domingo, 31 de janeiro de 2016

Traição

Posted: 30 Jan 2016 03:43 AM PST

Por Carlos Maurício Mantiqueira

A felonia é a forma mais abjeta de ingratidão.

Uma coisa é um juramento quebrado na juventude.

Outra é vender a própria alma ao diabo na idade madura.

Os pecados podem ser cometidos por pensamentos, palavras, atos ou omissões.

Ver e deixar a canalha destruir nossa malha ferroviária, exportar nióbio subfaturado, abandonar à mingua os desvalidos nas portas de hospitais, enfim, testemunhar e consentir as barbaridades da classe política, também é uma forma hipócrita de traição.

A onça tornou-se uma espécie de avestruz. Enfiou a cabeça num buraco para não ver os malfeitos.

Em breve a sociedade vai exigir que ela saia da zona de conforto e cumpra sua principal missão: Salvar a pátria.

Ainda há esperança porque um general teve a coragem de defender a memória do pai morto contra os ataques de eunucos e rameiras de verdade.

Nós, patriotas, imploramos providências.

Na sua falta, agiremos a todo transe.

Viva o Brasil!


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

sábado, 30 de janeiro de 2016

ATENÇÃO!!!! AMEAÇA DA MILITÂNCIA VERMELHA JOGARIA “OS TANQUES NAS RUAS”


tanques   lula e dilma


ATENÇÃO!!!! AMEAÇA DA MILITÂNCIA VERMELHA  JOGARIA “OS TANQUES NAS RUAS


AMEAÇA! Prisão de LULA jogaria os “Tanques na RUA” e vai “tocar fogo neste país” – A matéria está publicada na Revista Sociedade Militar e o Cristalvox republica, na íntegra,  dado a seu preocupante conteúdo – real e imediato na opinião do editor- … Faz menção a uma frase dita pelo então comandante militar do Sul, General Mourão. ” As Forças Armadas, por meio de análise prospectiva, realizaram estudos e construção de cenários possíveis em caso de CONVULSÃO SOCIAL.”
Vivendo momentos de terror diante do possível indiciamento de LULA, a esquerda já começa a incitar movimentos sociais para uma grande revolta popular se LULA for preso.
Ao mesmo tempo em que o Partido dos Trabalhadores se empenha em suas tentativas de levantar o moral do ex-presidente, dizendo que é o “seu plano A” para 2018, o exército esquerdista de Blogs e Minisites dispara contra a direita. O objetivo é fazer a sociedade acreditar que as investigações que se aproximam de LULA e seu séquito são movidas pela “direita” e não pela justiça brasileira.
Como disse o General MOURÃO há bem pouco tempo. As Forças Armadas, por meio de análise prospectiva, realizaram estudos e construção de cenários possíveis em caso de CONVULSÃO SOCIAL.
Que os articulistas, blogueiros e redatores de sites chapa branca fiquem bem atentos, não se brinca com a sociedade, manipular multidões é algo extremamente perigoso. Se Lula for preso e o país for lançado numa guerra intestina por conta de manipulação midiática da sociedade, cada um deles será encontrado e devidamente responsabilizado pelo que têm dito nas redes, revistas e jornais.
Alguns sites disseram na tarde dessa sexta-feira: “Há uma contra-ofensiva em preparação. Este país vai parar. Protestos em defesa de uma das maiores lideranç políticas do mundo serão muito maiores do que contra a ameaça ao mandato da presidente. Mesmo grupos da esquerda que se opõem ao govrno Dilma sabem que Lula não é o alvo, mas a esquerda…”
Dizem ainda: “… Essa gente não faz ideia do que estão fazendo… Não tem ideia da reação que será desencadeada… Se acha que o movimento sindical, os movim. sociais, os partidos e própria militância ficarão passivos vendo a direita prender uma liderança política como Lula sem o amparo de provas incontestáveis, enlouqueceu. E tais provas não existem…   A pretendida prisão política de Lula vai tocar fogo neste país. Se eles quiserem pagar para ver, vão ver. E vão se arrepender. Precisarão pôr tanques na rua (de novo) para concretizar esse golpe. “
Não esquerda. Não é bem assim. Protestos em favor de Lula nunca viriam da sociedade de forma voluntária. Os protestos da esquerda tem sido cada vez menores, ainda que comprados a preço de pão e mortadela. Se movimentos sociais como MST e CUT forem para a rua e agirem contra a lei será muito fácil identificar quem os manipulou.
Se LULA for preso e a esquerda reagir de forma criminosa e violenta isso será apenas a “cereja do bolo” e assim estará mais do que provado que a esquerda mentiu durante décadas no Brasil. Estará provado que a distribuição de renda visava tão somente enriquecer os membros da intelligentsia esquerdista que por esses dias não têm dormido muito bem ante a perspectiva de que percam tudo o que já foi “expropriado” da sociedade.
Quando os “heróis” José Dirceu e Genoíno estavam na porta da cadeia bloguinhos também teriam cogitado uma reação contra o que chamavam de “golpe”. Mas, como vimos, ficou só no gogó. A reação foi tão somente arrecadar dinheiro entre petistas para que os “heróis” não sacassem de seus gordos cofres a quantia que precisavam estornar para o estado.
Pode ser que lideranças fieis a Lula obtenham êxito em atirar o Brasil numa convulsão social que dure algum tempo. Mas, esta não será em hipótese alguma criada pelos militares e pela chamada direita.
Todo o planeta é testemunha que a esquerda jogou o Brasil no caos. O catastrófico governo do PT foi responsável direto pelas dificuldades atravessadas hoje pelo Brasil e segundo tabela divulgada pelo FMI, até pelo baixo desempenho da economia mundial. A ZIKA, que em outros países foi doença rapidamente controlada, por aqui se alastrou e agora ameaça as Américas.
As forças de segurança desse país, ainda que assediadas, não se deixaram seduzir pelo discurso fantasioso e sem qualquer coerência da esquerda, ainda que esta seja a dona da situação ha mais de uma década.
Forças Armadas e policias de todo o país saberão muito bem quando e comoagir. Se o “pior” acontecer e isso for necessário, pode ser que a “arrumação da casa” dure um tempo razoável. Após isso cada um será colocado em seu devido lugar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Deslocamento de lama de barragem da Samarco coloca Mariana sob novo alerta

