Moscou, (Prensa Latina) A cooperação com a Rússia continua apesar das pressões exercidas pelos Estados para isolar o estado eurasiático, assegurou hoje a subdiretora do Departamento de Informação e Imprensa do Ministério de Assuntos Exteriores María Zajárova.
Evidentemente, existe a tensão e não são tanto as tentativas mas apelos de isolar, em particular, por parte dos Estados Unidos. Não o dissimulam, mas o expressam abertamente, disse em entrevista à emissora radial Kommersant FM.
Zajárova denunciou que constitui um fato a presença por todas partes dos emissários de Washington. "Enviam seus embaixadores a ir às autoridades estatais dos países onde se encontram para que distribuam alguns memorandos, cartas que pedem o cancelamento das relações com a Rússia", expressou.
A servidora pública sustentou que deste ponto de vista as tentativas de isolar Moscou se empreendem, no entanto, considerou que esses esforços não têm sucesso pois a cooperação internacional com o estado eurasiático continua apesar de toda a pressão de Washington.
Por sua vez, o chanceler Serguei Lavrov comentou hoje na televisão que vários dados certificam que as sanções unilaterais impostas a Rússia não são legítimas, minam a economia mundial e não têm nada a ver com o objetivo de paliar a crise ucraniana.
Recordou que em vários países europeus se ouvem, cada vez mais, as vozes daqueles que estão descontentes com o efeito negativo dessas restrições para as economias nacionais e os interesses dos empresários concorrentes ao mercado russo.
O chefe da diplomacia do Kremlim fez votos para que "se imponha o sentido comum", e anunciou que as regiões russas fortalecerão a cooperação com os países europeus que não se uniram às restrições contra Moscou.
Depois da crise originada na Ucrânia pelo golpe de estado de 22 de fevereiro do ano em curso, sob pressão de Washington, o Ocidente decretou vários pacotes de sanções que afetam tanto indivíduos como empresas concretas e setores completos da economia russa.
Em resposta, o Kremlin promulgou um decreto no dia 6 de agosto que veta durante um ano uma lista de carnes (frango, rês e porco), pesca, queijos, leite e derivados lacticínios, além de frutas e vegetais provenientes da Austrália, Canadá, Estados Unidos, União Europeia e Noruega.
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