" chora abundantes lágrimas de crocodilo, quando a pérola do deserto da Antiga Rota da Seda, Palmyra, cai sob as garras do ISIS/ISIL/Daesh
Contudo, nem o presidente Barack Obama dos EUA nem qualquer de suas 22 nações-vassalas pesadamente armadas que formam teoricamente a coalizão de vontades dele mandou para lá um drone equipado com míssil Hellfire, que fosse, contra os bandidos vestidos de negro do falso Califato.

Pode-se argumentar que o ocidente "civilizado" prefere negociar com um Califato cheio de wahhabistas medievais intolerantes, a negociar com um "ditador árabe" secular que "se recusa a prostrar-se de joelhos ante o altar do neoliberalismo ocidental".
Paralelamente, já se disse que os que armaram os degoladores da Frente Al-Nusra, também conhecida como al-Qaeda na Síria, ou ISIS/ISIL/Daesh são predominantemente sauditas - os maiores importadores de armas do planeta - que compram armas principalmente dos EUA, mas também da França e da Grã-Bretanha.

E agora, documento de agosto de 2012, da Agência de Inteligência do Departamento de Defesa dos EUA [Defense Intelligence Agency (DIA)] que circulou por todas as mãos, do CENTCOM à CIA e ao FBI, obtido por ordem judicial pela empresa Judicial Watch, finalmente confirma o que passa por 'estratégia' de Washington no Levante e na Península Árabe.

E, assim como a proto-Al-Qaeda original fundada pela CIA, estabelecida nos anos 1980s em Peshawar, o ISIS/ISIL/Daesh, também conhecida como al-Qaeda 2.0, serve ao mesmo objetivo geopolítico.

O resumo é que o ocidente "civilizado", ombro a ombro com vassalos tipo Turquia e petromonarquias do Golfo, "deram apoio" ao braço da al-Qaeda na Síria para desestabilizar Damasco - apesar de o Pentágono estar prevendo o resultado sinistro que disso adviria, como a emergência do ISIS/ISIL/Daesh (ver também matéria detalhada de Brad Hoff, em 22/5/2015, "EUA - Agência de Inteligência da Defesa, 2012: Ocidente facilitará ascensão do Estado Islâmico 'para isolar regime sírio'", Levant Report [traduzido em redecastorphoto (NTs)]).

Pelo raciocínio do Pentágono, aí estaria um ativo estratégico de valor incalculável, a ser usado para "isolar o regime sírio".

É irrelevante que o relatório da Inteligência da Defesa dos EUA não diga, com todas as letras, que o governo dos EUA inventou o ISIS/ISIL/Daesh, ou que favorece a al-Nusra na Síria ou o falso Califato no Iraque. O ponto chave é que o documento mostra que governo dos EUA fez nada, absolutamente nada, para impedir que a Casa de Saud, os vassalos no Conselho de Cooperação do Golfo e a Turquia "apoiassem" a "oposição" síria - naquele ardente desejo desses todos de facilitar a emergência de  um estado salafista à parte no leste da Síria e atravessando a fronteira, incluindo território iraquiano.
Agora, já não há observador bem informado que não saiba que a "guerra ao terô" iniciado pelo governo Cheney é completa fraude. Assim sendo, não é surpresa que a destruição planejada do "Siriaque" [orig. "Syraq"] atualmente em andamento ofereça ao complexo industrial militar dos EUA o pretexto perfeito para super armar, com bilhões de dólares em armas, a Casa de Saud, outros vassalos reunidos no CCG, Israel e Iraque.

Essa confluência de interesses - geopolíticos, para o Pentágono; comerciais, para o complexo industrial militar - completa o cenário da Casa de Saud virtualmente ditar a política exterior do governo autodefinido de Obama como "Não faça merda coisa estúpida" no Levante e na Península Árabe.

No início de junho haverá em Paris uma reunião de todos os 22 estados membros da coalizão de Obama. Até lá, o Pentágono terá de ter algum plano de o que fazer do seu ISIS/ISIL/Daesh; ir ao tudo ou nada e tentar aniquilá-lo (muito improvável), ou empurrar os esquadrões de paus-mandados na direção do Cáucaso (nada improvável). O mais provável, em todos os casos, é que a coisa continue como está.

E a Rússia sabe de tudo

O coronel-general Igor Sergun, chefe do Diretorado Superior de Inteligência [orig. Main Intelligence Directorate (ru. GRU)] do Comando Geral das Forças Armadas da Rússia praticamente jamais fala em público. Por isso, quando ele fala, as placas geopolíticas tectônicas se agitam.

A análise de Sergun encaixa-se perfeitamente ao relatório da AID. Já há anos a inteligência militar russa concluiu - e agora está divulgando publicamente - que "o terrorismo islâmico" ou, de fato, a "guerra ao terô" toda ela, é ferramenta ocidental usada para esmagar nações soberanas que se atrevam a fazer oposição ao hegemon.
E como todos nós sabemos, é claro que é muito mais fácil subverter e/ou esmagar Iraque, Líbia ou Síria, que Rússia ou China. Ou, por falar disso, o Irã.

Entrementes, o Império do Caos tem de se empenhar muito para conseguir lidar com - ou exibir cara de quem estaria conseguindo lidar - com o revide gerado por sua posição de Dividir e Governar. No Iraque, a queda de Ramadi deu ao ISIS/ISIL/Daesh um grande impulso de Relações Públicas, em termos de alcance estratégico, para recrutar novos soldados e para levantar cada vez mais dinheiro. Fizeram a equipe-aquela, de "Não façam merda coisa estúpida", de idiotas.

E os EUA não foram sequer espectadores secundários da queda. Ramadi caiu porque o governo de Bagdá recusou-se a dar armas às tribos sunitas da província de Anbar. O falso Califato atacou a cidade com uma frota de 30 caminhões carregados de explosivos e com suicidas-bomba ao volante. As tribos que defendiam a cidade tiveram de desaparecer, porque sabiam que seriam massacrados pelos bandidos do Califato.

E o que fazia o Pentágono naquele momento? Nada - contradizendo a errada acusação do El Supremo do Pentágono Ash Carter, para quem as forças iraquianas não tinham "vontade de lutar". O Pentágono também nada fez em Tikrit, quando os norte-americanos recusaram-se a lutar contra o falso Califato ao lado de milícias xiitas comandadas por oficiais vindos do Irã e que se reportavam diretamente ao famosíssimo super comandante da Força al-Quds, brigadeiro-general Qassem Suleimani.

