segunda-feira, 16 de julho de 2012

Documentos guardados em apartamento revelam episódios do Brasil Colônia


Documentos guardados em apartamento revelam episódios do Brasil Colônia

Publicação: 15/07/2012 11:12 Atualização:
Por três décadas, documentos centenários que contam parte da história de Minas Gerais e do país estão guardados em um apartamento do Bloco F da 311 Sul. Alguns desses papéis vêm sendo preservados há séculos por integrantes de uma família com origem em Portugal e detentora de títulos do Império, que veio para o Brasil na época das sesmarias, se mudou para o interior mineiro no auge do ciclo do ouro e acabou se estabelecendo, em sua maioria, no Distrito Federal. O mistério em torno desse tesouro começa a ser desvendado por uma das herdeiras, com a ajuda de uma antropóloga da Universidade de Brasília (UnB). Elas pesquisam milhares de páginas e fotografias, amareladas pelo tempo.

Ambas decidiram, há um mês, abrir as duas malas de couro nas quais estavam o acervo. Desde então, marcam encontros semanais para identificar o conteúdo %u2014 também entraram em contato com o Arquivo Histórico de Minas Gerais e o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, para uma possível restauração e guarda dos documentos. Há dezenas de autorizações emitidas pelo Reino de Portugal para exploração de fazendas e jazidas em Minas; mapas feitos à mão para a construção de estradas de ferro e da topografia de cidades, serras e fazendas da região de Ouro Preto; cartas pessoais; todo o tipo de registros cartorários; e retratos em preto e branco produzidos nos primórdios da fotografia.

O mais antigo documento identificado até agora data de 1793 e partiu da Corte Portuguesa. Existe ainda uma carta de sesmaria (leia Memória) assinada por D. Manoel de Portugal, de 1821, e fotos feitas em Paris, em 1891. Os retratos mostram integrantes da família Lobo Leite, dona de tal acervo. Por muito tempo, ela foi a mais influente de Congonhas (MG). Tanto que dá nome a um povoado afastado do centro da cidade histórica, próximo ao município de Ouro Branco (MG). O distrito tem o segundo maior e mais importante conjunto arquitetônico da cidade. O primeiro é o do centro histórico de Congonhas, onde, entre outros, ficam os mundialmente conhecidos profetas de Aleijadinho.

Lobo Leite também denomina a estação ferroviária de Congonhas. E dos representantes mais ilustres da família está o engenheiro Francisco Lobo Leite Pereira (1843-1920), chefe do prolongamento das Estradas de Ferro Central do Brasil (leia Para saber mais). A maioria dos documentos guardados no apartamento da 311 Sul pertencia a ele, que instruiu os filhos a preservar os papéis e, assim, criou-se uma tradição. A família doou grande parte dos arquivos ao Arquivo Público Nacional, em 1947. Outro tanto se perdeu com o abandono do casarão da família Lobo Leite. Construído no século 19, no povoado de Lobo Leite, o imóvel sofreu até um incêndio. Doado ao poder público, é restaurado pela prefeitura.

2 comentários:

  1. Nobre Lobbo,

    Yesterday at night, quer dizer, ontem à noite, por coincidência, um frequentador do mesmo boteco que eu - o Bar da Val, aqui na minha quadra, a 407 Norte - estava mostrando esta matéria para nós em um jornal. Trata-se de sua própria família.

    Que mundo pequeno heim?

    Abraços

    O pueril

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  2. Dear Zequinha, good morning!

    for you to see the as the world decreases as it grows the communications.
    It was me looking at an ancestral one ours, the Mr. Doctor Francisco Sabino, one of the responsible persons for the independence of the State of Bahia and 3rd doctor formed in UF of the State of Bahia,
    that is to say, our family also has a finger in our history!

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