sábado, 31 de janeiro de 2015

Vejam quem se mudou para o 'próprio quintal' dos EUA

Vejam quem se mudou para o 'próprio quintal' dos EUA

31.01.2015
 
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Em 2008, Washington criou um comando especial do Pentágono, o AFRICOM, para conter as grandes iniciativas econômicas dos chineses na África, de empréstimos e crédito fácil em troca de acordos de longo prazo para fornecimento aos chineses, de óleo e outras matérias primas africanas. Os resultados foram pífios, em matéria de 'conter' a busca dos chineses por matéria prima para sua crescente economia. 

26/1/2015, F. William Engdahl, New Eastern Outlookhttp://journal-neo.org/2015/01/26/look-who-s-moving-in-usa-s-own-backyard/

Agora, a China deu passo firme e amplo na direção de desafiar abertamente a chamada "Doutrina Monroe" - doutrina imperialista de facto - e trouxe grandes iniciativas para a América Latina. É o "próprio quintal" de Washington! 
Com as burras carregadas de dólares, empresas estatais chinesas estão fazendo uma grande entrée apoiada pelo governo chinês, em tradicionais áreas de influência de banqueiros e empresários norte-americanos: a América Latina. É movimento diabolicamente esperto, para acertar bem no calcanhar de Aquiles de Washington. A intenção da declaração original, de 1823, que fez o presidente dos EUA James Monroe era dizer ao mundo que as colônias que acabavam de se tornar independentes de potências europeias ficariam fora do alcance de repetidas tentativas de recolonização - sob risco de aqueles colonizadores sofrerem intervenção dos EUA.

Foi doutrina bizarra, uma declaração de facto de que ao sul do Rio Grande toda a América Latina passaria a ser uma espécie de "esfera de influência" ou colônia informal. As nações da América Latina, especialmente no pós-1945, prosperaram bem pouco ou nada, sob o que sempre foi colonização de facto pelos EUA. A economia "de livre mercado" dos EUA, e as crises das dívidas nacionais nos anos 1980s - dívidas impingidas por banqueiros de Wall Street e pelo Tesouro dos EUA na crise do petróleo de 1980 - expuseram as nações latino-americanas a uma selvagem 'austeridade' e ao roubo de seus bens nacionais mais valiosos, assaltados por empresas norte-americanas de operação multinacional e bancos, banqueiros e fundos de investimento do tipo do Fundo Quantum, de George Soros.

Como reação, ao longo da década passada ou um pouco mais, várias nações, a começar pela Venezuela governada pelo falecido Hugo Chávez, começaram a distanciar-se da dependência que as ligava aos "Yankees" do norte. As razões eram claras. No alvorecer do século 21, a América Latina ainda era a sociedade mais desigual do globo, e muitos culpavam o neoliberalismo, por esse estado de coisas - o neoliberalismo de 'livres mercados', imposto pelo FMI norte-americano.

Depois do sucesso de Chávez na Venezuela, silenciosamente apoiados por Havana, os bolivianos elegeram pela primeira vez um indígena, à presidência.

Contra empenhadas tentativas dos EUA de bloqueá-lo, foi Evo Morales quem afinal bloqueou e fez gorar a Área de Livre Comércio das Américas, ALCA [orig. Free Trade Area of the Americas (FTAA)], uma extensão da NAFTA norte-americana, e denunciou-a, muito corretamente, como "projeto de neocolonização", uma "política de genocídio econômico."

Ricardo Lagos no Chile (2000); Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil (2002) e sua sucessora escolhida a dedo, Dilma Rousseff; Lucio Gutiérrez no Equador (2002); Néstor Kirchner na Argentina (2003) e Tabaré Vasquez no Uruguai (2004), todos prometeram impedir que avançasse  políticas promovidas pelos EUA ou pelo Fundo Monetário Internacional, FMI. Em 2005, praticamente 75% da população da América Latina era governada por nacionalistas e latino-americanistas integracionistas, antagonistas das políticas neoliberais de Washington.

Washington fez repetidas tentativas, sempre sem sucesso, para criar 'revoluções coloridas' na Venezuela, na Bolívia e noutros estados independentes. Resultados miseráveis para Washington, com os EUA já focados na China e, mais recentemente, no Oriente Médio e na Rússia. A decisão do governo Obama de "normalizar" relações com o estado comunista de Cuba é indicação de que, sim, as coisas estão mudando radicalmente.

É onde entra o dragão chinês

Exatamente quando Washington tenta escalar os esforços para conter a emergência de uma América Latina economicamente e politicamente assertiva, mais especialmente as nações da América do Sul, a China decide tomar uma iniciativa econômica que Washington simplesmente não tem meios para conter.

Como se lê na website oficial China Daily, o presidente chinês Xi Jinping disse, dia 8 de janeiro, que os investimentos da China na América Latina alcançarão $250 bilhões nos próximos dez anos e que se estima que o comércio bilateral alcançará $500 bilhões no mesmo período.

Importante, também, a ocasião em que foi feito esse impressionante comunicado: em Pequim, antes do início do encontro das 33 nações latino-americanas e do Caribe, do qual não participam EUA e Canadá. Anglo-saxões nada bem-vindos, evidentemente. Foi o primeiro fórum ministerial da China e da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe, CELAC, proposto pela China em 2014. Depois que Pequim decide fazer acontecer alguma coisa, as coisas andam rápidas. E nesse caso é movimento estratégico. A CELAC foi criada em dezembro de 2011 por Hugo Chávez em Caracas, Venezuela. Inclui todos os países sul-americanos, alguns estados do Caribe e o México.

