Argentina e Brasil impulsionam cooperação em defesa cibernética

Argentina e Brasil impulsionam cooperação em defesa cibernéticaA imprensa brasileira revelou recentemente que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos espionou as conversas tanto da presidente Dilma Rousseff

France Presse

Publicação: 13/09/2013 20:27 Atualização: 13/09/2013 20:26

Rossi e Amorim ressaltaram também o "caráter estratégico" da cooperação bilateral

Buenos Aires - Os ministros da Defesa da Argentina, Agustín Rossi, e do Brasil, Celso Amorim, concordaram nesta sexta-feira (13/9) em impulsionar a cooperação em matéria de defesa cibernética, informou o ministério argentino em Buenos Aires.

"É importante o passo que estamos dando em matéria de cooperação para obtermos o desenvolvimento ideal em ciberdefesa. Por esse motivo, temos a obrigação de estimular a participação das Forças Armadas em pesquisa e desenvolvimento tecnológico", disse Rossi após a assinatura de um documento conjunto.

O ministro argentino afirmou que a cooperação neste setor permitirá a ambos os países "ter a menor quantidade de situações de vulnerabilidade".

As duas nações decidiram criar "um subgrupo de trabalho bilateral neste campo", de acordo com a declaração conjunta divulgada ao término do encontro entre ambos os ministros.

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A imprensa brasileira revelou recentemente que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos espionou as conversas tanto da presidente Dilma Rousseff como as de seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto.

Rossi e Amorim ressaltaram também o "caráter estratégico" da cooperação bilateral "no marco mais amplo do estabelecimento de uma base industrial de defesa na América do Sul".

O texto indicou a conclusão da fase de desenvolvimento do projeto bilateral de veículo leve Gaúcho (4x4 leve de uso geral aerotransportável) e o começo da etapa de avaliação e certificação, deixando aberta a possibilidade para os dois países "iniciarem no futuro o processo de fabricação desses veículos".

Amorim destacou: "O fato de nossa região ser uma zona de paz é o principal triunfo que hoje temos na América Latina, e nos singulariza diante de outras grandes regiões do planeta".

O documento também ressalta que "o compromisso assumido por Argentina e Brasil para consolidar a construção de uma identidade sul-americana em matéria de defesa". O ministro brasileiro foi recebido na quinta pela presidente argentina, Cristina Kirchner.