É Irã contra os degoladores

Agora a queda de Ramadi deixa bem claro que a verdadeira potência que está dando combate aoISIS/ISIL/Daesh no Iraque é o Irã, não os EUA. Milícias xiitas já estão sendo incorporadas às forças de segurança do Iraque.

Ezzat al-Douri, ex-n.2 de Saddam Hussein - que os EUA não prenderam até hoje - tem distribuído mensagens sobre a urgente grande necessidade de ajuda armada que venha dos suspeitos de sempre, Arábia Saudita, ainda que os sauditas tenham tentado armar as tribos em Anbar, através da Jordânia. Adivinhem quem disse "não"? Washington. Segundo as tortuosas e vacilantes regras do governo Obama, a Jordânia só poderia fazer o jogo dos sauditas se viesse uma autorização de Bagdá, que nunca veio.

Essa confusão quase impenetrável é só um exemplo do jogo duplo que o Império do Caos joga nessa "guerra ao terô" - que se resume à elaborada farsa que é a 'luta' contra o ISIS/ISIL/Daeshem todo o "Siriaque".

Aconteça o que acontecer em Washington no futuro próximo, sob Hillary "Viemos, vimos, ele morreu" Clinton ou sob Jeb "Meu irmão acertou na invasão" Bush, não se vê nem sinal de que o governo dos EUA pare algum dia de usar o "terrorismo islamista" como ativo estratégico.*****
6/5/2015, Pepe Escobar, Sputnikhttp://sputniknews.com/columnists/20150526/1022569087.html

BLOG DO LOBBO - Só pra lembrar

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A revolta dos "idiotas"

A revolta dos "idiotas"


"Contribuir para a defesa da Democracia e da Liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso Norte!"

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marco Antonio Felício da Silva

É impressionante como um sem número das ditas autoridades, instaladas nos diferentes poderes da República, nos mais altos postos, a começar da Presidente da República, tratem como “idiotas” grande parcela da população esclarecida, falando de um País inexistente, manipulando e sonegando informações diante da conhecida e escabrosa situação por que passamos e que envolve, criminalmente, diversas dessas autoridades.

Quais as razões que impedem a investigação criminal de Dilma Roussef e de Lula da Silva? “Mensalão” e “Petrolão” não passam de esquemas armados pelo PT, desviando criminosamente dinheiro público para enriquecimento ilícito e financiamento de campanhas políticas que levaram Lula e Dilma à Presidência. Lula, não é de hoje, antes de 2003, de forma comprovada, já usava dinheiro extorquido ou público, desviado, para tal.

Delações premiadas recentes confirmam tais financiamentos criminosos. Como não saberiam eles, Lula e Dilma, de tal corrupção, principais favorecidos e pertencentes à cúpula do Partido, ainda mais que José Dirceu e Delúbio Soares, condenados no Mensalão, e o tesoureiro do PT, hoje, preso, João Vacari, são figuras exponenciais dos esquemas citados ?

Como acreditar num STF aparelhado que mostra juízes, com todo um passado ligado a Lula e ao PT, agindo como advogados de defesa de réus petistas ou tudo fazendo para bllndar o ex-presidente e Dilma. Tribunal que dá guarida a juíz sem saber jurídico ou militante do PT e defensor do MST, que, privilegia a imoralidade, não se sentindo impedido de julgar, apesar dos laços com os acusados de interesses e amizade ou de companheirismo presentes.

Primorosa, no sentido de manipular fatos e negar a gravidade da situação e o envolvimento criminoso de seus companheiros, é a entrevista à “Época” (04/05/2015), de Jaques Wagner (MD), também um dos citados como recebedor de propinas para sua campanha, através de delação premiada de empreiteiros e do corrupto doleiro Youssef, já preso. Segue, ele, a mesma linha do manifesto do PT (30/03/2015), que, apesar dos escancarados fatos de envolvimento criminoso no “Petrolão”, afirma, cretinamente, que o PT está sendo “atacado por suas virtudes”. Assim, nos classifica como “IDIOTAS”, como crédulos de mentiras comprovadas.

Afirma Wagner que a sua tristeza com as manifestações de ruas, “já que estavam fazendo tudo certo”, esquecendo-se da situação degradante em que se encontra o País, resultante dos governos ineptos e corruptos do PT, é a bandeira levantada, negativa, o pedido de “impeachment” de Dilma, para ele acima de qualquer suspeita. Esquece, entre outros “malfeitos” da Presidente, que o atraso de repasse de recursos para os bancos públicos, escamoteando o déficit público e manobrando para aumentar gastos que facilitariam a sua propaganda eleitoral e consequente eleição, é crime de responsabilidade que leva ao impeachment.

Os “IDIOTAS”, cada vez mais pisados, se voltam para as ruas, até mesmo não só para reivindicar mais intensamente contra as mentiras e descalabros impostos à Nação, por este bando de corruptos, como também, possivelmente, incitados à revolta e desespero crescentes, para fazer justiça pelas próprias mãos face a esse total e imoral desgoverno.


Marco Antonio Felício da Silva é General de Divisão, na reserva. Originalmente publicado no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, em 30 de maio de 2015. 

A Esperanta

A Esperanta


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Depois de uma língua presa, uma língua artificial.

Vocês não entendem o que a Anta fala porque ignoram o seu idioma.

A versão masculina, o esperanto, foi criada em 1887.

A da Anta ainda se circunscreve a sua ilha da fantasia, também conhecida por O Imundo EncANTAdo.

Pensa em tornar obrigatório o seu estudo, mas anda vacilanta por temor ao molúsco e seus tantáculos.

Tem a tantação de tornar-se independente do barbantismo corrente (ela que foi combatanta com a turma que roga a Santo Onofre desde o tempo de cofre).


Perseveranta (melancólica na espanhola Melianta bucólica onde se toca castanhola) só diz “Ui!”, antrelada ao plano leviano que já rui (ou vai ruir) só teme conjugar no passado, o verbo abacaxir:

“Eu abacaxia, tu abacaxias,...”de repente acorda a onça e aí babau; não tem pra Anta, nem pro lobo mau.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Padrão Fifa

Padrão Fifa


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa

Tendo em vista a prisão dos que estavam gozando a luxuosa hospitalidade suiça, no caso FBI/Fifa, o presidente da CBF, Del Nero, pelo sim pelo não, na dúvida, não voltou correndo, mas voando, para o Brasil, no primeiro avião que surgiu.

