Ano da Cabra, Século do Dragão?
26.02.2015
Novas Rotas da Seda e a visão chinesa de um Bravo (Comercial) Novo Mundo
PEQUIM - Se se assiste da capital chinesa o início do Novo Ano da Cabra, o mal-estar que afeta o ocidente parece miragem numa galáxia muito, muito distante. Por sua vez, a China que cerca você parece aqui tão sólida, em nada assemelhada à nação atormentada da qual fala a imprensa-empresa ocidental, com seus empresários milionários que caem em desgraça, sua verdadeira bolha imobiliária, os muitos desastres ambientais sempre pendentes. Exceto pelas profecias de que o fim do mundo está próximo, com os cães da austeridade [arrocho] e da guerra a latir enlouquecidamente à distância, a caravana chinesa passa, no que o presidente Xi Jinping chama seu modo "novo normal".
22/2/2015, Pepe Escobar, TomDispatch
http://www.tomdispatch.com/post/175959/tomgram%3A_pepe_escobar%2C_inside_china%27s_%22/
Atividade econômica "mais lenta" significa, mesmo assim, impressionante crescimento anual de 7%, na que é hoje a primeira e maior economia do mundo. Internamente, uma restruturação econômica imensamente complexa está em curso, com o consumo superando o investimento como principal motor do desenvolvimento econômico. O setor de serviços, 46,7% do PIB chinês, já superou a manufatura, com 44%.
Geopoliticamente, Rússia, Índia e China acabam de emitir mensagem poderosa dirigida ao ocidente: estão ocupadíssimos cuidando da sintonia fina de uma complexa estratégia trilateral para instalar uma rede de corredores econômicos que os chineses chamam de "novas rotas da seda" pela Eurásia. Pequim está também organizando uma versão marítima da mesma rede, modelada sobre os feitos do almirante Zheng He, o qual, na dinastia Ming, velejou sete vezes pelos "mares ocidentais", comandando frotas de mais de 200 navios.
Entrementes, Moscou e Pequim trabalham planejando uma nova linha de trens de alta velocidade, versão remix da fabulosa ferrovia Trans-Siberiana. E Pequim está ocupada cuidando de traduzirsua crescente parceria estratégica com a Rússia em ajuda financeira e econômica que pode vir a ser crucialmente necessária, se uma Moscou acossada por sanções, enfrentando desastrosa guerra de preços do petróleo, pedir.
Para o sul da China, o Afeganistão, apesar de ainda prosseguir por ali a guerra norte-americana que se arrasta por 13 anos, está caminhando rapidamente para a órbita econômica da China, enquanto um planejado oleoduto China-Myanmar é visto como reconfiguração capaz de mudar o jogo do fluxo da energia eurasiana no que eu, há muito tempo, chamo de Oleogasodutostão [orig.Pipelineistan].
E isso é só parte da ação frenética que vai modelando o que líderes chineses definem como o Cinturão Econômico da Nova Rota da Seda [orig. New Silk Road Economic Belt] e Rota Marítima da Seda do século 21. Estamos falando sobre uma visão de criar uma infraestrutura potencialmente de enlouquecer, grande parte da qual a partir de rascunhos, que conectará a China à Ásia Central, Oriente Médio e Europa Ocidental. Esse desenvolvimento incluirá projetos que vão desde atualizar a antiga rota da seda pela Ásia Central até desenvolver um corredor econômico Bangladesh-China-Índia-Myanmar; um corredor a China-Paquistão através da Caxemira; e uma nova rota marítima da seda que se estenderá do sul da China até Veneza, uma espécie de Marco Polo na direção inversa.
Que ninguém pense nisso como um equivalente chinês do Plano Mashall dos EUA no pós-guerra para a Europa, mas como projeto muito mais ambicioso e com alcance potencialmente mais vasto.
