Fantasma de ano-novo: Obama deve entrar em 2014 com dificuldadesDepois de iniciar o segundo mandato com dificuldades domésticas e um balanço ambíguo na frente externa, Barack Obama entra em 2014 assombrado pelo risco de encarnar o "pato manco" e ficar e sem força para governar efetivamente
Publicação: 01/01/2014 07:00 Atualização:
Barack Obama começou 2013 no embalo de uma vitória. A reeleição para a Casa Branca, no fim de 2012, com maioria garantida no Senado, deu ao presidente dos Estados Unidos fôlego para enfrentar as divisões em Washington. Mas, 12 meses e várias crises depois, o líder mais poderoso do mundo entra em 2014 com a previsão de dias turbulentos pela frente.
Amargando um dos mais baixos índices de popularidade desde o primeiro mandato, Obama trata de exorcizar o “fantasma” de tornar-se o que os americanos chamam de presidente “pato manco” (lame duck, em inglês) — aquele que se arrasta para o fim do mandato sem capacidade de exercer influência política real. Nas eleições legislativas de novembro, o Partido Democrata corre o risco de perder a maioria no Senado, o que daria à oposição republicana o controle de ambas as casas do Congresso.
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Para analistas consultados pelo Correio, Obama se ressente de uma equipe mais preparada para tentar transformar as conquistas de 2013 — especialmente na política externa — em pontos a favor. Em dezembro, o presidente deu sinais de estar seguindo nessa direção. Segundo os dois maiores jornais do país, The New York Times e The Washington Post, ele terá a seu lado o ex-secretário-geral da Casa Branca durante o governo de Bill Clinton, John Podesta, considerado um dos melhores estrategistas políticos democratas. Podesta era o conselheiro político de Clinton quando explodiu, em 1998, o escândalo do envolvimento do presidente com a estagiária Monica Lewinski, que quase terminou em impeachment.
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