Deslocamento de lama de barragem da Samarco coloca Mariana sob novo alerta

Movimentação de rejeitos da Barragem do Fundão obriga a Samarco a evacuar a área, avisar autoridades e a adotar nível intermediário da escala de risco de desastre

Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoRejeitos remanescentes da Barragem do Fundão se movimentaram na área da mineradora, que acionou o sinal amarelo.

Menos de três meses após o maior desastre socioambiental do Brasil, uma movimentação de rejeitos na Barragem do Fundão, da mineradora Samarco (controlada pela Vale e BHP Billiton), obrigou a empresa a retirar os trabalhadores que atuavam no reforço das barragens do complexo minerário de Mariana, na Região Central de Minas, e a acionar o alerta amarelo, o que assustou a população local.

A mina da Samarco tem três barragens: Germano, a maior delas; Santarém, que armazena água; e Fundão (com rejeitos de mineração da Samarco e da Vale), que rompeu em 5 de novembro provocando a morte de 17 pessoas e deixando outras duas desaparecidas, além de arrasar comunidades e gerar estragos em toda a Bacia do Rio Doce.

A Defesa Civil de Mariana foi avisada do deslocamento pela empresa na tarde de ontem. De acordo com o chefe do órgão, Welbert Stopa, não houve vítimas. “Houve um deslocamento de massa. Foi material acumulado que vazou”, afirmou Stopa. Ele detalhou que esses materiais acumulados são sedimentos do vazamento de novembro e que foi adotado o alerta amarelo, em uma escala de risco que ainda tem o verde (sem perigo) e vermelho (rompimento iminente).

Em nota, a Samarco informou que ocorreu uma “movimentação de parte da massa residual da Barragem do Fundão devido às chuvas das últimas semanas”. A empresa destacou que seguiu o Plano de Emergência e evacuou o local. “Não houve a necessidade de acionamento de sirene por parte da empresa. As defesas civis de Mariana e Barra Longa foram devidamente informadas”, garantiu a mineradora.

Após o rompimento no início de novembro, a Samarco foi obrigada a monitorar as barragens de forma ostensiva, com drones e piezômetros (equipamento que mede a pressão dos reservatórios). Além disso, teve que apresentar um plano de emergência para as barragens Santarém e Germano, o que fez, com atraso, no dia 13.

Boletim da Samarco enviado ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) indicava a presença de 150 trabalhadores nas obras no local. A Barragem de Santarém está sendo reforçada e, segundo relatório do DNPM falta um percentual de 11,9% para a conclusão. O coeficiente de segurança da barragem era de 1,37. O recomendado pela norma de segurança NBR 13.028 é acima de 1,5.

A Samarco também realizou obras no dique de Selinha da Barragem de Germano, que já foram concluídas. O coeficiente de segurança era de 1,22 e subiu para 1,51. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Extração de Ferro e Metais Básico (Metabase) de Mariana, Ronaldo Bento, a movimentação foi provocada pelo sedimento das obras que foram realizadas no dique da Selinha. A Samarco, entretanto, afirmou, via assessoria de imprensa, que o reforço do dique não foi afetado. A empresa garante também que não há risco da lama de rejeitos atingir a Barragem de Santarém.

O engenheiro Gerson Campera, consultor em barragens do Instituto Mineiro de Perícias, considera a situação preocupante. “Toda vez que há passagem de material, a lama leva tudo que está ao lado. Pode virar uma segunda ruptura no serviço de reforço do barramento”, avalia. O tenente do Corpo de Bombeiros Leonard Farah, um dos coordenadores da operação de resgate nas áreas atingidas, afirma que a corporação não foi acionada.

Palavra de especialista

"A situação é preocupante"

“Como ainda há um volume considerável de rejeitos contido na Barragem do Fundão, há risco de uma nova tragédia ocorrer, embora não sob a perspectiva de perda de vidas, porque eles (a Samarco e autoridades) estão sob alerta. Mas a situação é preocupante, porque a área ainda está em obras e um vazamento pode provocar forte impacto ambiental. Outra ameaça é a Barragem de Santarém, que é de água e também está sendo recuperada. O trabalho tem que ser constante em todas as áreas, quanto mais porque houve uma ruptura de grande porte. Espero que esse estado de alerta possa prevenir com relação à perda de vidas humanas, o que não houve no acidente de novembro. Se o restante do rejeito de Fundão vazar, a lama fará o mesmo caminho e a qualidade da água da Bacia do Rio Doce ficará ainda mais comprometida.”

