Unasul decide enviar missão para o Paraguai
Segundo o ministro Antonio Patriota, o grupo deve garantir que a democracia seja respeitada
21 de junho de 2012 | 16h 31
estadão.com.br
Texto atualizado às 19h06
Cesar Olmedo/AP
Presidente Lugo afirma que não vai renunciar
RIO DE JANEIRO - Os países da Unasul decidiram enviar uma missão de chanceleres para o Paraguai com a intenção de analisar a crise criada com a abertura do processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo, informaram fontes oficiais. A decisão foi tomada durante a reunião que ocorre nesta tarde no Rio de Janeiro, com a presença dos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Chile, Sebastian Piñera, da Bolívia, Evo Morales, do Uruguai, José Mujica, e do Equador, Rafael Correa.
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De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, que fará parte do grupo, a missão parte ainda hoje para o Paraguai. O secretário-geral do bloco, o venezuelano Alí Rodríguez, também vai se juntar à missão.
Patriota explicou que a Unasul vai atuar de acordo com uma cláusula democrática do bloco que dá aos seus membros a possibilidade de impor sanções a um país em caso "de ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática".
Segundo ele, as medidas previstas podem incluir até o fechamento das fronteiras do Paraguai. "Os presidentes consideram que os países da Unasul conquistaram com muito esforço a democracia e nesse sentido nós todos devemos ser defensores extremados da integridade democrática na América do Sul", disse Patriota.
A missão terá o objetivo de garantir que sejam respeitadas a "instituição" e a "democracia" no Paraguai. Segundo o chanceler, os líderes da Unasul "expressaram sua convicção de que se deve preservar a estabilidade e o pleno respeito à ordem democrática, observar o pleno cumprimento dos dispositivos constitucionais e assegurar o direito de defesa e ao devido processo."
Golpe de Estado
Durante os debates da Rio+20, o ministro do Meio Ambiente do Paraguai, Oscar Rivas, ajudou a divulgar entre os dirigentes da América do Sul a interpretação de que o país fora alvo de um golpe de Estado. "O que temos lá é uma adversidade parlamentar que se articulou para dar aparente legalidade à destituição sumária de um presidente", afirmou. "Não é possível destituir um presidente em 24 horas, sem direito à defesa". Segundo Rivas, Fernando Lugo insiste que não renunciará e conta com mobilizações populares para não deixar o poder.
Impeachment
A Câmara dos Deputados paraguaia aprovou um processo de impeachment do presidente e o Senado pode aprovar decisão semelhante nas próximas horas. O presidente paraguaio Fernando Lugo telefonou para a colega brasileira Dilma Rousseff e outros presidentes do bloco, segundo uma fonte do governo brasileiro, para informar que não pretende renunciar e que já tomou as medidas necessárias para investigar a morte de 17 pessoas na última sexta, em uma desocupação de terras -motivo que levou à oposição a pedir seu afastamento.
Com informações da repórter Marta Salomon, do Rio, e da agência Efe
Nobre Lobbo,
ResponderExcluirSão os ianques chegando...
Abraços
José Sabino
O pueril