Síria jamais será um fantoche do Ocidente, afirma presidente Al-Assad
27.08.2013
Damasco, (Prensa Latina) Insulto contra o bom senso, assim o presidente da Síria, Bashar Al-Assad, classificou as acusações sobre o suposto uso de armas químicas contra civis, enquanto advertiu que o país jamais será um fantoche do Ocidente.
As declarações do presidente saíram nesta segunda-feira de uma entrevista publicada pelo jornal russo Izvestia, reproduzida e destacada aqui por meios de comunicação.
O presidente considerou que as acusações feitas pela chamada oposição armada e por vários governos são falsas e absolutamente politizadas, dirigidas a criar uma cortina de fumaça sobre o evidente avanço do Exército Árabe Sírio contra os grupos mercenários financiadas por agentes do exterior.
Explicou que a região do suposto ataque com agentes químicos (Ghouta Oriental, a poucos quilômetros de Damasco) é cenário de fortes combates entre militares e irregulares, "e nenhum país ataca um lugar assim com uma arma química ou de destruição em massa porque isto contradiz a razão e a lógica", afirmou.
Sobre o anúncio de um possível ataque militar ao país como represália, Al-Assad esclareceu que desde o começo da crise (março de 2011), Estados Unidos, França e Grã-Bretanha tratam de impulsionar uma ação desse tipo, que tem sido frustrada pelas posturas da Rússia e da China no Conselho de Segurança.
As grandes potências são capazes de travar guerras, mas não de ganhá-las e no caso da Síria, não podem saber o quanto um conflito poderia ser estendido nem como nem quando terminaria, argumentou.
Ao mesmo tempo o presidente advertiu que se alguém sonha com que Síria possa ser convertida em um fantoche do Ocidente, esse sonho nunca se tornará realidade.
Somos um Estado independente, vamos lutar contra o terrorismo e construiremos nossas relações de maneira livre com os países que queremos e levando em conta o interesse do povo sírio, ressaltou
O chefe do Executivo ressaltou sua confiança nas Forças Armadas que lutam contra grupos opositores formados em sua maioria por dezenas de milhares de mercenários e extremistas islâmicos que portam a ideologia da rede terrorista al-Qaeda.
Acrescentou que ainda que as fontes de financiamento da chamada insurgência armada se encontrem no exterior e que de fora também se armam os mercenários com equipamentos e dinheiro, o Exército está decidido a frear suas atividades terroristas e derrotá-los.
Da mesma forma, o presidente denunciou o que qualificou como um estreito conluio entre Israel e as força opositoras armadas, que inclusive prestam assistência médica em seus hospitais, como reconheceram as autoridades de Tel Aviv
Sobre a Conferência internacional de diálogo de Genebra, ainda sem data marcada, al-Assad recordou que seu objetivo fundamental é respaldar um plano para o fim do conflito armado mediante uma solução política.
Mas para iniciar esse trajeto, primeiro há que se acabar com o apoio ao terrorismo dos grupos mercenários estimulado e financiado a partir do estrangeiro; só depois será possível avançar nos passos políticos entre as partes sírias sobre o futuro do Estado, da Constituição e das outras leis, analisou.
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