Depoimento do ex-ministro José Dirceu na Lava-Jato preocupa o PT

Depoimento do ex-ministro José Dirceu na Lava-Jato preocupa o PT

O temor é de que, para se defender das acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Dirceu aponte o partido como responsável por indicações na Petrobras

Heuler Andrey/AFPO depoimento do ex-ministro José Dirceu à Justiça Federal do Paraná, marcado para sexta-feira (30/1), em Curitiba, se transformou em mais um motivo de preocupação para a cúpula do PT. O temor é de que, para se defender das acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Dirceu aponte o partido como responsável por indicações na Petrobras, o que abriria um novo flanco de investigação contra dirigentes e ex-dirigentes petistas.

Até a quarta-feira, 27, era consenso no PT que Dirceu não incriminaria diretamente outros nomes. Ao apontar o partido como responsável pelas indicações, ele apenas colocaria em prática uma nova estratégia de defesa, avaliavam os petistas. No entanto, o depoimento do ex-ministro poderá, nesse caso, abrir um novo caminho para a investigação relativa ao partido.

Outro temor é de que Dirceu utilize um de seus ex-assessores e amigos que também são alvos da operação para apontar novos nomes. Esse receio cresceu nos últimos dias após o depoimento do empresário Fernando Moura, conhecido no partido pela sólida amizade com José Dirceu. Na última sexta-feira (22/1), Moura, réu da Operação Lava Jato, disse que pagou propina para o PT e que seus contatos sobre valores ilícitos foram feitos com o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira e com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque - preso desde abril do ano passado.

"Qualquer coisa que fiz a nível de partido, de conversa, foi feito através do Sílvio Pereira", afirmou Moura em depoimento prestado no âmbito da mesma investigação na qual Dirceu será ouvido na quinta-feira.
Interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro, como réu no processo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (gestão Lula), o lobista apontou contratos da Petrobras - obras de gasodutos, plataformas - em que ele diz ter feito acertos envolvendo Sílvio Pereira e Duque e que tinham o PT como beneficiário. Ele ainda citou os diretórios como receptores. "Porcentagens de valores de comissão (iam) para o diretório nacional e diretório estadual de São Paulo", afirmou Moura. "Isso, tanto com o senhor, quanto o Sílvio?", questionou um dos procuradores na audiência. "Tenho certeza de que o Sílvio conversou comigo e com o Renato (Duque) também (sobre porcentuais)", disse Moura. O procurador insistiu: "O senhor conversou com os empresários sobre isso também?"

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"Não. Os empresário eu não tive nenhum contato. O contato era direto com o Sílvio", respondeu afirmativamente Moura, que fechou acordo de delação com a Lava Jato. Em outro ponto, Moura foi questionado diretamente sobre o ex-ministro. "Com relação aos recebimentos de José Dirceu, o senhor tinha participação, alguma vez coletou valores em espécie em favor dele?" "Nada. E nunca negociei com o Zé, direto, de dinheiro de nada."

Moura também afirmou que Pereira "nunca" lhe "falou que estava dando para o Zé". "Nunca paguei nada para ele e ele nunca pagou nada para mim." Moura foi questionado se Silvio Pereira sempre foi o contato entre ele e Dirceu: "Silvo Pereira era quem eu tinha contato com ele, a minha relação com Zé era muito mais de amizade", responde Moura.

Mensalão
Silvio Pereira está oficialmente afastado do PT desde o mensalão, deflagrado em 2005. No final de 2002, logo após a vitória de Lula na disputa pela Presidência, ele foi o responsável pelo preenchimento de cargos de primeiro escalão no governo que começava a ser montado. No entanto, os petistas afirmam reservadamente que Silvinho, como ele é conhecido no partido, não tinha autonomia para as nomeações e trabalhava sob as orientações de Dirceu e do ex-tesoureiro Delúbio Soares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

'Obama pertence à lista mundial de tiranos'

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'Obama pertence à lista mundial de tiranos'



Faheem Qureshi sofreu ferimentos graves, incluindo a perda de um olho, no primeiro ataque de veículos aéreos não tripulados ordenado pelo presidente Obama. "Eu tinha esperanças e potencial", diz ele, "e agora não faço nada e não sei o que futuro me guarda". 

Jon Queally - CommonDreams

"Isso não é apenas sobre mim. É sobre todos os civis que foram mortos no Waziristão".