A China como uma megacidade
Se você acompanha de Pequim esse frenesi de planejamento econômico, você acaba tendo um ponto de vista não disponível na Europa ou nos EUA. Aqui, tudo promove, em cartazes e luzes vermelho-e-ouro, a nova frase, incansavelmente repetida, do presidente Xi Jinping, para o país e para o século, "o Sonho Chinês" (que trás à mente o "Sonho Americano" de outros tempos). Não há parede de metrô onde não se vejam os cartazes e letreiros luminosos. Ajudam a não esquecer por que 40 mil milhas de ferrovias novinhas em folha são consideradas tão essenciais para o futuro do país. Afinal, não menos de 300 milhões de chineses, nas últimas três décadas, completaram uma migração sem precedentes no planeta, do interior para as áreas urbanas, em busca daquele sonho.
Outros 350 milhões são esperados pela mesma trilha, segundo estudo do McKinsey Global Institute. De 1980 a 2010, a população urbana da China aumentou em 400 milhões, deixando o país com pelo menos 700 milhões de moradores urbanos. Esse número deve crescer e atingir 1 bilhão à altura de 2030, o que significa terrível estresse sobre as cidades, a infraestrutura, os recursos e a economia como um todo, e empurrará os níveis de poluição do ar a níveis pré-apocalípticos em algumas das maiores cidades.
Já são 160 cidades chinesas com população superior a um milhão. (Na Europa, são só 35.) Não menos de 250 cidades chinesas triplicaram o PIB per capita desde 1990, enquanto a renda disponível per capita aumentou 300%.
Atualmente, já não se deve pensar na China em termos de cidades individuais, mas como aglomerados urbanos [orig. urban clusters] - grupamentos de cidades com mais de 60 milhões de pessoas. A área de Pequim-Tianjin, por exemplo, é hoje um aglomerado de 28 cidades. Shenzhen, o ápice da megacidade de migrantes, na província sulista de Guangdong, é agora também um conglomerado-chave, em conglomerado maior. Há na China, de fato, mais de 20 desses conglomerados, cada um deles do tamanho de um país europeu. Em pouco tempo, os principais conglomerados gerarão 80% do PIB chinês e ali viverá 60% da população chinesa. O frenesi de construir ferrovias de alta velocidade e os alucinantes projetos de infraestrutura em construção - parte de um investimento de $1,1 trilhão em 300 obras públicas - tudo isso tem a ver com gerenciar esses conglomerados.
Não surpreendentemente, esse processo está intimamente conectado ao que no ocidente é visto como notória "bolha imobiliária", e que não poderia nem ter existido em 1998. Até ali, todas as moradias era propriedade do estado. Depois de liberalizado, aquele mercado de moradias pôs uma nascente classe média chinesa em paroxismos de investimento. Mas, com raras exceções, os chineses de classe média ainda podem pagar suas hipotecas, porque ambas, a renda rural e a renda urbana, também aumentaram.
O Partido Comunista Chinês (PCC) está, sim, prestando extrema atenção a esse processo, permitindo que fazendeiros hipotequem ou façam leasing sobre as próprias terras, dentre outras coisas, e assim financiem a própria mudança para as cidades e a casa nova. Uma vez que estamos falando de centenas de milhões de pessoas, sempre é possível que haja distorções no mercado imobiliário, até mesma a criação de desastrosas cidades fantasmas, com prédios vazios, ditos mal-assombrados.
O frenesi chinês de infraestrutura está sendo financiado por um pool de investimentos de fontes dos governos central e local, empresas estatais e setor privado. O negócio da construção, dos maiores empregadores na China, envolve mais de 100 milhões de pessoas, direta ou indiretamente. A propriedade imobiliária responde por 22% do total investimento nacional em ativos fixos e tudo isso está ligado à venda de produtos de consumo, mobiliário, e um aumento anual de 25% na produção chinesa de aço, 70% na de cimento, 70% na de vidros planos e 25% na produção de plásticos.