Xi da China, figura chave nos emergentes BRICS e encarregado da sede do novo Banco de Infraestrutura e Desenvolvimento dos BRICS, disse ao conclave que a China "crê que essa reunião dará resultados produtivos, e enviará ao mundo um sinal positivo sobre a cooperação, cada dia mais aprofundada, entre China e América Latina; terá assim impacto importante e de grande alcance, na promoção da cooperação sul-sul e da prosperidade para todo o mundo."

Um plano quinquenal

Durante os dois dias de reuniões em Pequim, os países discutiram a adoção de um plano de cinco anos para cooperação ampla. Como disse o presidente Xi (atenção!): terá "impacto importante e de grande alcance, na promoção da cooperação sul-sul e da prosperidade para todo o mundo." Sul-sul não é EUA nem União Europeia.

Trata-se aí da mais ampla mudança econômica global desde o surgimento da Europa há vários séculos, como coração pulsante do poder econômico global.
Os dois lados - a China e as nações CELAC - acertaram um quadro de cooperação, fundos e projetos nos campos da energia, desenvolvimento da infraestrutura, inovação e agricultura. Para a China, é acesso aberto aos recursos naturais mais valiosos da região, inclusive o crucial petróleo venezuelano, o cobre chileno e peruano, e a soja argentina e brasileira. Os países latino-americanos, por sua vez, verão chegar os bilhões de dólares em investimentos chineses e linhas de crédito de longo prazo. Eis o que os chineses chamam de "acordo ganha-ganha".

Nas discussões colaterais, Xi também concordou em trabalhar para diminuir as dores provocadas na Venezuela pelo atual colapso no preço do petróleo. Em conversações com o presidente Nicolás Maduro da Venezuela, Xi da China confirmou projetos conjuntos no valor de mais de $20 bilhões; e o Equador, outro país produtor de petróleo e membro da OPEP, recebeu empréstimo de a $7,5 bilhões dos chineses para suavizar o impacto do choque financeiro.

Se se combina a isso o conjunto histórico de acordos econômicos com China e Rússia; a emergência dos países BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul - como substituição potencial para os FMI controlado pelos EUA e o Banco Mundial; o fortalecimento da Organização [Eurasiana] de Cooperação de Xangai; e, desde 1º de janeiro, o estabelecimento formal da União Econômica Eurasiana, que inclui Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão e Armênia, os contornos desse novo espaço econômico sul-sul vão-se tornando cada vez mais claros, para substituir um mundo de dólar e euro em colapso.

2015 serão "tempos interessantes", como dizem os chineses. ******

BNDES TEM 10 DIAS PARA PROVAR CUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL

BNDES TEM 10 DIAS PARA PROVAR CUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL
BNDES É OBRIGADO A COMPROVAR TRANSPARÊNCIA DOS SEUS EMPRÉSTIMOS
Publicado: 30 de janeiro de 2015 às 18:25 - Atualizado às 18:34
BNDES ed sede
O banco deve disponibilizar em seu site informações detalhadas sobre todos os empréstimos concedidos nos últimos dez anos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem dez dias para informar ao Ministério Público Federal (MPF) se está cumprindo a sentença que determinou a publicação de informações referentes a todos os empréstimos concedidos pela instituição. O ofício, com o pedido de explicação, chegou ao BNDES nesta sexta-feira (30), dia e é decorrente de um inquérito civil instaurado para acompanhar o cumprimento da ordem judicial. Desde agosto do ano passado, está em vigor a decisão que acatou uma solicitação apresentada pelo MPF, com base na  Lei da Transparência.
De acordo com a sentença da 20 ª Vara Federal de Brasília, o banco deve disponibilizar em seu site informações detalhadas sobre todos os empréstimos concedidos nos últimos dez anos, além de adotar o mesmo procedimento em relação aos novos financiamentos. A regra vale para os empréstimos concedidos a entes públicos e privados, desde que envolvam recursos públicos. A sentença também determina a publicação das informações nos casos em que o contrato é firmado por pessoas jurídicas criadas pelo BNDES e não apenas quando a liberação é feita diretamente pela instituição bancária.
No ofício, endereçado ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o MPF lembra ainda que, em dezembro de 2014, a Justiça Federal acatou o pedido de tutela antecipada para garantir o cumprimento imediato da decisão, ainda que houvesse recurso por parte do banco. “Dessa forma, a sentença deve ser cumprida de imediato e totalmente, sob pena de a autoridade responsável pelo descumprimento responder civil e penalmente, perante a Justiça Federal”, alerta em um dos trechos do documento que aguarda resposta.
Relembre o caso
Em dezembro de 2012, o MPF propôs uma ação civil pública, depois de o BNDES ter se recusado a enviar informações solicitadas por procuradores da República no Ministério Público em Brasília.  Na época, a intenção era estudar a forma como o banco prestava apoio financeiro em casos de fusões e reorganizações societárias envolvendo grandes grupos econômicos. No entanto, os responsáveis pelo banco alegaram que os atos de sua gestão bancária, salvo os expressamente previsto em lei, deveriam ser mantidos privados.
O argumento não convenceu a juíza federal Adverci Mendes de Abreu que acatou o pedido do MPF e determinou a publicação dos dados. “O banco está sujeito à Lei de Acesso a Informações Públicas e os contratos da instituição, por envolverem recursos públicos, não são protegidos pelo sigilo fiscal ou bancário”, escreveu a magistrada na decisão