Nem quis votar para a presidência da Fifa, aquela do padrão de excelência. Ricardo Teixeira já voltou de Boca Raton (que nome de impressionante sugestão!!!).

Todos agora por aqui, abrigados, protegidos do FBI, no país da corrupção, das leis frágeis, e da Justiça piedosa (só não é piedosa com o País e com os demais servidores do Estado quando se trata de seus vencimentos....).

Por que será tanto amor pelo Brasil, do qual não conseguem ficar longe por muito tempo? 


Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cartolas do futebol mundial são presos por corrupção na Suiça; um brasileiro está no meio


Cartolas do futebol mundial são presos por corrupção na Suiça; um brasileiro está no meio


 
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A polícia suíça fez uma operação surpresa e cinematográfica  e prendeu, por corrupção, em um hotel de luxo de Zurique, 14 pessoas, sendo nove dirigentes da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo internacional.
A policia invadiu hotel cinco estrelas e efetuou as prisões. O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, é um dos presos. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não está entre os presos, mas dizem estar sob investigação dos Estados Unidos.
A Fifa está sob duas investigações distintas: uma dos Estados Unidos e outra da Suiça.
Os presos podem ser extraditados para os Estados Unidos. O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando 10 dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022. Uma nota oficial da Advocacia-Geral do país informou que procedimentos criminais foram abertos sobre o caso

Delegados de quase todas as federações de futebol ao redor do mundo estão em Zurique para o congresso da FIFA, marcado para esta sexta-feira (28/05), no qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da entidade.
As acusações foram baseadas numa investigação do FBI, a Polícia Federal Americana, que começou em 2011 e apontam corrupção generalizada na FIFA nos últimos 20 anos, envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e Catar (2022), além de contratos de marketing e televisionamento. O rival de Blatter na eleição, o príncipe saudita Ali Bin Al Hussein, comentou para a emissora inglesa BBC: "Hoje é um dia triste para o futebol. É uma história em andamento, cujos detalhes ainda estão aparecendo".

Fontes da justiça americana dizem que 14 pessoas ligadas à FIFA serão indiciadas por crimes como fraude, lavagem de dinheiro e extorsão.  Eles seriam o citado Webb (Ilhas Cayman), vice-presidente da comissão executiva e presidente da Concacaf; Eugenio Figueredo (Uruguai), que também integra o comitê da vice-presidência executiva e até recentemente era presidente da Conmebol; Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, acusado anteriormente de inúmeras violações éticas; Julio Rocha (Nicarágua), presidente da Federação Nicaraguense; Costas Takkas; Rafael Esquivel; Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol; e o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Outro já identificado é Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica. Após ser apreendido, o dirigente foi conduzido por policiais juntamente com sua bagagem e imediatamente deixou o hotel por uma porta lateral. Além dos dirigentes, cinco executivos de marketing também serão indiciados.
A Justiça Suíça divulgou nota oficial informando que seis acusados foram presos e aguardarão processo de extradição para os EUA. Segundo a nota, as autoridades americanas acusam os suspeitos de receberem milhões de dólares em subornos. As escolhas de Rússia e Catar como sedes para as duas próximas Copas (2018 e 2022) podem ser o tema central das investigações.
Joseph Blatter não está entre os acusados, porém seu nome figura na lista de investigados pela polícia. Segundo informações da TV americana "CNN", o FBI já vinha atuando sobre o caso há cerca de três anos.
A operação surpresa foi realizada por policiais à paisana, que se dirigiram ao balcão de registros do Hotel Baur au Lac e, já de posse das chaves, subiram aos quartos dos suspeitos, efetuando as prisões.
Todos os acusados responderão, entre outras, por fraude eletrônica, extorsão e lavagem de dinheiro.
O escândalo das detenções em Zurique pode comprometer a tentativa de reeleição de Blatter à presidência da Fifa. O objetivo do dirigente era deixar encaminhado o acerto para o seu quinto mandato à frente da entidade maior do futebol mundial.
Quatorze pessoas - nove dirigentes da Fifa e cinco executivos de marketing esportivo - são acusados de crimes como extorsão e lavagem de dinheiro. As três principais linhas de investigação são:
1 - o pagamento de propina dos organizadores das copas da Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, a dirigentes da Fifa para garantir que os países fossem escolhidos como sedes.
2 - o superfaturamento do contrato da CBF com uma empresa de fornecimento de material esportivo.
3 - a compra de direitos de transmissão por agências de marketing esportivo dos seguintes campeonatos: Copa América Centenária, edições da Copa América, Libertadores da América e Copa do Brasil (torneio de clubes brasileiros).
A investigação acusa empresas de marketing esportivo de pagamento de propina a confederações donas originais desses direitos. Não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão das partidas e dos campeonatos.
A investigação americana é conduzida há três anos pelo FBI e abrange casos de corrupção na Fifa durante os últimos vinte anos. O esquema de corrupção teria movimentado mais de US$ 150 milhões. Todos os presos serão extraditados para os Estados Unidos.
O Departamento de Justiça americano afirma que seis acusados já se declararam culpados, entre eles José Hawilla, que já está condenado no processo e é dono da empresa de marketing esportivo Traffic, que negocia direitos de competições com a Conmebol, Concacaf e a CBF. Hawilla é também acionista da TV Tem, uma das afiliadas da TV Globo.
Os cartolas presos podem pegar até 20 anos de cadeia, cada um. Segundo procuradora geral de justiça dos Estados Unidos, Loretta Lynch, o próximo passo do processo é a extradição dos presos, acusados de corrupção e desvio de verbas na ordem de 470 milhões de reais.
Já o procurador Kelly Currie, de Nova York, Estados Unidos, acrescentou que o processo de extradição é apenas o ponto de partida das investigações sobre o escândalo de corrupção na Fifa. "Quero ser claro que hoje é só o começo dos nossos esforços. Queremos continuar com a colaboração de todos que estiverem dispostos a trabalhar conosco em esforços contínuos para tirar o futebol desse esquema", afirmou.
As denúncias divulgadas pela Justiça americana incluem 14 acusados - nove dirigentes e cinco empresários - e foram executadas em ação conjunta do FBI e da polícia suíça. "Agradecemos às autoridades que fizeram as detenções. O próximo passo é que os réus cheguem aos Estados Unidos, e vamos pedir às autoridades suíças a transferência de custódia", disse a procuradora-geral Lynch.
De acordo com as investigações, as acusações de desvio de verbas se estendem há mais de 20 anos.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma que os réus, e também a própria Fifa, estão envolvidos em irregularidades nas vendas de direitos comerciais de torneios, de contratos de empresas de marketing esportivo e de transmissão televisiva. (Com informações das agências internacionais de notícias).

 ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do PRAVDA.RU


Para entender o escândalo de corrupção na Fifa, suprema entidade do futebol mundial

Para entender o escândalo de corrupção na Fifa, suprema entidade do futebol mundial

 
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ZURIQUE/SUIÇA - A Fifa, entidade suprema do futebol mundial, é alvo de investigações diferentes, uma dos EUA e outra da Suíça. Nove dirigentes da Fifa foram presos na Suíça, após serem acusados por suspeitas de corrupção envolvendo um montante de até US$ 150 milhões.
Por ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA.RU
Horas depois, autoridades suíças anunciaram que fariam sua própria investigação sobre o processo de escolha dos países-sede das Copas de 2018 (Catar) e 2022 (Rússia). A polícia suíça entrou na sede da Fifa, em Zurique, Suiça, e apreendeu provas eletrônicas.
Por que isso é importante?
A Fifa é o órgão responsável pelo futebol mundial. Nos últimos anos, sofreu acusações de corrupção, particularmente no processo de escolha da sede do Mundial de 2022 - o vencedor foi o Catar.
Em dezembro de 2014, a Fifa decidiu não divulgar sua própria investigação de corrupção - que, segundo a entidade, disse que o processo de escolha foi isento. O autor do relatório, o americano Michael Garcia, renunciou ao cargo.
A Copa do Mundo gera bilhões de dólares em receita. As prisões e a investigação lançam dúvida sobre a transparência e honestidade do processo de escolha nos últimos torneios.

Como o Brasil aparece na investigação?
Três brasileiros estão implicados no esquema de corrupção, de acordo com o departamento de Justiça dos EUA.
Um dele é o ex-presidente da CBF José Maria Marin - a nota do Departamento de Justiça não detalha as suspeitas contra ele. A CBF se manifestou a respeito da investigação por meio de nota dizendo que "aguardará, de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente."
A Justiça americana diz que José Hawilla, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, confessou os crimes. A Traffic é dona de direitos de transmissão, patrocínio e promoção de eventos esportivos e jogadores, além de empresas de comunicação no Brasil. Consultado pela reportagem, o advogado de J. Hawilla, José Luis de Oliveira Lima, afirmou que o dono da Traffic "apoia as investigações e prestou esclarecimentos devidos às autoridades americanas" e está em liberdade nos Estados Unidos.
O terceiro brasileiro investigado pelo FBI é José Lazaro Margulies, proprietário das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd., ambas ligadas a transmissões esportivas.
A nota divulgada pela justiça norte-americana afirma ainda que investiga suposto pagamento e recebimento de suborno em um patrocínio "da CBF para uma grande empresa de roupas esportivas dos EUA".
A Justiça americana também cita a Copa do Brasil, organizada pela CBF, como uma das competições em que poderia ter havido corrupção na negociação de direitos de transmissão e marketing.
A Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, não é citada especificamente no documento.
Como funcionaria o esquema?
A denúncia afirma que, de 1991 até o momento, autoridades da Fifa se envolveram em vários crimes, incluindo fraude, subornos e lavagem de dinheiro. A Justiça afirma que duas gerações de dirigentes usaram suas posições para fazer parcerias com executivos de marketing esportivo que impediam outros de ter acesso a contratos e mantinham os negócios para eles por meio do pagamento de propinas.
A maior parte dos esquemas, de acordo com o departamento de Justiça, envolve recebimento de propina de executivos de marketing para comercialização de direitos de mídia e marketing de diversas competições esportivas - entre eles Copa América, Libertadores e Copa do Brasil.
Quem são os acusados?
Foram presas figuras-chave do futebol na América Latina, América do Norte e Caribe.
Além dos brasileiros implicados, foi preso o presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, visto com um provável sucessor do presidente da entidade, Joseph Blatter.
Uma outra figura-chave é Charles "Chuck" Blazer, ex-representante da Fifa nos EUA, que aparentemente se tornou informante do FBI. Ele confessou ser culpado e já devolveu US$ 1,9 milhão.
Joseph Blatter foi preso?
Não. O presidente da Fifa - e homem mais poderoso do futebol mundial - não está entre os citados nos indiciamentos dos Estados Unidos. Mas a justiça americana afirma que os envolvidos estavam a serviço da Fifa - da qual ele é presidente. Até agora, ele não se pronunciou. Blatter tem grandes chances de ser reeleito à Presidência da entidade na sexta-feira.
Blatter anuncia escolha da Rússia para sediar Copa de 2018; escolha causou polêmica.
Recentemente, ele foi forçado a negar rumores de que estaria evitando viajar para os EUA porque temia ser preso.
Por que eles foram presos?
O FBI está investigando a Fifa há três anos. As investigações tiveram início por causa do processo de escolha dos países sedes das copas de 2018 e 2022 (Rússia e Catar), mas foi expandida para analisar os acordos da Fifa nos últimos 20 anos.
A acusação do Departamento de Justiça dos EUA diz que a corrupção era planejada nos EUA, mesmo quando era efetuada em outros locais. O uso de bancos americanos para transferir dinheiro é uma peça-chave da investigação.
Por que a Suíça?
É a sede da Fifa - o registro da entidade como instituição de caridade faz com que pague impostos reduzidos.
A Suíça é conhecida como um país onde empresas pouco transparentes são bem-vindas, principalmente em relação a impostos. Mas seu acordo de extradição com os EUA é claro: pessoas envolvidas em crimes podem ser enviadas aos EUA.
Aparentemente, autoridades americanas aproveitaram o que o congresso anual da Fifa fez com que todos se reunissem em um país que não colocaria obstáculos à extradição.
Os suíços também parecem estar indo atrás da Fifa, com três investigações em curso - incluindo uma anunciada horas após as prisões, sobre a escolha das cidades-sede das próximas Copas.
Quanto dinheiro está envolvido?
Muito, supostamente.
A denúncia dos EUA alega a corrupção envolveu US$ 150 milhões, e isso não inclui outras transações pelo mundo. Um relatório anterior sobre corrupção no Caribe, que vazou, afirma que propinas de US$ 40 mil foram pagas a autoridades em envelopes cheios de dinheiro.
Quase toda a renda da Fifa vem da Copa do Mundo, o evento esportivo mais lucrativo do mundo - superando as Olimpíadas. A Copa do ano passado custou ao Brasil cerca de US$ 4 bilhões, e a Fifa lucrou mais de US$ 2 bilhões.
O custo das duas próximas Copas deve ser superior: a Copa do Catar deve custar mais que US$ 6 bilhões.
Só concorrer a sediar a Copa já tem um custo enorme: a federação inglesa gastou 21 milhões de libras para concorrer à Copa de 2018.
As Copas da Rússia e do Catar serão feitas em outros países?
Isso é improvável, mas não impossível.
A denúncia dos EUA aborda casos de corrupção no passado - a Copa de 2010 na África do Sul, por exemplo, é mencionada - mas não futuros. As investigações da Suíça devem ser mais frutíferas em relação a isso, mas seria preciso ter provas contundentes para fazer a eleição outra vez.
Catar enfrenta denúncia de maus-tratos a imigrantes que trabalham em obras da Copa
Mudar a Copa da Rússia seria difícil. Poucos países têm estádios, infraestrutura e dinheiro para sediar o evento em um prazo tão curto. A melhor opção seria a Alemanha, que sediou a Copa de 2006.
O Catar é bem mais vulnerável e foi inundado com denúncias e alegações de corrupção desde que foi escolhido como sede. Mas, mesmo depois de ter visto vários escândalos de corrupção, uma mudança inédita de um torneio de verão para inverno e um escândalo sobre mortes de trabalhadores migrantes, há chances de que eles ainda sediem a competição de futebol mais importante do mundo.
Mas, segundo o procurador americano Kelly T. Currie, a investigação não vai parar por aí.
"Após décadas, segundo a denúncia, de corrupção descarada, o futebol internacional organizado precisa de um novo começo - uma nova chance para suas instituições fazerem uma vigilância honesta e apoiarem um esporte amado pelo mundo. Deixe-me ser claro: essa denúncia não é o último capítulo da nossa investigação", afirmou.
Por sua vez, a Rússia reclamou de postura dos EUA com Fifa: "juiz do mundo". O Ministério das Relações Exteriores russo disse que as prisões de dirigentes da Fifa e executivos de marketing do futebol pareciam ser uma tentativa ilegal dos Estados Unidos de impor suas leis em Estados estrangeiros.
"Sem entrar em detalhes sobre as acusações que foram levantadas, apontamos para o fato de que este é outro caso de aplicação extraterritorial ilegal de leis norte-americanas", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Russia em comunicado em seu site.
O Ministério russo disse ainda que espera que as prisões não sejam usadas para manchar a imagem da Fifa e não coloquem uma sombra sobre as decisões da organização, incluindo as decisões de ordem pessoal.
"Mais uma vez, pedimos que Washington pare de tentar constituir-se como um juiz muito além de suas fronteiras e siga os procedimentos legais internacionais", acrescentou o Ministério da Relações Exteriores russo.
 ANTONIO CARLOS LACERDA é Correspondente Internacional do PRAVDA.RU