Essas são palavras de Faheem Qureshi, que era apenas um menino em 2009, quando um veículo aéreo não tripulado dos Estados Unidos, sob as ordens do recém-eleito presidente Barack Obama, disparou um míssil que atingiu a casa de seu tio na região do Waziristão (no Paquistão) onde sua família e amigos estavam reunidos. Qureshi foi o único sobrevivente.
"É isso que os EUA fazem com pessoas como eu. Eles tiram nossas raízes, eles nos tornam alvo e nos matam, sem qualquer motivo. Eles reviram nossas vidas de cabeça para baixo. É claro que os EUA são odiados naquela parte do mundo. E são ainda mais odiados por conta do que fizeram para pessoas como eu".
Em artigo no The Guardian, Spencer Ackerman relata:
"Demorou cerca de 40 dias para que Qureshi pudesse sair dos hospitais, onde ele passou sem saber o que estava acontecendo. Shrapnel havia perfurado o estômago e lacerações cobriam grande parte da porção superior do seu corpo. Foi submetido a inúmeras operações, devido às queimaduras, e uma cirurgia a laser foi capaz de reparar seu olho direito, mas não pode salvar o esquerdo".
"Sua família esperou a recuperação para contar a pior parte. Dois dos tios de Qureshi, Mohammed Khalil e Mansoor Rehman, foram mortos. Assim como seu primo Aizazur Rehman Qureshi, de 21 anos, que estava se arrumando para levar a família aos Emirados Árabes. Quatorze dos primos de Qureshi ficaram órfãos".
"Ainda um adolescente, Qureshi se tornou de repente o homem mais velho de sua família, encarregado de prover para sua mãe, irmãos e irmãs. Antes um estudante promissor, que queria uma carreira em química. Agora sua prioridade seria sustentar sua família, que nunca teve o dinheiro para reparar o salão".

"Obama, agora no crepúsculo de sua presidência, deseja ser lembrado como um pacificador. Em sua própria narrativa, como ele mesmo declarou no início deste mês, ele é o homem que desnuclearizou o Irã pacificamente, que abriu Cuba e se desfez dos últimos vestígios da Guerra Fria e que substituíu as "guerras burras" pelo prudente e preciso contra-terrorismo através de drones".
Agora, com aproximadamente 21 anos de idade (ele não conhece sua idade exata), Qureshi deu sua primeira entrevista a jornalistas ocidentais a fim de que o mundo saiba o dano causado pelo programa de drones dos EUA, tanto para sua vida quanto para as pessoas das áreas remotas do Paquistão que sofreram com ataques mais agressivos sob a presidência de Obama.

"Eu conheço várias pessoas como eu no Waziristão, que foram alvejadas e mortas e que não tinham nenhuma relação com a militância ou com o talibã. Muitas mulheres foram mortas, muitas crianças foram mortas, mas ainda não há resposta para isso. Esqueça das respostas: não há nem mesmo reconhecimento de que elas foram mortas".
"Se houvesse uma lista dos tiranos do mundo", Qureshi disse a Ackerman através de um tradutor, "Obama seria colocado nessa lista por conta do seu programa de drones".


Como relata Ackerman, a experiência de Qureshi chama a atenção não apenas porque o ataque que tirou um de seus olhos foi o primeiro ordenado pelo presidente Obama, mas também porque, mais uma vez, pessoas inocentes foram mortas e feridas enquanto o alvo pretendido passou ileso.


"A evidência disponível sugere que o ataque foi um erro. O livro de Daniel Klaidman sobre os drones de Obama, Kill or Capture, afirma que o ataque ocorrido dia 1 de janeiro (2009) tinha dado "terrivelmente errado", sendo que o visado membro do Taliban nunca esteve naquelas instalações. Documentos vazados do governo paquistanês registram "9 civis" sendo mortos por um ataque de drones em 23 de Janeiro de 2009, uma aparente referência ao caso de Qureshi; uma versão não editada cita o nome de sua aldeia e de seu tio morto".


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Qureshi reconhece que, às vezes, os ataques aéreos abatem lutadores, mas afirma que a maior parte das pessoas atingidas são como ele - pessoas ordinariamente comuns.

"Eu sou o exemplo vivo do que são os drones", disse Qureshi. Disse também a Ackerman que deseja "reconhecimento, desculpas e compensação" do governo dos EUA, por ele e por sua família.

"Eu tinha esperanças e potencial", diz ele, "e agora não faço nada e não sei o que futuro me guarda".

Chega de omissão: os fatos exigem atitude cívica

Chega de omissão: os fatos exigem atitude cívica

Por Antônio José Ribas Paiva

Venho denunciando o contrabando de nióbio e outros minérios há 13 anos, inclusive por telegrama ao Ministro da Defesa e ao Ministério Público federal, sem que essas autoridades tomem qualquer providência. Todos os generais sabem disso.

A omissão, nestes 13 anos, já causou trilhões de dólares de prejuízos ao Brasil e, milhões de vidas. Já passou da hora, das FFAA intervirem constitucionalmente, como manda o art 142 da Carta Magna. Esses são os frutos, da omissão!!!

As FFAA têm o dever constitucional de defender o Brasil e a Nação Brasileira dos inimigos internos e externos e até de si mesma. Portanto, a rigor, os fatos é que determinam a INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL e não o clamor popular.

Temos que estar atentos para o momento das mudanças, ou o inimigo aproveitará o êxito, como ocorreu em 64. É por isso que estão no poder, traindo, roubando e matando. INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL JÁ!!!


Antônio José Ribas Paiva é Advogado.

VOTO NULO, Pelo amor de Deus!


VOTO NULO, Pelo amor de Deus!




O dinheiro é uma coisa esquisita

O dinheiro é uma coisa esquisita. Quem tem diz que não tem e quem não tem diz que tem” (WOODY ALLEN, cineasta norte-americano)

É interessante conhecer um pouco da história do apoio externo aos partidos, organizações e grupos de esquerda brasileiros. Diversos Estados constituídos, através dos anos, apoiaram a esquerda com dinheiro, treinamento político-ideológico e militar: União Soviética, Alemanha Oriental, Checoslováquia, Bulgária, China e Cuba. Sem dúvida, o apoio mais eficaz foi dado pela URSS, China e Cuba.