Portanto não surpreende que em minha recente estadia em Pequim, comerciantes insistissem que a ameaça iminente de a 'bolha imobiliária' rebentar é, na verdade, mais um mito num país onde, para o cidadão médio, o melhor investimento possível é a propriedade. Além disso, o intenso impulso para a urbanização garante, como o premiê Li Keqiang destacou no recente Fórum Econômico Mundial em Davos, uma "demanda de longo prazo por moradias".
Mercados, mercados, mercados
A China está também modificando sua base manufatureira, que aumentou para valor 18 vezes superior nas últimas três décadas. O país ainda produz 80% dos aparelhos de ar condicionado do mundo; 90% de seus computadores pessoais, 75% dos painéis solares, 70% dos telefones celulares e 63% dos sapatos. A manufatura responde por 44% do PIB chinês, empregando diretamente mais de 130 milhões de pessoas. Além disso, o país já responde por 12,8% da pesquisa e desenvolvimento global, muito à frente da Inglaterra e de quase toda a Europa Ocidental.
Mas a ênfase agora está mudando para um mercado doméstico em rápido crescimento, o que significa investimento ainda maior em infraestrutura, a necessidade de um influxo de mais talentos de engenharia e base de suprimento em rápido desenvolvimento. Globalmente, com a China começando a enfrentar novos desafios - aumento dos custos do trabalho, cadeia de suprimento global cada vez mais complexa, e volatilidade do mercado -, ela está ao mesmo tempo empenhada num impulso agressivo para passar, da montagem de baixa tecnologia, para a manufatura de alta tecnologia. Já agora a maioria das exportações chinesas são smartphones, sistemas de motores e carros (com aviões já na fila de espera). No processo, está em andamento uma mudança geográfica na manufatura, do litoral sul para a China Central e Ocidental. A cidade de Chengdu na província de Sichuan, no sudoeste, por exemplo, já se vai convertendo em conglomerado urbanohigh-tech, crescendo em torno de empresas como Intel e HP.
A China empenha-se portanto aplicadamente em ampliar a manufatura em termos internos e globais ao mesmo tempo. No passado, empresas chinesas lideraram no fornecimento de itens básicos da vida a preços baixos e níveis aceitáveis de qualidade. Agora, muitas empresas estão rapidamente atualizando as respectivas tecnologias e mudando-se para cidades de primeiro e segundo planos, enquanto empresas estrangeiras, tentando baixar os custos, estão-se mudando para cidades de segundo e terceiro planos. Os altos executivos chineses, em termos globais, querem que suas empresas tornem-se verdadeiramente multinacionais na próxima década. O país já tem 73 empresas na lista Fortune Global 500, deixando num segundo lugar bem distante os EUA.
Em termos das vantagens chinesas, tenham em mente que o futuro da economia global está claramente na Ásia, com seu crescimento recorde nos números da classe média. Em 2009, apenas 18% da classe média mundial vivia na região do Pacífico Asiático; hoje, o Centro de Desenvolvimento da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento [orig.Development Center of the Organization for Economic Cooperation and Development, OECD] prevê que, em 2030, essa proporção crescerá para espantosos 66%. Em 2009, viviam na América do Norte e Europa 54% da classe média global; em 2030 serão apenas 21%.
Siga o dinheiro e, também, o valor que você ganha por aquele dinheiro. Por exemplo, nada menos que 200 mil trabalhadores chineses estão envolvidos na produção do primeiro iPhone, supervisionados por 8.700 engenheiros industriais chineses. Foram recrutados em apenas duas semanas. Nos EUA, o mesmo processo poderia demorar mais de nove meses. O ecossistema manufatureiro chinês é realmente rápido, flexível e esperto - e se apoia sobre um sistema educacional cada dia mais impressionante. Desde 1998, a porcentagem do PIB aplicada na educação quase triplicou; o número de universidades dobrou; e apenas numa década, a China construiu o maior sistema de educação universitária do mundo.