Seymour Hersh sucumbe à desinformação

Seymour Hersh sucumbe à desinformação


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Seymour Hersh publicou um longo relato do assassinato de Osama bin Laden. Hersh conclui que o relato que o governo Obama distribuiu sobre a morte de bin Laden é totalmente mentiroso, exceto que bin Laden foi assassinado. 
Não acredito em nada do que Hersh escreveu, por três razões. A primeira é que bin Laden sofria de uma doença com a qual ninguém sobrevive por dez anos. A morte dele foi amplamente noticiada em 2001.

A segunda é que também o relato dito "verdadeiro" de Hersh do que "realmente aconteceu" é desmentido por testemunhas oculares e pelas primeiras entrevistas que a TV paquistanesa publicou com aquelas testemunhas oculares.

A terceira razão é que a história de Hersh é excessivamente cheia de peripécias e reviravoltas, para uma missão rotineira, nos EUA, de assassinato. Desmascara pequenas mentiras dentro de mentiras maiores, explica uma indecisão com outra, resultados inesperados com resultados inesperados, e reporta tal número de gente que sabia com antecedência do raid, que de modo algum se manteria qualquer segredo sobre qualquer coisa relacionada ao assassinato, por tanto tempo.

Poderia ainda acrescentar uma quarta razão: a total falta de credibilidade do governo dos EUA. Washington mente sobre tudo. Por exemplo: as armas de destruição em massa de Saddam Hussein, o uso de armas químicas pelo presidente Assad, as bombas iranianas, a invasão russa na Ucrânia. 

SE, como diz Hersh, 99% de tudo que Washington diz ou disse sobre o ataque em Abbottabad é falso, por que acreditar que 1% desse mar de mentiras seria verdade, e que bin Laden foi assassinado? É muito difícil comprovar um assassinato, se não há corpo. A única prova de que bin Laden foi morto é a palavra do governo.
Em minha opinião, as agências de desinformação de Washington conseguiram afinal engambelar Seymour Hersh e o fizeram crer numa "história interna" que confirma o que Washington diz, que matou bin Laden; e prova que o governo dos EUA é extraordinário mentiroso e violador de leis.

O que Hersh escreveu prova, sim, que o governo dos EUA é mentiroso, mas não prova que aqueles SEALs mataram Osama bin Laden.

11/5/2015, Paul Craig Roberts

As meninas mães do Paraguai

As meninas mães do Paraguai

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                           Assunção (Prensa Latina) Nos últimos anos,                                          seguiram proliferando as pesquisas, as análises e as                              preocupações no Paraguai pelo número crescente de                            meninas e adolescentes que ficam grávidas em                                      situações irregulares e até se tornam mães muito                                  jovens.
                           Estudos de organizações internacionais, de                                        entidades não governamentais, defensores de                                direitos humanos de crianças e jovens                                              denunciaram uma situação admitida pelo                                        governo e evidentemente fora de controle.
                           As últimas estatísticas refletem, às vezes até de f                                  forma incompleta segundo os especialistas, o drama                              das que muitos já chamam as "meninas mães" do                                Paraguai, com seu indubitável impacto social,                                        econômico e psicológico, bem como o impacto em                                grandes setores da população.
Segundo os últimos dados publicados oficialmente uma em cada quatro mulheres grávidas no Paraguai é adolescente com idades entre 15 e 19 anos, enquanto as de 20 a 23 anos registram, pelo menos, mais de uma gravidez.