- União Soviética

Em 1922, cinco anos após a Revolução Bolchevique, foi fundado no Brasil o Partido Comunista do Brasil, Seção Brasileira da Internacional Comunista.

Em 1935, Prestes regressou da União Soviética acompanhado por Olga Benário - os dois nunca foram casados -, uma agente do Exército Vermelho e do Komintern, a fim de preparar aquilo que ficaria conhecido como Intentona Comunista. Para isso, um grupo de
experts  da Internacional Comunista foi deslocado para o Brasil.

A partir de 1953, o Partido Comunista da União Soviética passou a ministrar cursos, em Moscou, a militantes do PCB. Cursos de treinamento militar e condicionamento político-ideológico. O último desses cursos foi em 1990, quatro anos após terem sido implantadas por Gorbachev as políticas de
 perestroika eglasnost.

Cerca de 700 militantes foram treinados na Escola de Quadros, como era mais conhecido o Instituto de Marxismo-Leninismo do PC Soviético, e na Escola do Konsomol  (Juventude do PCUS), em cursos cuja duração variava de 3 meses a 2 anos.

Cerca de 1.300 outros brasileiros concluíram cursos superiores na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba e em outras universidades soviéticas, em cujo currículo sempre constou a matéria marxismo-leninismo. Até mesmo em cursos de balé. As matrículas na UAPPL sempre foram efetuadas através da Seção de Educação do Comitê Central do PCB e também através do Instituto Cultural Brasil-URSS, um apêndice do PCB. Algumas dessas pessoas, no regresso ao Brasil, passaram a trabalhar em empresas estatais e, pelo menos um, formado em Medicina, como Oficial das Forças Armadas, nos anos 80.

Filhos e parentes próximos de dirigentes encastelados na
 nomenklatura do partido constituíram a maioria desses 1.300 brasileiros, pois sempre foram privilegiados para estudar, gratuitamente, na pátria do socialismo e em países do Leste-Europeu. Inúmeros exemplos podem ser dados, de filhos de dirigentes aquinhoados com bolsas-de-estudo nesses países..

Tudo o que de relevante ocorreu no PC Soviético sempre influenciou diretamente o PCB: a
desestalinização, de Kruschev, em 1956, e o fim do PCUS, em 1991, são exemplos marcantes dessa influência.

- China

Ainda antes da Revolução de 31 de março de 1964, no governo do presidente João Goulart, um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil foi enviado à China, onde recebeu treinamento militar na Escola Militar de Pequim. Também um grupo de dirigentes da Ação Popular recebeu treinamento político-ideológico na China no início dos anos 70 (depoimento de Herbert José de Souza -“Betinho”-, na época dirigente da AP, no livro “O Fio da Navalha”).

Os militantes do PC do B, no regresso, a partir de 1966, passaram a instalar-se em um ponto do Brasil Central, dando início à montagem daquilo que somente em 1972, os Órgãos de Segurança viriam a detectar: a Guerrilha do Araguaia, totalmente erradicada dois anos depois. Curiosamente o jornal Folha de São Paulo em reportagens publicadas nos dias 21 e 22 de novembro de 1968 já havia noticiado pormenorizadamente o assunto, dando os nomes dos militantes chegados da China e referindo-se à sua ida para o Brasil Central.

Alguns desses militantes relacionados pela Folha de São Paulo seriam mortos no Araguaia.

Em fins da década de 70, com a opção dos dirigentes chineses por uma
 economia socialista de mercado, descaracterizando o marxismo-leninismo, o PC do B passou a eleger a Albânia, o país mais atrasado da Europa, como o farol do socialismo mundial. A Albânia treinou guerrilheiros de vários países, inclusive do Brasil, segundo documentos do Partido do Trabalho da Albânia, que vieram a público após o desmantelamento do socialismo naquele país. A partir de então, o PC do B passou a estreitar suas relações políticas com a Coréia do Norte.

- Cuba

O Estado cubano sempre exerceu marcante influência junto à esquerda brasileira. Desde antes da Revolução de Março de 1964.

Francisco Julião, o criador das Ligas Camponesas, esteve em Cuba em 1961 e, no regresso, mandou um grupo de militantes àquele país para receber treinamento militar, e fundou o Movimento Revolucionário Tiradentes, que teve uma existência efêmera.

Nesse sentido, recorde-se o objetivo da
OLAS-Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada em Havana, em 1966: “Coordenar e promover eficientemente a solidariedade que existe e deverá continuar existindo entre os movimentos e organizações em luta, em seus respectivos países, pela libertação nacional (...) conseguindo a unidade entre aqueles que se encontram empenhados na luta armada”.

A intromissão dos Serviços de Inteligência cubanos junto aos grupos de esquerda nacionais voltados para a luta armada, atingiu seu ponto máximo no período de 1967 (a partir da I Conferência da OLAS) a 1972, período em que o Partido Comunista Cubano ministrou treinamento militar, em Cuba, a cerca de 240 brasileiros do Movimento Nacional Revolucionário - criado por Brizola -, Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, Ação Libertadora Nacional, Movimento de Libertação Popular, Vanguarda Popular Revolucionária e Movimento Revolucionário Oito de Outubro.