Forças e fraquezas
A China tem mais de $15 trilhões em depósitos bancários, volume que cresce ao ritmo de $2 trilhões por ano. As reservas em moeda estrangeira aproximam-se de $4 trilhões. Ainda não há estudo definitivo de como essa torrente de fundos circula dentro da China entre projetos, companhias, instituições financeiras e o estado. Ninguém sabe realmente, por exemplo, quantos empréstimos o Banco Agrícola da China realmente faz. Alta finança, capitalismo de estado e governo de partido único tudo se mistura e se mescla no reino dos serviços financeiros chineses, onde realpolitik encontra real dinheiro grosso.
Os quatro grandes bancos estatais - o Banco da China, o Banco Industrial e Comercial da China, o Banco Chinês da Construção e o Banco Agrícola da China - todos eles evoluíram de organizações governamentais, para entidades mistas, sob controle meio-estatal meio-privado. Beneficiam-se consideravelmente dos dois lados: do dinheiro e das conexões com o governo, ou guanxi, que opera tendo em mente um misto de objetivos comerciais e governamentais. Essas são as alavancas que não se deve perder de vista para tudo que tenha a ver com o formidável processo de remodelar o modelo econômico chinês.
Quanto à proporção dívida chinesa/PIB, ainda não é grande coisa. Numa lista de 17 países, essa proporção aparece abaixo da do Japão e da dos EUA, segundo o Standard Chartered Bank, e diferente do ocidente, o crédito ao consumidor é apenas uma pequena fração da dívida total. É verdade, o Ocidente manifesta especial fascinação pela indústria chinesa de shadow banking: produtos para gerenciamento de riqueza, finança subterrânea, empréstimos 'por fora' do balanço. Mas essas operações mal chegam a 28% do PIB. Segundo o Fundo Monetário Internacional, nos EUA essa porcentagem é muito mais alta.
É possível que os problemas da China surjam de áreas não econômicas, onde a liderança em Pequim tem-se mostrado bem mais propensa a movimentos errados. Está, por exemplo, em movimento de ofensiva em três frentes, cada uma das quais pode reservar seu específico tipo de revide: está apertando o controle ideológico sobre o país, sob a rubrica de trabalhar para alijar "valores ocidentais"; está apertando o controle sobre a informação online e mídias e redes sociais, inclusive reforçando a "Grande Muralha de Fogo [firewall] da China, para policiar a Internet; e está apertando ainda mais o controle sobre minorias étnicas agitadas, especialmente sobre os uigures na província chave, ocidental, de Xinjiang.
Em dois desses fronts - na controvérsia sobre "valores ocidentais" e no controle sobre a Internet -, a liderança em Pequim pode obter benefícios muito mais significativos, especialmente entre os cidadãos mais jovens e bem educados, globalmente conectados, se promover o debate, mas não é assim que opera a maquinaria hipercentralizada do Partido Comunista Chinês.
No que tenha a ver com aquelas minorias em Xinjiang, o problema essencial pode nada ter a ver com os novos princípios orientadores da política étnica do presidente Xi. Segundo a analista Gabriele Battaglia, que vive em Pequim, Xi planeja gerir o conflito étnico aplicando "os trêsJs": jiaowang, jiaoliu, jiaorong ("contato interétnico", "troca" e "mestiçagem"). Mas isso, que pode significar disposição de Pequim para assimilar os hans/uigures, vale bem pouco na prática quando a política do dia-a-dia em Xinjiang é conduzida por quadros hans mal preparados, que tendem a ver os uigures como "terroristas".
Se Pequim erra a mão na operação de seu Extremo Oriente, Xinjiang não chegará a ser, como se espera, um entroncamento pacífico, estável de uma parte crucial da estratégia da rota da seda. Mas já é considerada elo comunicacional essencial na visão de Xi da integração eurasiana, além de conduíte crucial para o massivo fluxo de suprimento de energia que vem da Ásia Central e da Rússia. O gasoduto Ásia Central-China, por exemplo, que traz gás natural da fronteira turcomena-uzbeque através do Uzbequistão e sul do Cazaquistão, já está acrescentando uma quarta linha para Xinjiang. E um dos dois novos gasodutos que acabam de ser acertados entre Rússia-China também chegará até Xinjiang.