O Paraguai tem a segunda taxa mais alta de adolescentes grávidas com 63 nascimentos a cada mil mulheres e 38 por cento dessas jovens mães começam a ter seus bebês antes de cumprirem 20 anos, tudo segundo o Fundo da População das Nações Unidas.
Por sua vez, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) alertou cobre o contínuo aumento de situações deste tipo entre meninas e adolescentes do país guarani e não deixou de assinalar a urgência de que as consequências sociais e econômicas devem ser encaradas com políticas públicas integrais para evitar duros cenários facilmente visíveis nas zonas rurais, mas também nas ruas das grandes cidades e desta capital.

As taxas de gestação precoce no Paraguai são muito altas pois a cada ano o sistema de saúde registra 600 partos em meninas entre 10 e 14 anos, cujas gravidezes em sua maioria são produto de abuso sexual poucas vezes denunciado ou castigado, explicou à imprensa a oficial de Saúde Sexual e Reprodutiva das Nações Unidas no Paraguai, Adriane Salinas.
Outros 20 mil casos reportam-se anualmente em adolescentes entre 15 e 19 anos de idade, algo que provoca um problema social e econômico com consequências diretas para a pessoa afetada e para a sociedade.
A vida comprova continuamente que o risco de morte para as meninas entre 10 e 14 anos é cinco vezes mais elevado que para uma mulher biologicamente preparada para desenvolver um processo saudável, enquanto no caso das adolescentes entre 15 e 19 anos as possibilidades de morte são mais duas vezes altas.
Em uma boa parte, senão na maioria dos casos, as meninas mães confrontam o perigo de que seus filhos possam morrer porque costumam ter problemas de baixo peso, consequência da situação biológica da mãe e das altas médias de pobreza existentes no país, as quais são afetadas tanto pela alimentação de mães e bebês como pelas condições vulneráveis de moradia, acesso a água potável e outros recursos necessários para se sustentarem em condições minimamente razoáveis.
Outras consequências enfrentadas por uma considerável percentagem das novas mamães paraguaias são as de se verem obrigadas a assumir o papel de mães solteiras pelo abandono dos pais e, portanto, a renúncia de seu regresso ao sistema educativo se dedicando então a lutar, muitas vezes com pouca sorte, para conseguir um trabalho digno para seu sustento e o de seus filhos.
O Paraguai é um país onde o aborto está proibido por lei e a cada ano se reporta um importante número de casos de violações sem que as mulheres e meninas afetadas tenham qualquer apoio legal que lhes permita fazer frente a esta violência exercida sobre elas.
Definitivamente, conta com a taxa mais alta entre 16 países latino-americanos de mulheres que morrem por complicações relacionadas com a gravidez e o parto, a maioria menor de 20 anos, pois nove em cada 100 mil falecem por essas razões.
Se for acrescentada a falta de uma política de educação e até de informação de tipo sexual em centros de estudo ou em meios de difusão, pode se compreender também a rejeição ou desconhecimento no uso de anticonceptivos que poderiam constituir uma ajuda em determinados casos.
Finalmente, a responsabilidade social do Estado e do governo paraguaios neste assunto delicado é fácil de detectar nos bolsões de pobreza presentes nas cidades, onde proliferam meninos e meninas em condições muito difíceis com o risco de serem futuras vítimas de um panorama que se repete como um círculo vicioso.
*Corresponsável da Prensa Latina no Paraguai

Brasília, o câncer que suga o sangue dos brasileiros

Brasília, o câncer que suga o sangue dos brasileiros


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Álvaro Pedreira de Cerqueira

Brasília, a ‘Ilha da Fantasia’, ao ser construída 'a toque de caixa' pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek, para erigir a sua pirâmide, qual um faraó desatinado, à custa das futuras gerações; primeiro raspando os cofres da Previdência Social (num país sério ele seria deposto e processado criminalmente) ─ consumindo também as verbas da educação, do saneamento básico, que num país pobre deveriam ser  as verdadeiras prioridades ─, deixou gigantesco saldo negativo, que é crescente, pois Brasília virou um centro de custos avassalador, devorador e dissipador de impostos. Em seguida, esgotados aqueles recursos, emitiu moeda falsa, em estelionato monetário, que resultou na primeira grande espiral inflacionária que trouxe o caos à sociedade brasileira, sobre ser a inflação o mais iníquo dos impostos, pois castiga mais os mais pobres. 

Em seu livro 'Custo e Escolha' (Edit. IL), o prêmio Nobel de Economia americano James Buchanan diz que um governante que saca recursos inexistentes hoje, deixando a conta para as futuras gerações pagarem, é IMORAL (grifo meu). E este livro é um estudo sobre o CUSTO DE OPORTUNIDADE, um conceito basilar em Economia, que é a ciência que trata da aplicação de recursos escassos. E os recursos são sempre escassos, mormente num país pobre como o Brasil. Conceito este pouco conhecido por nossas elites, principalmente as universitárias, que só querem entender de Marx e de Keynes, para azar de nossos estudantes e da sociedade brasileira.

Brasília significou MÁ ESCOLHA, pois apresentou brutal custo de oportunidade. Quando se faz uma escolha em política, abre-se mão de outra. Um verdadeiro estadista faz essa escolha considerando um rigoroso critério  de prioridades, em face da escassez dos recursos, e no caso havia era a inexistência dos recursos (poupança pública) para construir uma nova capital no distante ermo do planalto central, ainda mais sem antes fazer uma ferrovia entre o sítio escolhido e os centros produtores de material de construção, no caso, São Paulo, na época.

Que prioridade deve ser a escolhida por um estadista que se preza? É investir os recursos escassos (jamais inflacionando CRIMINOSAMENTE os preços da economia pela emissão monetária sem lastro, num estelionato monetário, como fez o irresponsável presidente Kubitschek), investindo os recursos existentes naqueles setores capazes de trazer O MAIS RÁPIDO RETORNO DE BENEFÍCIOS para o bem-estar dos habitantes do país, ou para a sociedade. Desde meados do século XX se sabe que esses setores são a EDUCAÇÃO DE PRIMEIRO GRAU e o SANEAMENTO BÁSICO, e que por isso mesmo são chamados de investimentos no CAPITAL HUMANO.