Navios roubam água dos rios da Amazônia

Navios roubam água dos rios da Amazônia


A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil

Depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. Uma nova modalidade de saque aos recursos naturais denominada hidropirataria. Cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais. Porém a falta de uma denúncia formal tem impedido a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável por esse tipo de fiscalização, de atuar no caso.
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Enquanto as grandes embarcações estrangeiras recriam a pirataria do Século 16, a burocracia impede o bloqueio desta nova forma de saque das riquezas nacionais.
Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas, sabe desta ação ilegal; contudo, aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.
O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.
A defesa das águas brasileiras está na Constituição Federal, no Artigo 20, que trata dos Bens da União. Em seu inciso III, a legislação determina que rios e quaisquer correntes de água no território nacional, inclusive o espaço do mar territorial, é pertencente à União.
Isto é complementado pela Lei 9.433/97, sobre Política Nacional de Recursos Hídricos, em seu Art. 1, inciso II, que estabelece ser a água um recurso limitado, dotado de valor econômico. E ainda determina que o poder público seja o responsável pela licença para uso dos recursos hídricos, “como derivação ou captação de parcela de água”. O gerente do Projeto Panamazônia, do INPE, o geólogo Paulo Roberto Martini, também tomou conhecimento do caso em conversa com técnicos de outros órgãos estatais. “Têm nos chegado diversas informações neste sentido, infelizmente sempre estão tirando irregularmente algo da Amazônia”, comentou o cientista, preocupado com o contrabando.
Os cálculos preliminares mostram que cada navio tem se abastecido com 250 milhões de litros. A ingerência estrangeira nos recursos naturais da região amazônica tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Águas amazônicas 
Seja por ação de empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou pelas missões religiosas internacionais. Mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) ainda não foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.
A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil. A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.
Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior parte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus.
As águas salinizadas estão presentes no subsolo de vários países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, Kuwait e Israel. Eles praticamente só dispõem desta fonte para seus abastecimentos. O Brasil importa desta região cerca de 5% de todo o petróleo que será convertido para gasolina e outros derivados considerados de densidade leve. Esse procedimento de retirada do sal é feito por osmose reversa, algo extremamente caro.
Na dessalinização é gasto US$ 1,50 por metro cúbico e US$ 0,80 com o mesmo volume de água doce tratada.
Hidro ou biopirataria?
O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.
O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.
Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.
A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.
Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.
Segundo o pesquisador do INPE, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa é uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.
Em todo o Planeta, dois terços são ocupado por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.
A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.
Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva.
Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.
Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.
As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Já é tempo do Irã dizer “adeus” ao ocidente

Já é tempo do Irã dizer “adeus” ao ocidente

29.01.2015
 
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Qual o impacto que pode ter Khamenei? Ainda que se leve em consideração que a voz de Khamenei é importante, ela se torna mínima em comparação com os mentirosos e propagandistas ocidentais. Mesmo a voz de um líder representativo como é Khamenei, dificilmente poderá ser ouvida para além do barulho ensurdecedor causado pela propaganda ocidental contra seu país e sua religião, ambos demonizados.
Em lugar de ficar cortejando o ocidente, o Irã precisa mesmo é rejeitá-lo. O tempo histórico do ocidente já passou.
Pelo visto, as negociações do regime de Obama com o Irã e com supervisão da Rússia, estavam próximas do fim de um assunto nuclear claramente forçado. Para o governo israelense, assim como para seus agentes neocons nos Estados Unidos um final para essa confrontação é inaceitável. O partido político republicano, totalmente dominado pelo lobby de Israel, convidou apressadamente Netanyahu, o líder insano dos dois países, Estados Unidos e Israel, para que rapidamente viesse dizer ao Congresso majoritariamente republicano que os indiferentes eleitores norte americanos instalaram no poder legislativo, que é estritamente proibida qualquer acomodação com o Irã.  
[*] Paul Craig Roberts – Institute for Political Economy
It Is Time For Iran To Tell The West “Goodbye”
Traduzido por Mberublue
Ao observar o Congresso Republicano, controlado por Israel, e que não passa de uma coleção de belicistas que se direcionam para impedir uma solução pacífica para um problema artificial, o líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, mandou uma carta para os jovens ocidentais, advertindo sobre a descaracterização do Islã pelos propagandistas ocidentais.
Respeito os esforços de Khamenei no sentido de tentar resgatar a consciência dos jovens ocidentais ensinando-os a diferenciar a realidade do Islã do retrato demonizado com que se apresenta o Islã pelos políticos e pela mídia ocidentais.
A questão é: Qual o impacto que pode ter Khamenei? Ainda que se leve em consideração que a voz de Khamenei é importante, ela se torna mínima em comparação com os mentirosos e propagandistas ocidentais. Mesmo a voz de um líder representativo como é Khamenei, dificilmente poderá ser ouvida para além do barulho ensurdecedor causado pela propaganda ocidental contra seu país e sua religião, ambos demonizados.
Ademais, as organizações secretas ocidentais podem desfechar operações terroristas em nome do Islã, como provavelmente já aconteceu com os eventos de 9/11, o atentado da Maratona de Boston e Charlie Hebdo [e agora com a morte de Alberto Nisman, na Argentina (Nrc)].
Apesar de se dizer ao mundo inteiro que o Islã está por trás destes acontecimentos, osexperts afirmam que jamais foi apresentada qualquer evidência válida. Apenas assertivas oficiais, como as que foram fornecidas incorretamente sobre as armas de destruição em massa no Iraque, o uso por Assad de armas químicas na Síria, as falsas acusações contra Kadafi na Líbia e as acusações falsas lançadas à Rússia na Ucrânia. Os propagandistas ocidentais têm muitas vozes e seus trompetes estridentes encobrem a voz do líder iraniano.
Em lugar de ficar cortejando o ocidente, o Irã precisa mesmo é rejeitá-lo. O tempo histórico do ocidente já passou.
O ocidente se transformou em um estado policial no qual os governos não mais se responsabilizam quer pelo povo, quer pela aplicação correta da lei. Não há emprego para os jovens nem segurança financeira para os idosos. O ocidente se encontra em processo de saque de si mesmo. Olhe para o que está acontecendo neste mesmo instante com a Grécia. Para garantir os lucros dos bancos privados fora da Grécia, o povo grego viu suas pensões diminuídas, os empregos sumirem, o corte de serviços sociais e acabaram por forçosamente vender suas propriedades para investidores privados estrangeiros a preço vil. O mesmo tipo de rapinagem está acontecendo agora na Ucrânia, enquanto a Itália, Espanha e Portugal esperam sua vez.
Mesmo nos Estados Unidos a política econômica está inteiramente voltada para ao benefício do “um por cento” obscenamente ricos.
Caso usemos o livro “O Senhor dos Anéis” de J.R.R. Tolkien como metáfora, o ocidente seria Mordor e os Estados Unidos, Sauron.
Não há sentido nas negociações levadas a efeito pelo Irã no anelo de ganhar aceitação pelo ocidente. O Irã faz parte da mesma lista fatídica onde estão Saddam, Kadafi e Assad. Só há um meio de ser o Irã aceito pelo ocidente: basta concordar em abdicar de sua soberania para se tornar apenas mais um estado títere de Washington. A desconfiança em relação ao programa de energia nuclear do Irã é totalmente artificial. Caso não fosse isso, seria qualquer outro “problema” tão artificial quanto, como armas de destruição em massa, uso de armas químicas, terrorismo e assim por diante. Os líderes iranianos precisam entender que o problema real é a independência do Irã em relação à política externa de Washington e de suas políticas econômicas. Como Washington não pode declarar abertamente que deseja a mudança de regime no Irã para que este se torne apenas mais um estado fantoche de Washington, então simplesmente finge que o Irã é uma ameaça a ser eliminada.
Caso o Irã realmente admire tanto assim o decadente e corrupto ocidente a ponto de admitir ser um servo obediente para provocar a aceitação do ocidente, tudo o que tem a fazer é capitular de sua soberania e alinhar-se com as políticas hegemônicas de Washington.
Mas se o Irã, uma das mais antigas culturas e civilizações do planeta, deseja continuar sua existência sem estar debaixo da dominação dos “excepcionais” norte americanos, deve então virar as costas ao ocidente e aliar-se à Rússia, China, Índia e aos outros países BRICS, afastando-se das políticas criminosas do ocidente. Está fora de qualquer explicação porque uma civilização antiga como a iraniana veria qualquer coisa no ocidente à qual considerasse digno associar-se.

