Larguem os EUA. Unam-se à União Econômica Eurasiana
Preços rebaixados nos mercados internacionais de energia têm aspectos positivos para os consumidores italianos, que pagam menos pelo combustível, mas é efeito só de curto prazo. No longo prazo, a economia em situação cada dia mais fraca nos países que produzem recursos de energia, por causa dos preços rebaixados de petróleo e gás, principalmente na Rússia, é extremamente não lucrativa para a Itália" - disse ele.
"O rebaixamento dos preços do petróleo e do gás, combinado com as sanções geradas pela crise ucraniana, farão cair o PIB russo em cerca de 5% a.a., o que acabará por cortar cerca de 50% das exportações italianas" - Prodi continuou.
"Deixando de lado que as sanções são inúteis, deve-se destacar uma tendência bem clara: independente do que valha o rublo em relação ao dólar, que já está quase pela metade, as exportações dos EUA para a Rússia estão aumentando, enquanto as exportações da Europa definham."
Lá, a Rússia apresenta proposta nada modesta à Europa: abandonem o comércio com os EUA, cujo ataque aos "custos" russos custou a vocês, europeus, mais um ano de crescimento econômico decrescente, e, em vez deles, unam-se à União Econômica Eurasiana. Diretamente da fonte:
A Rússia apresentou surpreendente proposta para superar todas as tensões com a União Europeia: A UE deve renunciar ao acordo de livre comércio com os EUA, TTIP [ing. Transatlantic Trade and Investment Partnership / Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento] e, em vez daquilo, deve firmar uma parceria com a recentemente criada União Econômica Eurasiana. Claro que faz muito mais sentido uma zona de livre comércio com países vizinhos, que o tal 'acordo' com os EUA, do outro lado do mundo.
"Entendo que o senso comum nos aconselha a explorar a possibilidade de estabelecer um espaço comum econômico na região da Eurásia, incluindo os países foco da Parceria Oriental [política da UE de laços próximos com Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia]".
"Devemos pensar numa zona de livre comércio que una todos os interessados eurasianos".
Descreveu o novo bloco liderado pela Rússia como melhor parceiro para a União Europeia, que os EUA, inclusive por causa dos baixos padrões sanitários da indústria alimentícia norte-americana.
"O que haveria de inteligente em consumir tanta energia política numa zona de livre comércio com os EUA, se vocês têm bem aqui, ao seu lado, parceiros muito mais naturais, muito mais próximo de casa? E nós, aqui, nem envenenamos nossos frangos com cloro" - disse o embaixador russo.
O tratado que cria a União Eurasiana entrou em vigência 5ª-feira passada, dia 1º de janeiro.
Inclui Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia; e o Quirguistão será integrado em maio.
Formatado pelo modelo da União Europeia, tem um corpo executivo com sede em Moscou, uma Comissão Econômica Eurasiana, e um corpo político, o Supremo Conselho Econômico Eurasiano, no qual os líderes de estados-membros tomam decisões por unanimidade.
Cria livre circulação para trabalhadores e mercado unificado para construção, varejo e turismo. Nos próximos dez anos, será criada uma corte em Minsk, um regulador financeiro em Astana e, possivelmente, serão abertos escritórios da Comissão Econômica Eurasiana em Astana, Bishkek, Minsk e Yerevan.
A União Econômica Eurasiana visa também a criar livre trânsito de capitais, bens e serviõs, e ampliar o próprio mer4cado único para 40 outros setores, com produtos farmacêuticos já na lista de espera, para 2016.
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