Pois esta escolha foi abandonada para dar lugar à desnecessária construção de nova capital em apenas cinco anos. Qual o resultado dessa má escolha? O Brasil entrou no século 21 com IDH baixo do de Cuba! O que é vergonhoso e cruel para com os brasileiros. O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, criado pela ONU, é o que mede o verdadeiro desenvolvimento econômico e social de uma nação. O que prova que o tal "desenvolvimentismo" de JK era e é uma DESASTROSA FALÁCIA. O que fez a tristemente famosa frase cunhada pelo poeta Augusto Frederico Schmidt , amigo de JK, "CINQÜENTA ANOS EM CINCO", para slogan do programa de governo Kubitschek, virar, na verdade, CINQÜENTA ANOS DE PREJUÍZO EM APENAS CINCO, na minha paródia.

Para comprovar o que disse acima, tomemos o caso da Coréia do Sul. Terminada a Segunda Guerra Mundial, a comunista Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul. Os bravos americanos mandaram suas forças armadas para lá, expulsaram os comunistas e libertaram a Coréia do Sul. E este pequeno país, do tamanho aproximado do nosso Estado de Pernambuco, sem possuir petróleo nem jazidas minerais importantes, com poucas terras agricultáveis, investiu pesadamente em educação primária e saneamento básico. E adotou a economia capitalista de livre mercado, ou com pouca intervenção do Estado. Resultado, em menos de três gerações tirou o povo da pobreza, seu PIB per capita ultrapassou o do Brasil em três vezes, bem como suas exportações são o dobro das nossas. Produz automóveis excelentes, mais baratos do que os alemães e japoneses similares e produtos eletrônicos de alta tecnologia, a preços muito competitivos. Enquanto isso, vemos a Coréia do Norte matando, literalmente, seu povo de fome.

Mas vejamos outro exemplo mais recente e mais espetacular ainda. A República da Irlanda, do tamanho aproximado da Coréia do Sul e do nosso Pernambuco. Este país, (em 2001) há vinte anos era pobre como Portugal. Entrou para a Cumunidade Européia de Nações e esta ofereceu ajuda de capital, sob a condição de que a Irlanda privatizasse suas empresas estatais, diminuísse o tamanho do governo e investisse fortemente em educação primária e saneamento básico.  Resultado, APÓS APENAS 20 ANOS a IRLANDA fez sua economia dar um salto do 33º lugar, equivalente aos US$17.456 de PIB por habitante (posição hoje de Portugal) para o QUINTO LUGAR, com US$48.604 de PIB por habitante, ultrapassando a posição de nada menos que a Dinamarca (6º lugar), os Estados Unidos da América (8º lugar), a Suécia (9º lugar) e a Holanda (10º lugar).

Enquanto isso, o Brasil de Brasília e JK amarga IDH abaixo do de Cuba e um PIB por habitante (no 74º lugar) de apenas US$4.320 (MENOS DE 9% DO PIB POR HABITANTE DA PEQUENA IRLANDA!).

É este o CUSTO DE OPORTUNIDADE perdida pelos Brasileiros para que o vaidoso e irresponsável ex-presidente Juscelino Kubitschek tivesse a sua pirâmide no Planalto Central, qual um faraó maluco.

Mas não é só. Construída sob a égide da corrupção, pois JK corrompeu o Congresso, o Judiciário e o próprio poder Executivo, para se permitir tamanho desatino, e dobrou os salários do funcionalismo (o que se chamou de “dobradinha”), que não queria abandonar a capital no Rio de Janeiro para mudar-se para a lama vermelha de Brasília. Esta "cultura" da ilimitada permissividade de gastos inflacionários se tornou marca da "ilha da fantasia", que suga para lá a maior parte dos absurdos impostos arrecadados nos estados e municípios, quase 40% do PIB, o dobro da média dos países emergentes, que é menos de 20%. É com esse espírito devasso que os canalhas deputados federais resolveram  agora aprovar aumento de 90% dos próprios ganhos, mais de 20 vezes a inflação anual. Só em Brasília se admite este criminoso escândalo sem uma ação judicial para impedi-lo.

Muito mais teria a comentar, que seria sobre a eleição de um "salvador da pátria", desesperadamente buscado pelos brasileiros em meio ao caos inflacionário produzido por JK para construir Brasília, o outro desatinado, o ex-presidente Jânio Quadros. Que ao tentar o falso golpe da renúncia, após poucos meses de governo, foi substituído pelo vice-presidente, o caudilho equerdo-populista João Goulart. O qual, com o aventureiro Brizola, seu cunhado, tentou implantar uma república comuno-sindicalista, abortada pelo contra-golpe de 1964.  O período militar se estendeu demais. Se trouxe muitos benefícios, também teve no Gen. Ernesto Geisel um desastroso governo, que criou mais de 250 empresas estatais, as quais deram filhotes, tornando-se mais de 600 só na área federal. Isso e mais a volta da inflação, resultante de tanta incompetência daquele governante militar.

Todas essas graves perturbações econômico-sociais originadas pela desastrada construção de Brasília, acabaram resultando numa redemocratização mal conduzida e as esquerdas tomaram conta do país. Resultado, com a eleição de Lula, temos hoje a república sindicalista de esquerda que Goulart e Brizola queriam implantar, sem precisar de revolução armada, através das urnas, tal como o nazismo subiu ao poder na Alemanha. Lula aparelhou o estado com a nomeação de mais de 300 mil militantes despreparados do PT e corremos o risco desse partido se perpetuar no poder, tal como o PRI no México, que dominou o país por seis décadas, arruinando sua economia e com vasta corrupção.

As únicas regiões que se beneficiaram com Brasília foram a Centro-Oeste e a Norte, mais o estado de Minas. Todas as demais pagaram altíssima conta, e continuam a pagar, como já demonstrado no início deste artigo. Quer dizer, o custo foi altíssimo e o benefício diminuto. Com a cultura da permissividade ilimitada de gastos, o Congresso Nacional é, disparado, o mais caro do mundo.  A concentração de riqueza no Brasil é uma das maiores do planeta. É só ver Brasília, que tem a maior renda per capita do Brasil sem ter indústria, sua indústria é a do privilégio, com um governo inchado de aspones, e com ascensoristas do Congresso e do Judiciário ganhando mais do que oficiais superiores das Forças Armadas, só para dar um pequeno exemplo.

Em suma, tudo que o presidente J. Kubitschek fez de bom, foi arruinado pela construção de Brasília.

Brasília revisitada em abril de 2014

Entrar numa das muitas dezenas de shopping centers de Brasília dá ideia clara do altíssimo poder aquisitivo dos seus habitantes. Todos os restaurantes da cidade, especialmente os de luxo, estão sempre lotados, no almoço e no jantar, de segunda-feira a domingo. As mansões do Lago Sul são suntuosas.

