sábado, 11 de junho de 2016

Pagamento ilegal de US$ 4,5 milhões para campanha de Dilma pode anular chapa reeleitoral com Temer

Pagamento ilegal de US$ 4,5 milhões para campanha de Dilma pode anular chapa reeleitoral com Temer


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O mundo político tupiniquim tende a vir abaixo assim que o juiz Sérgio Fernando Moro homologar a delação premiada que vai confirmar que a Lava Jato irrigou a reeleição de 2014 com recursos ilegais - gerando as provas objetivas para que a chapa Dilma Rousseff/Michel Temer termine impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Quem pode contribuir para essa "microexplosão" é um engenheiro que injetou milhões no caixa dois das campanhas petistas. O jornal O Globo detona uma reportagem sobre mais esta megasacanagem.

O homem bomba tem um nome difícil de pronunciar. O engenheiro Zwi Skornicki, representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels revelou à Força Tarefa da Lava Jato que o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, lhe pediu US$ 4,5 milhões (R$ 15,2 milhões) para ajudar a financiar a campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Zwi confidenciou que pagamento foi feito diretamente em uma conta do marqueteiro João Santana na Suíça, e não foi declarado à Justiça Eleitoral. Tudo ocorreu nos meses próximos às eleições de 2014, entre setembro de 2013 e novembro de 2014.

A delação de Zwi não envolve o nome de políticos com foro privilegiado. Por isso, será submetida para homologação em Curitiba, e não no Supremo Tribunal Federal (STF). O delator revelou que uma de suas empresas. a offshore Deep Sea Oil Corp, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, fez nove repasses (de US$ 500 mil cada) para a conta suíça da offshore Shellbil Finance S/A, registrada na República Dominicana e pertencente a João Santana e à mulher dele, Mônica Moura. O estaleiro Keppel Fels foi fornecedor e parceiro da Petrobras em contratos que envolveram US$ 3 bilhões, das plataformas P-52, P-56, P-51 e P-58.

Ex-funcionário da Petrobras e representante comercial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, o engenheiro polonês Zwi Skornicki, de 66 anos, está preso na carceragem da PF em Curitiba desde fevereiro deste ano, acusado de intermediar propinas do esquema de corrupção na Petrobras. Na 23ª fase da Lava-Jato, batizada de “Acarajé”, os investigadores encontraram repasses no exterior para João Santana, por meio da conta suíça da Shellbil. Santana, Mônica e Zwi foram denunciados à Justiça em abril deste ano por corrupção e lavagem de dinheiro.

As inconfidências de Zwi podem trazer mais problemas para a patelândia e sua cúpula de corruptos. O engenheiro teria relação forte com negócios angolanos. Futuras revelações dele podem lançar luzes sobre a conexão entre políticos, empreiteiros e banqueiros brasileiros com bilionários esquemas de corrupção com membros do governo e parentes do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Quem recebeu dinheiro sujo ou diamantes angolanos por participações nas negociatas deve estar apertadinho com as bombas do Zwi...

Novas revelações da Lava Jato, divulgadas ou não seletivamente, ainda provocarão estragos inimagináveis no pornográfico e corrupto cenário da politicagem brasileira. Combinando tanta sacanagem vinda à tona com a maior crise econômica nunca antes vista, deixando a maioria da população ainda mais revoltada, temos o ingrediente social perfeito para mudanças profundas no Brasil dos Canalhas. Calma, que a novela está apenas no começo...

Corruptos, unidos, começam a ser batidos... O processo ainda é lento, porém é irreversível... Definitivamente, o Brasil nunca mais será o mesmo depois da Lava Jato - que está apenas no comecinho da limpeza institucional que precisa ser feita. Por enquanto, o placar é de 105 condenações pelo juiz Sérgio Moro e zero pelo Supremo Tribunal Federal. Quando o time do STF começar a reagir, porque não terá outro jeito, o "campeonato" vai ficar mais interessante...

Prender o "Japonês da Federal" e ganhar de sete do Haiti é fácil... Difícil é tomar banho frio em Curitiba, baixar os juros, diminuir a inflação e reduzir a desonestidade no País dos Corruptos...

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