Um dos instrutores nesses cursos, no final da década de 70, segundo alguns brasileiros que lá estiveram, era conhecido como major Fermin Rodriguez, que na realidade tratava-se do coronel Fernando Ravelo Renedo, homem do aparato de Inteligência cubano, embaixador na Colômbia, em 1981, ano em que a Colômbia rompeu as relações diplomáticas com Cuba face aos vínculos do embaixador com narcotraficantes colombianos. Fernando Ravelo Renedo foi, posteriormente, nomeado  embaixador na Nicarágua.

É fato notório que a diplomacia cubana nada mais é que um apêndice dos Serviços de Inteligência. No Brasil, desde que as relações diplomáticas foram retomadas, sempre existiu um Oficial do Serviço de Inteligência acreditado junto à embaixada, em Brasília, oficialmente com funções burocráticas.

O treinamento a brasileiros em Cuba continua até os dias atuais, embora somente no terreno político-ideológico, na Escola Superior Nico Lopez, do PC cubano, Escola Sindical Lázaro PeñaEscola de Periodismo José Martí, Escola da Federação de Mulheres Cubanas, Escola da Federação Democrática Internacional de Mulheres e Escola Nacional Julio Antonio Mella, da União da Juventude Comunista. Por essas escolas já passaram mais de 100 brasileiros. Todavia, o mais importante em tudo isso, é que a ida de qualquer brasileiro para fazer cursos em Cuba depende do aval do Partido Comunista Cubano, após entendimentos anteriores, de partido para partido. Atualmente, existem diversos brasileiros matriculados na Faculdade Latino-Americana de Ciências Médicas e militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra vêm recebendo, em Havana, treinamento em técnicas agrícolas.

A interferência de membros da Inteligência cubana junto a partidos políticos e grupos de esquerda brasileiros sempre foi uma prioridade. Logo após o reatamento das relações diplomáticas, em 1986, essa interferência tornou-se irritantemente ostensiva, com cubanos participando, inclusive, de comícios na campanha presidencial de 1989.

Em maio de 1988, o dirigente cubano Carlos Rafael Rodriguez, vice-presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros, membro do Comitê Central do Partido Comunista Cubano desde 1976 e membro do Politburo, declarou à revista Veja:

“Hoje a situação é bastante diferente da dos anos 60. Em primeiro lugar, a guerrilha está na ordem do dia em poucos lugares. Os movimentos guerrilheiros deixaram de ser o ponto de vista principal das forças democráticas. Em segundo lugar, mudou o comportamento dos governos da América Latina com relação a Cuba. O reconhecimento e a legalização das relações diplomáticas fazem com que nós também tenhamos uma atitude de respeito total nesse sentido. Em terceiro lugar, estamos dando a nossa solidariedade, de diversas maneiras, a movimentos guerrilheiros como os do Chile. Quando há situações desse caráter, continuamos dando nossa solidariedade, porque não mudaram os princípios, mas as situações”. 

Carlos Rafael Rodriguez foi claro: não mudaram os princípios, mas as situações. A solidariedade aos movimentos guerrilheiros, portanto, prossegue. Essa solidariedade sempre se expressou no apoio em armas, treinamento militar, trabalhos de Inteligência e, algumas vezes, quando necessário, dinheiro obtido através de seqüestros praticados com a mão de obra ociosa de ex-guerrilheiros, sob a orientação óbvia da Inteligência cubana, como os de Abílio Diniz, Beltran Martinez e Washington Olivetto, no Brasil.

É interessante conhecer a opinião de um doscomandantes da Ação Libertadora Nacional, Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”), autor de inúmeros assaltos, mortes (inclusive de um Oficial do Exército, conforme narra em suas memórias) e justiçamentos, em São Paulo. No início da década de 70 abandonou seus comandados no Brasil e dirigiu-se voluntariamente para Cuba, onde recebeu treinamento armado e, posteriormente, viajou para a França, abandonando definitivamente a guerrilha.

Alguns trechos de seu livro “Nas Trilhas da ALN”, editado em 1997, relatando as peripécias por que passou em Cuba e dando uma cáustica versão do apoio do Estado cubano à revolução no Brasil.

A interferência deles (dos cubanos) já nos custaram caro demais; a volta dos companheiros do Molipo sem nossa autorização foi um desastre. 18 mortos e mais tantos presos... e tudo por uma rasteira política de infiltração, querendo influenciar nosso movimento de dentro, para adequar nossa política às necessidades deles (...). Entendo que os militantes nossos, afastados da realidade brasileira e querendo voltar para lutar, questionem a Coordenação Nacional, fundem uma corrente ou saiam da Organização, mas os cubanos não tinham o direito de autorizar a saída deles do país sem nos comunicar, quando havia meios para isso. Cederam os esquemas, promoveram a volta e ajudaram a convencer os combatentes que tinham dúvidas. Chegaram a São Paulo procurando militantes queimados, usando esquemas já abandonados por falta de segurança, aparelhos que não mais existiam, despreparados e desinformados dos avanços da repressão. Achavam que não autorizávamos a volta para não perdermos o comando da Organização. Infelizmente, sentiram na pele que estávamos cercados, fazendo ações de sobrevivência, assaltando bancos e super-mercados na véspera do vencimento dos aluguéis, e tentando não desaparecer (...). O que me revolta é que caíram como moscas e hoje ninguém assume suas responsabilidades.