BRICS
Acima de tudo, o Irã precisa parar de lutar contra outros muçulmanos, mesmo aqueles extremistas que traem o profeta Maomé e o solo do Islã. O Irã não deve aceitar o papel que Washington lhe reservou, de mercenário na luta contra o Estado Islâmico. Jamais deve o Irã ajudar Washington a assassinar muçulmanos, mesmo aqueles desorientados que traem o profeta. Em vez disso, o Irã deveria entender que o Estado Islâmico, mesmo sendo originalmente uma criação de Washington, está no momento desfrutando de seu sucesso apenas porque o povo muçulmano está cansado de ser dirigido pelo ocidente, que usa o antagonismo entre sunitas e xiitas para governá-los.
Mesmo sendo verdade que o Estado Islâmico é criação de Washington, os muçulmanos que o apoiam não são. O Estado Islâmico é apoiado pelos muçulmanos porque eles estão cansados de ser governados e arruinados ao mesmo tempo pelos Estados Unidos, Grã Bretanha e a França.
O melhor que Khamenei tem a fazer é esquecer os Estados Unidos, onde o mal já tomou conta, e quanto a isso, Khamenei nada pode fazer. Khamenei deve tentar unir os povos muçulmanos na tentativa de uma nova direção.
O Islã só é fraco porque é desunido. Por séculos, os muçulmanos, divididos por questões políticas antigas, tem permitido que suas diferenças religiosas os tornem meros peões de outros poderes. Eles necessitam de uma liderança que flexibilize essas divisões sectárias, e o Irã pode prover essa liderança. Mas a liderança iraniana não pode surgir a partir de uma imposição de seus pontos de vista. É preciso um compromisso entre muçulmanos que tenha o condão de uni-los. Lutar ao lado dos americanos contra o Estado Islâmico perpetua essa divisão e ratifica o fato de que os muçulmanos não passam de colônias do ocidente.
São grandes os problemas a serem enfrentados pelas lideranças muçulmanas para retificar o que está errado. Não apenas são castigados por suas divisões internas como as populações muçulmanas no ocidente estão em posição tão delicada que seus líderes se veem compelidos a apoiar a guerra contra o Estado Islâmico a fim de proteger a população ocidental de muçulmanos de pogroms. Pode a propaganda e a história fazer dos muçulmanos um povo para sempre colonizado?
[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia,  Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/01/paul-craig-roberts-ja-e-tempo-do-ira.html
http://goo.gl/9IAXZ6
[A rede castorphoto é uma rede independente tem perto de 41.000 correspondentes no Brasil e no exterior. Estão  divididos em 28 operadores/repetidores e 232 distribuidores; não está vinculada a nenhum portal nem a nenhum blog ou sítio. Os operadores recolhem ou recebem material de diversos blogs, sítios, agências, jornais e revistas eletrônicos, articulistas e outras fontes no Brasil e no exterior para distribuição na rede]
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=f4adf97f7420b54cf83734362a8ced38&cod=15005

EUA, uma nação em declínio': maioria dos estudantes de escolas públicas vive na pobreza

EUA, uma nação em declínio': maioria dos estudantes de escolas públicas vive na pobreza

30.01.2015 01:53
EUA, uma nação em declínio': maioria dos estudantes de escolas públicas vive na pobreza. 21541.jpeg
EUA, uma nação em declínio': maioria dos estudantes de escolas públicas vive na pobreza
Relatório devastador revela trajetória descendente para a geração atual de alunos. Pesquisadores falam do impacto da pobreza no aprendizado dos alunos.

