quarta-feira, 9 de maio de 2012
Coreia do Sul luta contra entrada de pílulas com pó de carne humana da China
Coreia do Sul luta contra entrada de pílulas com pó de carne humana da China
Desde agosto, alfândega interceptou 17.451 cápsulas contendo pó de carne retirada de fetos ou bebês chineses natimortos
AFP
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08/05/2012 14:49:46
- Atualizada às
08/05/2012 16:16:46
A Coreia do Sul intensificou a luta contra o contrabando de pílulas procedentes da China que contêm pó de carne humana, supostamente para curar doenças e melhorar o desempenho sexual, informou nesta terça-feira o governo de Seul.
O Ministério da Saúde da China disse que uma investigação foi lançada em agosto por causa de uma denúncia similar, mas nenhuma pílula do tipo foi encontrada. O porta-voz Deng Haihua afirmou que uma nova investigação será aberta e garantiu que o país tem uma rígida legislação para impedir esse tipo de irregularidade.
Desde agosto do ano passado, a alfândega interceptou 17.451 cápsulas ou pílulas contendo pó de carne seca, retirada de fetos ou bebês natimortos. Estas cápsulas foram descobertas em pacotes enviados pelo correio ou durante apreensões nos aeroportos.
Foto: AFP
Foto divulgada pelas autoridades coreanas mostra cápsulas com pós humano apreendidas em Daejeon, na Coreia do Sul
Introduzir esses comprimidos no país viola a lei que proíbe produtos que "ferem a dignidade humana e os valores", declarou Kim Soo-Yeon, funcionário da alfândega, à agência France Presse.
A maioria dessas cápsulas veio de cidades do nordeste da China, como Jilin e Yanji, e eram destinadas a clientes sul-coreanos, de acordo com a alfândega. Várias estavam escondidas em pacotes contendo medicamentos "regulares".
Voos
As autoridades da Coreia do Sul aumentaram o controle dos voos provenientes de "certas regiões chinesas" e estão realizando uma análise mais rigorosa das bagagens, disse Kim Soo-Yeon.
Por enquanto, as pessoas detidas não pareciam pertencer a uma rede estabelecida. Muitos dos presos asseguraram desconhecer a composição desses "medicamentos".
Além do aspecto ético, a Alfândega alerta para o perigo de bactérias e outros organismos prejudiciais que podem estar presentes nestas pílulas.
De acordo com o jornal Chosun Ilbo, essas cápsulas são vendidas entre 40 mil e 50 mil wons cada (entre R$ 67,68 e R$ 84,60). A venda dessas cápsulas é baseada em uma superstição, segundo a qual engolir pedaços de crianças pequenas pode curar doenças ou dar grande força física.
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