Dirceu era registrado como Bob na contabilidade da propina, diz Youssef
postado em 12/02/2015 15:13 / atualizado em 12/02/2015 17:21
Amanda Almeida
O doleiro Alberto Youssef destacou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci como os contatos do lobista Julio Camargo no PT. Em trecho da delação premiada, o doleiro diz ainda que Dirceu, ex-chefe da Casa Civil no governo do ex-presidente Lula, era citado como “Bob” nos registros de contabilidade da propina paga por Camargo.
Youssef diz que Dirceu e Julio Camargo eram amigos. Segundo o doleiro, o ex-ministro usou um jato de Camargo em “diversas oportunidades”, depois de ter deixado o governo Lula. “Não sabe dizer quantas vezes o avião foi utilizado por José Dirceu e nem a razão do uso. Mas pode afirmar que Julio Camargo e José Dirceu são amigos”, registra a transcrição da delação premiada.
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O doleiro nega saber os valores repassados a Dirceu. “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, afirmou Youssef, acrescentando que Camargo era responsável por repassar a agentes públicos a propina paga por construtoras.
Em seu blog, Dirceu divulgou nota em que nega o conteúdo das declarações de Youssef. Ele diz que "repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava-Jato".
"O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Júlio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu. O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo", completa a nota.
Até a publicação desta notícia, os advogados de Palocci não haviam sido localizados.
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O doleiro nega saber os valores repassados a Dirceu. “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, afirmou Youssef, acrescentando que Camargo era responsável por repassar a agentes públicos a propina paga por construtoras.
Em seu blog, Dirceu divulgou nota em que nega o conteúdo das declarações de Youssef. Ele diz que "repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava-Jato".
"O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Júlio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu. O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo", completa a nota.
Até a publicação desta notícia, os advogados de Palocci não haviam sido localizados.
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