Jon Queally, Common Dreams Carta Maior - 21/01/2015

Um novo estudo divulgado na sexta-feira mostra que mais da metade dos estudantes matriculados nas escolas públicas americanas vive na pobreza, um cálculo que o autor do relatório diz colocar os EUA no caminho para o declínio social geral.
Publicado pela Fundação Educacional do Sul, a nova análise usou o censo nacional mais recente disponível para confirmar que 51% dos estudantes ao redor das escolas públicas da nação eram de baixa renda em 2013.
De acordo com o relatório:
Em 40 dos 50 estados, estudantes de baixa renda constituem não menos que 40% de todas as crianças de escola pública. Em 21 estados, crianças que ganhavam almoços gratuitos ou com preço reduzido eram a maioria dos estudantes em 2013.
A maior parte dos estados com uma maioria de estudantes de baixa renda é encontrada no Sul e no Oeste. 13 dos 21 estados com uma maioria de estudantes de baixa renda em 2013 localizavam-se Sul, e 6 dos outros 21 estados no Oeste.
O Mississippi liderou a nação com a taxa mais alta: 71%, quase 3 em cada 4 crianças de escola pública no Mississippi eram baixa renda. A segunda taxa mais alta da nação foi encontrada no Novo México, onde 68% de todos os estudantes de escola pública eram de baixa renda em 2013.
Em adição à documentação do número de estudantes que recebem alguma forma de assistência do governo durante seu dia escolar, incluindo programas chave que oferecem almoços gratuitos ou com preço reduzido, o relatório deixa claro que a pobreza dentre os mais jovens da nação está impactando diretamente e negativamente o aprendizado dos alunos e a habilidade do sistema publico educacional de alcançar sua meta em fornecer educação adequada para todos.
"Não podemos mais considerar os problemas e as necessidades dos estudantes de baixa renda simplesmente como uma questão de justiça," diz o relatório. "Seus sucessos ou falhas nas escolas públicas vão determinar o corpo inteiro do capital humano e do potencial educacional que a nação possuirá no futuro. Sem aprimorar o apoio educacional que a nação fornece aos seus estudantes de baixa renda - estudantes com as maiores necessidades e usualmente o menor apoio - as tendências da última década serão prolongadas para uma nação não em risco, mas uma nação em declínio."
Falando com o Washington Post, Michael A. Rebell da Campanha por Igualdade Educacional na Faculdade de Professores na Universidade de Columbia notou como a taxa de pobreza tem aumentado mesmo com alguns indicadores econômicos tendo melhorado. "Nós sempre sabemos que esta é a tendência, que chegaríamos a uma maioria, mas está aqui mais cedo do que o esperado," disse Rebell. "Muitas pessoas no topo estão se saindo muito bem, mas as pessoas na base não estão se saindo bem mesmo. Essas são as pessoas que têm mais filhos e que os mandam para as escolas públicas."
As descobertas mais recentes aparecem enquanto o Departamento de Educação e os legisladores no Congresso começam um novo debate acerca da reautorização do Ato da Educação Secundária e Elementar (ASEA), mais conhecido pelas versões atualizadas ou programas apoiados por aquela lei - Nenhuma Criança Deixada Para Trás (NCLB) sob o presidente George W. Bush e o Corrida Para o Topo (RTTT) sob o presidente Obama.
Aqueles contrários ao programa, tanto democratas quanto republicanos, por causa de seus testes padronizados buscando um alto rendimento, estão esperando que a reautorização da ASEA seja sua próxima oportunidade para apontar as falhas das solicitas codificadas em ambos NCLB e RTTT.
Como Randi Weingarten, chefe da Federação Americana de Professores, disse no inicio da semana passada em resposta a um discurso do Secretário de Educação Arne Duncan: "Qualquer lei que não se refira aos nossos maiores desafios - financiar desigualdade, segregação, os efeitos da pobreza - irá falhar ao tentar transformar as nossas crianças e escolas, que tanto necessitam."
Ela continuou, "a política educacional federal atual - Nenhuma Criança Deixada Para Trás, Corrida Para o Topo e desistências - consagrou um foco no teste, não no aprendizado, especialmente testes com alta participação e as consequências e sanções que surgem disso. Isso é errado, e é por isso que existe uma chamada pela mudança. A estratégia de abandono e a Corrida para o Topo exacerbaram a fixação por testes que foi colocada pela NCLB, permitindo que as sanções e as consequências ofuscassem todo o resto. [Baseado no discurso de Duncan], parece que o secretário queira justificar e consagrar o status quo e isso é preocupante."
Em um artigo para a revista The Nation ano passado, os experts em educação e pobreza Greg Kauffmann e Elaine Weiss descreveram um corpo enorme de pesquisa que mostrou os vários fatores associados com como a pobreza afeta o aprendizado, incluindo: a realização educacional dos "familiares"; como os pais lêem, brincam e respondem às suas crianças; a qualidade do cuidado e da educação antecipados; acesso consistente à serviços de saúde mental e física e alimentos sadios."
O que está faltando do debate amplo, de acordo com Kauffmann e Weis, é a compreensão do "impacto da pobreza concentrada - e da segregação econômica e racial - nas conquistas estudantis" e um contexto muito mais amplo. "É hora de pararmos de ignorar [os impactos da pobreza e da desigualdade educacionais]," eles escreveram. "As ultimas décadas viram a polarização do crescimento de renda, com o 1% do topo colhendo a grande maioria dos ganhos sociais, a classe média diminuindo, e os da base perdendo o chão. Como resultado, a pobreza concentrada é mais potente e relevante do que nunca."
E de acordo com uma análise da SEF pela Education Week, as taxas em crescimento de pobreza dentre os estudantes serão, e deveriam ser, uma parte mais ampla do debate atual sobre políticas de educação:
As escolas têm sido confrontadas com os desafios da pobreza por anos, mas cruzar o limiar da maioria certamente cria um ponto de conversação poderoso em debates nos níveis local, estatal e federal sobre assuntos que falam desde igualdade e responsabilidade a apoios estudantis.
"Essa pobreza aprofundada irá complicar as discussões políticas sobre como educar os estudantes americanos, como pesquisas anteriores mostraram, os estudante estão em risco acadêmico mais significativo em escolas com 40% ou mais de concentração de pobreza," escreveu a Education Week quando cobriu as tendências de crescimento da pobreza em 2013.
E, como a Rules for Engagement já reportou, famílias pobres estão cada vez mais se mudando para os subúrbios e vivendo em áreas com altas concentrações de pobreza, criando dimensões para o debate.
A nova maioria de estudantes de baixa renda é outra realidade para os educadores americanos.
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/-EUA-uma-nacao-em-declinio-maioria-dos-estudantes-de-escolas-publicas-vive-na-pobreza-/6/32685

