Governo manda 500 militares para socorro a vítimas de cheia na Amazônia
Militares já estão na região, pois participavam desde a semana passada de uma operação de combate ao crime na fronteira
O governo federal determinou a mobilização de 500 militares das Forças Armadas, um hospital de campanha e três navios da Marinha para socorrer as vítimas de uma grande enchente no Amazonas, segundo o Ministério da Defesa. O transbordamento dos rios Negro, Solimões e Madeira começou em março e já deixaram 70 mil famílias desabrigadas - sendo 10 mil só em Manaus.
A cheia, no entanto, ainda não chegou ao seu ápice e o nível das águas continua a subir cinco centímetros por dia.
Ajuda Os 500 militares que participarão do socorro já estão na região amazônica, pois participavam desde a semana passada de uma operação de combate a traficantes e garimpeiros ilegais na fronteira com a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Eles começaram a ser deslocados para as regiões mais afetadas pela cheia nos últimos cinco dias, segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto do Ministério da Defesa.
"As tropas irão realizar três ações: resgate de população em área de risco, cadastramento de famílias que tiveram prejuízos com as enchentes e distribuição de medicamentos e mantimentos", disse De Nardi.
O contingente mobilizado é formado por 200 militares do Exército, 260 da Marinha e 40 da Força Aérea. O hospital de campanha da Aeronáutica - que já atuou no Haiti e no México - foi montado sobre uma balsa, atualmente ancorada no município de Barcelos (a 490 km de Manaus). Ele se deslocará para regiões afetadas ao longo dos 60 dias previstos para durar a operação de socorro.
Outras centrais de atendimento a feridos funcionarão nos navios de assistência hospitalar Soares de Meirelles, atualmente atracado em Santo Antônio do Içá (região do Alto Solimões) e Doutor Montenegro, em Tefé (Médio Solimões). A terceira embarcação da Marinha, o navio patrulha Pedro Teixeira, já está em Manaus socorrendo moradores em áreas de risco.
Desde o início das cheias na região, a administração recebeu cerca de R$ 17,5 milhões. Porém, os prejuízos já chegam a R$ 33 milhões. Os recursos são destinados ao socorro às vítimas e compra de produtos de higiene, limpeza, além de medicamentos e alimentos.
BBC Brasil |
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