Isto é resultado do desenfreado empreguismo que se verifica no setor público, como de resto em todo o Brasil. Só que os salários nos poderes Legislativo e Judiciário são obscenamente elevados. Sem falar nos sistemas de aposentadoria de parlamentares, com benefícios equivalentes aos do tempo de atividade, sem que tenham que completar os trinta anos de trabalho dos aposentados da iniciativa privada pelo INSS, nem que contribuir, em valores atuarialmente calculados, para gozarem desse direito, e sem que se torne o atual escandaloso e injusto privilégio.

O governo central do Brasil é muito mais caro do que a Corte de Saint James, da Inglaterra, ou de qualquer outra corte real europeia. Nossos parlamentares e ministros de Estado ganham muito mais e têm regalias como automóvel com motorista e outras, do que qualquer parlamentar ou ministro de Estado europeu.

O apelido de ‘Ilha da Fantasia’ se aplica como uma luva à nova capital do Brasil. Tanta gente vivendo de sinecuras e privilégios cria uma atmosfera de fantasia nos ambientes sociais. Ganhar tanto dinheiro sem qualquer mérito, ressalvando as raras exceções, torna as pessoas alegres e sem problemas básicos de sobrevivência. E elas diariamente enchem as lojas, os bares, restaurantes, boates e casas de show para curtir a vida com aquela leveza dos bem aventurados.

Tudo isso resulta, como já disse acima, da cultura da permissividade ilimitada de gastos introduzida em Brasília pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek, que é exaltado por muitos brasileiros, que o acham um grande estadista, com descortino notável sobre o futuro. Mas são pessoas que, por honestas e bem intencionadas que sejam, são destituídas de conhecimentos especializados em economia, como os proporcionados pelos livros do prêmio Nobel de Economia James Buchanan, no livro acima citado, ‘Custo e Escolha’.

Mas nas periferias de Brasília encontra-se o povão que sofre, pois o custo de vida é muito elevado, a moradia de aluguel é caríssima, tal como o custo dos imóveis, o transporte público é péssimo e muito caro. A vida para essa maioria dos habitantes da Capital é um sofrimento sem fim.

Tal sistema político e social brasileiro existe também por uma infeliz combinação de fatores na História do Brasil. Nossa origem colonial portuguesa, que desde a descoberta em 1500 instalou um governo mercantilista, com o Estado luso à frente, criando uma sociedade para servi-lo. Tal como ainda é hoje, para produzir é preciso uma licença múltipla das autoridades. E havia vários monopólios, concedidos a amigos ou parentes do rei, primeiro para benefício do monarca, e parte dos lucros para seu favorecido.

A extração de ouro em Minas Gerais, como do pau Brasil no litoral da Bahia, foram, como sabem os leitores, as primeiras atividades produtivas a serviço da corte da Metrópole d’além mar, seguidas da lavoura canavieira no Nordeste. Só mais tarde foi introduzido o café, primeiro na Amazônia, mas só viria a vingar em Minas e São Paulo, depois no Paraná. Essas atividades foram tributadas imediatamente, começando pelo quinto (20%) do ouro e o Marquês de Pombal, primeiro ministro de Portugal no século XVIII, montou um fisco rigoroso para cobrar os impostos. 

Foi esse fisco que se desenvolveu e viria se tornar o “leão” da Receita Federal. Tive ocasião de dizer, num Café Parlamentar na Associação Comercial de Minas (ACMinas), que uma sociedade, como a brasileira, que admite que o órgão arrecadador de impostos do governo adote como símbolo um leão, a mais feroz das bestas-feras que há na natureza, é uma sociedade de TROUXAS!

Significa que o Estado brasileiro tem um fim em si mesmo, e com símbolo próprio, que nos cobre de ridículo perante o mundo. Em vez de o Estado servir a sociedade, garantindo-lhe a segurança e a liberdade, serve-se dela, na pessoa de sua privilegiada burocracia, de cidadãos de primeira classe, enquanto os aposentados do INSS são cidadãos de segunda ou terceira classe. E com escárnio, os fiscais da Receita criaram este símbolo do leão que cobre de vergonha os brasileiros perante outras nações, como disse acima.

O contrário aconteceu com os Estados Unidos da América, cujos primeiros habitantes civilizados criaram uma sociedade, com treze colônias, organizadas como empresas, e só depois escreveram uma constituição tão simples que ainda é mantida depois de mais de duzentos anos, e criaram um Estado para servir a sociedade.

O outro fator que contribui pra esse quadro de distorções e desigualdade social no Brasil é que cerca de 80% da nossa força de trabalho – PEA – População Economicamente Ativa -  ganham até três salários mínimos, segundo a PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE. Significa que cerca dwe 80% da sociedade brasileira é pobre e ignorante. Com esse eleitorado não há possibilidade de melhoria no quadro, pois os políticos eleitos são uma amostra da sociedade.

O resultado é que temos talvez a maior carga tributária do planeta, para servir primeiro ao Estado, isto é, aos políticos e burocratas que o tripulam, e só as migalhas que sobram vão, com péssimos serviços, para a sociedade. Brasília ilustra, com tintas fortes, esse quadro absurdo que é o retrato de corpo inteiro, ao vivo e a cores tristes, do nosso infeliz País.

O Brasil tem solução?

Sim, com o pertinaz combate à Pobreza, através do Planejamento Familiar oferecido gratuitamente aos voluntários pobres de todo o Brasil, para que possam praticar a Paternidade Responsável, para quebrar o círculo vicioso da Pobreza. Só assim nos livraremos do domínio de líderes e partidos esquerdo-populistas, que compram votos com Bolsa-esmola de variados tipos, que Dilma distribui mais a quem tem mais filhos, estimulando a ampliação e perpetuação da Pobreza.

Livro ‘O Direito de Bem Nascer’, do Engenheiro e empresário José Olavo Mourão Alves Pinto, de que sou co-autor. Entrem no site:


Muito obrigado.

Álvaro Pedreira de Cerqueira Álvaro Pedreira de Cerqueira é administrador de empresas pela FGV-SP (1962). Foi cofundador, em 1987, e executivo do Instituto Liberal de MG (IL-MG), que funcionou até 1997 (10 anos). Estudante autodidata da Escola Austríaca de Economia. Artigo escrito em Janeiro de 2001, revisado em 2010 e acrescido em abril de 2014.