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VEJAM O VÍDEO - EXISTE ÁGUA EM SÃO PAULO SIM.


ESSE VIDEO PODERA SER RETIRADO DO AR A QUALQUER INSTANTE.
EXISTE AGUA EM SÃO PAULO SIM.

https://www.facebook.com/video.php?v=764608276954613


ESSE VIDEO PODERA SER RETIRADO DO AR A QUALQUER INSTANTE.
EXISTE AGUA EM SÃO PAULO SIM.
Neste momento um turbilhão de questionamentos são feito com relação a falta de agua em São Paulo, enquanto se acirram uma disputa politica entre o bem e o mal, supostamente dito, as pessoas vive uma situação de calamidade, desde 2000 quando morei em São Paulo a cidade passou naquela época por racionamentos de energia e agua, ESSE VIDEO DE 14 MINUTOS ABORDA SERIAMENTE O FATO DA AGUA, MAIS ELE AINDA VAI MAIS LONGE, fala sobre a parte da sociedade que sempre quiz dominar o mundo, ao abordar esse aspecto nenhum governante hoje no Brasil é santo, todos sem excessão, estão dedicados a essas idéias, independente dos partidos politicos, de quem ganhou, e de quem perdeu, todos são farinha desse mesmo saco, o que existe de fato é uma grande cortina de fumaça, em torno da pobreza, e do outro lado muita falsidade, mais todos que estão ai governam para o mesmo interesse, o que acontece é que toda vez que a gente toca nesse assunto alguém vem nós ameaçar, pois a "ORDEM É MUNDIAL" esta organizada em cada lugarejo do Brasil, preste atenção! por enquanto é só.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Brasil e a inversão de valores!

O Brasil e a inversão de valores!
Sr. Fausto Silva, você é um grande canalha, um dia sua mascara cai, tenho pena daqueles que acreditam em você.
A TV aberta do Brasil é uma vergonha mesmo!
Essa GUERREIRA que tanto lutou na vida, e até ano passado estava fazendo filme pornô com a namorada. Seguiu o exemplo da mamãe, que também batalhou muito rebolando na vida e fazendo filme pornô!
Só pra lembrar, Sr. Fausto Silva: GUERREIROS são os motoristas de ônibus que me conduzem com segurança ao trabalho todos os dias. Confio neles sem nem ao menos conhecê-los. Enquanto eles estão trabalhando por um salário de merda no caos do trânsito brasileiro, você esta ai colocando lixo na TV.
GUERREIROS são os professores que lutam diariamente para tentar dar um ensino de qualidade nas escolas ganhando uma merreca, enquanto sugadores de cérebro como o Sr. enriquecem enchendo a cabecinha das nossas crianças com estrume em poucas horas de domingo.
GUERREIROS são aqueles que sentam a bunda na cadeira e estudam 10 horas por dia para concurso público, abdicando até mesmo da diversão nos finais de semana para não ganhar nem 2% do seu salário.
GUERREIROS são aqueles que acordam as 4:00 da manhã e pegam pesado no batente, voltam em um ônibus lotado e chega em casa as 20:00 horas.
GUERREIROS são aqueles que acordam e vão para dentro do LIXO, para conseguir algum material reciclável, para sustentar a família.
GUERREIRO são aqueles que vivem em ambientes sem a mínima condição de higiene e saúde, sonhando em ter a mesma vida mansa que o Sr., mais de 80% dos políticos brasileiros e outros mais. Mas que mesmo assim, buscam de forma digna driblar os caminhos difíceis da vida.
Aprenda que GUERREIRO não é qualquer idiota que você ou o Sr. Pedro Bial disseminam na TV aberta