(...) No curso de Estado-Maior, em Cuba, esmiúço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada América Latina afora (...). Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de Miami. Balelas, falsificações (...). O poder socialista instituiu a censura, impediu a livre circulação de idéias e impôs a versão oficial. Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...).

A ameaça iminente de agressões facilitou a militarização do país. Milícias Populares e Comitês de Defesa da Revolução formam uma teia considerável que abastece o S2 de informações sobre posições políticas, atitudes sociais e escolhas sexuais dos cidadãos (...). O Partido Comunista é o único permitido e em seus postos importantes reinam os comandantes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário e do extinto Partido Socialista Popular (anterior à revolução de Fidel), representante em Cuba do Movimento Comunista Internacional e aliado da União Soviética.

Os contatos com as organizações de luta armada são feitos através do S2, conseqüência esperada das deturpações do regime. A revolução na América Latina não seria uma questão política e sim, usando as palavras do caricato TOTEM (referência ao general Arnaldo Uchoa, comandante do Exército em Havana em 1973, que lutou na Venezuela e Angola, vindo a ser, no final dos anos 80, condenado à morte e fuzilado, sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico), uma questão de ‘mandar bala’. Nos relacionamos com agentes secretos (...). Eles tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros; isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação; influenciam o recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da Organização; concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à autodeterminação (...).

Fabiano (Carlos Marighela)negociou com os cubanos de igual para igual, mas Diogo(Joaquim Câmara Ferreira) concedeu demais. Sentiu-se enfraquecido pelas quedas em São Paulo que culminaram com a morte do nosso líder e permitiu algumas ingerências nas escolhas de quadros para a volta e os postos que ocupariam na Organização. No Brasil, recebemos com espanto a volta de um comandante indicado pelos cubanos e aceito por Diogo. O episódio não chegou a ter maiores conseqüências, pois o comandante desertou no caminho e foi morar na Europa” (referência ao comandante “Raul”, Washington Adalberto Mastrocinque Martins, muito tempo depois identificado como funcionário da prefeitura de São Paulo).

Ao final, em 1973-1974, depois de meses de reuniões de autocrítica, em Cuba, entre “
Clemente” e os militantes restantes da ALN, que lá se encontravam, recebendo treinamento militar, todos decidiram, por unanimidade, abandonar a luta armada. Muitos voltaram ao partido do qual haviam saído, o Partido Comunista Brasileiro, e outros, como “Clemente”, que foi morar em Paris, depois de abandonar a luta armada, parece terem abandonado também a esquerda. A montanha de mortos havia sido em vão.

Maria Augusta Carneiro Ribeiro, recentemente falecida em um acidente de automóvel, militante da ALN, banida do Brasil em setembro de 1969 em troca da liberdade do embaixador norte-americano, que havia sido seqüestrado, também deu seu depoimento (livro “
Exílio, Entre Raízes e Radares”). Disse que 20 dias após a chegada ao México veio um convite, através de enviados do governo cubano, para treinamento em Cuba, ocasião em que assumiram um compromisso com Fidel Castro: “Faríamos toda propaganda antiamericana que ele queria e, em troca, ele nos daria apoio para treinar, viver lá e voltar (...)”. Maria Augusta dá uma idéia do que significava, naquele contexto, a possibilidade da morte: o fato de pertencer a uma Organização de vanguarda dava um sentido à vida e ao futuro e “não importava se esse futuro era morrer”. Achava que morreria ao voltar, o que não a afastava desse objetivo: “Não era uma coisa prazerosa, mas muito lógica. Queria viver, mas era mais importante o papel que estavam me dando. Eu aceitava e achava que era correto”. O fato é que os militantes sentiam-se em dívida com a Organização por terem sido libertados através de uma ação de seqüestro.

Maria Augusta Carneiro Ribeiro voltou ao Brasil após a anistia e obteve o cargo de Ouvidora da Petrobrás.

Os diversos livros e entrevistas de militantes de organizações de luta armada, no Brasil, após a Anistia, tornaram possível o resumo abaixo do treinamento militar a que eram submetidos os revolucionários latino-americanos, em Cuba:

Em Havana, os militantes recebiam pseudônimos, documentos e eram instalados em aparelhos (...).  Os militares cubanos os agrupavam em turmas de aproximadamente 12 pessoas, de acordo com a Organização a que pertenciam. Primeiro, era dado um curso de explosivos de um mês de duração, em um quartel da província, onde passavam a semana. Aí aprendiam fórmulas, a montagem e desmontagem de explosivos. Em seguida, iniciavam o curso de tiro ao alvo e de manipulação de pistolas e fuzis, que consistia em desmontá-los com os olhos abertos, e depois fechados.
 

Por fim as turmas eram levadas para o interior do país, onde passavam cerca de oito meses, no treinamento propriamente dito de guerrilha rural. Os militares cubanos cuidavam da preparação física dos militantes, davam aulas de tática e cartografia, simulavam emboscadas, promoviam marchas e exercícios de tiro e sobrevivência na mata.