O livro de Xi
A extensão e a complexidade da miríade de transformações pelas quais passa a China praticamente não chegam até a imprensa-empresa norte-americana. As matérias, nos EUA tendem a enfatizar o "encolhimento" da economia chinesa e o nervosismo, por lá, quanto ao futuro papel global do país, o modo como a China "burlou" os EUA sobre seus objetivos, e a "ameaça" que a China seria para Washington e o mundo.
A imprensa nos EUA está acometida de uma febre que resulta em matérias sempre febris sobre a China, que nada informam sobre o país ou o líder chinês. Nesse frenesi, muito se perde. Boa prescrição para eles seria ler The Governance of China, compilação dos principais discursos, palestras, entrevistas e da correspondência do presidente Xi. Já é bestseller de três milhões de cópias vendidas da edição em mandarim e oferece visão extraordinariamente digerível de o que o "Sonho Chinês", proclamado em tom tão alto por Xi, significará no novo século chinês.
Xi Dada ("Xi Big Bang", como é apelidado aqui) não é divindade pós-Mao. Está mais para fenômeno pop, o que não é de surpreender. Nesse remix de "enriquecer é glorioso", não se poderia pensar em lançar a tarefa sobre-humana de remodelar o modelo chinês, se se tem no comando um burocrata-cara-de-pepino. Xi tocou num nervo vivo da coletividade, quando insistiu em que o governo do país seja baseado em competência, não em negociações e arranjos corruptos com o Partido; e espertamente embalou a transformação que tem em mente num "sonho" estilo EUA.
Por trás do pop star claramente há um homem de substância, do qual a imprensa-empresa ocidental já deveria estar procurando dar conta. Ninguém, afinal de contas, administra por acaso uma história de tamanho sucesso. Pode ser particularmente importante ver com quem se está lidando, porque Xi já tomou providências para ver com quem teria de lidar em Washington e no ocidente; viu e decidiu que o destino e a fortuna da China não estão por ali.
Resultado, em novembro passado Xi promoveu uma virada geopolítica de chacoalhar placas tectônicas. Daqui em diante, Pequim pararia de tratar os EUA ou a União Europeia como principal prioridade estratégica; em vez disso, voltaria a focar-se nos vizinhos asiáticos da China e demais países BRICS (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, com foco especial na Rússia). Os BRICS são conhecidos na China como "as grandes potências em desenvolvimento" (kuoda fazhanzhong de guojia). E, para que conste nos anais, a China já não mais se considera "país em desenvolvimento".
Não surpreende que tenha havido recentemente tal blitz de meganegócios e mega-acordos chinesespor todo o Oleogasodutostão. Sob a presidência de Xi, Pequim está rapidamente concentrando seu poder de fogo intelectual e econômico contra Washington, embora sua ofensiva de investimento global tenha apenas começado, as novas rotas da seda inclusive.
George Yeo, ex-ministro de Relações Exteriores de Cingapura vê a nova ordem mundial que está emergindo como um sistema solar com dois sóis: EUA e China. A nova Estratégia de Segurança Nacional do governo Obama afirma que "os EUA foram e permanecerão como potência do Pacífico" e afirma que "embora haja competição, rejeitamos a inevitabilidade do confronto" com Pequim. As "grandes potências em desenvolvimento", intrigadas como estão pelo extraordinário salto infraestrutural da China, tanto internamente como para fora, pelas Novas Rotas da Seda, perguntam-se se esse sistema solar com dois sóis não acabará por levar a nada. A questão portanto é: Que "sol" brilhará sobre o Planeta Terra? Será esse, talvez, afinal, o século do dragão? *****