Golpe final na soberania do País

Golpe final na soberania do País

26.01.2015
 
Golpe final na soberania do País. 21517.jpeg
1.   Não é hipérbole dizer que o Brasil - consciente disto, ou não - vive momento decisivo de sua História.  Se não quiser sucumbir, em definitivo, à condição de subdesenvolvido e (mal) colonizado, o povo brasileiro terá de desarmar a trama, o golpe em que está sendo envolvido.
Adriano Benayon * - 20.01.2015
2. Essa trama -  que visa a aplicar o golpe de misericórdia em qualquer veleidade de autonomia nacional, no campo industrial, no tecnológico e no militar - é perpetrada, como foram as anteriores intervenções, armadas ou não, pelas oligarquias financeiras transnacionais e instrumentalizada por seus representantes locais e pelo oligopólio mediático, como sempre utilizando hipocritamente o pretexto de combater a corrupção.
3. Que isso significa? Pôr o País à mercê das imposições imperiais sem que os brasileiros tenham qualquer capacidade de sequer atenuá-las.
4. Implica subordinação e impotência ainda maiores que as que  levaram o País, de 1955 ao final dos anos 70, a endividar-se,  importando projetos de infra-estrutura, em pacotes fechados, e permitindo o crescimento da dívida externa, através dos déficits de comércio exterior decorrentes da desnacionalização da economia, e em função das taxas de juros arbitrariamente elevadas e das não menos extorsivas taxas e comissões bancárias para  reestruturar essa dívida.
5. Ora, a cada patamar inferior a que o Brasil é arrastado, o império o constrange a afundar para degraus ainda mais baixos, tal como  aconteceu nas décadas perdidas do final do Século XX.
6. Na dos anos 80 ocorreu  a crise da dívida externa,  após a qual o sistema financeiro mundial fez o Brasil ajoelhar-se diante de condições ainda mais draconianas dos bancos "credores".
7. Na dos anos 90,  mediante eleições diretas fraudadas em favor de ganhadores a serviço da oligarquia estrangeira, perpetraram-se as privatizações, nas quais se entregaram e desnacionalizaram, em troca de  títulos podres de desprezível valor, estatais dotadas de patrimônios materiais de trilhões dólares e de patrimônios tecnológicos de valor incalculável.
8. A Operação Lava-jato está sendo manipulada com o objetivo de destruir simultaneamente a Petrobrás - último reduto de estatal produtiva com formidável acervo tecnológico  - bem como as grandes empreiteiras,  último reduto do setor privado, de capital nacional,  capaz de competir mundialmente.
9. Quando do tsunami desnacionalizante dos 90, a Petrobrás  foi das raras estatais não formalmente privatizadas. Mas não escapou ilesa: foi atingida pela famigerada Lei 9.478, de 1997, que a submeteu à ANP, infiltrada por "executivos" e "técnicos" ligados à oligarquia financeira e às petroleiras angloamericanas.
10. Essa Lei abriu a porta para a entrada de empresas estrangeiras na exploração de petróleo no Brasil, com direito a apropriar-se do óleo e exportá-lo,  e propiciou a alienação da maior parte das ações preferenciais da Petrobrás, a preço ínfimo, na Bolsa de Nova York, para especuladores daquela oligarquia, como o notório George Soros.
11. Outros exemplos do trabalho dos tucanos de FHC agindo como cupins devoradores - no caso, a Petrobrás servindo de madeira - foram: extinguir unidades estratégicas, como o Departamento de Exploração (DEPEX);  desestruturar a administração; e  liquidar subsidiárias, como a INTERBRÁS e numerosas empresas da área petroquímica.
12. Como assinalam os engenheiros Araújo Bento e Paulo Moreno, com longa experiência na Petrobrás, a extinção do DEPEX fez que a empresa deixasse de investir na construção de sondas e passasse a alugá-las de empresas norte-americanas, como a Halliburton, a preços de 300 mil a 500 mil dólares diários por unidade.
13. Os próprios dados "secretos" da Petrobrás, inclusive os referentes às fabulosas descobertas de seus técnicos na plataforma continental e no pré-sal são administrados pela Halliburton. Em suma, a Petrobrás é uma empresa ocupada por interesses imperiais estrangeiros, do mesmo modo que o Brasil como um todo.
14. Além disso, a Petrobrás teve de endividar-se pesadamente para poder participar do excessivo número de leilões para explorar petróleo, determinados pela ANP, abertos a empresas estrangeiras.
15. Para obter apoio no Congresso, os governos têm usado, entre outras, as nomeações para diretorias da Petrobrás. Essa política corrupta e privilegiadora de incompetentes, já antiga, é bem-vinda para o império, e é adotada para "justificar" as privatizações: vai-se minando deliberadamente a empresa, e depois se atribui suas falhas à administração estatal.
16. Tal como agora, assim foi nos anos 80 e 90, com a grande mídia, incessantemente batendo nessa tecla, e fazendo grande parte da opinião pública acreditar nessa mentira.
17. Mas as notáveis realizações da Petrobrás são obras de técnicos de carreira, admitidos por concurso - funcionários públicos, como foram os da Alemanha, das épocas em que esse e  outros países se desenvolveram. Entretanto,  a mídia servil ao império demoniza tudo que é estatal e oculta a corrupção  oriunda de empresas estrangeira, as quais, de resto, podem pagar as propinas diretamente no exterior.
18. Para tirar do mercado as empreiteiras brasileiras, as forças ocultas - presentes nos poderes públicos do Brasil - resolveram aplicar, contra essas empresas, a recente Lei nº 12.846, de 01.08.2013, que estabelece "a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira (sic)."
19. Seu art. 2o  reza: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não."
20. Como as coisas fluem rapidamente, quando se trata de favorecer as empresas transnacionais, a Petrobrás já cuidou de convidar empresas estrangeiras para as novas licitações, em vez das empreiteiras nacionais.
21. A grande mídia, tradicionalmente antibrasileira, noticia, animada, a  possibilidade de se facilitar, em futuro próximo, a abertura a grupos estrangeiros do mercado de engenharia e construção civil, mais uma consequência da decisão, contrária aos interesses do País, de  considerar inidôneas as empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato.
22. Recentemente, nos EUA, foi infligida multa recorde, por corrupção, a um grupo francês, a qual supera de longe os US$ 400 milhões impostos à alemã Siemens. Já das norte-americanas, por maiores que sejam seus delitos, são cobradas multas lenientes, e não está em questão alijá-las das compras de Estado.
23. Já no Brasil -  país ocupado e dominado, mesmo sem tropas nem bases estrangeiras -  somente são punidas empresas de capital nacional. Fica patente o contraste entre um dos centros do império e um país relegado à condição de colônia.
24. Abalar a Petrobrás e inviabilizar as empreiteiras nacionais implica acelerar o desemprego de engenheiros e técnicos brasileiros em atividades tecnológicas. As empreiteiras são importantes não só na engenharia civil, onde se têm mostrado competitivas em obras importantes no exterior, mas também por formar quadros e gerar de empregos de qualidade nos serviços e na indústria, inclusive a eletrônica e suas aplicações na defesa nacional.
25. Elas estão presentes em: agroindústria; serviços de telefonia e comunicações; geração e distribuição de energia; petróleo; indústria química e petroquímica; construção naval. E - muito importante - estão formando a nascente Base Industrial da Defesa.
26. A desnacionalização da indústria já era muito grande no início dos anos 70 e, além disso, foi acelerada desde os anos 90, acarretando a desindustrialização. Paralelamente, avança, de forma avassaladora, a desnacionalização das empresas de serviços.
27.  Este é o processo que culmina com o ataque mortal à Petrobrás e às empreiteiras nacionais, e está recebendo mais um impulso através da política fiscal - que vai cortar em 30% os investimentos públicos - e da política monetária que está elevando ainda mais os juros.
28. Isso implica favorecer ainda mais as transnacionais e eliminar maior número de empresas nacionais, sobre tudo pequenas e médias, provedoras mais de 80% dos empregos no País. De fato, só as transnacionais têm acesso aos recursos financeiros baratos do exterior e só elas têm dimensão para suportar os cortes nas compras governamentais.
29. Como lembra o Prof. David Kupfer, a Petrobrás e seus fornecedores respondem por 20% do total dos investimentos produtivos realizados no Brasil. Só a Odebrecht e Camargo Corrêa foram responsáveis por mais de 230 mil empregos, em 2013.  
30. A área econômica do Executivo parece não ver problema em  reduzir o assustador déficit de transações correntes (mais de US$ 90 bilhões de dólares em 2013), causando  uma depressão econômica, cujo efeito, além de inviabilizar definitivamente o desenvolvimento do País, implica deteriorar a qualidade de vida da "classe média" e tornar ainda mais insuportáveis as condições de vida de mais da metade da população, criando condições para a convulsão social.
31.  Por tudo isso, há necessidade de grande campanha para virar o jogo,  com a participação de indivíduos, capazes de mobilizar expressivo número de compatriotas, e de entidades dispostas a agir coletivamente.
* - Adriano Benayon é doutor em economia, pela Universidade de Hamburgo,  e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento

Discurso de Dilma está desconectado da realidade, diz Caiado; crítica foi reforçada por Mendonça Filho

Discurso de Dilma está desconectado da realidade, diz Caiado; crítica foi reforçada por Mendonça Filho

Fonte: ucho.info
ronaldo_caiado_17Sem perdão – Líder da Oposição no Congresso Nacional, o deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (Democratas-GO) reagiu ao primeiro pronunciamento oficial da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (27) – quase um mês após tomar posse de seu segundo mandato. “Discurso desconectado da realidade. Tanto que ela demonstrou desconforto, nervosismo e gaguejou o tempo todo”, disse o senador eleito.
Para Caiado, ao pedir que ministros “travem a batalha da comunicação”, a presidente quer adotar a prática que reinou em sua campanha como modus operandi do atual governo, ou seja, vender uma versão fantasiosa dos fatos sobre a atual situação do País.
“Dilma venceu a eleição defenestrando seus opositores e agora recorre ao ‘estilo João Santana’ para que ministros vendam esse Brasil de ilusão que foi forjado durante a campanha. Não se vence uma crise econômica com palavras, presidente. Não é com a continuação da mentira que a inflação vai diminuir e o país vai voltar a crescer”, criticou Caiado.
O democrata lamentou que a única diretriz presidencial apresentada para a população tenha sido a de utilizar a retórica para tentar minimizar as contradições nas ações de seu governo.
“Como é que depois de suspender R$ 10 bilhões em direitos trabalhistas se pode falar que eles são intocáveis? Como é que o Brasil quer ser uma pátria educadora retirando recursos do MEC e bolsas de ensino”, questionou.
Pacote de maldades “gradual”
Ronaldo Caiado também ressaltou a forma como a presidente insinuou que o pacote de maldades para tentar conter o desajuste fiscal do governo deve ter ainda mais arrocho ao bolso do trabalhador.
“A presidente escolhe muito bem as palavras para tentar esconder o que vem por aí. Mas se depois de tanta maldade com o bolso da classe média, com os direitos do trabalhador, com o aumento nos tributos, com a suspensão de direitos estudantis, com a escalada dor juros e do IOF, ela ainda fala em reequilíbrio fiscal ‘gradual’, é porque muita maldade ainda vem por aí”, sugeriu.
Engrossando o coro
Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) criticou o tom adotado pela presidente Dilma Rousseff no discurso que abriu a primeira reunião ministerial de seu governo nesta terça-feira. De acordo com o parlamentar pernambucano, a única orientação dada pela presidente ao seu ministério é seguir a cartilha de seu marqueteiro, João Santana, e travar uma “guerra da comunicação” com os fatos.
“Dilma estabelece a enganação como método de governo. Prometeu uma coisa na campanha, fez o inverso assim que assumiu, mandou a conta do descalabro econômico para a classe média e ainda tem a coragem de ir a público pregar diante de seus ministros a continuação da guerra de comunicação. Ela quer combater a crise com a retórica”, lamentou Mendonça Filho.
O democrata também lamentou o anúncio de que, apesar do corte de quase R$ 18 bilhões em direitos trabalhistas e o aumento de R$ 20 bilhões em tributos, outras medidas de ajuste fiscal contra o contribuinte devem ser adotadas. Dilma afirmou que as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda são de “caráter corretivo”, o que para Mendonça é a confissão de que houve falhas econômicas em seu governo.
“Se é caráter corretivo é para se corrigir algo que falhou e ainda precisa ser corrigido. A agenda de maldades não cessou e certamente essas medidas econômicas de reequilíbrio fiscal que foram anunciadas de forma gradual não afetarão o patrimonialismo político de seu governo, e, sim, o contribuinte”, afirmou.