Embora fosse levado muito a sério pelos integrantes de todas as organizações, as condições de treinamento que, supostamente, os colocariam no ambiente e nas situações de uma guerra de guerrilhas foram decepcionantes e despertaram críticas de vários militantes:

“Nós fomos para lá acreditando que íamos encontrar um treinamento que nos desse as condições próximas às que teríamos na guerrilha rural no Brasil. Mas nada disso ocorreu. Nós ficamos num barracão de madeira, onde havia uma cama para cada um; uma coisa rudimentar, mas havia. As refeições eram todas servidas por caminhões do Exército. Até para tomar banho tinha um cano... era um acampamento! Nós protestamos contra isso. Tentamos ganhar os cubanos para o fato de que nós queríamos dormir no mato todos os dias, por mais que isso fosse terrível (...) Aquilo ali era uma brincadeira. O próprio Zé Dirceu dizia que o treinamento era um teatrinho de guerrilha e o pior, um vestibular para o cemitério (...) Bem intencionados, os instrutores eram primários do ponto de vista teórico e político. Longe da realidade que encontrariam na guerrilha, até marchas eram feitas em trilhas.” (depoimento de Daniel Aarão Reis, banido do país em troca de liberdade de um embaixador seqüestrado, atual professor de História na Universidade Federal Fluminense; livro “Exílio, Entre Raízes e Radares”). 

Para muitos, talvez a maioria, a próxima estação, ao término dos cursos, não foi o Brasil, mas o mundo.


Carlos I. S. Azambuja é Historiador

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

“VOU CASSAR O MANDATO DE DILMA" AFIRMOU MINISTRO DO T.S.E GILMAR MENDES

“VOU CASSAR O MANDATO DE DILMA" AFIRMOU MINISTRO DO T.S.E GILMAR MENDES

Anotem este nome – Gilmar Ferreira Mendes. Sua carreira é impressionante, tendo sido aprovado em três concursos públicos simultâneos, no ano de 1984, quando fez Mestrado e tirou primeiro lugar na disputa para professor da Universidade de Brasília, onde ensina Direito Constitucional.


A briga e o corre corre agora é pra ver quem derruba a Presidente Dilma primeiro. Com tantos fatos em evidencias  para sua cassação, o ministro Gilmar Mendes também disse que irá cassar seu mandato. Na Câmara dos deputados Eduardo Cunha usa o mesmo discurso.
Portanto, não é nenhum Dias Toffoli e já era respeitado como jurista de notório saber quando foi nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para o Supremo Tribunal Federal, em 2002, na vaga do ministro Néri da Silveira.
Agora. quis o destino que Gilmar Mendes voltasse ao Tribunal Superior Eleitoral em fevereiro de 2014, com mandato de dois anos, na condição de vice-presidente, e tenha se tornado relator da prestação de contas do PT na última eleição. E agora, com uma simples caneta na mão, ele está mostrando ao país que a atuação solitária de um simples ministro pode mudar os destinos da nação, ao devassar o que houve na última eleição presidencial.

COM RESSALVAS

primeira providência de Mendes para sanear a eleição de 2014, alvo de uma saraivada de denúncias de fraude, foi fazer com que a aprovação das contas do PT fosse feita com ressalvas. E mais: mandou preservar a documentação para posterior exame.
A segunda providência, depois que se agravaram as denúncias da Lava Jato sobre uso de recursos ilícitos na campanha de Dilma, foi desmontar o golpe da relatora da ação do PSDB para cassação de Dilma Rousseff, ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, que arquivara a petição sem abrir ação e depois arquivara o recurso do PSDB.
Há duas semanas, no julgamento do recurso do PSDB, Mendes destruiu a credibilidade da ministra Maria Thereza, uma simples advogada do tipo Toffoli, de currículo inexpressivo, que chegou ao Superior Tribunal de Justiça sem méritos próprios, exclusivamente por obra e graça da presidente Dilma.

ERROS GROTESCOS

Com precisão cirúrgica, Mendes apontou uma série de erros jurídicos primários que a ministra cometera no afã de arquivar o processo contra a amiga Dilma. Sem a menor contemplação, Mendes humilhou-a perante os outros seis integrantes do TSE, numa cena verdadeiramente constrangedora, e a ministra sequer se defendeu.
Depois de desmontar o parecer de Maria Thereza, Mendes votou contra o arquivamento da ação para cassar Dilma e foi seguido pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, João Otávio de Noronha, que é um dos mais respeitados ministros do STJ.
Esta semana, o ministro Luiz Fux, que apoiara as críticas de Fux à posição da relatora, votou a favor do prosseguimento da ação, e pediu vistas dos autos e foi acompanhado pelo ministro Henrique Neves, que garantia maioria. O julgamento só não terminou, porque a ministra Luciana Lóssio pediu vistas e a falta o ministro Dias Toffoli votar.
Detalhe importante: Luciana Lóssio é outra ministra tipo Toffoli, sem notório saber e que chegou ao TSE por nomeação de Dilma Rousseff, recompensando-a por ter sido advogada do PT na campanha de 2010.

A CASSAÇÃO VEM AÍ

Com o prosseguimento da ação do PSDB, a cassação da chapa Dilma/Temer passa a ser praticamente certa. É apenas uma questão de tempo, porque o ministro-relator Gilmar Mendes está conduzindo com muita precisão os trabalhos, mandando investigar múltiplos podres da campanha do PT, que teve empresas irregulares como fornecedoras e recebeu doações ilegais das empreiteiras, conforme já denunciou o empresário Ricardo Pessoa, em delação premiada na Lava Jato.
Nas mãos de Gilmar Mendes, o mandato de Dilma não vale uma nota de três dólares. Querem apostar?